Comentário aberto para Joana Maranhão

Não estou acompanhando as Olimpíadas de 2016. Mesmo assim, ao ficar sabendo que Joana Maranhão foi intensamente hostilizada no Facebook, fiquei curioso. Já fui vítima de ataques semelhantes e escrevi algumas coisas sobre o assunto. Visitei a página da nadadora e fiquei indignado com os ataques rasteiros, gratuitos e violentos que ela sofreu. Deixei lá uma mensagem que resolvi compartilhar com meus leitores.

 

“Cara Joana Maranhão

Eu não a conheço e não gosto do esporte que você pratica. Mesmo assim você conquistou meu coração.

Num mundo regido pelas aparências, você preferiu ser verdadeira. Ao assumir suas posições políticas você valoriza a Constituição Federal que alguns cretinos querem rasgar. Ao agir com coragem você estimula os outros cidadãos a não cederem à propaganda golpista de uma imprensa que coloca o lucro na frente do civismo, que usa o pseudo-nacionalismo esportivo para submeter a nação aos estrangeiros e que despreza a soberania popular.

Você escolheu ser impopular num país que está naufragado no fascismo tardio de Michel Temer e José Serra. Parabéns, você nada contra a corrente num momento que seria mais fácil boiar no esgoto até chegar ao mar de lama construído por uma maioria parlamentar criminosa.

Estou com você, onde você estiver. Sou por você na vitória ou na derrota. Suas braçadas contra o terror virtual não serão em vão, pois a história a colocará num pedestal enquanto seus adversários afundarão no anonimato.

Eles a odeiam porque você é uma cidadã virtuosa e eles não conseguem nem mesmo nadar tão bem quanto você. A sua existência ilumina o Brasil que eles querem mergulhar na escuridão. A distância entre você e eles é maior da que separa os seres humanos das baratas. Isto explica porque seus inimigos tentam devorar a sua personalidade como se fossem insetos.

Não tenha ódio daqueles que só sabem odiar. Nada do que eles escrevem será capaz de reduzir você. Eles dignificam você sem perceber e se rebaixam ao que realmente são: nóias barulhentos, amargos e frustrados condenados a destruir porque nada mais sabem fazer.

Fique bem e saiba que cá estou. Nada mais tenho a lhe oferecer senão estas palavras, mesmo sabendo que a rigor você não precisa delas.”

Defender Joana Maranhão neste momento é fundamental. Ela é um símbolo do direito à liberdade de consciência e de expressão garantidos pela CF/88 que os fascistas ligados a Jair Bolsonaro, Michel Temer e José Serra querem rasgar. Fiz a minha parte e espero que os inimigos da nadadora também me ataquem, pois ao contrário dela adoro provocar os fascistas e usá-los como ratos virtuais nas minhas experiências comportamentais.

Fábio de Oliveira Ribeiro

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