Fernando Horta
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Desculpe dizer, mas sua tia é sim fascista, por Fernando Horta

Desculpe dizer, mas sua tia é sim fascista

por Fernando Horta

Há algum tempo, circulou um texto argumentando que “Sua tia não é fascista, ela está sendo manipulada”. Ao mesmo tempo, há uma discussão sobre a aplicabilidade do termo “fascismo” para o momento atual no Brasil, sendo que uma grande quantidade de pessoas, que se dizem liberais, advoga a tese de que a esquerda usa o termo “fascismo” para tudo o que não é ela. Retirando a capacidade explicativa do termo.

Em verdade, o que temos aqui é uma enorme confusão, causada sim por falta de conhecer a historiografia sobre o fascismo, além de um interesse político de normalizar o que estamos vivendo. Talvez fruto de um medo desmesurado, o medo dos motivos “não ditos”.

Sobre o primeiro argumento, aquele a respeito da sua tia, sim ela é fascista. Sobre o segundo, o do uso indiscriminado do termo fascismo, é preciso fazer duas reflexões: a primeira sobre o caminho das ciências sociais para explicar o fascismo; e a segunda é reconhecer que sim, nos sistemas fascistas, exatamente os liberais somem e passam a compor as hostes fascistas. A esquerda acaba ficando sozinha contra todo o resto que, num piscar de olhos, vira fascista. Ou será que ninguém notou o fim de Alckmin e Marina enquanto personagens com alguma legitimidade eleitoral? Ou será que ninguém está percebendo o esforço de diversas figuras “liberais” em defender a “impropriedade do termo fascismo” como nunca defenderam, nos últimos 5 anos, a impropriedade do rótulo “comunista” ou “autoritário” para o PT?

É preciso colocar as coisas no lugar.

Sua tia é sim fascista.

A historiografia de explicação do fenômeno fascista passou por quatro fases diferentes. Inicia com uma discussão marxista gramsciana que ressalta a incongruência das condições de classe e de suas expectativas sociais para traçar o início da ruptura social que levaria ao fascismo. Ao mesmo tempo, Wilhelm Reich vai mostrar como o fenômeno, para além das concepções estruturais da economia, estava calcado na psicologia. É verdade que Reich usa o conceito de “psicologia das massas” que foi tremendamente questionado em suas bases, mas o caminho explicativo apontado por Reich foi bastante frutífero.

Num segundo momento, as explicações sobre o fascismo giraram sobre a noção de “mal”. No início da década de 50, buscando criar ferramentas para aproximar a imagem do velho inimigo (o nazismo) à do novo inimigo (a URSS), vários intelectuais foram incitados a produzirem “sínteses” históricas, políticas ou sociais com a antinomia “liberdade x autoritarismo” ou “democracia x totalitarismo”. Hannah Arendt sucumbe a esta força e consubstancia o conceito de totalitário num livro misto de propaganda política com fina reflexão. O “mal”, banalizado, seria a causa do fascismo e do estalinismo identicamente. Contudo, enquanto Arendt trabalhava estas noções a partir de um viés de impessoalidade, toda uma outra historiografia, mais tosca, descrevia o fascismo e o nazismo como fruto da “genialidade do mal”. Livros e mais livros se amontoavam falando sobre como Hitler, Himmler, Goebbels ou Göering eram “brilhantes” em seus campos de atuação. E como este “brilhantismo” seria responsável pelo crescimento e desenvolvimento da URSS, apenas afirmando que ele era o “mal” – tal qual o nazismo fora.

Arendt era tomada pelo seu avesso e a parte do livro que é mera propaganda falava mais alto do que a fina reflexão social e política da filósofa. O “mal” em Arendt é um desprezo coletivo pelos valores humanos (em grande medida expostos pelo liberalismo político do século XVIII), desprezo plasmado na sociedade como resultado de um processo. O “mal”, para a outra interpretação, é a “genialidade” que aliena, manipula, mente e sabota o indivíduo que é bom, transformando-o num monstro.

Aqui entra a sua tia. É preciso efetivamente se perguntar se algum “gênio da maldade” opera mudanças bruscas na mentalidade das pessoas, transformando boas, caridosas e inofensivas “tias” em monstros sociais capazes de apoiar a tortura e defender execução sumária a partir do uso da cor vermelha. Será que aquela cândida cuidadora de gatos e frequentadora assídua de rodas de bate papo informais se transformava em um carrasco medieval pela força mágica do gênio que mente?

A História se pôs a campo e esta tese caiu no desprezo. Primeiro, porque verificou-se que os líderes fascistas e nazistas nada tinham de “brilhantes”. A imensa maioria era inclusive incapaz de raciocínios de mediana complexidade. O que se chamava de “genialidade da simplicidade” na comunicação fascista era, em verdade, uma incapacidade para construções compreensivas de maior monta. Em outras palavras, o fascismo não é obtuso, inconsistente e tosco por “estratégia política” no intuito de dialogar com as massas. Ele é assim porque é assim exatamente que seus integrantes entendem o mundo. O limite cognitivo é a própria incapacidade intelectual dos fascistas. E é também sua força.

No final da década de 70 e início da 80, a historiografia sobre o fascismo e nazismo dava outro giro. Passava a buscar unir as pesquisas sob psicologia (realizadas desde a década de 50, 60 e 70) para recuperar insights de Reich e Arendt dentro de teorias mais robustas. Os assustadores experimentos de Solomon Ash (sobre reações individuais frente a grupos), de Stanley Milgran (sobre obediência), Jane Elliott (os olhos azuis e marrons) e Philip Zimbardo (sobre os papeis de execução e sofrimento) davam pistas brutais de que, possivelmente, as origens da espiral fascista não fossem sociológicas ou políticas, mas psicológicas. Sua tia, muito provavelmente, tem uma predisposição a se tornar monstro que apenas aflora em ambientes sem controle de normas sociais ou jurídicas. A frustração, o autoritarismo, o egoísmo, o egocentrismo, se misturam com uma débil formação humanista e podem ficar latentes a vida toda. Contudo, em situações de afrouxamento dos controles sociais, culturais e jurídicos a tia boazinha e inofensiva canalizava a frustração da vida toda e se transformava na bestialidade que podia, ao mesmo tempo, se emocionar ao ler e reviver a “Paixão de Cristo”, enquanto defendia a morte, açoite e tortura de jovens e crianças infratoras de pequenos delitos.

Delleuze e Gauttari propuseram uma nova mudança nas explicações sobre o fascismo transitando entre a visão totalmente histórica e sociológica (de Arendt) com os insights de Reich e os novos aportes da psicologia. Não era um fenômeno SOMENTE social, político, econômico, mas um fenômeno complexo em que as predisposições psicológicas latentes (chamadas de “microfascismos”) poderiam ficar acobertadas muito bem sob o manto de um “liberalismo difuso”, até serem canalizadas por meio de um discurso de interpretação da realidade que jogasse todas as frustrações individuais como culpa de um grupo social, usado como “bode expiatório”. Tal discurso precisava ser raso, simplista, direto e apelativo. E só isto. Nada precisava ter empiria, crítica ou de qualquer profundidade.

É claro que o problema da violência no Brasil, por exemplo, não é o fato de a população “não ter armas”. Nem é verdade que a difusão das armas vai resolver a questão. Este é um discurso raso, simplista, direto e apelativo, que associa as frustrações sociais a um grupo usado como “bode expiatório”. Este discurso ainda precisava de duas condições mais: um meio de difusão social e a indiferença institucional para as micro-rupturas dos padrões sociais, políticos, jurídicos e culturais de comportamento. Em outras palavras, era preciso que as autoridades permitissem as violências e que houvesse um meio de difusão destas violências e seus resultados para o público. Delleuze mostra que ambas as condições eram aceitas, nutridas e postas em prática por “liberais”, no afã de diminuir a influência popular das esquerdas sobre as massas. Dito de outra forma, um falso liberalismo (essencialmente econômico e não político) que coloca o “mercado” como necessariamente livre, mas nada fala sobre as liberdades do indivíduo, via na aceitação das vilanias fascistas, ainda pequenas, um caminho para o enfraquecimento de movimentos reformistas ou revolucionários de caráter popular. Desde que o conflito distributivo fosse presente o suficiente para ordenar as percepções coletivas e oferecer uma ideia de “escassez” a ser utilizada pelas elites de forma a eludir o conflito de classes com a ideia mal delimitada (propositalmente) de “corrupção”.

Neste discurso, a carência que os grupos sociais sentem de recursos econômicos ou financeiros não vem da essência do capitalismo (um sistema que só sobrevive dentro da ideia de carência), mas de grupos que se “apropriam” de tais recursos mediante meios políticos que não são frutos de “méritos próprios”.

O imediato resultado é a criminalização da política, das ideias de igualdade social e de qualquer projeto de mudança social.

E tudo seria perfeito aos liberais se tal estratégia terminasse aqui. O que estes “falsos liberais” não compreendiam (e parece que seguem sem compreender) é que os condicionantes psicológicos do comportamento fascista transformavam esta estratégia numa perigosa aventura, já que a espiral de apoio popular do fascismo, dadas as condições de propagação do discurso e do conflito distributivo, não eram possíveis de serem contidas. A plasticidade do conceito de “corrupção” passava a ameaçar a todos, já que este poderia ser uma corrupção administrativa, mas SEMPRE terminava como um conceito difuso em que se enquadrava toda e qualquer ideia de crítica ou oposição ao ideal social fascista. Assim, o fascismo passava a perseguir os corruptores de costumes, de pensamento, de religião e assim em diante.

Habermas e todo o esforço de auto-compreensão histórico da Alemanha demonstravam como os discursos moldavam a realidade fática em que os sujeitos se moviam, e como a reconstrução dos tempos – a partir de uma memória fabricada com fins políticos – absorvia as micro-violências e transgressões sociais num projeto conservador de dominação e controle, dando significação aos pensamentos individuais e reinterpretando as sociedades a partir da vazão coletiva das vilanias em benefício de noções abertas e sem concisão como “pátria”, “nação” e “país”.

O nacionalismo completava o caminho explicativo do fascismo que iniciava nas frustrações psicológicas da sua tia e terminava por ressignificar os conflitos econômicos e reforçar as diferenças entre o “eu” e o “outro”, num moto-contínuo virtualmente imparável. Quanto mais a sua tia era convencida que ela estava “certa” em odiar, mais ela amava quem lhe permitia – finalmente – dar vazão aos seus motivos “indizíveis” do ódio . Não se trata do déficit público, da redução de investimentos em educação ou saúde, de um mal feito administrativo aqui ou acolá. Não é pela independência dos preços da Petrobrás ou pelo fim da administração governamental dos preços da energia. É claro que estas ações interessam materialmente a grupos específicos que são capazes de pagar milhões de mensagens falsas em redes sociais. Mas o fato é que sua tia não é “vítima” de uma maquinação ardilosa. Sua tia é parte feliz na bestialidade que surge a partir das maquinações. E isto porque ela sempre quis ser o que finalmente poderá ser, findas as amarras sociais e comportamentais.

O romantismo sobre as massas, vistas pela esquerda sempre como oprimidas e injustiçadas, se esvaia ante aos olhos incrédulos de uma interepretação marxista clássica.

O fascismo se espalha como uma chaga porque efetivamente sempre esteve lá, latente. Basta um ambiente propício. Nos anos 30, o rádio, e hoje as redes. Bastava um conflito distributivo acirrado como a crise de 1929 ou de 2008/2010. Basta que os liberais e as instituições abram mão de punir o policial abusador, o juiz político, o parlamentar incitador de ódio e o empresário corrupto.

O Brasil pode ser o único caso de vitória democrática sobre o fascismo. Ainda há tempo. Ainda é possível.

Eu acredito.

Eu preciso acreditar.

Fernando Horta

Somos pela educação. Somos pela democracia e mais importante Somos e sempre seremos Lula.

21 Comentários

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  1. Mas, sim
     

    é genial quem faz a sua tia odiar.

    A doentia satisfação de influenciar para o mal para simplesmente sorver o nectar do poder.

    Quando se influencia para o bem, se compartilha.

    Quando se influencia para o mal, se observa de longe e se auto-satisfaz.

    É da natureza do psicopata.

    A minha tia não é fascista: a minha tia é influenciável, hipnotizável, manipulável, até se distrair e trair a sua natureza boa.

    São fascistas naturais sim, aqueles de maior poder, com louváveis exceções:

    “…….o policial abusador, o juiz político, o parlamentar incitador de ódio e o empresário corrupto.”

    acrescento: os fomentadores de maledicências, os especuladores, banqueiros, aqueles que iludem a fé alheia, põem sob suspeita a credibilidade alheia, os egoistas, os corruptores, os invejosos, os líderes religiosos de um modo geral.

    São muitos os tipos fascistas.

    O cerne de sua natureza, posso creditar ao modo de como vêem o mundo e como se vêem nele.

    A incapacidade de ver o outro como a si mesmo, a falta de empatia caracterizam o fascista.

    Ele é melhor que o outro, o que é seu é eleito: as suas coisas, o seu grupo, a sua casa, o seu bairro, a sua religião.

    Tudo o que se refere a ele é melhor, e

    ELE PRECISA DE ADEPTOS PARA FORTALECER O SEU PODER PESSOAL

     

    O fascista sofre de outrofobia – termo cunhado por Alex Castro –

     Outrofobia 

    Outrofobia

     

    by 4.33  ·  Rating details ·  12 Ratings  ·  1 Review Não é fácil digerir a possibilidade de ser um outrofóbico, alguém incapaz de perceber as outras pessoas e de se solidarizar com qualquer drama que vá além das paredes do seu mundo pessoal. A escrita de Alex Castro está aí para facilitar um pouco esse trabalho. Em ficção ou temas sérios, o autor consegue prender a atenção com uma linguagem direta e didática, estabelecendo u …more

     

       

  2. “O Brasil pode ser o único

    “O Brasil pode ser o único caso de vitória democrática sobre o fascismo. Ainda há tempo. Ainda é possível.”

    Não, não é. Não existe virada possível. Todos que estão se manifestando hoje por Haddah deveriam ter feito isso duas semanas atrás… cacete, deviam estar se manifestando à meses contra o Bozo. Agora que perceberam que estão às portas do inferno resolveram lutar. Tarde demais, como sempre.

    O que estamos vivendo hoje é resultado da negligência de nossos pais e avós, que não derrotaram a ditadura nos anos 80, mas fizeram um grande acordo nacional (déjà vu?) para todo mundo sair ganhando, na paz e amor… Não exorcizamos o demônio do fascismo da ditadura no Brasil, agora ele voltou mais forte e vamos todos pagar o preço, merecidamente.

    Cabe a nós, brasileiros progressistas, lutar contra essa corja até o derradeiro fim. Está em nossas mãos agora. Espero que tenhamos aprendido com os erros do passado.

  3. Tendo a concordar com o

    Tendo a concordar com o Fernando Horta.  É mais fácil fazer brotar os instintos animais que a generosidade e a solidariedade. A falta do ingrediente “nacionalista” no discurso do Bozo reduziu o poder de atração de parte da população, caso contrário até mesmo uma parcela da esquerda poderia ter sido cooptada pela onda fascista. 

  4. Tuda essa erudição para

    Tuda essa erudição para “demonstrar cientificamente” que os eleitores de Bolsonaro, indiscriminadamente, são fascistas ou protofascistas. Quem continuar pensando assim, não conseguirá extrair lição alguma dessas eleições. Mano Brown foi bem menos erudito e bem mais preciso.

  5. CARO PROFESSOR, É O FIM DO FASCISMO ESQUERDOPATA

    Vivemos por 88 anos sob este Fascismo imposto por Golpe Ditatorial Civil-Militar Esquerdopata. Toda Estrutura Estatal Absolutista, Legislação Trabalhista, Código Civil, Código Penal e Eleitoral. Alguns ainda crêem nesta farsa, porque Fanáticos não conheceram ou estudaram outra realidade. Nossa limitada e medíocre Elite Intelectual (e quem diz isto não sou eu. São 88 anos num deserto estéril da produção acadêmica, educacional, escolar e intelectual). É o incineramento de Museus dentro do maior estado do país. É o incineramento do Museu Nacional, protegido que deveria ser pela Universidade Federal Fluminenese. É o Patrulhamento Ideológico desesperado por formar uma nova geração de Fundamentalistas. Senhores, o pesadelo está terminando. Não temam. Não será mais preciso prolongar a parceria Elite Socialista com Quartéis Militares. A eterna dobradinha de Quartelada QuintoMundista representada por Getulio Vargas e Carlos Prestes. Parceiros no Pensamento Ditatorial do Fascismo, Stalinismo, Estados Absolutistas e Totalitários. Está chegando ao Fim a Indústria do Analfabetismo, criada e desenvolvida por Sindicatos Pelegos formados a partir do Governo Fascista de Vargas, como o dos Professores. Maior Orçamento da União comandado pelo maior Sindicato do Hemisfério Sul. O resultado é quase 1 século entre Analfabetos. Vergonha que carregamos não igualando tamanha desgraça, nem aos números argentinos, chilenos ou mesmo peruanos. Resultado desta Política Fascista que perdura por quase 1 século, inflada e mancomunada com a Indústria da Censura. O fim está próximo. É a Liberdade chegando. É o Fim de Fascista e Esquerdopata Voto Obrigatório. Com Urnas Eletrônicas e ditatorial Biometria. Poderíamos ter outro resultado fora a barbárie imposta em 100.000 assassinatos produzidos por Governos sucessivos de FHC, Lula e Dilma? Depois da desgraça, da tempestade, vemos surgir a bonança. Se a sua tia é fascista ou foi iludida pelo Fascismo, não se preocupe, ela terá oportunidade de finalmente ver o Alvorecer Democrático. Fascistas são mestres na arte da manipulação e da farsa. Não tem caráter algum. Vejam Carlos Prestes, o canalha que participou do Governo Fascista de Vargas, mesmo depois que este enviou sua Mulher com a Filha no ventre, para Campos de Concentração e Crematórios de Extermínio Nazistas. Ou Mangabeira Unger, que afirmando ser o governo petista o mais corrupto da história brasileira, aceitou fazer parte deste governo. O Fascismo não tem limites. É a  Censura é sua Irmã Siamesa. “Liberdade, Liberdade…Abras as Asas sobre Nós” 

    1. Mas que puta zona, hein?
      Não

      Mas que puta zona, hein?

      Não precisava dessa mistureba desconexa toda só pra dizer que você apoia o governo do fascista, não.

  6. Obrigado por esse esforço de
    Obrigado por esse esforço de síntese. A satisfação de tantos “liberais” que se revelam ser eleitores de Bolsonaro é indisfarçável.

  7. Presente

    Pois é! Esse é o presente que o PT nos deixou: tanta merda que fez que o povo virou fascista!

    Sim, porque é preciso reconhecer isso com honestidade: o caminho do fascismo no Brasil hoje é pavimentado pela repulsa que o PT inspira na maior parte da população. Se ela não existisse, o fascismo nem cheirava.

    A repugnância que o PT inspira é de tal magnitude, que as pessoas só conseguem reagir como se fossem boçais.

    Quando será que os petistas vão se dar conta disso? Quantos Mano Brawn vão ser preciso pra dar um sacode nessas bestas?

    1. Não é bem assim

      Caro senhor,

      Acho que não é bem assim. Os governos do PT sofreram diuturnamente contrapropaganda da mídia tradicional, sempre preocupada com a hipótese de perder sua hegemonia. 

      Olhando friamente, quando o PT fez um governo sectário ou de esquerda? Nunca! seus governos sempre foram um mix de liberais e progressistas. Os primeiros cuidando do setor monetário  e produtivo e os outros dos programas sociais.

      O maior problema de seus governos foi que, ao mesmo tempo em que incrementavam os instrumentos de regulação, fiscalização e controle do estado, não cuidavam do sistema político, dependente de todo o tipo de promiscuidade. Em síntese, somada a contrapropaganda e o diagnóstico de corrupção exibido sempre com espalhafato e amplificação, tivemos um campo fértil para a distopia e a aversão que a classe média passou a relacionar ao PT: um partido de corruptos.

      Isso até foi tolerado no ápice econômico. Depois, com a crise internacional, o cenário tornou-se propício para a derrubada de Dilma e a instalação de toda essa confusão que temos hoje.

      Agora estamos no fundo do “posso” (alusão ao filho do Bolsonaro, eleito senador pelo Rio de Janeiro) e flertando com o abismo com a ameaça bolsonarista. Resta ter um fio de fé e esperar pelo melhor.

      1. Gastando

        Você acha que a tia vai entender  alguns significados do seu discurso, tipo:

        diuturnamente; contrapropaganda; hegemonia; sectário; diagnóstico; espalhafato; ápice; distopia propício…

        Depois vocês não sabem porquê os eleitores do coiso têm raiva  de intelectuais.

        A cada camada um discurso condizente.

        Não esnoba não!  (rsrs)

    2. “tanta merda que fez que o

      “tanta merda que fez que o povo virou fascista”

      Cacete, eu não li isso… Ô, tia, faz um favor, vai: quando a sua tese contiver um pouquinho mais de lastro em vez de tanto lugar-comum, volta aqui e tenta de novo, tá?

      1. Já era!

        Cara, vocês são tão cegos que realmente merecem perder feio. O Cid Gomes tava certo.

        E tem mais: o povo não vai se lembrar de vocês como os coitadinhos que vocês pensam que são.

      2. E tem mais

        Cada petista que abrir a boca daqui até a eleição vai conseguir um voto a menos pro Haddad.

        A única tática frutífera pro PT é tentar desmontar o Bolsonaro, mas JAMAIS defender o Haddad. O PT só consegue votos se esconder a si mesmo.

        Façam a prova: experimentem dialogar com alguém defendendo o PT!…

        Vocês perderam todo o contato com a realidade.

      3. Aliás

        O autor deste tópico é o exemplo acabado disso.

        O penúltimo da legenda do PT na votação do DF, o homem dos 435 votos… esse cara não consegue falar pra mais ninguém além dos convertidos da seita dele.

  8. Tinha muitas tias desinformadas
    Mas eles ja estao vacinados contra fake news, a fascinacao acabou. Descobriram que as fakes sao mentiras atras das quais o Bolsonaro esconde suas imundicies, de projetos de mais violencia, como se violencia fosse a solucao, e nao o problema

  9. Nao eh bem assim
    O primo diz que vota no Bolsonaro nao porque ele vai detonar os viados mas porque ele va botar os os viados pra se encubar. Portanto, ele nao se reivindica fascita, mas semi-fascita.
    Mas pro Bolsa, gay bom eh gay morto. Ele prefere um filho acidentado por uma scania do que um flavio bosa viadinho
    Ele elimina os concorrentes fisicamente, por isso, o Jr., tah com medo do bolsonaro ser eleito. Ele eh gay. A dona da poropriedade afirma que o Bolsonaro nao vai fazer isso. Pede minha opiniao e eu digo que se ele vai matar os gays eu nao sei mas digo pra ele que gay bom eh gay morto
    O Jr. Disse que nao ia viajar pra sua cidade natal pra votar no Haddad porque nao ia ganhar nada votando nele.
    Eu disse que se ele nao votar no Haddad ele vai perder, ele vai se encubar ou morrer, deoendendo de quem mande: o fascista ou o semifascista

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