Vídeo mostra tentativa de retirada de joias sauditas por agente de Bolsonaro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Assessor tentou dar "carteirada" e retirar as joias sem documentação. "Não pode ter nada do antigo [governo] para o próximo"

Gravação das câmeras de segurança do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, confirma as tentativas de um enviado do então presidente Jair Bolsonaro (PL) para retirar o conjunto de joias sauditas apreendido pelos agentes da Receita Federal, avaliado em 16 milhões de reais.

As joias foram apreendidas na mala de um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que esteve na Arábia Saudita em 2021, e disse ter recebido o “presente” em nome de Michelle Bolsonaro.

Segundo os registros obtidos com exclusividade pelo site G1, o sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva desembarcou no aeroporto de Guarulhos e tentou reaver as joias usando os nomes do tenente-coronel Mauro Cid, assessor direto de Jair Bolsonaro, e também do chefe da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes – que posteriormente chegou a pedir aos funcionários que atendessem ao pedido de liberação.

Na gravação, o auditor da Receita explica que a liberação dos itens apreendidos depende obrigatoriamente de um ADM – Ato de Destinação de Mercadoria, documentado que não foi apresentado. O agente de Bolsonaro tentou desconversar, afirmando que o caso era de urgência e que a ADM seria emitida depois.

O sargento também argumentou que a retirada seria um passo “burocrático” no processo de transição entre governos, que ocorreria dias depois, e que “não pode ter nada do antigo para o próximo. Tem que tirar tudo, tem que levar”.

Contudo, os argumentos não foram aceitos e o conjunto de colar, anel, relógio e brincos da marca Chopard ficou no acervo da Receita Federal. O caso foi revelado pelo Estadão.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

6 Comentários

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  1. Tudo fede. Uma caixa com igual presentes masculino está catalogada no acervo do Planalto em 2019, sim 2019.

    1. Tem certeza que houve outra caixa masculina em 2021?
    2. Se está catalogada em 2019, estes itens estão lá?

    2019 o Bolsanaro esteve lá na Arabia. Como entrou esta caixa no Brasil, pelos trâmites normais?

  2. Nos bons tempos do original e imortal “Moreira da Silva”, ou “Kid Morengueira” para os admiradores, esse baixinho teria levado logo um passa fora moleque e ouvido o célebre ditado: “Sai passarinho, do meu arrozal, você não me ajudou a plantar, você não me ajudou a colher, aqui p”rocê, no cú pardal!”, Tomara que o cocô parrudo não seja descendente do Morengueira.

  3. Esse servidor da receita não aparece na tv pública, nem nas tvs nacionais mas na tv internacional ele dá o exemplo. O mais interessante é que ele se comporta do modo mais absolutamente gentil possível diante da autoridade sem, entretanto, fugir do dever um só momento.

  4. Prezado Almeid, a outra caixa deve ter entrado pelo país da mesma forma que eles tentaram fazer entrar a caixa que foi apreendida, pelo aeroporto mesmo. A Receita trabalha com fiscalização por amostragem, está há anos sem reposição de pelo menos parte do pessoal que se aposenta, então essa amostragem fiscalizada é cada vez menor.

  5. Bolsonaro tentou mas, pelo menos dessa vez, o jeitinho brasileiro não funcionou. Se tivesse funcionado, ninguém saberia de onde viriam tantas jóias e objetos luxuosos.

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