A morte do maestro italiano Claudio Abbado

Sugerido por Gilberto Cruvinel

Da BBC

Maestro italiano Claudio Abbado, ex diretor musical do La Scala, morre aos 80 anos de idade

Ele morreu em Bolonha depois de longa enfermidade, disse Raffaella Grimaudo, porta-voz da prefeitura de Bolonha.

Abbado, que era senador vitalício na Itália no último ano, tinha cancelado apresentações recentes e aparições devido à doença.

Ele também regeu a Orquestra Sinfônica de Londres entre 1979 e 1988, onde foi muito aplaudido pelos concertos de seu compositor favorito, Gustav Mahler. Ele foi também diretor musical da Ópera Estatal de Viena entre 1986 e 1991 e regente convidado na Orquestra Sinfônica de Chicago.

Claudio Abbado

Abbado fundou sua própria orquestra em Lucerna, Suiça, foto de 2007.

Em 1989, Abbado foi eleito regente da Filarmônica de Berlim por seus membros, onde ele trabalhou até 2002. “A morte de Claudio Abbado deixa uma grande lacuna no mundo da música clássica.” disse Roger Wright, executivo da Radio 3, descrevendo-o como “um dos mais importantes regentes de sua geração.” Ele elogiou ” sua atitude gentil combinada com sua firme determinação de oferecer música de alta qualidde que resultou em tantas peformances e gravações marcantes.”

Abbado nasceu em uma família musical em 1933 e estudou no Conservatório de Milão antes de ir estudar com Hans Swarowsky em Viena. Sua carreira começou no La Scala em 1960 e ele se chegou a diretor musical da famosa casa de ópera até 1986, antes de seu trabalho na Opera Estatal de Viena e na Filarmônica de Berlim.

Em 1997, Abbado ganhou o prêmio Grammy na categoria melhor performance solo instrumental (com orquestra).

Performances inesquecíveis

Em 2012, ele foi escolhido para Gramophone Hall of Fame e premiado cmo regente no Royal Philharmonic Society (RPS) Music Awards. O mais recente prémio foi dado por seus concertos com a Orquestra do Festival de Lucerna no Royal Festival Hall em 2011.

A Royal Philharmonic Society elogiou Abbado, dizendo que cada um de seus concertos era “uma performance inesquecível, momentos únicos”

“Seus extraordinários e reveladores concertos com a Orquestra do Festival de Lucerna mudaram percepções e elevaram o nível mais uma vez de até onde é possível um grupo de músicos chegar”. À frente daquele concerto, Abbado disse à Radio BBC que ele era um “perfeccinista” e que “sem música, o mundo seria um lugar terrível.”

Ele era apaixonado por jovens músicos e fundou orquestras jovens por toda a Europa. La Scala disse que a doença foçou Abbado a cancelar dois concertos em 2010 que marcariam seu retorno à casa de ópera de Milão pela primeira vez em 25 anos, e para celebrar o 50º aniversário de sua estréia como regente.

Abbado sofreu com problemas de saúde por muitos anos, renunciou de seu posto na Opera de Viena por razões de sáude em 1991 e passou por uma cirurgia para remover um câncer de estômago em 2000.

Clauddio Abbado e Orquetra Filarmôica de Berlim

Mahler Sinfonia nº 3

por  ocasião do bicentenário do Teatro Comunale de Ferrara em 1998.

Redação

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  1. Mozart, Requiem em Ré menor KV 626, por Claudio Abbado

    Herbert Von Karajan – Concerto em memória

    Berliner Philharmoniker

    regente: Claudio Abbado

     

    Swedish Radio Choir

    regente: Maria Wieslander

     

    Cathedral de Salzburgo

     

    1. Mozart, Grabmusik, KV 42 – Betrachte Dies Herz Und Frage Mich, ária para soprano, cordas e baixo contínuo

        Rachel Harnisch, soprano

    2. Mozart, Requiem em Ré menor KV 626, 

         Karita Mattila, soprano

         Sara Mingardo, mezo-soprano

         Michaeal Schade, tenor

         Bryn Terfel, baixo barítono

     

    [video:http://youtu.be/kAURk6sm_Jc%5D

  2. Perda

    Uma perda irreparável para a música. Grande regente ! Tive o privilégio de assistir a magnífica apresentação da Orquestra da Juventude Européia sob sua regência, no Estádio Olímpico de Berlim, com uma apresentação memorável da 2ª Sinfonia de Mahler. A música vai sentir falta deste mestre.

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