Desmatamento causa prejuízo anual de U$ 2 tri

A perda anual de florestas tem custado entre US$ 2 trilhões e US$ 5 trilhões. Segundo relatório Global Biodiversity Outlook (GBO), da Organização das Nações Unidas, a exploração desenfreada dos recursos naturais já afeta a economia de vários países. Em contrapartida, a preservação de biomas requer investimentos anuais de apenas US$ 45 bilhões.

A ONU destaca que no Vietnã, por exemplo, a proteção e recuperação de 12 mil hectares de manguezais exigiram pouco mais de US$ 1 milhão, e salvaram gastos anuais com diques e manutenção de recursos hídricos de US$ 7 milhões. A destruição de ecossistemas nas últimas quatro décadas resultou na queda de um terço da variedade de animais no planeta, além de desertificação de áreas agricultáveis e perda de recursos hídricos. 

O levantamento da organização foi feito com base no projeto Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (EEB) que valora os serviços prestados pela natureza como a purificação da água e do ar, proteção de regiões litorâneas e manutenção da natureza para o ecoturismo.

As Nações Unidas avaliam que o aumento da pobreza no mundo está diretamente ligado à queda da biodiversidade.  A Amazônia brasileira está entre os ecossistemas mais ameaçados, com o desmatamento acima de 17% da sua área total. Um estudo do Banco Mundial citado pela organização, estima que se o bioma perder mais de 20% da sua área original, em 2025, trechos da floresta entrarão num ciclo de desaparecimento afetando a precipitação de chuvas na região e comprometimento da produção de alimentos e recuperação natural da mata. 

Por outro lado, a ONU reconhece os esforços realizados pelo governo local na diminuição dos desmatamentos. A média de áreas destruídas passou de um pico de mais de 27 mil quilômetros quadrados entre 2003-2004 para 7 mil quilômetros quadrados no período 2008-2009 – diminuição de 74%.

O relatório GBO irá complementar as discussões da próxima Convenção sobre Diversidade Biológica, que será realizada em Nagoya, no final do ano. Dentre as metas para conservação da biodiversidade não cumpridas pelos países, a organização aponta: a redução da perda e degradação de habitats e proteção de pelo menos 10% das regiões ecológicas do planeta.

Para acessar o relatório da ONU na íntegra, clique aqui.

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador