Covaxingate: FIB Bank alega capital social bilionário e choca se

Jornal GGN – O empresário Roberto Pereira Ramos, sócio-diretor do Fib Bank, chocou a CPI da Covid na manhã desta quarta-feira (25) ao anunciar que a empresa seria de “pequeno porte” e praticamente sem quadro de funcionários, mas com capital social de 7,5 bilhões de reais integralizado sobretudo a partir de dois imóveis – um deles, um terreno no Paraná, representa 75% do valor revelado.

O FIB Bank seria a empresa fiadora da Precisa Medicamentos na compra de doses de vacinas da Covaxin, numa tentativa frustrada de venda para o Ministério da Saúde, no valor de 1,6 bilhão de reais. Os senadores desconfiam que a empresa não teria condições legais e financeiras de participar do negócio.

Relator da CPI, o senador Renan Calheiros disse que o depoimento pode ser um dos mais bombásticos até agora, por desnudar “origem fraudulenta do fiador do contrato da Covaxin”. A CPI completou hoje 120 dias de trabalhos.

Segundo os senadores, imóveis que compõem o capital social do Fib Bank estariam em nome de empresas que pertencem a Marcos Tolentino, um advogado e empresário que acompanhou o ex-ministro da Saúde e líder do governo Bolsonaro, Ricardo Barros, em depoimento à CPI.

Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI, frisou que o capital social do Fib Bank equivale a 10% da área urbana de Curitiba. “Me impressiona que a Lava Jato, que é de Curitiba, nunca tenha visto essa empresa”, disse Rogério Carvalho. Simone Tebet, representante da bancada feminina na CPI, criticou a omissão do Ministério Público e acrescentou que houve troca de endereço na matrícula de um imóvel listado no capital social. “É um imóvel voador”, ironizou.

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