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Em livro, jornalista da Maré denuncia censura e militarização nas favelas

Jornal GGN – A militarização causa impacto direto na vida das comunidades brasileiras e isso inclui os meios de comunicação comunitários. Esse é o assunto abordado pela jornalista Gizele Martins em sua nova obra, “Militarização e censura – A luta por liberdade de expressão na Favela da Maré”, com lançamento marcado em 7 de dezembro, às 14h30h, no Museu da Maré, zona norte do Rio de Janeiro.

Editada pelo Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), a publicação aborda os impacto que a militarização causou em alguns meios de comunicação comunitários do Conjunto de Favelas da Maré.

Segundo a autora, nos últimos anos, alguns meios comunitários foram censurados, principalmente pela publicação de violações do poder público. “As ações mais recentes ocorreram quando o exército invadiu a Maré para a realização da Copa do Mundo, em 2014, época em que todo o território esteve sob GLO [Garantia da Lei e da Ordem]. Naquele momento, algumas mídias comunitárias da Maré só funcionavam com a permissão e a supervisão das forças militares”, contou.

No livro, a jornalista nascida e criada na Maré também aborda um histórico da produção de meios de comunicação comunitária na favela desde 1940.

“Este lançamento no Museu da Maré afirma também espaços de preservação da memória local que valorizam a identidade e a cultura, além de pautarem cotidianamente a defesa dos direitos humanos”, explicou.

Mestre em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas (Uerj-Febf), Gizele foi repórter e jornalista responsável do jornal O Cidadão, meio comunitário que circula há décadas no Conjunto de Favelas da Maré.