Fora de Pauta

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Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  • Os canalhas, suas mentiras deslavadas e a pós-verdade

    Ao ler a postagem aqui no blog: Estadão ensina como utilizar a pós-verdade nas manchetes, fiz um comentário afirmando que aquela manchete, a que se referia a postagem, não era uma pós-verdade, mas uma mentira deslavada.

    Em resposta, o leitor João Alexandre observou: pós-verdade é sinônimo ou eufemismo de mentira e manipulação.

    Ao ler o comentário imediatamente pensei. É lógico, como não me dei conta disso? Mas aí, em seguida intuí. Tem algo de errado com esse conceito. Como eu poderia, conhecendo-o, não ter percebido imediatamente seu real significado?

    Diante disso, pensei em fazer uma crítica a respeito, dizendo que o emprego dessa palavra não passava de uma forma elegante de dizer que alguém estava mentindo, e, nesse caso, passar a ideia de neutralidade ou insensibilidade diante dessa prática. Ou melhor, empregar essa palavra seria o mesmo que ser conivente com a mentira. Afinal, por que não chamar as coisas pelo nome correto: mentira deslavada?

    Aquela indignação momentânea, porém, havia passado quando li outro comentário no blog na mesma direção, criticando o emprego da palavra pós-verdade como sinônimo de mentira deslavada.  Foi então que decidi escrever.

    Para isso, fui beber na fonte, ao menos naquela que trouxe à baila o termo - o dicionário Oxford*.

    E o que descobri?

    Pós-verdade é um adjetivo, portanto, uma palavra que qualifica um substantivo. O substantivo, uma vez que se trata de “circunstâncias em que apelos à emoção e a crenças pessoais têm mais influência para moldar a opinião pública do que o relato objetivo dos fatos” poderia ser uma eleição, um mandato governamental ou mesmo um momento de crise.  

    Isso posto, a primeira coisa a se observar em relação a esse conceito é que, sendo um substantivo, não se pode dizer que alguém faz uso da pós-verdade. Ou seja, da mesma forma que não se pode dizer que alguém usa a bondade, também não se pode dizer que alguém emprega a pós-verdade. Afinal, vale a pena repetir, pós-verdade é um “estado de espírito” social em que apelos à emoção e a crenças pessoais têm mais força de moldar a opinião pública do que fatos narrados objetivamente.

    E aqui está o busílis da questão. Em momentos de pós-verdade (repare a importância do emprego correto do conceito e o alerta que ele traz) emoções e crenças pessoais influenciam mais facilmente a opinião pública do que fatos narrados objetivamente. E é aí, nesses momentos, que as grandes empresas de comunicação, além de grupos políticos através das redes sociais (com ou sem robôs), lançam mão de mentiras deslavadas para manipular a opinião pública. Afinal, nos momentos em que fatos objetivos são desprezados, ganhando força emoções e opiniões pessoais, as mentiras deslavadas são facilmente aceitas e, por isso, fortemente empregadas como forma de manipular a opinião pública. Com grande eficácia, vale observar.

    Em suma, momentos de pós-verdade são ideias para canalhas poderosos mentirem deslavadamente para moldar a opinião pública conforme seus interesses.

    *https://www.oxforddictionaries.com/press/news/2016/12/11/WOTY-16

  • Barbosa, sempre atual

    "Só há dois partidos: o partido de Tiradentes, defendendo os interesses do Brasil, e o de Joaquim Silvério dos Reis, traindo os interesses do Brasil."

                                                                                                                                        (Barbosa Lima Sobrinho)

     

  • Esqueça aquele negócio de,

    Esqueça aquele negócio de, "Justiça e Paz se Abraçarão". O lema agora é: "Injustiça Corrupta e Corrupção, se Cumprimentarão". E o meio Ambiente, que vá pro brejo, assim como foram, a vaca e sua carne.

  • A outra face de Sárgio Moro

    Lançamento do livro “A outra face do juiz Sérgio Moro” na CUT/RJ

     

    Na última sexta, 17/3, o livro foi lançado na CUT/RJ. Com a presença do presidente da CUT/RJ, Marcelinho; de vários diretores estaduais como Jairo, Munhoz e Lima; da direção nacional como a companheira Virgínia e companheiros de base e da direção de outros sindicatos ligados à Central.

    Meu agradecimento especial ao companheiro Jairo, principal articulador do lançamento do livro na CUT Rio.

    Este Lançamento na sede da CUT/Rio, para mim, é muito importante, por ter sido fundador da Central no Rio e ter meu nome na placa exposta na Central juntamente com outros companheiros. No debate, os companheiros se comprometeram em pautar o lançamento em outros sindicatos e sedes da CUT. Cerca de 15 livros foram vendidos e deixados outros livros para venda. A partir de agora a Cut/Rio é mais um  ponto de venda. 

    Endereços de venda:

     Sindipetro/RJ, Av. Passos, 34, horário comercial;

    CUT/RJ, Av. Presidente Vargas 502, 15º andar no horário comercial.

    -Banca de jornal do “Pedrão” em frente ao Edise.

    -Livraria Instante do Leitor, Rua do Catete, 311, loja 202, na galeria do cinema São Luiz.

    Livraria Folha Seca,  Rua do Ouvidor, N° 37;
     

    Em tempo: O livro foi totalmente custeado pelo autor e a renda é aplicada exclusivamente em cestas básicas para demitidos do Lava Jato, cerca de dois milhões de trabalhadores (1)

    Ajudem na divulgação!

     Rio de Janeiro,  21 de março de 2017  

    Autor: Emanuel Cancella, - OAB/RJ 75 300 

    Emanuel Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e autor do livro “A outra face de Sérgio Moro”

     (Esse artigo pode ser reproduzido livremente)

     OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

     https://www.facebook.com/emanuelcancella.cancella

     http://emanuelcancella.blogspot.com.

     

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