A Globo e as raízes do subdesenvolvimento do futebol brasileiro

Os bravos jornalistas da CBN foram rápidos no gatilho: os 7 x 1 da Alemanha comprovam que a presidente Dilma Rousseff é “pé frio”.

Pé frio é bobagem. Não é o que dizem de Galvão Bueno?

Como são analistas sofisticados, da política e da economia, poderiam afirmar que Dilma talvez seja culpada – assim como Lula, Fernando Henrique Cardoso e outros presidentes – por não ter entrado na batalha pela modernização do futebol brasileiro.

Poderiam ter avançado mais no diagnóstico. Explicado que a maior derrota do futebol brasileiro – e latino-americano em geral – estava no fato de que a maioria absoluta dos seus jogadores serem de times europeus, da combalida Espanha, da Alemanha, Inglaterra e França.

Ali estaria a prova maior do subdesenvolvimento do futebol brasileiro, um mero exportador de mão-de-obra para o produto acabado europeu, campeonatos riquíssimos mesmo em períodos de crise.

Mas a questão principal é quem colocou na copa da árvore o jabuti do subdesenvolvimento futebolístico brasileiro.

Se quisessem aprofundar mais, poderiam mostrar conhecimento e erudição esportiva reportando-se a uma tarde de julho de 1921, em Jersey City,  quando surgiu o primeiro Galvão Bueno da história, o locutor J. Andrew White, pugilista amador, preparando-se para narrar a luta história de Jack Dempsey vs George Carpentier para a Radio Corporation of America (RCA). 61 cidades tinham montado seus “salões de rádio” para um público estimado em centenas de milhares de ouvinte.

O que era apenas um hobby de radio amadores, tornou-se, a partir de então, o evento mais prestigiado nas radio transmissões.

Se não fosse cansar demais os ouvintes da CBN, os brilhantes analistas poderiam historiar, um pouco, a importância das transmissões esportivas para o que se tornaria o mais influente personagem do século no mercado de opinião: os grupos de mídia.

Mostrariam como foram criadas as redes, desenvolvidas as grades de programação, planejados os grandes eventos, como âncoras centrais da audiência.

Depois, avançariam nos demais aspectos dos grupos de mídia.

Num assomo de modéstia, reconheceriam que, em um grupo de mídia, a relevância do jornalismo é diretamente proporcional à audiência total; e a audiência depende fundamentalmente desses eventos âncora. Por isso mesmo, foi o futebol que garantiu o prestígio e a influência do jornalismo.

Não se vá exigir que descrevam a estratégia da Globo para tornar-se o maior grupo de mídia do Brasil e da América Latina. Mas se avançassem lembrariam que os eventos consolidadores foram o carnaval carioca e o futebol, pavimentando o caminho das novelas e do Jornal Nacional.

Algum entrevistado imprevisto, especialista em segurança, ou na sociologia do crime, poderia lembrar que, para conseguir o monopólio de ambos os eventos, a grande Globo precisou negociar, numa ponta, com os bicheiros que dominavam a Associação das Escolas de Samba do Rio; na outra, com os cartolas que desde sempre dominavam a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), desde os tempos em que era CDB (Confederação Brasileira dos Desportos).

Para não pegar mal para a Globo, diria que a grande emissora foi vítima do anacronismo da sociedade brasileira, que a obriga a entrar no pântano sem se sujar.

Aos ouvintes ficariam as conclusões mais pesadas.

Graças ao submundo dos bicheiros e cartolas, a Globo venceu a competição na radiodifusão. E graças à Globo, bicheiros e cartolas conquistaram um enorme poder junto à superestrutura do Estado brasileiro, um extraordinário jogo de ganha-ganha em que o sistema bicheiros-Globo e cartolas-Globo ganharam uma expressão política inédita e uma blindagem excepcional. Ainda mais se se considerar que o primeiro setor vive da contravenção e o segundo está mergulhado até a raiz do cabelo nos esquemas internacionais de lavagem de dinheiro, através do comércio de jogadores.

Aí a matriz de responsabilidades começa a ficar um pouco mais clara.

Um especialista em direito econômico poderia analisar o abuso de poder econômico na compra de campeonatos e os prejuízos ao consumidor, com a Globo adquirindo a totalidade dos campeonatos e transmitindo apenas parte dos jogos.

Para tornar mais ilustrativo o episódio, poderia se reconstituir a tentativa da Record de entrar no leilão e a maneira como a Globo cooptou diversos clubes, adiantando direitos de transmissão para impedir o avanço da concorrente. Ou, então, as tentativas de dirigentes mais modernos de se livrar do jugo da CBF. E como todos foram esmagados pelo poder financeiro da aliança CBF-Globo.

De degrau em degrau, de episódio em episódio, se chegaria ao busílis da questão, o bolor fétido que emana da CBF e que até hoje impediu que, no país do maior público consumidor, aquele em que o futebol é a maior paixão popular, o evento que mais vende produtos, mais galvaniza a atenção, não se consiga desenvolver uma economia esportiva moderna.

Completado o raciocínio, o distinto público da CBN entenderia os motivos do Brasil ser um mero exportador de jogadores, os clubes brasileiros serem arremedos de clube social, o fato de grandes investidores jamais terem ousado investir no evento esportivo de maior penetração no mundo, de jamais termos desenvolvidos técnicas em campo à altura do talento dos jogadores brasileiros.

A partir dai, ficaria claro as razões do subdesenvolvimento brasileiro e, forçando um pouco a barra, até a derrota de 7 x 1 para a Alemanha.

 

 

111 Comentários

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  1. Ainda não caiu a ficha de que
    Ainda não caiu a ficha de que o Brasil hoje não tem qualquer influência na FIFA.
    O Brasil foi removido de lá pela Europa.

    Substituiram nosso malandro pelo deles, simples assim.

    1. CBN

      Pra quem não sabe, como o sr, ontem logo apos o apito final  a turma de esporte da rede CBN/globo foi convocada para espinafrar a copa e o governo do PT,Sardenberg ,Merval ,Kenedy Alencar  entrre outros encarregaram-se de dar o tom politico da tragédia,alguns (justiça seja feita Alexandre garcia é da radio estadão)até colocaram o assalto da Samsung na conta da presidente “porque ela tirou o policiamento das ruas para os estadios “.

      OÔÔÔ o terrorismo voltou !

    2. Eh que na ultimas olimpiadas

      Eh que na ultimas olimpiadas o time masculino de ballet aquatico perdeu a medalha de ouro e a culpa foi de Obama.

      Como isso eh aplicavel pro futebol…

  2. Bossalidade

    O Merval ontem no Jornal das 10 fez tambem a associação da derrota com a Dilma

    No inico fiquei indignado com a ginastica verbal, depois deu vontade de rir

    Um verdadeiro namoro com a bossalidade

    1. Zumbis

      E esses canalhas dão destaque as falas do zumbi fhc e seu asqueiroso pupilo aébrio que cínicamente,como é do feitio de ambos,acusaram Dilma de  estar fazendo “uso político” da copa.Salafrários.

  3. O Kfouri ontem na espn falou

    O Kfouri ontem na espn falou que a Dilma tem que cumprir a “promessa” (não sei se existe tal promessa) e intervir para mudar a situação do futebol. 

    Peraí: a CBF não é privada (no sentido de empresa privada)? Os caras não defendem as empresas privadas? Agora querem uma intervenção do governo federal?

    Como é que faz isto?

    Porque não podemos, então, intervir na globo?

    1. futebol

      O senhor Juca Kfouri vem com esse papo da Dilma entervir foi esse cara que mais encheu o saco para fazer essa lei Pelé onde os jogadores vão embora com 16 anos não jogam uma partida nos clubs brasileiros onde tem o campeonato mais dificio do mundo onde + de 10 club pode ser campeão ,nessa seleção tem uns10 jogadores que nunca jogoy aqui.

      1. “mais encheu o saco para

        “mais encheu o saco para fazer” não. Ele que fez. Ele era o ministro “de fato” no governo FHC. E só fez M. E bem intencionado, mas só fez M.

    2. Assim como os 1% falam em

      Assim como os 1% falam em MERITOCRACIA, mas na hora de correr risco correm para o estado patriarcal pedir empréstimos ao BNDES a juros de pai pra filho…

      Adoram pregar competitividade, concorrência… mas adoram o protecionismo estatal!

      Multidões reclamaram dos financiamentos do BNDES para os estádios…

      Não vi um único jornal ou revista criticando o BNDES por emprestar dinheiro a REDE GLOBO para pagar dívidas!

      Nossa DIREITA é simplesmente patética!

  4. A sombra da rede globo sobre

    A sombra da rede globo sobre a política, futebol e onde mais haja interesses fincanceiros e econômicos lembra as figuras de ditadores que só deram descanso ao seus países quando morreram, Franco e Salazar são alguns exemplos.

    Com todo tipo de regalia como interromper um treino da seleção para o apresentador Luciano Huck fazer uma entrevista, a rede globo manda e desmanda nos cartolas da CBF e mantém uma relação promíscua com alguns jogadores que parecem mais funcionários da emissora.

    Triste constatar o amadorismo do futebol brasileiro em comparação com os europeus e outros países. 

     

  5. Pé-frio a Dilma??? Uai, não

    Pé-frio a Dilma??? Uai, não era o Aécio que estava no “Mineiratzen” (clique AQUI) e saiu de fininho do estádio quando o Brasil já tomava de 5 da Alemanha?

     

  6. Culpados, cartolas e cachorros

     

    Caros senhores bom dia,

    não estou aqui querendo misturar campanha política 2014 com jogo da seleção brasileira. Muito menos com a copa do mundo.

    Não se pretende dizer que o país todo é um fracasso porque sua seleção perdeu a copa.

     Todavia, o que  se viu ontem foi uma inigualável sacanagem!

    Sinto-me um otário que perdeu tempo e dinheiro dedicando-me a torcer pela seleção brasileira!

    Nunca, jamais , em toda a história do futebol eu tive a infelicidade de assisti a um jogo como aquele!

    Aliás, o  que foi aquilo!?

    Certamente, não foi futebol!

    Noutro comentário que escrevi aqui , ao contrário da maioria, assumi   que ,  de fato, sou um  vira lata. Ora, somos mestiços assim como o amistoso cachorro  vira lata! O vira lata que  é exatamente o símbolo da cordialidade. Aquele que se dá bem em qualquer lugar. Mistura-se com ricos, pobres e até com os  miseráveis moradores de rua!

    Mas, assumi com o respeito e o orgulho de ser brasileiro, fulcrando-me no  sentido histórico do termo. Valorizando a mistura brasileira e não no sentido do que teria pensado nelson rodrigues e outros no maraca.

    Assumi pensando em nossa origem indígena  invadida pelos outros e que nos transformou num emaranhado de vira latas.

    Aqueles vira latas  já citados por Gilberto Freyre que dariam exemplo ao  mundo!

    Aqueles vira latas que cordialmente sobrevivem diante de um equilíbrio entre contrários!

    Ontem , preliminarmente, vi pela televisão um povo vira lata, maravilhoso, mestiço, dando exemplo ao mundo de organização e cordialidade, como de hábito.

    Uma tarde linda  e com sol   amarelo!  onde só se via gente torcendo com vontade,    para que  a sua seleção de jogadores fosse vencedora!

    Mas, é claro, poderíamos ter perdido o jogo de 2×1, por exemplo,  ou de 1×0, ou melhor ainda, nos penaltis. Enfim, numa disputa digna de futebol, evidentemente, respeitando-se o adversário.

    Mas não.

    Ontem foi uma sacanagem com a máxima clareza solar amarela.  Me senti um otário diante da televisão!

    Só posso pensar agora o quanto  fui um  otário que perdeu tempo torcendo por um bando de *&¨%$#$@$, desgraçando a utopia de seu país.

    Não se pretende fomentar o ódio, mas o que aconteceu ontem não pode e não deve merecer a dedicação e a cordialidade do povo brasileiro!

    A Alemanha veio para o país do futebol,  brilhou e mostrou para nós e para o mundo  como se joga , como se brinca e como  se vence uma partida de futebol com total, absoluta e irreparável maestria!

    Venceu, inclusive, a nossa cordialidade! Desfilou-se em seguida pelo gramado  com um prato de macarrão com toda a simplicidade de um vira lata amistoso!

    Tiveram a hombridade,  a ternura , ou melhor  a misericórida de não meter um 10 a ZERO na seleção( seleção?) da casa, ou , se preferirem, da casta!

    Nouto lado, via-se vira latas de todas as idades chorarem por serem crianças ou como crianças.

    Puxa vida! Que sacanagem global!

    Finalizo-me com um profundo sentimento de decepção pela seleção( bando) de jogadores e pela comissão técnica brasileira ou sei lá quem tenha contribuído para a decepção histórica de ontem! Vai saber nos bastidores o que contribuiu para mais  essa sacanagem com os vira latas brasileiros.

    Por outro lado, parabenizo a seleção alemã!  Foi meritosamente vencedora! Venceu a partida, venceu nossa cordialidade, venceu a torcida de 200 milhões de vira latas! 

    Bravo!

    Obs: eu jamais vou  torcer por um  grupo qualquer  de futebol – repita-se, grupo qualquer de FUTEBOL como esta deprimente seleção( aseleção)  no próximo sábado!

    Temos ao menos de respeita  a dignidade da pessoa humana já cravada na CR/88!

    Perder tudo bem, mas com dignidade!

    Isso não aconteceu ontem!

    Frustradamente,

     

     

    1. A dualidade sempre presente.

      Sempre respeito seus textos. Eles sempre estão carregados de sabedoria. Não deixe que a frustação da arrogancia e a falta de respeito que ficou demonstrada naderrota por 7 X 1, que para mim foi a zero pois, nosso gol de honra foi uma caridade consedida pela equipe alemã. Sua torcida demonstrou a mesma caridade!

      A derrota de ontem foi da arrogancia. Esta arrogancia vem dos criticos de futebol, dos analistas, do sentimento de superioridade, daqueles que se acham melhor que todo mundo. A sabedoria diz que isto não existe.

      Somos todos iguais e cometemos erros. A soberba sempre nos condena. Felipão errou, não respeitou seu oponente, imrpovisou quando não poderia imrpovisar, jogou o time para frente e o suicidio para desmestificar a fama de retranqueiro. Fez de vontade propria? Não sei! Acredito que não! Mas provou que arrogancia de não respitar ao próximo pode custar muito caro e com uma derrota avaçaladora e humilhante.

      Torcerei pela seleção na disputa do terceiro lugar com o mesmo carinho que torci na derrota de ontem. Queria é poder estar em campo para consolar os jogadores que hoje estão se entindo humilhados em seu intimo. Levantar seus egos para que não entrem num sentimento de autodestruição. Todos que estavam ali deram o seu maximo, fizeram tudo que estavam ao alcance de seus talentos. Colocaram a alma no que faziam e acreditavam! São os que estão mais sofrendo com tudo! Tiveram seus sonhos despedaçados, um sentimento de humilhação e vergonha que levará muitos anos para esquecerem.

      Da minha parte eu desejo que eles passem uma borracha no dia de ontem. Entre em campo com altivez no próximo confronto, não se preocupem com vencer ou perder, mas, façam sua parte com amor e dedicação.

      Eles nos deram mais que uma taça. Nos deram suas almas num projeto de felicidade, só por que a taça não será nossa, renegaremos a felicidade. Agora iremos demoniza-los? Cometeremos os mesmos erros da arrogancia?

      Eu não me vi humilhado nesta partida. Vi garotos cheios de sonhos, comprometidos com o sonho de fazer as pessoas felizes, cairem diante da contradição de quem disse que vencer é sinonimo de felicidade.

      Não tenho vergonha do que aconteceu ontem. Tenho apreço pelo sonho destes garotos e torso para que eles se iluminem mais ainda e não se deixem abater.

      Reprovo qualquer critica de carater que a eles forem dirigidas. A derrota não veio pela falta de dedicação, pelo amor que professavam as suas causas. Ela veio na falta de respeito ao próximo, quando não respeitaram o adversário. Quem não respeitou foi Felipão, que montou o time de forma atabalhoada. Mas este erro comete todos os criticos e comentáristas de futebol, até nos butecos da vida.

      Que esta lição sirva para sermos melhores como pessoas. Temos que apoiar com mais força ainda estes garotos na próxima partida. Se perderem que saim de campo alaudidos pelo dever cumprido. O objetivo não é só ganhar! Vencer não é tudo!

      Abs amigo

  7. Quem é mesmo o pe frio?

    “Os bravos jornalistas da CBN foram rápidos no gatilho: os 7 x 1 da Alemanha comprovam que a presidente Dilma Rousseff é “pé frio”.

    Como são canalhas esses pulhas. Esquecem que quem estava lá,talvez torcendo para que acontecesse uma catástrofe,que afinal veio,foi o  queridinho desses cínicos,um tal de aécio neves.

      1. Choramos sim, mas porque

        somos brasileiros e ficamos tristes com a nossa derrota. Já um pulha, indecente como vc fica contente. Tu es um josta ô cara!

        És o retrato da nossa oposição, só goza quando o Brasil perde. Se o Brasil ou o povo ganharem vc fica puto da vida.

  8. Conchavo geral

    Que a CBF é uma M&R|)@ é consenso nacional.

    Mas porque ela ainda existe?

    Porque os clubes QUEREM que ela exista.

    TODOS os grandes clubes do Brasil estão na panelinha que mantém a quadrilha da CBF no trono a décadas.

    Se quisessem, era fácil se livrar dela.

    Basta criar outra entidade.

    A CBF só tem poder sobre os filiados a ela.

    Basta se desfiliar e criar outra entidade.

    Mas eles não querem deixar a panelinha.

    Por que será?

    1. Porque são sustentadas pelas

      Porque são sustentadas pelas luvas pagas pela Globo pelos direitos de transmissão. Na última tentativa de criação de uma liga independente, a Globo cacifou o Flamengo que pulou fora do barco.

      1. Flamengo e Corinthians. Os 2

        Flamengo e Corinthians. Os 2 clubes foram orientados a pular fora da Clube dos 13, o que deixou a Globo absolutamente confortável para pagar mixarias para clubes menores e sem força política.

        No fim, todos perderam. Só a Globo ganhou. Como sempre.

        1. Tanto você quanto o Nassif

          Tanto você quanto o Nassif excluem o jogo político entre os clubes, especialmente a rivalidade entre Corinthians e SPFC, que praticamente determinou o fim do C13. Lembrem-se do contexto naquele momento: Andrés Sanchez prometeu nunca mais mandar jogos no Morumbi, pois o intransigente Juvenal Juvêncio não cogitou dividir as cotas de camarote quando o Corinthians lá mandava jogos, com grande aumento da renda são paulina. Ainda, o SPFC colocou o limite máximo de 10% de ingressos para o Corinthians nos clássicos entre os clubes. Isso simplesmente rachou o futebol paulista, a partir de 2009, foi Andrés convenceu Santos e Palmeiras a seguirem o Corinthians nesse motim anti-Morumbi.

          Pois bem, na licitação original realizada pelo C13, dominada por dirigentes do SPFC, os mesmos tentaram igualar este clube com Corinthians e Flamengo no valor das cotas. Sob quais parâmetros? O tricolor paulista, à época, passava longe dos dois maiores do país em termos de audiência em tv aberta e fechada. Bastou a união de Andrés Sanchez com Patrícia Amorim, com o suporte da Globo, para os clubes se negarem a participar do leilão, romper com o C13 e aceitar os valores propostos pela rede dominante. 

          Aí aparece a Record. Mas há conselheiros são-paulinos na rede. Adivinhem? O mesmo valor de Cor/Fla seria pago ao clube. Sem chance. 

          E discordo quando diz que todos perderam. A evolução das cotas de tv e demais só aumenta anualmente para todos os clubes, assim como o abismo de diferença entre Cor/Fla e os demais. Quem perdeu foi, ironia do destino, a Globo, que amarga a cada ano queda de audiência nas transmissões de tv. É impossível retirar a Globo desse processo, concordo, mas a política entre os clubes é um fator muito mais determinante que simplesmente as cotas.

          Sobre a seleção, tudo está errado. As críticas a CBF sobram na falta de planejamento e organização. Com a queda de Teixeira, José Maria Marin interrompeu o trabalho de base e integração com o time principal que vinha sendo desenvolvido por Mano Menezes e Ney Franco. O primeiro foi demitido, justamente, por transformar a seleção em um balcão de negócios para seu empresário, Carlos Leite. O segundo, com o fim do processo, foi indicado a ser treinador do SPFC, clube do qual Marin é conselheiro. Nisso a seleção brasileira jogou quase 2,5 anos de preparação no lixo. Sobre organização, o fato de sermos a sede da Copa poderia permitir concentrações em cada sede, com a devida adaptação e descanso. O espaço da Granja Comary é ridículo. Pessoas chegam a todo momento, visto ser um condomínio e não uma propriedade fechada. Para piorar, os privilégios da Rede Globo, que interrompia treinos para seus programas diários, entrevistas em separado, tudo sob a chancela da comissão técnica. Todas as demais seleções se isolaram. A brasileira, no entanto, foi a público. Havia jogadores gravando comerciais em pleno centro de treinamento! Organização zero.

          Independente desses fatores, para mim o problema foi puramente técnico. A seleção não jogou bem em nenhuma partida, apenas teve lampejos de bom futebol, rodeados por momentos de sensibilidade. Taticamente, Felipão é ultrapassado. É um motivador nato, porém, detesta treinos táticos. Os da seleção atual não passavam de 45min ao todo, testando até 5 escalações diferentes, em intervalos de 5-10min. Os dias de folga e descanso superaram os de trabalho. 

          Não vejo como responsabilizar os jogadores, individualmente. Fred foi ‘homenageado’, mas o fato é que a bola não chegava a ele. Oras, todos conhecemos o Fred como um jogador exímio em definir o lance dentro da área, não fora dela. Se o técnico opta por escalá-lo, deve treinar o time para que leve a bola até ele. Não foi o que ocorreu. Ele é só um exemplo, mas serve aos demais. Dos 23 convocados, poucos jogadores não são destaques em seus clubes, sendo que a maioria é titular em clubes de ponta no continente europeu. 

          Há quem fale sobre o êxodo de jogadores. Os jogadores de Itália e Inglaterra, em sua quase totalidade, atuam em seus próprios países, normalmente nos mesmos clubes, nem por isso obtiveram sucesso. Das quatro finalistas, somente a Alemanha possui a base formada no mesmo time, o FC Bayern, a exemplo da Espanha de 2010, baseada na geração de ouro do Barcelona. 

          Muito maior que a revitalização do futebol alemão, é o planejamento dessa seleção. Joachim Low está na seleção desde 2004, como técnico, desde 2006. Conhece há anos seus jogadores e conseguiu incutir neles a necessidade de vitórias. É um bom técnico, criticado em seu país natal por algumas opções táticas, mas que até ontem vinha sofrendo na Copa contra seleções ‘poderosas’ como EUA, Gana e Argélia. Parabéns a Alemanha! Mas a responsabilidade é do nosso técnico, que subestimou o poderio alemão (ao contrário das seleções citadas) e tentou enfrentar de igual para igual, numa formação ofensiva, alheia ao seu estilo histórico, treinada por somente 10min uma seleção muito bem organizada taticamente. Assistiu passivamente cada gol alemão sem conceber seu próprio erro (e sem se arrepender também, conforme disse na coletiva), sem alterar a disposição do time ou mesmo trocar jogadores. O fracasso é todo dele. A Globo fomenta a decadência do futebol brasileiro, com certeza. Mas, no fim, a escalação errada, as substituições tardias, o uso da ‘família’ para proteger jogadores cativos de sua confiança, ainda que em má fase, enfim, todo o ônus pertence ao péssimo técnico.

          Hoje falam de substituição. Cogitaram Luxemburgo, que não compete em alto nível há anos; Muricy Ramalho, que, demitido do Santos, foi pescar no interior paulista; e Tite, quando demitido do Corinthians, foi estagiar no Barcelona e no FC Bayern, referência do futebol moderno dos últimos anos. Não preciso dizer qual brasileiro é meu favorito. Mas, sinceramente, prefiro Jorge Sampaoli, o argentino que fez maravilhas na LaU e na seleção chilena (onde, para mim, o Brasil mereceu perder). 

          1. Melhor comentário até agora.

            Melhor comentário até agora. Deveria ser levado a  post.

            Quanto ao técnico acho bem complicado um treinador estrangeiro. O Tite ja seria um avanço, sem dúvida.

        2. E porque não

          Vão ficar carregando um monte de clube incompetente nas costa?

          Tem mesmo que sair. Ou vamos todos junto peitar a CBF ou os maiores saem mesmo!

      2. Dívidas

        O governo poderia forçar o fim da CBF se cobrasse as dívidas dos clubes, principalmente impostos.

        O acaba com a CBF ou paguem as dívidas….

        Os dados abaixo são de 2013.

        Dívidas dos principais clubes brasileiros chegam a R$ 4,7 bilhões

        http://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,dividas-dos-principais-clubes-brasileiros-chegam-a-r-4-7-bilhoes,1037299

        Endividamento total aumentou 17% em um ano: Flamengo lidera a lista dos devedores

        SÃO PAULO – Relatório divulgado no fim do mês de maio pela empresa de consultoria BDO revela que a dívida dos 23 principais clubes brasileiros aumentou 17% entre 2011 e 2012, atingindo a soma de R$ 4,72 bilhões. No acumulado dos últimos cinco anos, o crescimento da dívida chega a R$ 2,06 bilhões.

        De acordo com o levantamento, o Flamengo lidera o ranking dos devedores. A dívida do clube mais do que duplicou em apenas uma temporada, saltando de R$ 355,5 milhões em 2011 para R$ 741,7 milhões no ano passado. Além do rubro-negro, os outros três times do Rio na Série A do Brasileirão aparecem entre os cinco primeiros maiores devedores, fazendo com que o futebol carioca atinja 47% do total da dívida dos clubes analisados.

        A pesquisa revela ainda que mais da metade deste buraco é referente a impostos. O Flamengo também é o clube que mais deve nesse quesito (R$ 407,1 milhões), cerca de 55% do total de sua pendência.

        RECEITAS

        O relatório também aponta que o Corinthians foi quem mais arrecadou na última temporada. No total, R$ 358,5 milhões de reais entraram nos cofres do clube em 2012, um faturamento 23% superior ao registrado um ano antes. Campeão da América e do Mundo, o time do Parque São Jorge ficou bem à frente do São Paulo em termos de arrecadação – as receitas no Morumbi giraram em torno de R$ 283 milhões, a segunda maior entre os clubes do País.

        1. Concordo em gênero, número e

          Concordo em gênero, número e grau quanto a de algum modo – qualquer modo – o governo agir CONTRA a CBF.

          O problema todo é justamente este: faltam homems de ação.

          Não há.

          Não tem ninguém do lado direito da coisa obviamente e me angustia tremendamente ver que não estão onde se podia ter esperança de encontrá-los: na esquerda.

          Aí não tem Lula, Dilma, fulano, beltrano, cicrano…

          Tudo afinão e bunda mole.

          1. “Lula, Dilma, fulano,

            “Lula, Dilma, fulano, beltrano, cicrano…” Significativamente, só Lula e Dilma são citados aí… O “governo” pra você é só o federal? Em Minas, quem domina a cena corrupta dos nossos clubes são cartolas (Perrelas, Kalil) aliados de Aécio, para dar nome ao boi principal que você, significativamente, não citou.

      3. Mas e o outro lado?

        Que a Globo é uma praga é consenso, mas pombas moeda tem no mínimo duas faces. E como já foi dito e mostrado, a CBF e su modo de agir se faz sob o boneplácito dos clubes que devem trocentos milhões a inss, fgts, receita, etc. Me justifique?

        E aproveitando, repito o que postei me referido à novela geração brasil: falaram de mul significados com o título remeteno ao 45. Viram algum capítulo da novela para continuar as analogias ou buscar semelhanças? 

    2. Essa é fácil!

      Porque a Globo “compra” os direitos de transmissão dos jogos da CBF, Comenbol e FIFA, a preços volumosos, e paga adiantado.

      Está tudo dominado pela Globo. Simples assim.

       

  9. Nassif vou à veia (da Rede Globo de Manipulação)

    quem escolhe os “técnicos” ou “professores” sempre foi o cancro platinado (globo). a arragância e o despreparo podem ser muito bem debitados à conta os calhordas dessa emissora de quinta.

    1. O fato é que a Globo escolheu

      O fato é que a Globo escolheu técnico e cada um dos jogadores e os blogs sujos ficaram calado ante tamanha desgraça

  10. Nem procurei saber o que a

    Nem procurei saber o que a globo expeliria em suas emissoras, tenho certeza que seria o de sempre (politicanagem trasvetida de jornalismo), então…. .

    Hoje acordei cedinho, fui a clínica pegar meu exame, aproveitei a espero do resultado para esculachar a Globo afirmando sobre o conluio do grupo com os mafiosos havelange e ricardo teixeira, depois passei no meu médico, e aproveitei para esculachar de novo a porca mídia, e ampliando a crítica ao alertar que os jogadores foram pressionados pelo excesso de marketing da porca mídia, depois passei no BB e ao enfrentar a fila lembrei a todos sobre a dívida da globo com a Receita Federal alertando-os que a trambicagem foi feita em conluio com mafiosos da FIFA .

    Pronto, voltei pra casa leve como um beija-flor .

     

  11. A Alemanha enquadrou a CBF deles

    Essencial

    Alemanha, o país do futebol

     

    Eles tiraram o futebol do país da lama para transformá-lo no mais organizado e poderoso do mundo. Estádios lotados e novos craques despontaram de uma filosofia simples: o papel social do esporte é mais importante que qualquer troféu

    por Guilherme Pavarin e Alexandre Versignassi

    No comecinho dos anos 2000, o grandalhão Oliver Bierhoff era o maior – e bota maior – símbolo do então apático futebol alemão. Experiente, corpulento, de canelas longas, pouca técnica e quase nenhuma movimentação, o centroavante abusava dos seus 1,91 m para finalizar as jogadas do único jeito que sabia: pelo alto, entre os zagueiros, cabeceando firme para dentro das redes. O movimento era repetido à exaustão. Jogo a jogo.

    Na Eurocopa de 2000, na Bélgica, os alemães sentiram a limitação bater na ponta das chuteiras. Atirados em um grupo com equipes fortes – Inglaterra, Portugal e Romênia -, caíram logo na primeira fase, marcando apenas um ponto e um gol. Vexame para uma camisa tricampeã mundial, que já tinha vestido Franz Beckenbauer, Karl Rummenigge, Paul Breitner. “Estávamos pensando exatamente como vocês brasileiros pensam hoje: que não precisávamos aprender nada. E fomos jogando cada vez pior, pior e pior”, resumiu o próprio Breitner numa entrevista recente para o canal ESPN Brasil. Mas a queda em 2000 fez os alemães acordarem. Autoridades foram a público e tornaram o desempenho da seleção assunto de estado. O governo traçou um plano ambicioso: em uma década, a Alemanha deveria voltar a ser uma potência futebolística.

    A missão, afirmaram os governantes, era fazer com que a população voltasse a se encantar com o esporte. O país, então, botou a mão no bolso. Em pouco mais de 12 anos, investiu cerca de US$ 1 bilhão em academias e centros de treinamentos para jovens. A ideia era usar esses CTs públicos para ensinar futebol com uma receita em duas medidas: 50% habilidade, 50% força – em vez dos 200% força que a seleção vinha aplicando.

    Quem cuida de tudo lá é a DFB (Associação Alemã de Futebol), a CBF deles. Ligada ao governo, a associação alemã é dona de 366 centros futebolísticos. Desde 2001, crianças de 9 a 17 anos desenvolvem seus talentos em academias perto de suas casas, sem vínculo com clubes. Cerca de mil técnicos treinam 25 mil jovens. A DFB, na verdade, é tudo o que a CBF não é. A nossa Confederação Brasileira de Futebol é um órgão privado, e não possui nenhum projeto de formação de jogadores além das seleções de base (sub-15, sub-17 e sub-20), que só pinçam jovens talentos que já treinam em algum clube. E tem a corrupção – os escândalos se avolumam há décadas.

    Enquanto isso, na Alemanha, a DFB tratou de reformar a Bundesliga – o campeonato nacional deles. A primeira foi impor uma política financeira rigorosa. Os clubes passaram a ter que enviar, três vezes ao ano, atestados de orçamento positivo. Analisados um a um, os casos deveriam seguir à risca um livro de 200 páginas que especifica normas financeiras.

    Se aprovados, ok, podem jogar a liga. Do contrário, W.O.: perdem pontos e, se a “infração” administrativa for grave, nem entram em campo. Assim, nenhuma extravagância, como contratar um Neymar, poderia ser feita sem que o clube desse garantias de poder efetuar o pagamento. Tal controle foi capaz de praticamente extinguir as dívidas das equipes locais. Dos 30 times da Bundesliga, só dois têm dívidas. E o gasto com salários não passa de 50% da receita dos clubes; em outros países, o valor chega a 70%. No Brasil, a dívida dos 20 maiores clubes é de R$ 4 bilhões. Na Inglaterra, de R$ 11 bilhões.

    Com esse pacotão, a missão alemã estava clara: gerar novos talentos e nutrir o futebol deles numa competição sustentável. Hoje, 13 anos depois, os resultados são sólidos. Bayern e Borussia Dortmund, dois dos grandes clubes da nação, foram os finalistas da Champions League, o principal torneio interclubes do mundo. Como numa boa lavoura, proliferam novos craques. Mario Goetze, de 20 anos, André Schürrle, de 22, mais Marco Reus e Thomas Müller, de 23, são alguns nomes que fazem Bierhoff e seus antigos companheiros parecem praticantes de outro esporte. Para completar, a liga do país tem o melhor público do mundo, média de 45 mil pessoas por jogo (40% são mulheres). Só a torcida do Borussia Dortmund tem média de 80 mil (!) por jogo. É uma final de Libertadores no Maracanã a cada domingo – coisa inédita na história do futebol. Não tem comparação: média de público do Brasileiro é 15 mil pessoas. A da segunda divisão alemã é de 17 mil. Nossa média, aliás, é só a 13º do mundo, atrás de China e EUA.

    O fato é que nenhum país trata o futebol tão a sério quanto a Alemanha. E não é só para tentar ganhar troféus. Quando eles propuseram uma revolução no futebol, a justificativa foi a seguinte: só a bola seria capaz de unir a nação.

    Faz mais sentido do que parece. A Alemanha é o terceiro país com mais imigrantes no mundo (atrás de EUA e Rússia). Mais de 20% dos 82 milhões de habitantes da Alemanha são ou imigrantes ou filhos de imigrantes. Num país onde até não muito tempo atrás era preciso ser “ariano” para ser cidadão, isso poderia virar um caldeirão de intolerância. Às vezes até vira. Mas o futebol ajuda a manter a coisa em fogo baixo, justamente porque nada na Alemanha abraçou mais imigrantes do que o futebol.

    O Bayern de Munique, por exemplo, é um arco-íris étnico. No time mais tradicional da Alemanha, tem negro, branco, moreno, narigudo, careca, black power… Se botar o uniforme do Bangu nos caras, vira tudo carioca. Uma combinação de fazer Hitler revirar no túmulo – e, junto com as iniciativas que vimos aqui, de tornar a Alemanha tetracampeã no Brasil, o país da corrupção no futebol.

     

    1. Os marqueteiros do PT

      Os marqueteiros do PT deveriam expor este tipo de coisa, o sujeito tem que ser muito lesado para querer tirar vantagem política com esta derrota, o povo brasileiro ficará enojado com esta atitude .

    2. Xico Graziano era ministro de

      Xico Graziano era ministro de FHC. Foi demitido porque grampeou o proprio presidente e tentou chanteageá-lo – queria que demitisse um diplomata que era seu desafeto. O cara é assim – o negócio dele é crime. Esse comentário talvez seja uma das coisas ‘civi8lizadas’ que ele faz. O resto é muito pior.

    3. Politico picareta

      Tudo que é porcaria aparece agora para acusar o PT, talvez por ter feito a melhor copa até hoje feita. A Dilma entrou em campo, escolheu o time, fez ou não as substituições devidas, ofendeu jornalista, paparicou a Globo, quebrou as costas do Neymar e convocou o Fred e o meninho de minas!

      E mais ainda, fugiu de campo junto com o Aécio, quando o calgo engrossou.

  12. A Globo escolhia os ministros

    A Globo escolhia os ministros da fazenda…

    Tínhamos uma das maiores concentrações de renda do Planeta…

    Continua escolhendo os Técnicos da seleção – tem acesso IRRESTRITO!

    Deu no que deu…

  13. Copa é Copa; FIFA é FIFA; CBF

    Copa é Copa; FIFA é FIFA; CBF é CBF e Globo é Globo. Não era para o Brasil ter tomado os sete gols MAS tb não era para a Alemanha ter metido os sete gols… Até parece que é nossa primeira Copa. Os dois times erraram. O Brasil por escancarar e a Alemanha por se empolgar e meter 5 gols em meia hora. Agora deu ruim.

    1. Como assim, os dois time

      Como assim, os dois time erraram? A Alemanha errou por fazer cinco gols em 30 minutos?? Deveria ter feito quantos para acertar? 10? 15 gols?

  14. Piada

    Quando o Fluminense pagar os três rebaixamentos que deve, quem sabe poderemos voltar a acreditar num futebol profissional neste país. Globo cada vez mais rica e 10 mil jogadores passando fome enquanto Neymar e Fred ganham 1 milhão por mês. Resultado = 7 x 1 pra Alemanha fora o vareio. 

    1. Exato!

      Algum torcedor do fru fru te negativo, mas você lembrou algo importante.

      Um país que tem uma Confederação como a CBF, que fez o que fez com a Portuguesa a favor do fluminense.

      Que escolhe um tecnico como o Felipao que insiste com um cone que nem o fred. Que entrou com o mesmo esquema que venceu Chile e Colombia com muita difculdade, só que com jogsdores inferiores para enfrentar a Alemanha, tá de brincadeira.  Ou ele é muito burro ou agiu de má fé. 

      E que tem um canal de tv que manda em tudo no f

      utebol, desde horario até quem tem direito e que não tem direito de transmitir o campeonato brasileiro. Eu gostaria de ver jogos do Brasileirao na Espn ou no Fox sports, só que não,  já que a globo não deixa. 

       

       

       

      Nao merece ser campeão, deu sorte até demais.

      Enfim, ontem foi uma vitória do trabalho e do profissinalismo contra o oba oba sem dedicaçã. Foi uma vitória do esporte.

       

       

       

       

       

       

       

  15. Temos a melhor oportunidade

    Temos a melhor oportunidade de mudar o futebol, mas nada acontecerá. Com Marco Polo Del Nero na Presidência, e provavelmente Tite no lugar de Felipão, é a troca do seis pelo meia dúzia. A Globo não passará das críticas superficiais pelos motivos óbvios.

    E o PT, bem..o Andrés Sanchez tem relações cordiais com Lula e será candidato pelo partido. Lula aliás sempre contemporizou com Ricardo Teixeira e cia. Já a Dilma, mantém uma distância prudente dos cartolas, mas pouca força tem, inclusive dentro do próprio governo e partido, pra mudar algo.

  16. A raiz do subdesenvolvimento do futebol. Cartolas e mídia

    ‘Felipão não volta nunca mais’

    “Felipão foi teimoso demais. Em todos os momentos. Desde a convocação até o esquema tático escolhido. Tudo errado. Não quero nem falar sobre isso, para não falar bobagem. Mas uma coisa eu posso te garantir, nunca mais o Felipão vai estar com uma seleção brasileira. Não volta nunca mais. Um vexame, uma vergonha”

    “E vou te falar mais, Felipão deveria se aposentar. Não vai ter lugar em nenhum time do Brasil. Nem agora, nem nunca mais. Ele não precisa de dinheiro. Deve pegar as coisas dele e dar tchau”

    Delfim Peixoto, vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)

    http://espn.uol.com.br/noticia/424304_felipao-nao-volta-nunca-mais-diz-vice-da-cbf

  17. É por tudo isso que vc

    É por tudo isso que vc colocou Nassif, que deixei ser sócio do meu time. E ja vai um bom tempo. Há muit tempo que esse futebol, que vc enquadrou nessa análise, perdeu a graça.

  18. Boa análise

    Gostei da análise Nassif e jogo mais lenha na fogueira! Eu não gosto, não acompanho futebol, mas talvez por ter esta visão “de fora” sempre achei muito estranho que existam torcedores tão fanáticos mas nenhum deles se revoltou com o fato do horário do jogo de futebol ter sido alterado para não atrapalhar a novela. Para beneficiar a Globo duas vezes, no futebol e na novela. Se eu fosse torcedor nunca admitiria que uma emissora de televisão ditasse o horário do jogo.

    Mas o mais triste é constatar que esta é só mais uma das permissividades que fazem parte do futebol de hoje . Entre outras a violência física e verbal(brigas e assasinato de torcedores), a falta de respeito ao próximo (xingar a Dilma e o juiz, vaiar o hino do Chile) e muitas outras coisas que as pessoas deixam passar só porque o futebol é “orgulho nacional” . O Futebol no Brasil é uma éspecie de deus intocável ou rei absolutista de quem nunca pode ser falar mal ou criticar… E de repente o rei está nu! E tomando goleada… KKK só morrendo de rir de vocês…

  19. Felipão era unanimidade.
    A

    Felipão era unanimidade.

    A responsabilidade é dele, assim como na vitória seria , já que teve TODAS as condições de trabalho.

    Como todo palmeirense e brasileiro sou gratíssimo a Felipão, mas a fila andou e agora é fácil.

    A solução seria transformar os clubes em empresas e responsabilizar dirigentes, que destroem finanças do que não é seu.

    A Globo propiciou recursos como nunca, se dirigentes utilizaram mal, colocaram sangue sugas nas federações não é culpa dela.

    Dilma não tem culpa, Globo não tem culpa, a culpa é do feudo em que transformaram o futebol.

    Federações ricas, clubes quebrados e de pires na mão, sempre pendurados em em dividas, essa é a raiz do mal.

    Se fossem empresas, os times de futebol não fiacariam na mão de aposentados vaidosos e sem nenhuma responsabilidade com nada além da própria carteirinha.

     

     

    1. Ôpa!

      Me exclua dessa unanimidade aí, por favor!

      Só no futebol brasileiro, por tudo que foi exposto, que um treinador que leva o seu clube ao rebaixamento é escolhido para comandar uma selação nacional na competição mais importante…

      O que o governo poderia fazer é executar as dívidas desses clubes. E dar uma basta nesses programas de reestruturação e dessa conversa de “tradição”. O futebol brasileiro NÃO PRECISA desses clubes corruptos. Se cada um desses clubes, principalmente os maiores, morresse o futebol cresceria com muito mais saúde; como uma árvore que precisa de poda de vez em quando.

  20. Maravilhosa crônica

    Só mudaria uma coisa, não foi a pior derrota do futebol sulamericano, foi a PIOR DERROTA da história do futebol mundial. Não há nada no futebol que se compare a uma seleção pentacampeã do mundo ser massacrada por 7 a 1 numa seminifnal de Copa jogada em sua casa. 

    Estamos todos anestesiados, ainda vai demorar um pouco pra ficha cair. O futebol brasileiro escreveu uma página tão deplorável, que a Copa de 50 virou um revés apenas.

    1. Concordo plenamente: A PIOR

      Concordo plenamente: A PIOR DERROTA DA HISTÓRIA DO FUTEBOL MUNDIAL. Por incrível que pareça poucos se deram conta disto…

  21. O BRASIL CRIOU O MODELO – O

    O BRASIL CRIOU O MODELO – O modelo de dominação das entidades de futebol é criação brasileira. O ‘SISTEMA e criação nossa, essa primazia ninguem nos tira, a FIFA é dominada por um sistema que o Brasil inventou.

    1.A Confederação Brasileira de Futebol , assim como todas as demais Confederações esportivas do Brasil podem ser FACILMENTE dominadas por grupos de operação mafiosa através da  MANIPULAÇÃO DO VOTO que elege os dirigentes, é incrivel como o mesmo mecanismo inventado no Brasil é repetido mundo afora.

    2.O Brasil tem 29 Federações estaduais votantes que elegem o Presidente da CBF, 5 Estados são os principais territorios do futebol brasileiro, em numero de clubes, jogadores e arrecadação. Então são esses cinco que controlam a CBF? NÃO o grupo dominante não é representantes dos grandes clubes, represanta a si mesmo e seus interesses.

    O grupo mafioso COMPRA os votos dos outros 24 Estados, que são pobres e facilmente controlaveis por apoios, benesses, presentes, etc. e com isso não sai mais do Poder, que se torna irremovivel.

    3.O mesmissimo MODELO foi levado por João Havelange à FIFA. São 202 paises, os importantes no futebol são 15, os QUINZE dominam a FIFA. NÃO E NÃO. O grupo dominante compra os votos dos outros 187 paises pobres e controlaveis e a partir dai não sai mais do poder É um know-how verde amerelo exportado e usado em Zurique.

    4.E de onde saiu esse MODELO? Saiu das Federações Estaduais que usam exatamente o mesmo SISTEMA. Quem domina as Federaçõs estaduais de futebol é o mesmo grupo que vem de 50 ou 60 anos, com os VOTOS das DIVISÕES INFERIORES. A Federação paulista é controlada com os votos dos clubes inferiores, COMPRADOS pelo grupo dominante no começo com chuteiras e uniformes, depois com mimos mais valiosos.

    Foi esse MODELO que é o mesmo na Federação Piauiense de Futebol e na FIFA que se parceirizou com a MIDIA e com os politicos. É o mesmo MODELO tambem nas chamadas Confederações Regionais, muito piores até que a CBF, como a sul americana e a do Caribe, cada qual com seu “”dono”” como Nicolas Leoz e Jack Warner e seus grupos que lá estão há decadas. Na Federação do Rio é o mesmo grupo Caixa D´Agua, na Federação Paulista e o mesmo grupo que vem de longe, trocam as pessoas fisicas mas não os grupos.

    Contra esse modelo os grandes clubes europeus criaram a UEFA e acredito que os ingleses, criadores da FIFA com um padrão de governança muito melhor até a presidencia de Sir Stanley Rous, derrubado pelo Modelo Havelange que afiliou os paises africanos descolonizados e dando uniformes e chuteiras tomou o poder na FIFA.

    Acredito que o MODELO estará em cheque após a Copa de 2014, contestado fortemenete na Europa, o hoje Grupo Blatter agarra-se desesperadamente à America do Sul, ontem tem seus Vice-Reis no Brasil e na  Argentina, Grondona é ainda pior do que qualquer brasileiro da CBF. Infelizmente não houve a minima renovação na CBF e suas capitanias estaduais, está tudo dominado pelo Modelo do Voto Anão, o Xiririca Futebol Clube tem um voto igual ao São Paulo Futebol Clube, é esse o mapa da mina. Parece que uma reação mundial está a caminho e afetará o Brasil.

  22. Excelente o texto!

    Excelente o texto! Compartilhei. É isso mesmo: o 7 x 1 exprime o fim do ciclo do esquema mafioso Globo-Fifa-CBF e outros. O brasileiro precisa entender que para voltarmos a ser os melhores em campo, a voltar fazer futebol alegria do povo será preciso libertar-nos dessa máfia. As Olímpiadas estão à nossa frente e falta-nos o espírito olímpico, sequestrado que foi pela gula dos mafiosos. Portanto trata-se, acredito, de rasgar o véu da ilusão da ideologia financeira hegemônica, fazer a crítica do modelo que produziu esses resultados e implantar novos modelos de gestão.

  23. Bem, quanto a derrocada do

    Bem, quanto a derrocada do Clube dos 13, o problema é que quem teve papel central neste imbróglio foi o Corinthians, na época presidida pelo Andrés Sanchez (http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2011/02/andres-sanches-afirma-que-o-corinthians-deixara-o-clube-dos-13.html).

    O clube foi o primeiro a abandonar o C-13, já que negociar diretamente direitos de transmissão com a Globo seria muito mais vantajoso.

    E o Andrés Sanchez hoje é filiado do PT, aliado político de Lula e provável candidato. O que demonstra, no mínimo, a falta de interesse de setores do partido em alterar este panorama.

    1. Conta o resto tambem

      Sou corintiano e petista, mas concordo com vc. O Andres é um tremendo picareta. Melhorou muito o corinthians, tomando por base os turcos safadissímos do passado, mas ficou por aí.

      Quanto a seleção e sua derrota, conte o resto tambem, que mandaram o Mano Menesas embora para ferrar o Andres que tinha intenções quanto a CBF. Perto do Marin (ladrão de medalha de juvenil) e o Del Nero, o Andrés é um mero trombadinha.

      Gostando ou não do Mano, pois todos os não corintianos não gostam, a diferença entre ele e oFelipão é enorme. Alem de retrogrado e fazedor de média (a famosa familha Scolari) o Scolari é muito burro! É um incapaz total, não entende mais nada de organizar um time de futebol, não atualizou-se, enfim totalmente inadequado para o cargo. 

      E este BO é só da CBF, do Marin e do Del Nero (com o Ricardo Teixeira nas sombras).

      Só mundando a lei Pele, tirando a Globo do controle da TV do futebol (democratizando para outros canais), acabando com os agente ou taxando-os convenientemente, conseguindo que os clubes invistam em suas divisões de baixo em para jogadores para o seu uso, impedindo que um menino de 12 ou 13 anos tenha “agente” participante ou dono do seus direitos de transferencia quando passar  a faze adulta e aí por diante. A Alemanha fez isto e hoje tem campeonatos com 40.000 pessoas de média por jogo, rendas altas para os clubes, alegria para os torcedores. 

       

       

       

       

      1. Concordo com tudo em seu

        Concordo com tudo em seu comentário, menos na parte referente ao Corinthians deixar o Clube dos 13. Como todo cartel, o participante mais forte possui fortes incentivos para deixar o grupo, ou não seguir suas orientações.

        Mais que os clubes, caberia ao estado a responsabilidade por regular essas organizações, o estado brasileiro deveria exercer maior controle sobre a CBF, por exemplo.

    2. Tá mais do que evidente isso.

      Tá mais do que evidente isso. Sou de esquerda, me considero na verdade à esquerda da esquerda…

      E só constato que não há nomes de peso nesse espectro da política e sempre disse aqui: vcs se enganam muito em relação ao tamanho do Lula. Ele é mediocre.

      O cara enche a boca para dizer sobre a construção de um estádio para o corinthias como se fosse a maior realização da história do futebol brasileiro.

      Numa entrevista chegou a dizer com a boca cheia e toda arrogância do mundo: “eles (o governo!!!) que se virem para financiar a obra porque o Timão precisa de um estádio”.

      Falta a ele visão, coragem, organização, método..

      De outro modo: SANGUE NO OLHO E FACA ENTRE OS DENTES.

      E depois dele – que é o maior nome das esquerdas – também não há nem PÁLIDA SOMBRA sobre quem poderia ter CORAGEM.

      E o país dos bunda mole.

  24. Grande texto! O futebol

    Grande texto! O futebol morreu! Viva o Futebol! A época não permite se apegar a novas versões de um Maracanã dos idos de 1950.  Não vai dar para fugir das questões colocadas por vários comentaristas na Internet. A discussão mudou o rumo  da história de nossos estádios e foge do controle da Globo e do poder dos caciques que mandam e desmandam no  futebol brasileiro.. E a discussão é muito boa.

  25. Artigo que foi direto ao

    Artigo que foi direto ao ponto: em nome do dinheiro a Globo destrói tudo, inclusive nossa cultura e o nosso futebol, desde sempre uma das fontes do nosso orgulho.

  26. Começando a me refazer da

    Começando a me refazer da hecatombe de ontem, é hora de analisar não o que aconteceu ontem, mas o que vem acontecendo com o futebol brasileiro nos últimos anos.

    Vai levar tempo, mas se realmente quiser melhorar o futebol, a Rede Globo terá que perder poder no esporte. Para início de conversa, não dá para o técnico da seleção ter assessor de imprensa pago pela emissora. Não dá para Luciano Huck parar treino no meio para fazer quadro do seu programa. Não dá para ter um Campeonato Brasileiro com diferenças tão monstruosas de valores de transmissão. A força do futebol brasileiro depende de ter muitos times competitivos e isso é tudo o que a empresa não quer. A Globo quer dois times fortes e migalhas para o resto. O resultado é uma seleção pouco competitiva.

    A Globo é um problema grande, mas não é único. A Lei Pelé teoricamente acabou com o passe, mas, na prática, criou uma legião de procuradores e empresários de jogadores que se tornaram, da noite para o dia, os verdadeiros donos dos “direitos federativos” dos jogadores (nome pomposo para passe). Nenhum jogador com mais de 15 anos de categoria de base de time grande entra em campo sem que tenha um contrato com esses despachantes do futebol. Mandam e desmandam nos clubes que se tornaram dependentes deles. Só tem um problema: procurador não quer que um time ganhe. Procurador quer ganhar dinheiro com seus jogadores.

    Ter lucro em si não é problema, desde que não afete o objetivo dos clubes. A questão é que os empresários possuem metas diferentes dos times. Enquanto um clube objetiva ganhar títulos e, para isso, deve manter os melhores jogadores por períodos mais longos, os empresários querem que seus jogadores joguem, não importando se são os melhores ou não. Empresário quer jogador forte na divisão de base, não jogador habilidoso.

    Não bastasse a multiplicação dos procuradores, a limitação dos contratos dos times formadores gera bizarrices como a ida para Europa de jovens talentos por valores muito menores do que os valores de venda quando estouram nos gramados de lá. As pessoas se surpreendem por não haver jogadores atuando no Brasil na seleção. Não deveriam. Os jogadores atingem seu auge na faixa etária de 25-30 anos. Quando chegam a esta idade, todos os craques já foram vendidos para o exterior há algum tempo.

    Temos jogadores estrangeiros e até dirigentes estrangeiros no futebol brasileiro. Só não temos técnicos estrangeiros. Se tivéssemos os melhores técnicos, eles seriam disputados a tapa por times europeus e isto simplesmente não acontece. A falta de competência e profissionalismo de Felipão nesta Copa deveria ser um divisor de águas e acabar com a reserva de mercado para treinadores.

    Os problemas assustam. São grandes, complexos e de longo prazo, mas não enfrentá-los pode significar novos recordes negativos no futuro.

     

  27. A culpa é da tática estupido…

    O futebol brasileiro não é subdesenvolvido do ponto de vista econômico, basta compararmos os salários pagos aqui e o restante do mercado sul-americano. Estamos a léguas de distância e a Globo tem responsabilidade nisso, já que gasta aproximadamente 1bi de reais por ano somente com o campeonato brasileiro. Luís Fabiano recebe um mínimo de 550 mil do SPFC por mês, Alexandre Pato recebe cerca de 6 mi por ano, divididos entre SPFC e SCCP, Fred 9 mi e Ronaldinho Gaúcho 10,6. Dificilmente conseguiríamos competir com o mercado europeu pelos melhores jogadores, inclusive os nossos, é um mercado de mais de 13 tri de euros, com projeção para a Ásia. 

    Nós começamos a perder essa Copa no dia em que acreditamos que somente as nossas individualidades ou a soma delas resolveriam uma partida de futebol. Isso não acontece mais no futebol? É claro que sim, dois jogadores podem resolver uma partida, o futebol é complexo demais para ser explicado a partir de único parâmetro. Apenas para facilitar as coisas, digamos uma partida eliminatória pode ser resolvida por 50% técnica e 50% tática, isso em uma estimativa um tanto quanto simplista. 

    Taticamente estamos atrasados a algumas décadas e parte desse atraso pode ser creditado ao nosso sucesso dentro de campo. Entre 1994 e 2002 chegamos a 03 finais consecutivas de Copa do Mundo, entre 1994 e 2005 nossos jogadores venceram 07 vezes o prêmio de melhor jogador do mundo, de 1994 até 2014 vencemos 12 a Libertadores da América. Qual o resultado disso? Confirmamos nossa inabalável convicção de que a partida é só entre os onze caras que estão em campo. Nossa preparação física melhorou muito, a estrutura dos principais clubes faz inveja alguns clubes europeus, o alemão que dirige os EUA disse que o viu em Cotia no CFA do SPFC não existia na Europa.

    Taticamente, entretanto, estamos muito atrasados. Basta ver justamente as últimas Libertadores, embora tenhamos vencido as últimas 04 edições do torneio, somente o SCCP em 2012 venceu de forma incontestável o Boca. A própria vitória contra o Chelsea também foi bastante diferente das outras vezes que clubes brasileiros venceram o mundial neste século, jogamos por uma bola, tanto o Inter quanto o SPFC. Enfim, os times sul-americanos sem estrutura, com salários muito mais baixos que os nossos, as vezes atrasados, tem imposto grandes dificuldades aos times brasileiros. O resultado disso foi que Tata Martino, depois de excelente trabalho na LaU, foi contratado pelo poderoso Barcelona, o atual campeão espanhol é outro argentino, isso sem falar de Manoel Pelegrino, Marcelo Bielsa dentre outros, a lista é longa.

    Essa copa mesmo mostrou isso. O sufoco que a Alemanha passou para despachar a Argélia. Um grande posicionamento defensivo explorando em bolas rápidas pelas pontas a lenta defesa germânica (duvido que ganhem da Holanda na final, mas isso é outra história). E o Irã do técnico português contra a Argentina? Que quase não passa da Suíça, isso não quer dizer que CBF e Globo não tenham sua parcela de responsabilidade, no dia da apresentação do técnico da seleção brasileira, perguntado sobre a possibilidade de Pep Guardiola assumir o time, Marin afirmou que os técnicos do Brasil estavam todos prontos para o desafio, não estavam, não estão e vão demorar para estarem. Tirante Tite que parece ser o mais antenado dos nossos “professores” estamos todos mal preparados. A Globo é cumplice desse processo, mas o principal culpado são CBF e clubes, que pagam o que pagam por um produto defasado e torto.  O futebol brasileiro não é subdesenvolvido do ponto de vista econômico, basta compararmos os salários pagos aqui e o restante do mercado sul-americano. Estamos a léguas de distância e a Globo tem responsabilidade nisso, já que gasta aproximadamente 1bi de reais por ano somente com o campeonato brasileiro. Luís Fabiano recebe um mínimo de 550 mil do SPFC por mês, Alexandre Pato recebe cerca de 6 mi por ano, divididos entre SPFC e SCCP, Fred 9 mi e Ronaldinho Gaúcho 10,6. Dificilmente conseguiríamos competir com o mercado europeu pelos melhores jogadores, inclusive os nossos, é um mercado de mais de 13 tri de euros, com projeção para a Ásia. 

    Nós começamos a perder essa Copa no dia em que acreditamos que somente as nossas individualidades ou a soma delas resolveriam uma partida de futebol. Isso não acontece mais no futebol? É claro que sim, dois jogadores podem resolver uma partida, o futebol é complexo demais para ser explicado a partir de único parâmetro. Apenas para facilitar as coisas, digamos uma partida eliminatória pode ser resolvida por 50% técnica e 50% tática, isso em uma estimativa um tanto quanto simplista. 

    Taticamente estamos atrasados a algumas décadas e parte desse atraso pode ser creditado ao nosso sucesso dentro de campo. Entre 1994 e 2002 chegamos a 03 finais consecutivas de Copa do Mundo, entre 1994 e 2005 nossos jogadores venceram 07 vezes o prêmio de melhor jogador do mundo, de 1994 até 2014 vencemos 12 a Libertadores da América. Qual o resultado disso? Confirmamos nossa inabalável convicção de que a partida é só entre os onze caras que estão em campo. Nossa preparação física melhorou muito, a estrutura dos principais clubes faz inveja alguns clubes europeus, o alemão que dirige os EUA disse que o viu em Cotia no CFA do SPFC não existia na Europa.

    Taticamente, entretanto, estamos muito atrasados. Basta ver justamente as últimas Libertadores, embora tenhamos vencido as últimas 04 edições do torneio, somente o SCCP em 2012 venceu de forma incontestável o Boca. A própria vitória contra o Chelsea também foi bastante diferente das outras vezes que clubes brasileiros venceram o mundial neste século, jogamos por uma bola, tanto o Inter quanto o SPFC. Enfim, os times sul-americanos sem estrutura, com salários muito mais baixos que os nossos, as vezes atrasados, tem imposto grandes dificuldades aos times brasileiros. O resultado disso foi que Tata Martino, depois de excelente trabalho na LaU, foi contratado pelo poderoso Barcelona, o atual campeão espanhol é outro argentino, isso sem falar de Manoel Pelegrino, Marcelo Bielsa dentre outros, a lista é longa.

    Essa copa mesmo mostrou isso. O sufoco que a Alemanha passou para despachar a Argélia. Um grande posicionamento defensivo explorando em bolas rápidas pelas pontas a lenta defesa germânica (duvido que ganhem da Holanda na final, mas isso é outra história). E o Irã do técnico português contra a Argentina? Que quase não passa da Suíça, isso não quer dizer que CBF e Globo não tenham sua parcela de responsabilidade, no dia da apresentação do técnico da seleção brasileira, perguntado sobre a possibilidade de Pep Guardiola assumir o time, Marin afirmou que os técnicos do Brasil estavam todos prontos para o desafio, não estavam, não estão e vão demorar para estarem. Tirante Tite que parece ser o mais antenado dos nossos “professores” estamos todos mal preparados. A Globo é cumplice desse processo, mas o principal culpado são CBF e clubes, que pagam o que pagam por um produto defasado e torto.  

  28. O que mais me entristece é

    O que mais me entristece é ter quase certeza de que essa  derrota humilhante não vai mudar quase nada na estrura podre do futebol brasileiro. O Brasil já passou por eliminações e nada aconteceu. O momento em que um dirigente mais se viu ameaçado foi em 2001, quando o Brasil tinha o risco real de não ir pra copa da Coréia-Japão. A Globo atacou de todo o jeito o dirigente. Ele resistiu e ainda teve a sorte da equipe ser campeã – e aí Globo e Ricardo Teixeira viraram amiguinhos de infância. 

    A política brasileira, desde 85, vem evoluindo. Aos trancos e barrancos, mas vem. Porém, o futebol aqui no Brasil é um espaço totalmente apodrecido. E o melhor exemplo é que o seu dirigente é uma figura bisonha como Marin, um ex-político em atividade. 

    Acho que a única coisa boa que a Dilma viu nesse derrota do Brasil é saber que não terá que passar pelo asco de ter que cumprimentar o Marin, político que defendia a tortura, caso o Brasil vencesse. Seria uma ironia muito cruel que uma mulher de coragem e honesta (apesar de teimosa demais) ter que cumprimentar um personagem covarde e que nem tem a hombridade de assumir que defendia tortura no passado. 

  29. O governo precisa retirar o

    O governo precisa retirar o futebol das mãos da Globo e da CBF e tem totais condições se não fosse a maior dificuldade de todas: vontade determinada e inteligente.

    Não sei quanto a Globo paga pelos direitos de transmissão, o que sei é que um ou dois bilhões para o ESTADO BRASILEIRO é troquinho de padaria.

    Um juntamento de empressas estatais (PETROBRÁS, CAIXA e BANCO DO BRASIL) oferece o triplo que a Globo paga e ainda por cima o bolo conteria uma cereja deliciosa.

    Paguem os Clubes e transmita os jogos pelas Tvs Públicas. É a morte de dois coelhos com uma paulada só. Devolve o futebol para o brasileiro e quebra a perna dessa rede mafiosa.

    Como tudo isso aí não passa de sonho porque estamos num país de covardes que buscam o poder para logo em seguida praticarem cruel OMISSÃO contra os interesses mais básicos da população…

    Que seja feita qualquer outra coisa..!

    Que os canidadatos a presidente sejam inquiridos sobre essa relação nefasta Globo-CBF…

    Que os torcedores tenham acesso às decisões dos Clubes de futebol…

  30. Descontinuidade

    A seleção brasileira é um ajuntamentos de jogadores em época de Copa do Mundo. Não há nenhum jogador que tenha experimentado em campo outras Copas, a Alemanha tinha 6 veteranos e o time vinha batalhando, enquanto projeto coletivo para chegar onde chegou, já há algum tempo. Acabou a Copa, todos os jogadore brasileiros vão seguir suas carreiras em times decadentes europeus, não há continuidade, de forma que,  Quando  se ajuntam para jogar na Copa, termina sendo todos estreantes, um time iniciante. Fora isso, houve o problema da parte técnica e até de concentração , pois a Regina Casé entrava na concentração quando queria pq o patrão manda no futebol, mas não na Era Dunga, mas esse foi espinafrado pela Globo por não obedecer as ordens dos irmãos Marinho, o que Nassif relata é assustador mas é real e escondem, o povo não pode saber dos segredos dessa máfia e ainda culpam o pé da Dilma!

  31. Engraçado o fetiche que

    Engraçado o fetiche que pelegos de todas as matizes ( direita ou esquerda ) tem com a Globo…rs

    Para a extrema direita a Globo esta a serviço dos progressistas e da ditadura Gay, seria uma agente contra a familia brasileira e alinhada com os pensamentos de víes socialistas, basta ir ate o site Midia sem mascara para ver como lá a Globo é vista, alias o Olavo de Carvalho se pudesse ja teria tocado fogo nela…rs

    E por parte dos ditos Progressistas a Globo é agente da CIA contra o povo brasileiro e a dignidade das minorias.

    O denominador comum entre esses dois grupos é obviamente DELIRIOS e mania de buscar bode expiatorios para atraves deles ” materializar ” suas sandices…rs

    1. Então, não é fetiche, é
      Então, não é fetiche, é constatação diante do inevitavel, dde pessoas que estudam o tema e tem observações com argumentos. Mas não. ..a pessoa prefere dizer que é fetiche. Fazer o que né, as vezes somos cegos perantporque queremos.

    2. Transmissão (exclusiva), no

      Transmissão (exclusiva), no meio de semana, começar 22:30, por causa de novela, é fetiche, ou poder de poder?

      Nunca ter feito um “globo reporter” sobre a (verdadeira) história do havelange e do teixeira, é fetiche?

      Quer mais (só estamos falando de futebel, por ora)?

      Cadê o DARF? Tudo bem, não precisa mostrar. Basta explicar. Usar um de seus inúmeros e potentes meios de comunicação. Conte a história toda, mesmo que seja uma “verdade parcial”. Mesmo que seja a versão platinada.

       

      leonidas, na boa, pegue o seu banquinho e saia devagarinho…

  32. Tinha colocado em outro

    Tinha colocado em outro postagem e cabe aqui meu comentário.

    Estava pensando comigo sobre a Imprensa e o Futebol brasileiro e sua estrutura nos times, saiu este texto.

    O que nos resta é entender que a estrutura viciada do Futebol brasileiro, onde quem tem mais condições de persuasão na opinião pública, que é a Grande Imprensa e em especial a Rede Globo: nunca pensou em colaborar na transformação do Futebol brasileiro em um Patrimônio da Nação, esta porque se beneficia dele.

    Lembro quando o Governo Argentino resolveu tornar o Futebol um bem universal no País Argentina, colocando suas transmissões em Rede Pública, a gritaria da Imprensa brasileira foi grande, contra a decisão do Governo argentino. Um lembrete: o Brasil foi o único País da Copa sem transmissão estatal (pública).

    Sabe aquela discussão privado X público (estatal) que era uma ingerência do poder público sobre o produto Futebol. Este era o nível da discussão, não mais que isto.

    A Imprensa, concordemos, parte dela entende que é preciso modificar a estrutura do Futebol brasileiro, a começar pela promiscuidade da relação CBF/FIFA e os direitos de transmissão, que na verdade acabam atravancando quaisquer mudanças na realidade futebolística do Brasil.

    Duas organizações corruptas como FIFA e CBF se aliam com quem aceita se omitir de denunciá-las e aceita os conchavos entre as partes para existência de exclusividade na transmissão.

    Nós não vamos ter um Futebol melhor no Brasil, enquanto se olhar para o Futebol como uma galinha dos ovos de ouro, quase que exclusivamente, como um produto rentável ao extremo, e que eu não quero “largar o osso”.

    Não cabe ao Governo tomar a iniciativa de mudar a CBF para mudar o Futebol brasileiro e sua estrutura no Brasil; A CBF é uma entidade privada! Porém, se existisse um interesse da sociedade por mudanças e um apoio da Imprensa brasileira, talvez, se possa caminhar no sentido de mudança da CBF por dentro.

    Porém, é preciso ir além da ideia de que tornar o Futebol brasileiro de todos e um Patrimônio nacional seja “estatizá-lo”.

    O resto da grande Imprensa brasileira que não seja a Rede Globo, infelizmente, tem certo receio de opinar e encampar uma mudança nesta articulação CBF/FIFA e Rede Globo, talvez, por medo de uma retaliação de trabalho futuro na emissora, até de uma credencial e/ou um direito futuro para transmissão de um evento ligado ao Futebol e tudo fica como está.

    Enquanto a gente não solucionar quem deve ser o organizador do Futebol no Brasil e como fiscalizá-lo para haver transparência nos seus atos, desde a organização dos campeonatos, das equipes que participam sem alianças espúrias de clubes, federações e a entidade, das seleções de base (quem é convocado e quem é o treinador), até a seleção principal, passando por quem transmite, pelo STJD, etc. não se terão resultados seguros dentro de campo.

    Nós temos uma realidade diversa hoje, que é a do Brasil urbano, a maioria esmagadora dos brasileiros mora nas cidades e nas cidades pouco há áreas livres para a prática do Futebol. Hoje é preciso das escolinhas de Futebol, não se fazem mais craques como antigamente, como nos tempos dos campos de terra batida pelo Brasil afora. Aqui perto de casa, área central de São Paulo, havia grandes áreas para a prática do Futebol, até construírem a Avenida 23 de maio, hoje elas são escassas. As áreas urbanas são, quase sempre, edificadas e quando há um terreno livre ele é cercado, murado: é propriedade particular. Não tem nem quadras poliesportivas de livre acesso. É preciso reestruturar até o acesso ao jogo de Futebol nas cidades do Brasil e reestruturar o conceito de vitória, muito arraigada ao tamanho + altura e preparo físico do atleta, nas categorias de base, onde, treinadores querem mais é levantar a TAÇA e se mostrarem capazes de chegar ao time de cima, ao grande clube, do que se preocuparem na formação de atletas com todos os fundamentos prontos e Profissionais completos, quando de suas chegadas ao time Profissional.

    Treinador de categoria de base é para formar atletas ou ganhar títulos?

    Aqui no Brasil se escolhe muito jogador pelo porte físico e altura, infelizmente. E, se valoriza o título até de fraldinha. Afora todo o assédio de empresários para com garotos de 12, 13 anos de idade, criando um mundo de sonhos, que se realiza para pouquíssimos desses atletas. A maioria dos jogadores profissionais ganhará, se tanto, 1 salário mínimo. O garoto com 12 anos de idade já tem empresário (dono do jogador), já tem o passe fatiado e propostas de jogar no exterior. Porém, pouca formação cidadã para o atleta se dá; e se este não vingar no Futebol o que será dele?

    A necessidade de rápida profissionalização, por causa da concorrência estrangeira na compra dos melhores jogadores – não os grandalhões que ganham os títulos das categorias de base pela força física, retira do atleta a sua formação plena como jogador, este nem bem disputa algumas partidas e já tem de substituir outro jovem jogador vendido para a Europa e outras partes do mundo. Os empresários vendem logo seus atletas, porque é rentável a venda, imagina receber 4, 5, 10 milhões de reais de uma tacada só num investimento que foi de, por exemplo, 1000 reais mês, por 3/4/5 ou 6 anos?

    Esta reestruturação do Futebol pode ou não ser uma prerrogativa do Estado brasileiro? O Futebol deve ser um produto mercantilizado como é hoje ou um patrimônio de todos os brasileiros? Eis as perguntas que deixo. 

  33. Império

    O texto do Nassif mostra bem o que muitos começam a perceber. A Globo manda e desmanda no esporte brasileiro todo. Consegue faturar como nunca com um evento como a copa ao mesmo tempo em que faz terrorismo noticioso contra o evento sem dar a mínima para as consequencias econômicas daí advindas. Afinal, o dela já estava garantido.  Fantástico.

    E pelo que vimos no ano passado tem grande influência no próprio STF, para dizer o mínimo. Nem precisa falar quanto aos congressistas. Quantos são do partido  Globo? Serão todos?

    O evento copa mostrou,  ao menos aos mais antenados como manipula diariamente as notícias. Até põe claramente o número do partido de seu candidto em  título de novela em ano de eleição.  Não é de um descaramento inacreditável?

    E de agora até 03 de outubro tenho certeza que todos estão esperando para saber o que, porque sabem que vai acontecer.   – O que a Globo, e seus associados, Folha, Estadão, Veja, RBS e cias, vão aprontar, que outro golpe vão criar para fazer vencedor seu candidato? 

    É um poder imperial…. Mas pode isso?  Será assim em outros países? Uma empresa de mídia fazer o que bem quer, e como muitos percebem, contra os interesses da maioria da população de uma nação inteira? Ter assim tanto poder? 

  34. jogo depois da novela

    Some a isso o fato da Globo determinar o horário dos jogos durante a semana, depois da novela de 9h, impossibilitando o torcedor de ir ao estádio, o que faz o Brasil ficar atrás de EUA, e da 2a divisão inglesa e alemã em público nos jogos!

  35. O começo da reforma do

    O começo da reforma do futebol brasileiro vai começar no reconhecimento, CARA A CARA, da realidade real da gestão desse futebol. A realidade é SIMPLES DE ENTENDER mas na cultura brasileira se procura não contar a realidade fria 

    quando ela é desagradavel.

    1ª REALIDADE : 95% dos dirigentes do futebol brasileiro estão nesse negocio para GANHAR DINHEIRO e nada mais.

    2.Todo Real que entra em um clube de tutebol tem comissão. O maior ganho dos dirigentes é a VENDA DE JOGADORES.

    3.Não há o mais remoto interesse em melhorar coisa alguma, o unico interesse é pegar comissão nos salarios de técnicos, na venda de jogadores, nos patrocinios, em QUALQUER COISA.

    4.Na gestão Belluzzo no Palmeiras, bem intencionado mas sem os codigos mafiosos do ramo, conselheiros COBRARAM comissão para renovação de contrato de jogadores, na maior cara de pau. Entrada e saida de jogadores geram SEMPRE comissão para alguem do clube,

    Ponto. Essa é a realidade REAL.

    5.Boa parte, para ser contido, da midia brasileira faz parte desse “business” de comissões, de levantar bola para contratos e cobrar porisso, é o setor de negocios mais corrompido do mundo.

    Sem reconhecer a REALIDADE nunca se fará reforma.

    1. Jogadores

      Outro detalhe, Motta Araújo. A imprensa irresponsável eleva um jogador medíocre, mas que tem um bom empresário, à categoria de craque, valorizando o passe e ganhando muito dinheiro com isto. Conheço amigos que transitaram pelo mundo da bola e que me falam da quantidade de craques que são preteridos por pernas de pau, simplesmente por não aceitarem as imposições, muitas vezes esdrúxulas, dos dirigentes do futebol.

      1. Isso daí é estória. Os

        Isso daí é estória. Os jogadores de alguns são sempre craques que foram preteridos por outros piores.

        Como saber se o cara é craque, se ele nunca teve chance de mostrar esse futebol em um grande time ? Impossível.

        Craque de várzea ou de treinos existem muitos.

         

         

  36. A Globo quer evitar uma

    A Globo quer evitar uma reforma no futebol brasileiro, pois teme que ela atinja os privilégios da emissora nas transmissões esportivas. Por isso, vai fazer de tudo para desmotivá-la, tentando fazer os brasileiros minimizarem essa derrota histórica, e ainda colocando a culpa nos jogadores pelo fracasso.

    A verdade é que precisamos de uma limpeza no futebol nacional, começando pela CBF e indo até as categorias de base dos clubes, também passando pelos direitos de transmissão esportiva. O Bom Senso FC está aí para cobrar isso. Comentei em outra publicação que a Bundesliga (Campeonato de Futebol Alemão) distribui todos os lucros entre os clubes. No Brasil, grande parte do lucro do Brasileirão fica com a CBF.

    Percebi que o Santos FC, por exemplo, não tem tantos craques como antigamente (mesmo com uma grande base de atletas) e corre o risco, muitos dizem, de ser rebaixado este ano. A base do São Paulo FC está parecida, com a diferença que o time tem dinheiro para contratar atletas. Muito se fala na influência nefasta de empresários na negociação de atletas nesses clubes, acredito que isso deveria ser investigado também.

    Portanto, há muito a fazer para 2018 (ou ainda 2022, caso não haja tempo suficiente para a próxima Copa). Mas deveríamos começar já, pelo bem do futebol brasileiro. Sugiro ler as propostas do Bom Senso FC, pode ser um bom começo para uma reforma mais profunda.

    http://www.bomsensofc.org/#propostas

     

  37. Se a GLOBO chiar…..

    FIM DA CBF JÁ! 

    Se a Globo chiar, corta publicidade do governo e bota a Receita Federal em cima deles.

    O bolso sempre dói mais.

    1. Tb entendo assim, concordo

      Tb entendo assim, concordo plenamente. O governo perde tempo entrando em bola dividida. Já te todos os elementos para colocar essa emissora no banco dos réus! Vergonha para quem se vende e trabalha para gangaters.

  38. Futebol

    Apesar da tristeza e vergonha pelo placar, não me surpreendeu a vitória da Alemanha sobre o Brasil. Há alguns anos vi na televisão uma entrevista com Franz Beckenbauer na qual ele explicava o replanejamento do futebol alemão, desde as escolinhas até o profissionalismo. Enquanto isto, aqui, continuamos a ver a predominância da desorganização generalizada e incompetência das cabeças (im)pensantes do futebol. Se continuarmes assim, novos vexames ocorrerão e o futebol irá perdendo a glória do passado como já está ocorreu com a fórmula 1. Parabéns à Alemanha, torcerei por ela no domingo.

  39. Felipão premiado com a seleção, após levar o Palmeiras pra 2ª

    Tem um comentário de um Mauro…

    “Como todo palmeirense e brasileiro sou gratíssimo a Felipão, mas a fila andou e agora é fácil”.

    Gratíssimo por Felipão? Juro que não entendi.

    Após ter levado o Palmeiras novamente para a 2ª divisão, Felipão foi premiado com o comando da seleção!

    Gratíssimo!!! Virar técnico da seleção após um fiasco? Como assim?

    Dentre tantos treinadores no País, por que motivo escolher justo o que acabara de mandar um dos maiores clubes para a 2ª divisão?

    Negócio de compadres!!! Muddam-se as moscas… o resto todos conhecem.

    E o que foi aquele monte de abraços e beijos no vestiário, entre jogadores brasileiros e alemães?

    Falei pra minha esposa: “Que p. é essa? Jogo de compadres?!!! Tapinha nas costas, abraço, beijo… vai dar m.!

    Leveou o 1 e nada de falta; levou o 2 e nada de falta; levou o 3 e nada de falta; levou o 4 e nada de falta… jogo de compadres!!!

    Amigos de fulano contra os amigos de siclano, mas com ingresso caros e sem doações a ninguém.

    1. Não tem nada a ver.
      Felipão

      Não tem nada a ver.

      Felipão foi técnico do vitorioso time do Palmeiras de 1999.

      Esse rebaixamento foi devido ao time horroroso que havia agora, recentemente. Coisa que nao é culpa de nenhum técnico. Se o time é muito ruim, não tem como o treinador fazer nada. Não dá para culpar ele. Coisa que em uma seleção não ocorre, pois é ele quem escolhe os jogadores.

       

      1. Felipão e Luis Gonzaga Belluzzo

        Sobre Felipão no verdão acontece que em 2010 o presidente da epoca do palmeiras, Sr Belluzzo, havia prometido ao Felipão que iria montar um forte time como o da parmalat de 1999, repatriou idolos como Valdivia e Kleber Gladiador, após as eleições em 2011, Belluzzo não se reelegeu, entrou o Sr Tirone e seu amigo trapalhão Frizzo, e no decorrer do ano ficou clarissima a desmotivação de Felipão dentro da academia, sem os camarões que ele pensou que teria se Belluzzo tivesse vencido a eleição, se negou a trabalhar com determinados jogadores da base, dispensou e bateu de frente com idolos como Kleber que e Pierre, brigou com o elenco no vestiario por fofocas e outras bobagens no meio do campeonato largou o barco, que posteriormente vimos o que aconteceu, foi a segunda divisão, após o sucesso na copa de 2002 o que felipão ganhou no Chelsea? na seleção de portugal? no usbequistão?? a não ser ‘grana e fama’  taças nem pensar, vi e acompanhei tudo de perto na academia do palmeiras, pois sou exfuncionario, agora sim como pessoa Felipão é até um cara bacana mesmo com suas mandingas, mas sua teimosa extrema, facilidade de criar birras e atritos, deixaram ele apenas com um tecnico idolo do passado e ultrapassado, tecnico pode até não fazer gol claro mas pode sim atrapalhar a equipe, boa noite!

  40. cheguei a dizer alhures que

    cheguei a dizer alhures que acabaria torcendo para a seleção brasileira,o que não faço ha muito. mas, confesso, não consegui. esse efeito de manada criado, proporcionado e inflado pela mídia, definitivamente me causa náusea. nesse último jogo, o culto àquele jogador machucado, transformado em herói (enquanto o outro jogador colombiano, um algoz) representou para mim o auge da babaquice. a chegada do ônibus ao estádio, com batucadas, cânticos ou coisa parecida, ilustra um pedacinho: não deveriam estar concentrados, focados no jogo que viria logo em seguida? não, o marketing ou coisa parecida está entranhado nas cabeças destes que foram incensados (iludidos, enganados) ao olimpo esportivo, catapultados como “os melhores”, os salvadores de uma pátria sem rosto (quando muito, nessa hora, o “país do futebol, do samba, da alegria”, embora este país esteja líder e ensinando a outros como crescer e dividir, na economia – a propósito, rumo ao insustentável sócio-ambiental). é tudo para a tv mostrar, sabem-se vistos por muitos e assim não tem ego que resista, é da fraqueza de todos nós…

    se adentrarmos ao mensurável da questao, o dinheiro, os beneficiários corruptores destes milhões mais a reforma urgente e necessária da estrutura (também) do futebol, aí já estaremos falando de algo que depende das nossas instituições, lotadas de bad aplle, para forçar uma mudança, como sabemos que precisamos de uma reforma política via constituinte exclusiva (acompanhamos uma certa discussão disso aqui. pensamos que um retrocesso em relação ao que temos na constituição não seria constatado considerando que há uma mídia alternativa na rede que congrega boa parcela da população [oxalá estejamos certos], embora não tenhamos os movimentos sociais de toda ordem aglutinados como nos anos oitenta).

    mas…quantos seremos? os seguidores da mídia corporativa, essa parcela à reboque e autoenganando-se com “felicidade” ou os “mais antenados”? o que esperar de um país no qual seu supremo tribunal se deixa pautar por esta mesma mídia? (quando os interesses se irmanam…) que povo realmente pode se indignar sendo tão cooptado?

  41. esporte

    É fácil acabar com a maracutaia, é só o governo investir no esporte olímpico fora dos clubes de futebol, se faz necessário separar os clubes de futebol que recebem milhões e desviam essa verba para o futebol profissional. esta prática deve ser abandonada imediatamente ou continuaremos com o subdesenvolvimento do esporte olímpico e do próprio futebol. Porque não investe estes milhões jogados no lixo, na escola? Precisamos de espaços adequados, de pistas de atletismo, a prática olímpica está na escola! Queira ou não os teóricos burros do MEC ! Eu adorei a seleção levar 7 gols no lombo, poderia ser mais, os alemães tiveram pena da frágil seleção.

  42. TROLAGEM

    Fico a perguntar aos meus botões porque este post não foi publicado antes da derrota. Favor não perderem o tempo de tentar responder tal questão.

    Também por que o Romário não publicou aquele longo artigo no dia 07 de julho?

    E assim caminha a humanidade…

  43. Em 50 foi uma tragédia.Terça,foi uma vergonha.São coisas diferen

    Para complementar, deixo a análise e o desabafo do Flávio Gomes em seu Blog:

    NÃO FOI ACIDENTE, DONA LÚCIA

    (mirem-se na Alemanha) – No dia da final da Copa das Confederações, há pouco mais de um ano, Carlos Alberto Parreira fez um dicurso motivacional antes do jogo e usou uma frase de efeito para os jogadores que dali a instantes enfrentariam a Espanha. “Existe uma hierarquia no futebol, e eles foram campeões do mundo sem enfrentar a seleção brasileira!”, bradou para a turma do #ÉTóisss.

    Ui, quanta valentia.

    E aí a seleção foi para cima da Espanha, um time já envelhecido e que tinha gasto muitas de suas horas em solos brasileiros tomando caipirinha e comendo putas durante um torneio que não valia nada — exceto talvez ajudar os branquelos e branquelas de camiseta de 200 paus da Nike, unhas muito bem pintadas e cabelos loiros, a não se atrapalharem na hora do sonho intenso e raio vívido, muitas vezes trocados pelo amor eterno seja símbolo, naquela zona de hino que fala de coisas incompreensíveis como impávido colosso, florão (flor grande?) da América, terra garrida, clava forte, verde-louro (é aquele da Ana Maria Braga?) e lábaro que ostentas.

    O time ganhou, os branquelos aprenderam a cantar o hino, aparentemente, os jogadores passaram a ensaiar os mesmos versos para cantá-los com os dentes cerrados, e vamos para a Copa do Mundo. Antes, vamos quebrar também umas vitrines, culpar a Dilma, criar umas hashtags, #VemPraRua, #NãoVaiTerCopa, reclamar das filas nos aeroportos, bater umas selfies e escrever #ImaginaNaCopa no Facebook quando atrasar um voo da TAM para Orlando.

    Acelera o filme e chegamos ao final de maio, maio agora, um mês e meio atrás. Dia de apresentação da seleção em Teresópolis, entrevistas coletivas, olha só como tudo ficou bonito, olha só a estrutura, os quartos, as bicicletas ergométricas, os campos de futebol, a sala de imprensa, as banheiras de hidromassagem, as TVs de LCD, o WiFi funcionando. Felipão: “Nós vamos ganhar a Copa”. Parreira: “Chegou o campeão. Estamos com uma mão na taça. A CBF é o Brasil que deu certo”.

    Acelera um pouco mais o filme, chegamos ao dia 8 de julho, vulgo ontem, Mineirão. Como tinham feito nas cinco partidas anteriores, os jogadores entram em campo um com a mão no ombro do outro, feito minha classe na Escola Municipal Dona Chiquinha Rodrigues, em 1971, no Campo Belo, quando eu estava no primeiro ano primário. Cantávamos o hino todos os dias, mas nunca precisei colocar a mão no ombro de ninguém porque era sempre o primeiro da fila, por ordem de tamanho.

    Tal rotina cumprida por todo um período escolar me permite não embaralhar versos até hoje, garanto que nunca enfiei a paz no futuro e a glória no passado depois do formoso céu, risonho e límpido, mas ao mesmo tempo me privou de decorar de maneira adequada o hino da independência, porque esse a gente zoava mesmo, eram os cinco filhos do japonês, cada um deles contemplado com uma desgraça diferente, um era vagabundo, outro era punheteiro, e o coitado do quinto tinha nascido sem pinto. Como esse a gente cantava só uma vez por ano, não tinha problema algum abrir mão daquelas baboseiras de garbo juvenil, grilhões da brava gente brasileira, e perfídia astuto ardil é a puta que pariu. Na mesma vida ter de decorar lábaro que ostentas estrelado e ímpias falanges é um pouco demais, não força a amizade.

    Pois que os meninos da CBF, o Brasil que deu certo, adentraram o gramado em fila escolar, perfilaram-se, urraram o hino nacional segurando uma camisa do Neymar Jr. como se fosse a farda de um soldado abatido em Omaha Beach, enquanto o próprio assistia ao jogo em sua casa no Jardim Acapulco pingando fotos no Instagram, #ÉTóiss.

    Parêntese. No dia anterior, três dos meninos da CBF também colocaram fotos no Instagram com a hashtag #jogapraele, respondidas, as fotos, com a hashtag #jogapramim pelo soldado abatido na guerra, Neymar Jr. Todos eles, Neymar Jr., Marcelo, Willian e David Luiz, receberam quantia não divulgada da Sadia, patrocinadora da seleção, para a, como se diz hoje, ação. Foram alguns milhões de curtir & compartilhar que deixaram os marqueteiros da empresa muito satisfeitos e ansiosos para saber quantos frangos seriam vendidos no dia seguinte, enquanto os rapazes rangiam seus dentes gritando pátria amada, Brasil.

    Então começou o jogo e foi aquela coisa linda.

    Então acabou o jogo e estavam todos atônitos, pasmos, chocados, passados, desacorçoados, e os câmeras da FIFA se divertiram fazendo closes de garotinhos com fulecos na cabeça derramando lágrimas no peito de papai com um TAG-Heuer no pulso. Oh, coitados. E os óculos Prada embaçados com as lentes melecadas de rímel? Pobres almas.

    Acelera a fita e chegamos à coletiva de hoje, sete figuras em Teresópolis numa mesa, uns dois ou três eu não tenho a menor ideia de quem fossem, ou sejam, porque continuam sendo alguém. Reconheci Parreira, Felipão, Murtosa, o médico, acho que o preparador físico. Tinha um de agasalho, quase um boneco de cera, no centro da mesa tal qual um Jesus Cristo na última ceia, que entrou mudo e saiu calado, e portanto não devia ter grande importância.

    E o que se viu foi uma demonstração de arrogância, soberba, prepotência, falta de humildade, um festival de sandices, um arroto coletivo coroado com a carta da dona Lúcia.

    Dona Lúcia é a grande personagem desta Copa do Mundo, e surgiu, infelizmente, aos 44 do segundo tempo. Teria sido muito divertido saber o que ela pensava desde o dia 12 de junho, na abertura em Itaquera. Foi sua carta, na verdade um e-mail, afinal estamos em 2014 e nem dona Lúcia escreve mais a mão, fecha um envelope, lambe um selo e vai ao correio, que absolveu toda a CBF, todos os membros da comissão técnica, todos os jogadores, todos os nossos pecados. Foi a carta de dona Lúcia que permitiu a Parreira, a quem encarregaram de dar à luz a missiva, concluir que está tudo perfeito, que ele é perfeito, Felipão também, os demais da mesa, o futebol brasileiro, a CBF. Afinal, como ele disse há um ano, há uma hierarquia no futebol. E estamos no topo dessa cadeia. É nóis, mano. #ÉTóiss.

    Bem, vamos a alguns fatos. Foi o pior resultado de uma seleção brasileira desde o dia em que o Homem de Neandertal deu um bico na cabeça do cara da tribo vizinha, arrancando-a e fazendo a dita cuja voar entre duas árvores. Um 7 x 1 numa semifinal de Copa gerou folhas e folhas de estatísticas, todas elas iniciadas com “nunca”. Nunca isso, nunca aquilo.

    Não me senti envergonhado de nada nem durante, nem depois do jogo. Quero que a seleção se foda, não dependo dela para viver, torço para a Portuguesa, e para mim, depois de 1982, tanto faz se a CBF tem um escudo com quatro, cinco ou dez estrelas. Para mim, a equação é simples: quem se dá bem quando a seleção ganha? A CBF e os caras que tomam conta dela, mais um pessoal no entorno, mídia incluída, que se apropria das vitórias e se refere ao time na primeira pessoa do plural. Acho todos desprezíveis, então não me importo se ganha, perde, empata, se goleia, se é goleada. Olho tudo, assim, com o distanciamento e isenção necessários e torcendo apenas por uma coisa: que um dia tudo mude.

    Mude, porque gosto de futebol. Porque olho para a Alemanha e fico feliz da vida de ver que um projeto feito há não muito tempo dá tão certo e é baseado apenas em honestidade de princípios, trabalho, dedicação, metas, filosofia.

    Filosofia. Essa é a palavra. Em 2000, a Alemanha fez uma Eurocopa de merda e não passou da primeira fase. Fritz, Hans, Müller, Klaus e Manfred se reuniram e decidiram salvar o futebol do país. Para isso, era preciso mudar tudo. Clubes, ligas, divisões de base, campeonatos, estádios, distribuição de dinheiro, formação de técnicos, médicos, preparadores físicos, finanças, tudo. O resultado, óbvio e inevitável, seria uma seleção forte, mais dia, menos dia.

    Os resultados estão aí e não vou me alongar neles. São quatro semifinais seguidas de Copas, a Bundesliga tem uma média de público assombrosa, os clubes são saudáveis, vivem decidindo os campeonatos europeus, é um sucesso. A coisa é tão bem feita e bem pensada, que os clubes são obrigados até a estabelecer uma filosofia de jogo e aplicá-la em todas as suas divisões. A divisão de grana não é a obscenidade determinada pela TV Globo aqui, por exemplo. Atende a critérios técnicos, não a planilhas do Ibope. Em resumo, em 14 anos, o que é quase nada, os caras reconstruíram seu futebol. E o futebol na Alemanha, com o perdão da expressão, mas não encontro outra melhor, é do grande caralho.

    Enquanto isso, por aqui, ele é infestado por figuras sombrias e deprimentes, gente ligada ao regime militar, múmias carcomidas, antiquadas, obsoletas, conservadoras (o treinador é admirador confesso de Pinochet), adeptas de rituais de guerra, de conceitos bélicos, de atitudes marciais, gente que não sorri, que dá asco, que, definitivamente, não tem nada a ver com o futebol que o Brasil um dia mostrou ao mundo e fez com que o mundo se encantasse por ele. E até hoje isso acontece. Esse encanto, que é claramente uma herança do passado, segue tão vivo que a Alemanha, hoje, pediu desculpas ao Brasil.

    Não precisava. Essa gente não merece tamanha consideração. A seleção brasileira não representa nada, a não ser os interesses (pessoais, muitas vezes; não estou falando só de dinheiro) de meia-dúzia que há décadas se locupleta com ela. Como explicar a escolha do técnico, por exemplo? Felipão, nos últimos dez anos, perdeu uma Euro com Portugal para a Grécia em casa, foi demitido do Chelsea, mandado embora de um time uzbeque e rebaixou o Palmeiras para a Série B. Prêmio: virou técnico da seleção brasileira na Copa do Mundo disputada no Brasil.

    Hoje, na tal coletiva, brandiu folhas de papel com seu retrospecto e carga horária de treinos para provar que fez tudo direitinho. Parreira, figura hedionda e sorumbática, interrompia o abatido treinador a cada resposta para rebater toda e qualquer crítica e reforçar sua autoproclamada competência, seu currículo inatacável, seu passado vitorioso de líder de polichinelo, flexão de braço, distribuição de coletes e posicionamento de cones.

    O futebol brasileiro recebeu alguns recados nos últimos anos. Quando o Santos tomou duas goleadas do Barcelona, por exemplo. Ou quando o Inter foi eliminado do Mundial de Clubes por um time africano. E, depois, o Atlético Mineiro — por uma equipe marroquina. As finais da Libertadores serão retomadas agora, depois da Copa. Sabe quantos clubes brasileiros estão entre os semifinalistas? Nenhum. A média de público da Série A é não menos que ridícula. O campeonato do ano passado acabou num tribunal fajuto porque a CBF não consegue publicar uma suspensão de jogador num site. O clube que reclamou dessa iniquidade foi chantageado e ameaçado de desfiliação e acabou rebaixado, sem ter direito sequer de buscar seus direitos.

    Esse futebol, ontem, levou sete gols da Alemanha. Quatro deles em seis minutos. E a turma responsável por esse vexame hilariante, hoje, não desceu do salto. Não assumiu nenhum erro. Não admitiu nenhuma falha. Não reconheceu suas deficiências. Tratou o resultado como um acidente.

    Foi quando surgiu a carta de dona Lúcia. Que termina sua peroração dizendo que não entende nada de futebol. Talvez por isso os sete da mesa, mais os que nela não estavam, tenham tentado convencer dona Lúcia de que foi um acidente.

    Mas não foi não, dona Lúcia.

    * Ilustro este post, que nem queria escrever, porque não escrevi nada desta Copa, infelizmente (foi uma Copa riquíssima e excepcional), com a melhor das capas de jornal que vi hoje. É do “Extra”, aqui do Rio, que enterra de uma vez por todas o Maracanazo. O que aconteceu em 1950 foi uma tragédia. O que aconteceu ontem, uma vergonha. São coisas bem diferentes.

    1. DONA LÚCIA, NÃO FOI ACIDENTE E ABRIU UMA CRATERA DE OPORTUNIDADE

      Flávio, bom dia.

      Algumas poucas discordâncias entre o que penso e o que você pensa, graças a Deus por isso senão seríamos apenas o mais-do-mesmo, lhe parabenizo pelo ótimo artigo, linha de raciocínio e capacidade de observação da realidade e das oportunidades que podemos (ou já podemos cravar que poderíamos?) ter após este fiasco histórico de nossa seleção canarinho. Repasso abaixo, um breve texto escrito inspirado após a leitura deste seu artigo.

      Estamos diante de uma janela, (ou será de uma cratera?), que expôe para todos os lúcidos e sãs de consciência a urgente necessidade de limpeza, estudo, planejamento, construção e constante transformação do nosso futebol. Limpeza esta que não deve ser iniciada pelo técnico da seleção, como já de costume por aqui, mas sim do alto, do primeiro escalão de milionários executivos que  não entendem de futebol, de amor ao esporte, mas sim de cifras, alianças políticas e favorecimentos.

      A Alemanha nos presta um grande favor deixando como legado um excelente estudo de caso “Como transformar um futebol combalido e fracassado em uma potência resgatando um pedaço do futebol arte brasileiro”. Pronto! Já não precisamos pensar muito, temos um manual, um passo-a-passo para absorver e implantar em nosso país, e porque não abranger as modadalidades olímpicas, aproveitando a proximidade do Rio 2016, para fazer um pacotão de mudanças? Será utopia minha? Eu procuro ser otimista e pensar no melhor, acredito que se nós jornalistas, comunicadores, articulistas, editores, executivos da imprensa transparente começarmos o processo e explodir os veículos de comunicação, as redes sociais e o que estiver ao alcance com artigos, reportagens, matérias, fotografias que proclamem esta necessidade de renovação, de forma constante, (não só agora, pós-final da copa do mundo de 2014), talvez consigamos gerar este sentimento de renovação em nossa sociedades e nos empresários que “investem” neste descredenciado futebol brasileiro, pois um espetáculo de maior qualidade, lhes renderá mais dinheiro, vide exemplo do que rende uma Champions League, um Superbowl, a NBA e etc. Pode ser que não funcione? Sim. Pode ser que façamos uma pequena poeira e depois vá embora com a primeira brisa? Sim. Porém, o que podemos perder, além do que já temos? Será que iremos piorar a realidade do momento? Penso que não.

      Penso que devemos criticar, expor nossas opiniões, mostrar o que está errado! Sim, de certo esse é o papel da imprensa, mas também percebo que essa mesma força pode ser o braço pioneiro para um processo de mudança na forma de administrar o esporte neste país.

      Já temos um movimento, (ainda não muito bem resolvido e com algumas linhas de raciocínio questionáveis, é verdade), conhecido como Bom Senso F.C. Por que não surgir agora um Diários Associados pela Transformação Desportiva, o D.A.T.E., sei que o nome é péssimo, mas esse é o menor dos problemas.

      Alemanha..agradeço o bem que fez ao futebol brasileiro! Obrigado pelo 7 x 1, por esta goleada histórica que pode ser lembrado como a pior participação brasileira em Copas do Mundo e/ou o marco de um novo e promissor futebol verde-amarelo.

       

      Obs.: Não sou nenhum jornalista cego que não percebe a realidade do país em questões muito mais importantes que o esporte, apenas estou tratando do assunto em voga. A mudança social do país está mais em nossas mãos do que a transformação do esporte, só precisamos despertar para isso.

       

      Tiago de Andrade Gomes

      Jornalista independente em constante aprendizado!

  44. excelente comentário, mas

    excelente comentário, mas essas mudanças já deveriam ter sido iniciadas pelo menos desde os tempos do joão havelange, que acabou se baseando nos esquemas da cbf para incrementar na fifa uma visão superconsrvadora e meio mafiosa do futebol, juntamente com ricardo teixeira, genro dele, o que já denota aí a excxrescência que é essa cúpula diretiva desse esporte….

    sobre o esquema da globo, é sempre a mesma coisa, o oba-oba, a monopolização do simbólico em benefício próprio sem gastar nada, ao contrário,  só pra faturar cada vez mais.

    quando a seleção perde, volta o viraltismo repugnante, como se a nação tb perdesse…

    ora. é apenas um jogo e todo jogo é jogado, como diria o carne-frita no jogo de sinuca.

    perder de um ou de sete, tanto faz já que o resultado – a desclassificação – é o mesmo…portanto, a questão toda é de intensidade – e aí a velha mídia deita e rola a manipula as paixões naturais e muitas vezes primitivas de muitos que misturam tudo pra confundir os sentimentos das pessoas.

    desses meios surgem os eternos donos da verdade – os que nelson rodrigues chamaria de idiotas da objetividade… mascaram os erros para heroicizar alguns para depois emasculálos covardemente, puxam o saco dos jogadores para submetê-los a todos os seus desejos de dominação de um esporte que deveria ser curtido por toda a população sem essa interferência grotesca e expropriatória de nossos símbolos pela globo….

    aliás.a globo é uma das organizações que carrega entulhos autoritários bastatne antigos além das cicatrizes da torturante ditadura, esse entulho conservador e mafioso das cúpulas diretivas do futebol – o que esse marin tem a ver com futebol é o que gostaria de saber, pois o que se sabe dele objetivamente é que participou ativamente da ditadura civil-militar de 64.

  45. A culpa e da direita.

    A culpa e da direita.

    “Eles” conseguiram… e agora?por Rui Costa Pimenta

    A derrota esmagadora da seleção brasileira aconteceu muito antes deste fatídico 8 de julho no Mineirão.

    Foi preparada pela direita nacional organizada pelo imperialismo, pelos monopólios capitalistas do esporte, pela imprensa “nacional” (vendida para o capital estrangeiro) e, inclusive pela esquerda pequeno-burguesa que trabalha a serviço da direita como o Psol, o PSTU e outros grupos menores do mesmo quilate.

    Acuaram os brasileiros para não torcer pelo Brasil, buscaram de todos os meios desestabilizar o time brasileiro.

    A seleção foi derrotada pela política, mais precisamente pela pressão política.

    Os jogadores brasileiros, todos muito jovens, provavelmente a seleção mais jovem que o Brasil já teve fez o que pode, não pode ser culpada de nada. Foi perseguida pela imprensa, caçada em campo, teve que lutar contra os juízes e todas as tramoias obscuras e não conseguiu. Tiraram da Copa o seu melhor jogador com o apoio cínico da imprensa. Desarticularam o time e a seleção verde amarela lutou como pode até o gol de honra contra a Alemanha no final do jogo. São o retrato do povo brasileiro e da classe trabalhadora da qual vieram: são grandes jogadores, lutaram muito contra tudo e contra todos e foram esmagados e humilhados.

    O povo brasileiro que torceu pela seleção brasileira com todo o coração está sofrendo desta mesma humilhação.

    Há os chacais, como a direita, que querem agora tirar proveito desta humilhação e desmoralização. Há os pequeno-burgueses de esquerda e de direita que vão festejar a tristeza do povo e a sua humilhação. É o seu ofício, por isso, merecem o justo desprezo do povo. O ódio é reservado à burguesia.

    As apostas foram feitas. O jogo bruto de sempre, dentro e fora do campo, atropelou o Brasil, seu futebol e seu povo. Os que esperam ganhar têm que aguardar a reação real do povo a toda a operação política que conduziu o Brasil e seu futebol a um desastre ainda maior do que o de 1950 no Maracanã.

    Aos jogadores e ao povo, nossa saudação.

    http://www.pco.org.br/nacional/eles-conseguiram-e-agora/aspa,a.html

     

  46. Análise lúcida e que vai

    Análise lúcida e que vai fundo nos reais problemas do futebol brasileiro. Há tempos perdi muito do encanto com a minha seleção em razão de ser composta na grande maioria por jogadores nativos servindo a clubes no exterior. E o pior dessa última, até humilhante, é que muitos até são meros RESERVAS de seus respectivos times.

    A Globo foi criada e cevada por ditaduras. Houvesse um mandatário realmente corajoso reformaria a legislação no que trata a concentração de mídias. Infelizmente o PT não teve, e talvez não terá, peito para isso.

    Parabéns, Nassif, por essa “dissecação” perfeita do “cadáver” já putrefado.

  47. Globo vende mentiras no
    Globo vende mentiras no futebol, engrandece o fraco futebol Brasileiro , o governo desgoverna o pais os politicos so enchergam a si próprio o pais vai mau no tudo ou quase tudo, o pior que o povo aceita ou é omisso.

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