Categories: Mídia

O futuro da mídia

Uma boa discussão sobre o futuro da mídia, do sempre competente Sérgio D’Avila, correspondente da Folha em Nova York (http://www.google.com/notebook/public/03904464067865211657/BDRADSgoQue7v0Pcj).

A questão é simples de entender, complexa de resolver. Os jornais impressos tendem a perder cada vez mais substância. Surge um mundo novo, coalhado de blogueiros, redes sociais. Fazer jornal custa, tem que ter redação, escritórios em outros países, gastos com viagem – além dos gastos convencionais, com impressão e distribuição.

Qual o modelo de negócio? Só publicidade não mantém. Terá que se voltar ao modelo de assinatura, de venda de matérias isoladas?

Um bom tema, a pedra filosofal que está sendo procurada por todo mundo.

Luis Nassif

Luis Nassif

View Comments

  • A impressão que tenho é que a
    A impressão que tenho é que a solução não partirá dos jornais, da imprensa estabelecida, mas dos blogueiros mesmo. São eles que estão com a faca e o queijo na mão. Quer apostar?

  • Nassif

    A maior parte dos
    Nassif

    A maior parte dos comentários dos blgs se baseiam em notícias que são divulgadas pelos grandes jornais. Partindo-se desta premissa, devemos inicialmente assumir:

    - O fim da mídia de notícias invariavelmente empobreceria os blogs a temática de fofocas.
    - O jornalismo de blog, como o teu, precisaria de toda uma infraestrutura com correspondentes e jornalistas para continuar existindo com é hoje.
    - Momentaneamente estão tentando veicular as notícias principais gratuitamente, como forma de autopulicidade. A tendência é que os meio de comnicação comecem a cobrar pela íntegra.
    - Só haverá pessoas dispostas a pagar pela íntegra das notícias, se elas forem confiáveis e não tendenciosas.

    O Calcanhar de aquiles é o alinhamento político dos meios de comunicação, que está gerando o descrédito do leitor.

    Quando os grandes grupos de mídia perceberem que a noícia deve ser imparcial e as opiniões devem ser reservadas aos colunistas, começarão a ter de volta seus leitoras habituais e recuperarão suas receitas.

  • não entendo muito do
    não entendo muito do babado... mas se tivesse que apostar (ou torcer)

    diria que se bem desenhado, um JORNAL eletrônico, com jornalistas e editores sendo mantidos EM CASA, conseguiriam se manter com publicidade e interação de dados e fatos

    ...e nada que dispense a transparência e a observância de um CÓDIGO DE ÉTICA (*)

    (*) uma certificação de qualidade que blogueiro isolado não consegue ter, e que a própria imprensa ainda hoje reluta em aceitar e que corrobora com a industria do boato irresponsável

    acho que nada muito diferente dos portais, só que melhorados ...sem papel nem tinta, tudo virtual

    tipo como uma agência de noticias ...claro que o processo é lento e empregaria menos ...é troço demorado de ser amadurecido e implantado ...coisa sujeita a tentativa e erro

    e claro que a tudo passaria pela INTERNET ABERTA, de acesso BOM, barato e irrestrito a todos no planeta

    ...com certeza integrado a outros serviços como telefonia, video conferência, a rede, integração com a TV digital, micro, radio-cinema e compras digitais (inclusive com algumas exclusivas)

    ...a HDTV doméstica deveria (ou irá) se eleger pra ser o hardware a comandar este processo

    mas melhor parar de sonhar ..Com nossa Internet lenta e cara, de CARTÉIS feudais, estrangeiros, dominando nossas informações e VERSÕES ...fica difícil

    um mundo de POUCOS (de menos ainda), absorvendo o esforço de bilhões (por isso preferia que fosse comandada aqui pelo ESTADO brasileiro - ECT SAT)

    ...talvez mais do mesmo

  • Nassif,

    OS jornais impressos
    Nassif,

    OS jornais impressos OK estao mal, mas e as revistas semanais? Vc acha que com o crescimento da internet elas tambem serao amaeacadas?
    E a TV aberta, perderia influencia e poder se todos tivessemos TV a cabo?

  • É um beco sem saída.

    O
    É um beco sem saída.

    O futuro é a web - os portais - que podem receber propagandas e assinaturas.

    Depois do tweeter, quem vai ler manchete de ontem?

  • Publicada em:09/02/2009

    O
    Publicada em:09/02/2009

    O FUTURO DOS JORNAIS

    Antonio Tozzi – Direto da Redação

    Miami (EUA) - A reportagem de capa desta semana da revista Time aborda exatamente os tempos negros vividos atualmente pelos jornais. Evidentemente, o autor da análise pessimista, Walter Isaacson, ex-editor da própria Time, aborda a questão dos jornais americanos, apresentando números que comprovam a queda de faturamento das empresas de mídia, enquanto se constata o aumento do número de leitores – sobretudo entre o público jovem que, normalmente, rejeitava o formato de jornal impresso.

    A questão é saber como as empresas poderão sair desta sinuca em que se encontram. Ao mesmo tempo que a tecnologia democratizou o acesso à mídia global, dificultou os mecanismos de faturamento. Ou seja, pode-se ler publicações de países do mundo inteiro num simples clicar de botão – com exceção feita, infelizmente, àqueles países governados por regimes ditatoriais que impedem o livre acesso à informação. Para estes governantes, informação válida apenas aquela que lhes agrada.

    Desnecessário citar os nomes dos países, os mesmos de sempre, que querem dominar as mentes dos seus povos controlando a informação, caso de China, Coréia do Norte, Cuba, Birmânia,etc.

    Mas, voltando ao mundo real, o jornalismo, segundo Isaacson, está seriamente ameaçado. Tanto a profissão de jornalista, porque, em breve, as empresas não mais poderão pagar salários justos a seus profissionais, como o próprio jornalismo, que pode perder força, como instituição, pois ficará rendido completamente ao poder dos anunciantes, uma vez que as outras fontes de renda praticamente estão deixando de existir: venda em banca e assinatura. Ora, por que alguém vai assinar uma publicação se pode lê-la – e outras também – on-line sem pagar um centavo por isto?

    Para piorar a situação, os anúncios em webpages e portais não estão revelando-se a fonte de receita que os provedores de conteúdo esperavam. E a crise econômica veio somente agudizar e tornar público a agonia das empresas de mídia.

    Além dos tradicionais (e cruéis) cortes de pessoal, algumas empresas estão tentando saídas criativas para superar a crise e não perecer. Aqui, no sul da Flórida, dois jornais concorrentes – Sun Sentinel e The Palm Beach Post – uniram suas equipes de entrega para otimizar os custos. Em vez de dois entregadores de jornais, as empresas estão empregando apenas um para fazer o mesmo trabalho. Isto, é claro, cortou empregos neste setor.

    O Christian Science Monitor e o Detroit Free Press decidiram suspender suas edições impressas e continuam publicando conteúdo on-line. No Brasil, a Tribuna da Imprensa, do Rio, e a Gazeta Esportiva, de São Paulo – um dos mais tradicionais jornais de esporte do país – também adotaram esta postura.

    Isaacson admite ter sido um erro a liberação gratuita de conteúdo e sugere, pelo menos, um pagamento mínimo, do tipo assinatura eletrônica via pay pal. Na opinião dele, mesmo que fosse um centavo, a quantidade gerada possibilitaria uma boa arrecadação para as publicações, como, aliás, faz atualmente o Wall Street Journal.

    Na mesma edição, porém, uma matéria de Josh Quittner é mais pragmática. O autor não acredita que tentar cobrar por aquilo que já é gratuito surtirá qualquer efeito junto aos usuários, até porque sempre haverá alguém fornecendo conteúdo grátis e quebrando a corrente.

    Em vez de culpar a tecnologia, ele propõe fazer da tecnologia uma aliada. Por isto, defende a adoção de e-readers, instrumentos que transformam a leitura eletrônica um prazer, eliminando as torturantes chamadas de e-mails, messengers pop-ups e afins, que apenas irritam quem está interessado em ler um artigo.

    A verdade é que, mais do que nunca, as empresas de mídia precisam unir-se e buscar alternativas para sobreviver – e lucrar, a fim de garantir emprego para os jornalistas e demais funcionários que trabalham no setor. O duro mesmo será convencer alguém a pagar por aquilo que já recebe de graça, como frisou Quittner.

    A pergunta que fica é a seguinte: você pagaria para ter acesso a conteúdo ou simplesmente manteria os canais abertos, sob risco de ver as companhias jornalísticas desaparecerem?

    http://www.diretodaredacao.com/site/noticias/index.php?not=4342

  • Quem precisa de jornal ? Eu
    Quem precisa de jornal ? Eu não compro jornal há anos, mesmo porque as noticias estão sempre atrasadas e a coluna social e de fofocas políticas aqui na minha cidade é de nível abaixo da crítica.

    Os celulares e as redes de compartilhamento seráo os veiculadores naturais dos acontecimentos relevantes, sem intermediários , em primeira mão, em tempo real e sem custo.

  • A boa e isenta informaçã são
    A boa e isenta informaçã são sagradas, sendo assim, que tal a mídia tentar introduzir esta filosofia para ver se melhora, sendo, que da forma que está não faz diferença a sua existência para aqueles que querem ser respeitados intelectualmente.

Recent Posts

Choques políticos em série refletem bagunça institucional, por Antonio Machado

O chamado ativismo judicial provoca rusgas institucionais desde o tempo do mensalão, antecedendo os ataques…

2 horas ago

Lei de Alienação Parental: revogar ou não revogar, eis a questão

Denúncias de alienação descredibilizam acusações de violência contra menores e podem expor a criança aos…

2 horas ago

Papa Francisco recebe Dilma Rousseff no Vaticano

Os dois conversaram sobre o combate à desigualdade e à fome. Para Dilma, o papa…

5 horas ago

Exposição à poluição aumenta o risco de doenças cardíacas em moradores de São Paulo

Os pesquisadores constataram que pessoas que sofrem de hipertensão sofrem ainda mais riscos, especialmente as…

6 horas ago

Vídeo mostra a ação da polícia durante abordagem de Tiago Batan

Caso ganhou repercussão no interior de SP; jovem faleceu após ser baleado na região do…

6 horas ago

Roberto Campos Neto e o terrorismo monetário

É papel do Banco Central administrar as expectativas de mercado, mas o que o presidente…

7 horas ago