O discurso do escritor Luiz Rufatto na Feira de Frankfurt

Sugerido por Adir Tavares

Do Diário do Centro do Mundo

“Machistas”, “hipócritas”, “intolerantes”: o discurso sobre o Brasil de Luiz Rufatto, o easter egg da Feira de Frankfurt

Kiko Nogueira

O escritor mineiro Luiz Rufatto foi o easter egg da delegação de 70 escritores brasileiros que foram à Feira do Livro de Frankfurt. Easter egg, para quem não está familiarizado com o termo, é o elemento surpresa escondido em games, músicas, filmes, quadros etc.

O “projeto Frankfurt” custou 18,8 milhões de reais, bancados pelo Ministério da Cultura, Ministério das Relações Exteriores, Funarte, Câmara Brasileira de Livros (CBL) e Biblioteca Nacional (BN). Começou com algumas confusões. Paulo Coelho reclamou da lista de autores e boicotou a festa, Paulo Lins se queixou de ser o único negro. O presidente do evento, Jürgen Boos, foi acusado de racismo.

Um pavilhão de 2 500 metros quadrados, construído em papel, foi encomendado a Daniela Thomas. A família de Daniela já estava representada, aliás, por seu pai, o cartunista Ziraldo.

Voltando a Rufatto: quem o escalou para o discurso de abertura, provavelmente, não tinha ideia do que viria. Ou, se tinha (uma hipótese remota), preparou uma pegadinha. Em seu blog, quando morou em Lisboa, Rufatto escreveu coisas como: “Acompanho, todos os dias, o noticiário do Brasil, pela TV Record, que ocupa o canal GNT por aqui. Polícia ocupa o Complexo do Alemão, corrupção no Legislativo, filhos da classe media assaltam e espancam doméstica (mas achavam que era uma prostituta, “justificaram”…). Nas outras redes de televisão, praticamente nada sobre o Brasil. Nos jornais, talvez amanhã, por problemas de fuso horário, teremos algo sobre a derrota da seleção na Venezuela… No mais, não existimos… nem mesmo em nossas tragédias cotidianas…”

Se a ideia era vender o Brasil (e o objetivo dessas feiras é esse), Rufatto pegou todo o mundo, com o perdão do clichê, de calças curtas. “O que significa ser escritor num país situado na periferia do mundo, um lugar onde o termo capitalismo selvagem definitivamente não é uma metáfora?”, começou ele. No final, foi aplaudido de pé pela maioria e vaiado por alguns (segundo a Deutsche Welle, Ziraldo berrava: “Que se mude do Brasil, então!”).

Rufatto foi corajoso e sincero. Não se sabe como a viagem vai acabar. Pode ser como a excursão dos Rolling Stones nos Estados Unidos em 72, com brigas de faca e ameaças de morte. Mas, hei, isso é Brasil. Deve terminar tudo numa boa, com uma feijoada na Prüfeninger Strasse.

Eis o discurso na íntegra:

O que significa ser escritor num país situado na periferia do mundo, um lugar onde o termo capitalismo selvagem definitivamente não é uma metáfora?

Para mim, escrever é compromisso. Não há como renunciar ao fato de habitar os limiares do século XXI, de escrever em português, de viver em um território chamado Brasil. Fala-se em globalização, mas as fronteiras caíram para as mercadorias, não para o trânsito das pessoas. 

Proclamar nossa singularidade é uma forma de resistir à tentativa autoritária de aplainar as diferenças. O maior dilema do ser humano em todos os tempos tem sido exatamente esse, o de lidar com a dicotomia eu-outro. Porque, embora a afirmação de nossa subjetividade se verifique através do reconhecimento do outro – é a alteridade que nos confere o sentido de existir –, o outro é também aquele que pode nos aniquilar… E se a Humanidade se edifica neste movimento pendular entre agregação e dispersão, a história do Brasil vem sendo alicerçada quase que exclusivamente na negação explícita do outro, por meio da violência e da indiferença. 

Nascemos sob a égide do genocídio. Dos quatro milhões de índios que existiam em 1500, restam hoje cerca de 900 mil, parte deles vivendo em condições miseráveis em assentamentos de beira de estrada ou até mesmo em favelas nas grandes cidades. Avoca-se sempre, como signo da tolerância nacional, a chamada democracia racial brasileira, mito corrente de que não teria havido dizimação, mas assimilação dos autóctones. Esse eufemismo, no entanto, serve apenas para acobertar um fato indiscutível: se nossa população é mestiça, deve-se ao cruzamento de homens europeus com mulheres indígenas ou africanas – ou seja, a assimilação se deu através do estupro das nativas e negras pelos colonizadores brancos. 

Até meados do século XIX, cinco milhões de africanos negros foram aprisionados elevados à força para o Brasil. Quando, em 1888, foi abolida a escravatura, não houve qualquer esforço no sentido de possibilitar condições dignas aos ex-cativos. Assim, até hoje, 125 anos depois, a grande maioria dos afrodescendentes continua confinada à base da pirâmide social: raramente são vistos entre médicos, dentistas, advogados, engenheiros, executivos, jornalistas, artistas plásticos, cineastas, escritores. 

Invisível, acuada por baixos salários e destituída das prerrogativas primárias da cidadania – moradia, transporte, lazer, educação e saúde de qualidade –, a maior parte dos brasileiros sempre foi peça descartável na engrenagem que movimenta a economia: 75% de toda a riqueza encontra-se nas mãos de 10% da população branca e apenas 46 mil pessoas possuem metade das terras do país. Historicamente habituados a termos apenas deveres, nunca direitos, sucumbimos numa estranha sensação de não-pertencimento: no Brasil, o que é de todos não é de ninguém… 

Convivendo com uma terrível sensação de impunidade, já que a cadeia só funciona para quem não tem dinheiro para pagar bons advogados, a intolerância emerge. Aquele que, no desamparo de uma vida à margem, não tem o estatuto de ser humano reconhecido pela sociedade, reage com relação ao outro recusando-lhe também esse estatuto. Como não enxergamos o outro, o outro não nos vê. E assim acumulamos nossos ódios – o semelhante torna-se o inimigo. 

A taxa de homicídios no Brasil chega a 20 assassinatos por grupo de 100 mil habitantes, o que equivale a 37 mil pessoas mortas por ano, número três vezes maior que a média mundial. E quem mais está exposto à violência não são os ricos que se enclausuram atrás dos muros altos de condomínios fechados, protegidos por cercas elétricas, segurança privada e vigilância eletrônica, mas os pobres confinados em favelas e bairros de periferia, à mercê de narcotraficantes e policiais corruptos. 

Machistas, ocupamos o vergonhoso sétimo lugar entre os países com maior número de vítimas de violência doméstica, com um saldo, na última década, de 45 mil mulheres assassinadas. Covardes, em 2012 acumulamos mais de 120 mil denúncias de maus-tratos contra crianças e adolescentes. E é sabido que, tanto em relação às mulheres quanto às crianças e adolescentes, esses números são sempre subestimados. 

Hipócritas, os casos de intolerância em relação à orientação sexual revelam, exemplarmente, a nossa natureza. O local onde se realiza a mais importante parada gay do mundo, que chega a reunir mais de três milhões de participantes, a Avenida Paulista, em São Paulo, é o mesmo que concentra o maior número de ataques homofóbicos da cidade. 

E aqui tocamos num ponto nevrálgico: não é coincidência que a população carcerária brasileira, cerca de 550 mil pessoas, seja formada primordialmente por jovens entre 18 e 34 anos, pobres, negros e com baixa instrução. O sistema de ensino vem sendo ao longo da história um dos mecanismos mais eficazes de manutenção do abismo entre ricos e pobres. Ocupamos os últimos lugares no ranking que avalia o desempenho escolar no mundo: cerca de 9% da população permanece analfabeta e 20% são classificados como analfabetos funcionais – ou seja, um em cada três brasileiros adultos não tem capacidade de ler e interpretar os textos mais simples. 

A perpetuação da ignorância como instrumento de dominação, marca registrada da elite que permaneceu no poder até muito recentemente, pode ser mensurada. O mercado editorial brasileiro movimenta anualmente em torno de 2,2 bilhões de dólares, sendo que 35% deste total representam compras pelo governo federal, destinadas a alimentar bibliotecas públicas e escolares. No entanto, continuamos lendo pouco, em média menos de quatro títulos por ano, e no país inteiro há somente uma livraria para cada 63 mil habitantes, ainda assim concentradas nas capitais e grandes cidades do interior. 

Mas, temos avançado. 

A maior vitória da minha geração foi o restabelecimento da democracia – são 28 anos ininterruptos, pouco, é verdade, mas trata-se do período mais extenso de vigência do estado de direito em toda a história do Brasil. Com a estabilidade política e econômica, vimos acumulando conquistas sociais desde o fim da ditadura militar, sendo a mais significativa, sem dúvida alguma, a expressiva diminuição da miséria: um número impressionante de 42 milhões de pessoas ascenderam socialmente na última década. 

Inegável, ainda, a importância da implementação de mecanismos de transferência de renda, como as bolsas-família, ou de inclusão, como as cotas raciais para ingresso nas universidades públicas. 

Infelizmente, no entanto, apesar de todos os esforços, é imenso o peso do nosso legado de 500 anos de desmandos. Continuamos a ser um país onde moradia, educação, saúde, cultura e lazer não são direitos de todos, mas privilégios de alguns. Em que a faculdade de ir e vir, a qualquer tempo e a qualquer hora, não pode ser exercida, porque faltam condições de segurança pública. Em que mesmo a necessidade de trabalhar, em troca de um salário mínimo equivalente a cerca de 300 dólares mensais, esbarra em dificuldades elementares como a falta de transporte adequado. Em que o respeito ao meio-ambiente inexiste. Em que nos acostumamos todos a burlar as leis. 

Nós somos um país paradoxal. 

Ora o Brasil surge como uma região exótica, de praias paradisíacas, florestas edênicas, carnaval, capoeira e futebol; ora como um lugar execrável, de violência urbana, exploração da prostituição infantil, desrespeito aos direitos humanos e desdém pela natureza. Ora festejado como um dos países mais bem preparados para ocupar o lugar de protagonista no mundo – amplos recursos naturais, agricultura, pecuária e indústria diversificadas, enorme potencial de crescimento de produção e consumo; ora destinado a um eterno papel acessório, de fornecedor de matéria-prima e produtos fabricados com mão-de-obra barata, por falta de competência para gerir a própria riqueza. 

Agora, somos a sétima economia do planeta. E permanecemos em terceiro lugar entre os mais desiguais entre todos… 

Volto, então, à pergunta inicial: o que significa habitar essa região situada na periferia do mundo, escrever em português para leitores quase inexistentes, lutar, enfim, todos os dias, para construir, em meio a adversidades, um sentido para a vida? 

Eu acredito, talvez até ingenuamente, no papel transformador da literatura. Filho de uma lavadeira analfabeta e um pipoqueiro semianalfabeto, eu mesmo pipoqueiro, caixeiro de botequim, balconista de armarinho, operário têxtil, torneiro-mecânico, gerente de lanchonete, tive meu destino modificado pelo contato, embora fortuito, com os livros. E se a leitura de um livro pode alterar o rumo da vida de uma pessoa, e sendo a sociedade feita de pessoas, então a literatura pode mudar a sociedade. Em nossos tempos, de exacerbado apego ao narcisismo e extremado culto ao individualismo, aquele que nos é estranho, e que por isso deveria nos despertar o fascínio pelo reconhecimento mútuo, mais que nunca tem sido visto como o que nos ameaça. Voltamos as costas ao outro – seja ele o imigrante, o pobre, o negro, o indígena, a mulher, o homossexual – como tentativa de nos preservar, esquecendo que assim implodimos a nossa própria condição de existir. 

Sucumbimos à solidão e ao egoísmo e nos negamos a nós mesmos. Para me contrapor a isso escrevo: quero afetar o leitor, modificá-lo, para transformar o mundo. Trata-se de uma utopia, eu sei, mas me alimento de utopias. Porque penso que o destino último de todo ser humano deveria ser unicamente esse, o de alcançar a felicidade na Terra. 

Aqui e agora.

Redação

45 Comentários

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  1. Eeee???
    Se é autocritica,

    Eeee???

    Se é autocritica, qual o interesse de consolidar esse pensamento em uma feira internacional?

    É tipo querer o aval do exterior para resolver um problema nosso. É pirraça boba. Literalmente para inglês ver. 

    É ingênua na medida em que os países Europeus são muito mais preconceituosos que nós. É pedir ajuda a quem reprime. 

    Escolheu o lugar errado para ficar bonito na foto. 

    Falar mal do Brasil no exterior aumenta vendas para a classe criticada e que não se percebe como alvo da critica. 

    Até nisso o complexo de vira latas grita. 

  2. Sério que o Ziraldo berrava

    Sério que o Ziraldo berrava pra ele se mudar do Brasil?

    O cumulo da mediocridade é não saber ouvir uma crítica – e no caso uma auto-critica, também era um brasileiro falando. E isso é comum demais no Brasil, incapacidade de ser criticado.

  3. Dizer que o cara, convidado

    Dizer que o cara, convidado da panelinha p/ a Feira de Frankfurt, foi “corajoso e sincero” (para “revolucionário” é um pulinho) por repetir tudo o que a mídia brasileira diz? Menos, né? No mais, quem tem saco de ler Luiz Rufatto? 

  4. “Acompanho, todos os dias, o

    “Acompanho, todos os dias, o noticiário do Brasil, pela TV Record, que ocupa o canal GNT por aqui. Polícia ocupa o Complexo do Alemão, corrupção no Legislativo, filhos da classe media assaltam e espancam doméstica (mas achavam que era uma prostituta, “justificaram”…).

        Se a única fonte de informação dele no exterior é a TV nacional, é normal ele achar que tudo aqui está ruim.

     A imprensa brasileira fala muito mal do Brasil, e no exterior muitos Brasileiros (provavelmente “coxinhas”) falam muito mal do Brasil também.

     Muitos europeus tem medo de vir ao Brasil.

     

  5. Perfeito

    Perfeito o discurso e perfeita a decisão de quem escolheu o referido orador. O Brasil real, sem ufanismo e sem o moralismo hipócrita dos críticos de ocasião. Se queremos crescer como democracia é este tipo de crítica lúcida, em uma prespectiva histórica, que precisamos.

  6. Ele não mentiu

    Claro que todo mundo quer mostrar o melhor do seu país num lugar desse, porém, se em vez de lá, ele tivesse dito as mesmas coisas cá, não teria a repercussão que teve. E ele não disse nenhuma mentira, podemos gostar ou não das nossas origens, mas é assim que é. Machistas, covardes e hipócritas… vivemos falando sobre isso nos blogs.

    1. “todo mundo quer mostrar o

      “todo mundo quer mostrar o melhor do seu país num lugar desse, porém, se em vez de lá, ele tivesse dito as mesmas coisas cá, não teria a repercussão que teve. E ele não disse nenhuma mentira”:

      Ele fez um discurso cuja estrutura eh tao 1970 que da ate pena.  Nao eh o caso de “mentir” ou nao “mentir”.

      Achei muito hipocrita, mas principalmente muito velho.

  7. A alfinetada de Nélida Piñon em Luiz Ruffato e Paulo Coelho

     

    Nélida Piñon faz críticas veladas a Luiz Ruffato e a Paulo Coelho, na Folha

     

     

    CASSIANO ELEK MACHADO
    ENVIADO ESPECIAL A FRANKFURT

    Ouvir o texto

    “Tenho dois princípios. Não falo mal do meu país fora das fronteiras brasileiras. E não critico meus colegas.” Foi desta forma que a escritora Nélida Piñon sintetizou, na manhã desta quarta (9), sua opinião sobre o discurso de Luiz Ruffato, feito na abertura da Feira de Livro de Frankfurt.

    Piñon participou, no pavilhão brasileiro do evento alemão, de debate com o escritor Carlos Heitor Cony, colunista da Folha.

    O autor de “Quase Memória” evocou o maior autor da língua inglesa para tratar de outro ponto polêmico, as críticas que foram feitas à escolha dos autores da delegação brasileira. “Nos tempos de Shakespeare ninguém dava bola para ele”, comentou Cony.

    A colega de mesa, por sua vez, elogiou o time nacional. “A delegação brasileira está muito bem representada. Houve um propósito de escolher autores de vários grupos estéticos e gerações”, disse, e, sem citar nomes, criticou Paulo Coelho. “Há quem queira ser um árbitro estético. Não há árbitros estéticos.”

    Ex-presidente da Academia Brasileira de Letras, Piñon homenageou um dos fundadores da casa, Machado de Assis, “um dos grandes nomes da literatura do século 19, que até recentemente ainda era muito pouco conhecido fora do país”.

    A atual presidente da ABL, Ana Maria Machado, que também discursou ontem na abertura oficial do evento, aplaudiu. Além dela, outros autores brasileiros, como a historiadora Mary del Priore e o crítico João Cezar de Castro Rocha, escutaram o debate, batizado “As Convergências da Memória”.

    “Toda a vida de uma figura de quem não se diz o nome por aqui, que é Hitler, foi produto de sua memória”, disse Cony, que citou ainda Santo Agostinho: “Memória é a caverna da alma”.

    “Os homens são basicamente memória”, complementou, antes de falar sobre alguns dos seus heróis da memória literária: Marcel Proust, James Joyce, Machado de Assis.

    Nélida Piñon terminou a fala protestando contra o formato do evento.”Não se deveria fazer leituras dos textos”, disse, em referência ao fato de metade do painel com Cony, de duração total de uma hora, ter sido usado para que trechos de suas obras fossem apresentadas em traduções para o alemão. “Não faz sentido trazer figuras como Cony e a minha modesta pessoa para falarmos só uma linha ou outra”.

  8. não falou mentira….

    500 anos de desigualdade e privilégios, mas ele, um ascendente na melhor concepção do termo,  não renega a esperança da igualdade para todos. Se não, vejamos:

     

    a expressiva diminuição da miséria: um número impressionante de 42 milhões de pessoas ascenderam socialmente na última década. 

    Inegável, ainda, a importância da implementação de mecanismos de transferência de renda, como as bolsas-família, ou de inclusão, como as cotas raciais para ingresso nas universidades públicas. 

    Infelizmente, no entanto, apesar de todos os esforços, é imenso o peso do nosso legado de 500 anos de desmandos. Continuamos a ser um país onde moradia, educação, saúde, cultura e lazer não são direitos de todos, mas privilégios de alguns.

    Adorei o discurso do Rufatto! 

  9. Gente, vamos maneirar com o

    Gente, vamos maneirar com o PC.

    Ele boicotou sim pelos motivos dele que provavelmente não tem nada a ver com este discurso.

    Vale a piada mas…

    Escritor não é obrigado a ter viés ideológico, isso é ridículo.

     

    Gostei do discurso mas se fosse sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo eu acharia tão bom quanto.

     

    Sobre o PC, eu ainda acrescento que toda a obra do PC está disponível para download no site ThePirateBay.

    Ele mesmo colocou lá para quem quiser baixar, ok. O PirateBay fez até divulgação. Coisa inédita no mundo.

     

     

  10. feirinha de livros

    “vaiado por alguns”

    Quem vaiou deve ter ido pra Franquifúrti com uma cesta de frutas de plástico na cabeça e uma camisa bem amarelinha da seleção brasileira.

    Segue abaixo uma fala de Nélida Piñon na dita feira.

    “”Tenho dois princípios. Não falo mal do meu país fora das fronteiras brasileiras. E não critico meus colegas.” Foi desta forma que a escritora Nélida Piñon sintetizou, na manhã de hoje, sua opinião sobre o discurso de Luiz Ruffato, feito na abertura da Feira de Livro de Frankfurt.”

     [http://www.tnonline.com.br/noticias/geral/58,219706,09,10,nelida-pinon-faz-criticas-veladas-a-luiz-ruffato-e-a-paulo-coelho.shtml]

    “Não falo mal do meu país fora das fronteiras brasileiras.”

    Se o princípio fosse levado ao pé da letra por grande parte de escritores e de diretores de cinema, não teríamos traduções para um grande número de obras literárias e, seja dublada ou legendada, a distribuição mundial de uma extensa e inestimável filmografia autocrítica.

    Será que Nélida separa, de modo esquizomercadológico, o falar do escrever?

    BRASIL: QUANDO FORES PRAS OROPA, AMA-O E FICA CALADO.

    Como ficaria em inglês, em francês ou em alemão?…

    “Sou feliz

    E devo a Deus

    Meu éden tropical

    Orgulho dos meus pais

    E dos filhos meus

    Ninguém me tira nem por mal

    Mas posso vender

    Deixe algum sinal”

    (Trecho de BANCARROTA BLUES, de Chico Buarque de Hollanda.)

  11. Nu e cru.

    Uma porrada bem dada. 

    Irá repercutir no país? Na mídia tabajara?  Entre os 10% população branca que tem nas mãos 75% da riqueza do país? Entre os 46 mil felizardos “proprietários” de metade das terras do país? Entre os dois brasileiro em cada três que consegue ler e interpretar o texto mais simples? Mudar do Brasil, porque não me chamo Raimundo, segundo a revista alemã informa que o Ziraldo sugeria, é uma solução. Ou somente uma rima?

    Tudo que foi apontado no discurso sabemos de cor e salteado, como dizia minha tataravó, marxista de carteirinha assinada pelo Luís CarlosPrestes. Saber é sofrer, aqui nos trópicos e em qualquer lugar. Ler esse tipo de texto, ouvir esse discurso e saber que trata-se de uma realidade insofismável dá uma sensação de impotência lascada. Que chega a durar dias. Não sei ainda porque catso eu leio. Ou sei.

  12. O discurso foi absolutamente

    O discurso foi absolutamente ridiculo! Convidado a homenagear a terra onde nasceu ele resolve listar os problemas do Brasil!? Foi oportunista, inconveniente, mal educado e ingrato! Se ele se acha um “merda” por ser brasileiro que se mate!!

    O “fulano” ai agora vai virar figura reconhecida como o homem que “desnudou” o Brasil para o mundo?! Não é assim que se mudam as coisas, aliais o que ele menos queria era mudar algo, queria se promover apenas, o que ele fez acontece todos os dias nos Datenas da vida.

    Ele perdeu uma oportunidade de valorizar o Brasil perante o mundo, fez o oposto quase certamente pensando apenas na própria notoriedade, o que ele fez não muda em nada os problemas do Brasil, aliais era um zero a esquerda para o Brasil antes e agora conseguiu ser menos ainda.

    Não é esse denuncismo que muda alguma coisa, não era o local nem a hora para tal! São atitudes que mudam e desse sujeito não houve atitude alguma a não ser se autopromover.

    Até o filho de uma prostituta deve ter amor pela mãe que tem! Não é falando para o mundo que a mãe é uma puta que ele demostra o amor… e o Brasil esta muito, mas MUITO LONGE mesmo de ser a prostituta retratada no discurso desse “fulano” ai!
     

    Garanto que o povo alemão tem orgulho do pais onde vivem apesar dos IMENSOS pecados do passado, deveriamos seguir o exemplo deles!!!

    Temos de  parar com essa mentalidade de “pobres coitados”,  “macaquitos”, “republica de bananas”, não é a pena, a graça ou a revolta que os outros por ventura tenham da NOSSA realidade  que vai mudar alguma coisa aqui! É VALORIZANDO e RECONHECENDO as boas iniciativas, o potencial do país, o que acontece de bom e as qualidades que nós brasileiros TEMOS que o Brasil vai avançar, não esperando que alguma “metropole” venha nos salvar, aliais se existe uma coisa que NUNCA aconteceu na história da humanidade é um povo “salvar” outro, MUITO pelo contrário!

     

  13. Não há problema algum.

    Não há problema algum em um escritor falar mal de seus país. Muitos já fizeram isso com os seus respectivos países. O discurso de Ruffato foi muito bom, mesmo que óbvio. Mas alguém precisa falar essas obviedades.

    O que não é correto, é um pretenso candidato a presidência ou mesmo um ex-presidente viajar pelo mundo falando mal do próprio país para exclusivas platéias de executivos, banqueiros e investidores.

     

  14. VERDADE VIRA MARKETING

    Se o Cacá e os envaélicos da seleção merecem critica por estarem usando a seleção brasileira com fins pessoas é reprovável, não seria também um ator falar por si (já que alega que falou po seus pais) usando a “literatura brasileira”?  Claro que o que Raffato, um ex-jornalista, diz é 100% verdade, e aqui está o truque. Usar a verdade para denunciar o quê mesmo? Que ele os demais são representantes da elite intelectual bem encaixada nas grandes editoras brazucas e que um monte de grandes autores irremediavelmente excluídos dela? Esse discurso fará com que aconteça o que na Alemanha? Que eles saibam aquilo que Europa vive ridicularizando em nós desde 1500? Nesse caso, a Alemanha deverá nos boicotar ou então apoiar a “nossa” literatura desde que, segundo Ruffato se somos genocidas, homofóbicos, truculentos, tacanhos merecemos algo mais do que a reprimenda dos bem ecudacos europeus? Ademais, não é Ruffato um autor bem vendido na Alemanha? Com esse discurso quem venderá mais livros (aliás, essa feira é de negócios e nao de cultura) os 69 escritores convidados ou o discursador contundente? Creio que Ruffato agiu com as melhores das intenções, embora tenha avisado com antecedênca de que seria polêmico. Polêmica anunciada, portanto. Mas creio que seu ato acabará redundando em mais marketing para ele prórpia e nossa boa e velha literatura ficará onde está mesmo. Outra coisa, Paulo Coelho desconhece literatura brasileira. Os 70 convocados são os mais baladalados no mercado, sem dúvida. Uns excelentes, como Loyola, Marçal Aqui, Ignácio Loyola e o próprio Ruffato. Outros mais jovens e talentosos como Galera, Terron e outros mais. O discurso de PC é vazio. 

  15. Sinceramente, um discurso
    Sinceramente, um discurso retrô. Este tipo de “intelectualismo pedante e brasilófobo” é coisa do passado, onde até exerceu um papel de resistência. Está com jeito é de manifestação de ressentimento. Faria uma bela dupla caipira com Gerald Thomas (o que chorou emocionado com a eleição de Obama).

  16. Descreveu cabalmente o

    Descreveu cabalmente o Brasil. Parabéns ao Luiz Rufatto pela lucidez e coragem. E se alguém ficou com vergonha, é porque mostrar mazelas pode fazer mesmo muito mal. Melhor mesmo é deixa-las na periferia da vida.

    1. Pô, dá um tempo né . . . . .

      Pô, dá um tempo né . . . . . entao seu vou para NY e digo que o Brasil é uma merda, que as pessoas que precisam de espaço para crescer mais que as outras são freadas pela indesculpavel barreira do democracismo etc . . . . estarei fazendo uma crítica dura ??????????? . . . . . . parem de ver pelo em pelo . . . . pelo amor de deus. . . . .

  17. O discurso contra nós

    O cara é financiado pelo governo para falar mal do Brasil lá fora. Tem alguma coisa errada aí, ou é dobradinha com o Aécio Neves que foi falar mal do Brasil em NY.

  18. Uma coisa é ser vira-latas,

    Uma coisa é ser vira-latas, outra coisa é se sentir. Somos sim um país cheio de mazelas sim; temos apior elite do planeta, sim; somos sim racistas; somos violentos, sim. Tiramos o pão da boca de gente humilde, sim. Roubamos nossos irmãos, depreparados, sim. Nos aproveitamos da ingenuidade do mais pobres. Prostituimos nossas crianças, sim. Matamos muita gente honesta, sim, nas florestas e nas periferias do Brasil. Matamos, mais negros que muitos lugares na Américado Norte. Ou seja, o que o Ruffato falou, foi um desabafo, sim. E eu concordo quando ele diz ( eele  tem consciência de que muita coisa tem mudado). Creio que quanto a isso, nós também. Falta muito, sim, falta muito, sabemos. É bom que o mundo saiba de tudo isso, pois enquanto a nossa elite escolhe  o que vai falar e mal, é sempre demonizando o  Lula ou a Dilma. No caso de Rufatto, não foi isso, mas foi a verdade crua e nua. Temos que acabar com essa que nã opodemos falar mal de nossa pátria, o que eu não aceito é estrangeiro falando mal de nós, isso sim que é uma panaceia.

  19. Chaturas Rufatais
    Ô seu Rufato, já que você não gosta do Brasil, então vá : PPQQ ! ( PRO PAÍS QUE QUEIRA!). O que não pode é encher o nosso saco, já tem muita gente que faz isto e você é mais um.

    José Emílio Guedes Lages- Belo Horizonte

  20. Não sei se é o caso de Luiz

    Não sei se é o caso de Luiz Rufatto, mas conheço escritor que teve que fazer média com a mídia para se dar bem, para ter espaço, visibilidade, etc.

  21. Crítica e difamação

    Falar mal é uma forma de difamar. Mas criticar? Ruffato fez uma crítica contundente às nossas mazelas, que tem entre vários escritores da delegação seus porta-vozes (das nossas mazelas). Isso é “falar mal” do Brasil, difamá-lo? Ou é dar um tabefe na hipocrisia das vestais de nossas letras que apoiam explicitamente ou pela omissão em tomar partido as forças que continuam tentando prolongar “o peso do nosso legado de 500 anos de desmandos”, crítica implícita na parte final do seu discurso? Esses mesmos que, esnobemente caladinhos lá fora, por aqui desancam nem tanto o Lula e a Dilma em si, mas a formidável inclusão social, de que Ruffato fala e de que eles têm sido os artífices.

  22. Triste é fim de Policarpo

    Triste é fim de Policarpo Quaresma…

    Enquanto um bando de “pongueiro”, incluo o “seu Ziraldo” nesta patota, estavam lá pra vender ilusão o cabra chega e contextualiza perfeitamente e ai um bando de ufanista desprovidos de auto-critíca tocados pelo efeito manada invente que o sujeito falou mal do Brasil, que é inflitrado Tucano, que é obra Aécio, da Marina, do Roberto Campos, Cerra, FHC e NSA todos juntos para destruir a Dilma a partir da feira de Frankfurt.

    Cada doido tem mania fazer o quê!

    De resto e estranho que apenas um escritor negro tenha sido convidado! QUAL É O PROBLEMA @S NEGR@S NO BRASIL NÃO SABEM ESCREVER OU NÃO HÁ ESPAÇO PARA ELES NO NOSSO MERCADO EDITORIAL?

    Por que não conviram a Mãe stella, primeira mulher negra ocupar um lugar na academia baiana de letras?

    Por que não convidaram Nei Lopes, grande africanista, ficcionista, compositor, músico e militante intelectual?

    Eu poderia citar mais vários outros autores negr@s, mas o critério técnico e racista da senhora Suplicy seria incapaz de encherga-los, assim como alguns ai que se dizem progressistas…

    1. O discurso de Rufatto já era

      O discurso de Rufatto já era do conhecimento do governo brasileiro, até mesmo pq ele o divulgou com antecedência, mesmo assim o “governo chavista” o manteve. O que ele disse é verdade, se bem que contém alguns erros, por exemplo o de considerar uma posição do Brasil numa pesquisa sobre educação, dentre 40 paises, como raking mundial.

      Rufatto falou somente como sociólogo, deixando de lado a nossa literatura, o Brasil perdeu uma bela oportunidade de apresentar na abertura do evento alguma coisa nesse campo, sem deixar de lado a exposição sobre nossas mazelas, que não podemos negar, claro. Como disse a diretora Daniela Thomas, Rufatto poderá ter contribuido para que se reforce no exterior velhos clichês sobre o Brasil.

      Cada doido tem mania fazer o quê!

      Quanto a acusação de racismo de Marta, duas coisas:

      Não foi Marta que escolheu  e sim uma curadoria, uma equipe, e haviam critérios, os quais deveriam ter sido questionados, a própria organização alemã exigiu tais critérioss, como por exemplo tradução para o alemão para que o público, logo após as palestras pudessem adquirir as obras em alemão. 

      Fico me perguntado se o Ferrez é branco, se o João Ubaldo é branco.

      Humm..

  23. Voces estão de papo furado,

    Voces estão de papo furado, quer dizer que se forem a um jantar na casa de amigos, vão entrar numas de sinceridade e largar: Pô, tua mae tá velha nao meu? pensei que ja tivesse ido . . . . ou . . . caraca véi, isso que é a tua mulher????????  . . . . ou, A senhora é falsa e está um tanto gorda nao???????? . . . . . ora ora, há hora pra tudo, e lugar tambem . . . . . . achei uma ignorancia, uma vergonha, uma covardia de uma pessoa que tinha que aproveitar a oportunidade, porque de outra forma nem se o notaria . . . . . . Melhor seria ouvir o Merval, que é academico . . . .

  24. Não entendi

    Confesso que afastando-me da questão partidária, de se o sujeito é isso ou é aquilo, se é a favor ou se é contra, me parece um discurso construído sim com um bom senso de apontar coisas que realmente estão erradas. 

    Entendo perfeitamente que á apartidário apontar a exclusão social, a inexistência de um estado de bem estar social, a dureza de uma elite perversa. Entendi tudo isso. Isso não é uma crítica a um governo, mas a uma sociedade que dilatou a noção de normalidade até o insuportável: uma crítica a nós mesmos, que aceitamos como normal um mundo terrível. 

    Não acho que o discurso não seja válido. 

    Só que realmente, qual a pertinência de fazê-lo na Alemanha? 

    Contaremos com a ajuda da Europá nas nossas mazelas? O que se espera? Que Europeus venham nos civilizar?

    O discurso é pertinente. O lugar? Nem um pouco.

    Agora, ponto a observar. Há implícito nesse discurso um tanto de autocongratulação, que não sei se perceberam: feito viver num ambiente assim tão terrível, feito  a propria dificuldade de vida do escritor em questão e de todos os brasileiros devessem elevar aos olhos dos presentes o valor do que se escreve…..Nesse sentido, acho isso um pouco de desonestidade intelectual, não  o contrário: os brasileiros não são os únicos artistas do mundo que produzem sua arte em meio a algum tipo de tragédia humana.

    A arte é uma forma de expiação: Picasso não pintou Gernica porque estava deitado num solarium tomando chá bom biscouitos. No mais, nada de novo, e nem de singular nisso. Desonestidade intelectual, aponto nisso: me parece que por trás desse belo discurso vem um mote oculto, cheio de auto-comiseração,  ” fazemos arte, APESAR DISSO”. Menos. Na verdade, fazemos arte, ” POR CAUSA DISSO”.

    Isso, o que nós somos, pulsa nas nossas expressões culturais.  

     

     

  25. Nassif, colaboradores,

    Nassif, colaboradores, demais, em dias bicudos, quer dizer, de gente fazendo bico em Frankfurt por conta da carta de Luiz Ruffato, aqui vai minha colaboração a temática  “literatura brasileira”:

    LANÇAMENTO LITERÁRIO

    Por Hélio Jorge Cordeiro

    Terça – às 20 horas, na Livraria Letras Muito Condensadas, o lançamento de “Cagando e andando pelas ruas de Madri” – escrita magistral do famoso escritor portenho Armando Hernandez Laña D’ Vicunha, que viveu sua infância em “las calles” de Buenos Aires, pobre e faminto, juntamente com o seu camundongo amestrado Menenzito, que, dizem, lhe ditou muitos de seus textos. A tradução para o português ficou a cargo de Anselmo Telminha, que tem no currículo outras grandes traduções, como por exemplo: de Grant M. Hierda, “Stop before falling into the dark hole”, em português “Sifu no escuro”.

    Armando escreveu seu primeiro sucesso “Vida de Mierda” em plena guerra das Malvinas, onde batalhou, por conta própria, contra os ingleses invasores. Nesse período, ele ficou depressivo com a morte de seu ratinho Menenzito depois de uma escaramuça, quando o pequeno roedor foi chamuscado até a morte por um lança chama, britânico.

    Armando lança agora outro sucesso em meio a discussões acaloradas dos críticos, não só em sua terra, como em terras brasileiras, que, dizem, ser esse o maior livro das Américas de 2008. Esse novo trabalho, conta a história de Bartolo Pan Vigno e Quezo, um argentino anarquista que na juventude saiu de Bueno Aires para Madri com um só intuito: matar o Generalíssimo Franco, mas que resolveu na última hora fugir com a camareira do ditador espanhol, Anita Bigualdi. Bartolo e Anita se refugiaram em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Sem ninguém para lhe ajudar a contar sua incrível história e toda a grana que roubou dos cofres do general, assim como duas bonecas de porcelanas chinesas que o ditador adorava ninar antes de dormir, Bartolo viveria até morrer em 2004, 5 anos depois de Anita, que foi atropelada ao atravessar a BR 101, rodovia que passa ao largo da cidade balneária.

    Armando ainda escreveu “Memórias de um filho sem pátria e sem mãe adotiva para lhe dá muita porrada”, baseado na vida de outro marco da política latino-americana, o General Pinochet. “Cagando e andando pelas ruas de Madri” – Editora Matança Literária – Papel reciclado – 1.956 páginas –, R$ 387, 00 (pode pagar no cartão sem juros ou em 12 vezes de R$32,25).

  26. Qual o assombro???

    Fora as simplificações de uma leitura histórica um bocado caricatural e carregada de histeria racista, eu não vejo rigorosamente mais nada em que o Rufatto esteja errado.

    Acho que ele foi até bastante condescendente nos elogios a uma transformação recente que, na verdade, deixou intocada a viciosidade senhorial da regulação social brasileira.

    Será que as pessoas que o criticam estão vivendo alguma espécie de letargia ufanista, para não terem mais os pés no chão?

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