Xirley, sucesso do cantor, compositor e multi-instrumentista pernambucano Zé Cafofinho, ganhou single remixado pelo paraense Waldo Squash, o rei do eletromelody, e clipe dirigido pelas cineastas Bárbara Cunha e Mary Gatis
Fotos: Olívia Leite
Saia vermelha, camisa preta, chegou para abalar. Em um encontro fervilhante entre o cinema pernambucano e o eletromelody paraense, o cantor, compositor e multi-instrumentista recifense Zé Cafofinho lançou, na última sexta-feira, remix e clipe inéditos de sua Xirley, sucesso nacional anteriormente gravado na voz da cantora Gaby Amarantos. “É um breguinha que fala de sedução e café coado na calcinha”, diz Cafofinho.
A faixa, que integra o álbum Dança da Noite, foi remixada pelo paraense Waldo Squash, o rei do eletromelody, e promete se tornar um hit deste verão. No novo clipe, somaram-se às batidas marcantes a direção, roteiro e montagem assinados pelas cineastas pernambucanas Bárbara Cunha e Mary Gatis, além da performance contagiante dos bailarinos Cecília Valadares, Luiza Yuk e Mateus Rocha que executam coreografia criada por Milton Coatti.
Recém-premiadas no Sans Souci Festival of Dance Cinema (EUA), a dupla de diretoras Bárbara Cunha e Mary Gatis desenvolvem juntas pesquisa sobre o corpo enquanto manifesto e traduzem músicas em filmes de dança e performance.
“Desde 2018, Mary e eu começamos a pensar sobre processos do corpo, investigando a interseção entre dança, música e performance. O corpo manifesto; político e agente transformador. O corpo enquanto festa e resistência. Para este trabalho, imaginamos esta entidade sem gênero, que vem do futuro trazer a liberdade em forma de dança”, comenta Bárbara.
“Foi uma delícia samplear o sample, reuso-novo-master da Xirlei remixada. Essa garota imaginada ganha uma veste audiovisual, inédita e roubada, sequestrada com concessões afetivas, apadrinhada pela macumba da arte”, completa Mary.
O clipe foi realizado de maneira colaborativa, com captação de recursos feita via vaquinha virtual. A construção visual mistura elementos das religiões de matriz afrodescendente a cenários típicos da cultura urbana, com direção de fotografia de Renato Stockler, direção de arte de Mônica Rodrigues Fernandes e Mozart Fernandes (Vértices Cenografia Arte e Design) e consultoria de roteiro de Paulo Caldas.
“Depois de um ano tão complicado e ainda diante de tantas incertezas é maravilhoso lançar Xirley com toda pompa no verão de 2021. É uma celebração da vida“, resume o compositor.
Sobre Zé Cafofinho
Zé Cafofinho é o alter ego do músico Tiago Andrade, figura intensamente presente na cena musical do manguebeat, que revelou bandas como Chico Science & Nação Zumbi. Tiago traz para sua criação contemporânea a viola de arco – seu principal instrumento – e desvenda novas possibilidades para uma realidade desenfreada de inúmeras produções musicais. Integrou bandas como Variant, Originais do Sample e Songo.
Sobre Waldo Squash
Waldo Squash lidera a Gang do Eletro, um grupo de Belém do Pará que mistura música eletrônica com carimbó e tecnobrega, e trabalha também com Gaby Amarantos. Com seu grupo, se destacou em festivais como Terruá Pará, em Belém, Rec Beat, no Recife (PE), Sónar, em São Paulo (SP), SWSX, no Texas (EUA), Trans Musicales, em Rennes (França) e Lusotronics, em Berlim (Alemanha).
PARA VER
https://www.youtube.com/watch?v=F-wuypBopTU&feature=emb_logo&ab_channel=Z%C3%A9Cafofinho
PARA OUVIR
https://drive.google.com/file/d/1J27oZY1qj4f-QBUoQvsFwkqTDheG4iiC/view?usp=sharing; https://tratore.ffm.to/xirley
REDES SOCIAIS
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