Giro GGN Queimadas: Primeiro turno se vai, incêndios continuam

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Por regiões, na comparação de 2020 com 2019, observa-se um aumento de 32% no número de focos no Centro-Oeste. A única região a ter um recuo, mesmo que ligeiro, foi Nordeste, com menos 6%.

Jornal GGN – Fim do primeiro turno das eleições com a grande maioria dos municípios brasileiros já com suas prefeituras definidas. Na reta final até o pleito, as queimadas passaram para um segundo plano, mas não deixaram de acontecer por todo o país.

Os biomas brasileiros ainda sofrem com esses eventos, como mostra a tabela abaixo que vai de janeiro a 15 de novembro, com destaque para os últimos anos. Nela é possível observar que o Pantanal foi o que mais sofreu com focos este ano, tanto em quantidade como em aumento de incidências na relação com o ano passado. Note-se, também, que o Pantanal, na comparação de 2019 com 2018, observou um aumento de 521% em focos. O Cerrado, por seu turno, manteve patamares semelhantes na comparação com 2018, enquanto Caating e Pampa tiveram um ligeiro recuo.

Por regiões, na comparação de 2020 com 2019, observa-se um aumento de 32% no número de focos no Centro-Oeste. A única região a ter um recuo, mesmo que ligeiro, foi Nordeste, com menos 6%. Se os biomas foram tão atingidos e o aumento observado em regiões foi menos assustador, significa que os focos se concentraram nesses espaços protegidos.

Nos países da América do Sul, nos últimos cinco dias, Venezuela, Bolívia e Colômbia são os mais afetados por aumento de focos de incêndio. Apesar do grande aumento em percentual, o número de focos não é tão assustador quanto o observado no Brasil. O Brasil, neste 15 de novembro, apresentou 352 focos, com recuo de 37% em relação ao dia anterior. No dia 13 de novembro, o Brasil amargava 1.203 focos de incêndio.

No mês de novembro, até o dia 15, Pará apresentou o maior número de focos seguido de Mato Grosso e, agora, Maranhão.

A entrada do Maranhão no mapa das queimadas de 2020 aconteceu no mês de novembro. No dia 15 de novembro, Maranhã apresentava 129 focos, com aumento de 239% com relação ao dia 14. A oscilação do número de incêndios no estado não é atípica, o mesmo acontecendo em quase todos os estados onde os focos se apresentam.

Foi no dia 15 que os focos no Maranhão tiveram destaque. Das dez cidades com maior número de focos no Brasil, quatro são do Maranhão.

 

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

1 Comentário

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  1. Pegar extensas terras ricas de graça, explorar subsidiadamente em dólar e usufruir é mais que uma “dádiva” dos deuses! Né não?
    Quantos fazendeiros, ruralistas, grileiros, nesta gigantesca formação de quadrilha de promoção de devastação com representantes no Legislativo, Executivo e Judiciário forma presos?
    Quantos estão ao menos indiciados? Investigados? E seus jagunços, capangas ou proteção policial? Alguém?
    Sen ão, então vai continuar queimando “ad aeternum”!
    Pela velocidade atual, em mais umas duas gerações teremos uma savana, um pré-deserto ou um imenso capinzal.
    Com terras e rios poluídos e envenenados.
    Mas a população das cidades só se dará conta quando os verões se tornarem insuportáveis, assim como os racionamentos de água e/ou seu custo nas privatas de águas e saneamento.
    E das tempestades cada vez mais frequentes.
    Mas tudo bem…
    Os descendentes dessa tchurma de ricos bandidos estarão vivendo fora daqui.
    Mas em um mundo insustentável vão perceber que suas “sobres” vem da falta de muitas coisas como a Amazônia e o Great Garbage Path, que hoje já é um “mini-continente” do tamanho do estado do Amazonas.
    E o resto, ó!…

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