O Saci-Pererê: Resultado de um inquérito

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Paulo Gurgel Carlos da Silva

Do  Blog EntreMentes

Em 1917, Monteiro Lobato (1882-1948) propôs aos leitores do “Estadinho”, suplemento do jornal O Estado de São Paulo, do qual era colaborador, que enviassem cartas contando tudo o que soubessem ou tivessem ouvido falar sobre o mito do Saci-Pererê. Especificamente, pedia respostas a três perguntas:

Qual a sua concepção pessoal do Saci; como o recebeu na sua infância; de quem recebeu;  que papel representou tal crendice na sua vida etc.

Qual a forma atual da crendice na região do país em que o leitor vivia.

 

Que histórias e casos interessantes conhecia a respeito do Saci.

O inquérito recebeu dezenas de respostas, que apresentaram tons variados. Muitas traduziam uma nostalgia da infância passada em fazendas do interior de São Paulo e Minas Gerais, outras atribuíam a crença no Saci à ignorância da população rural.

Esses depoimentos foram reunidos em um livro que foi publicado em 1918.

É o primeiro livro a tratar da crença no Saci, um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro. Lobato, porém, não assinou a obra como autor, considerando que o seu papel havia sido apenas de editar os textos que recebera.

“Sou adepto do Saci. 100% nacional, não é chato, não toca campainha, não pede doces e não fala inglês. Nem precisa!

31 de outubro, Dia do Saci!” – Aldo Rebelo

4 Comentários

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  1. crendices

    Submeter a crença no Saci a inquérito desse tipo é fácil; quero ver é uma pesquisa assim:

    “Qual a sua concepção pessoal de Jesus Cristo; como o recebeu na sua infância; de quem recebeu; que papel representou tal crendice na sua vida etc.”

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