ATUALIZAÇÃO: Em derrota da Lava Jato, Gebran Neto sinaliza mudança de foro do caso Lulinha

Embora competência da Vara da Lava Jato tenha sido questionada, relator negou pedido de defesa do filho mais velho do ex-presidente Lula

Foto: Reprodução/Metropoles.com

Atualizado para edição de título e de link

Jornal GGN – O desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) negou o pedido da defesa do empresário Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, para retirar a investigação sobre as ligações entre a Gamecorp/Gol e a Oi/Telemar. Contudo, Gebran Neto colocou em xeque a competência da vara curitibana para julgar o caso.

De acordo com informações do jornal O Estado de São Paulo, Gebran Neto disse não vislumbrar com a mesma nitidez a competência da 13.ª Vara Federal de Curitiba para processamento do feito.

Lulinha e Gamecorp foram alvo da fase 69 da Lava Jato, chamada Operação Mapa da Mina, no último dia 10. A argumentação usada pela força-tarefa de Curitiba é que recursos ilícitos podem ter sido utilizados para a compra do  sítio de Atibaia usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O imóvel está em nome de dois sócios de Lulinha, Jonas Suassuna e Kalil Bittar.

Na última semana, o advogado de Lulinha, Fábio Tofic Simantob, pediu que a retirada da investigação de Curitiba, sob a alegação de que o caso não tem vínculos com os desvios da Petrobrás investigados pela Lava Jato.

Segundo Gebran Neto, a conexão entre os fatos principais e eventuais desdobramentos que levaram ao pagamento do sítio de Atibaia em linha de princípio é “bastante tênue, senão inexistente”, ao mesmo tempo em que é igualmente questionável a associação dos fatos sobre a compra do sítio de Atibaia e contribuições da empresa Andrade Gutierrez (que é igualmente investigada pela Lava Jato) para a Gamecorp.

Gebran Neto também recusa a tese de que a Lava Jato é responsável pelo caso uma vez que as supostas provas contra Lulinha foram encontradas no curso das investigações sobre a Petrobrás. Segundo ele, os únicos elos aparentes entre a investigação sobre o filho de Lula e a Lava Jato são a natureza dos crimes investigados e alguns dos nomes envolvidos.

Redação

5 Comentários

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  1. Tem que ter controle externo do Poder Judiciário.
    Não pode ser dentro do mesmo poder, como o CNJ e também o CNMP.
    O Ministério Público estruturalmente nem faz parte do Poder Judiciário, mas
    tem que entrar também nesse controle externo.
    Agora mais do que nunca, tem que haver um controle de conformidade
    para evitar o uso político do sistema judiciário.
    Os futuros legisladores tem essa missão depois dessa grande lição dessa operação lava
    a jato. E também da operação faroeste, como outros escândalos que envolvem o poder judiciário.
    O Poder Judiciário está POLITIZADO e provocou um caos no país, aliando-se inclusive a interesses
    internacionais. Coisa de alta traição ao país.
    TEM QUE SER MODIFICADO MUITAS COISAS COMO: VITALICIEDADE, APOSENTADORIAS, FÉRIAS,
    CONTAS E ORÇAMENTOS. MAS DO QUE ISSO, TEM QUE HAVER CONTROLE EXTERNO DE SUA
    FUNÇÃO JURIDICIONAL.

    A CONFIANÇA ESTÁ QUEBRADA E O PAÍS ESTÁ DESTROÇADO. OU O POVO TEM QUE SE LEVANTAR.

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