Famílias de SP reduzem intenção de consumo em junho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Fatores como desemprego, dificuldade de acesso a crédito e menor renda afetaram dados

Jornal GGN – O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 0,9% em junho na comparação com o mês anterior e registrou 63 pontos, registrando assim seu menor resultado desde o início da série histórica em 2010, de acordo com levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). No comparativo com o mesmo período do ano passado, quando marcou 81,7 pontos, o índice caiu 22,9%. O ICF varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100, satisfação em relação às condições de consumo.

Quatro dos sete itens que compõem o indicador apresentaram retração no comparativo mensal. Renda Atual foi a categoria com maior queda no mês (-4,7%) e atingiu 69,6 pontos, o menor nível para o item na série histórica. Outro item que contribuiu para a queda do ICF no mês foi Acesso ao Crédito, que registrou recuo de 3,5% e atingiu 62,3 pontos, também o menor nível para o item na série histórica.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, as variáveis de renda e crédito, em seus piores níveis, afetam de forma mais significativa as vendas de produtos mais caros como os duráveis (geladeira, fogão, TV, etc.). Em junho, o item Momento para Duráveis caiu 4,2% e passou de 39,9 para 38,2 pontos, renovando também a mínima histórica. Para quase 80% dos paulistanos é um mau momento para a compra desse tipo de bem.

Apesar da estabilidade, o item Nível de Consumo Atual encontra-se em 35,2 pontos, o menor resultado da série histórica e também a pior avaliação entre os sete itens do ICF no mês. Já para os próximos meses, apesar do item Perspectiva de Consumo ter registrado alta de 3,9%, seu nível ainda é muito baixo (50,4 pontos). Segundo a pesquisa, 64% dos paulistanos disseram que reduzirão os gastos de suas famílias nos próximos meses.

Em contrapartida, os dois itens relacionados ao emprego registraram ligeira alta: o item Emprego Atual ficou praticamente estável com variação de 0,2% e ainda na casa dos 87 pontos (87,6 pontos), enquanto o item Perspectiva Profissional cresceu 1,5%, passando de 96,2 para 97,6 pontos. Mesmo com essa leve recuperação, os dois itens ainda estão abaixo dos 100 pontos, mostrando que os entrevistados não acreditam em melhoras em um horizonte de seis meses.

Na avaliação por faixa de renda houve recuo para ambos os segmentos analisados. As famílias com renda inferior a dez salários mínimos aumentaram a insatisfação em 1,1%, com o ICF passando de 64,2 para 63,5 pontos. Já o ICF das famílias com renda superior a dez salários registrou leve queda de 0,3%, mas o patamar de insatisfação mantém-se mais baixo do que o das famílias de menor renda (61,3 pontos em junho).

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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