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Lourdes Nassif
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  1. Notas para a construção de um programa econômico da esquerda

    Notas para a construção de um programa econômico da esquerda

    Por Gustavo Souto de Noronha
     

    O debate econômico tem muitas nuances que aqueles que não dominam os instrumentais da economia têm dificuldade de acompanhar. Existe uma série de medidas que podem e devem ser adotadas, mas que abordam o debate central hoje existente na economia. José Luis Fevereiro aponta em seu texto “Diretrizes de um programa econômico para 2018”i algumas medidas importantes como redução da taxa de juros, desvalorização cambial, reforma tributária e o redimensionamento do papel dos bancos públicos. Outro documento que busca trazer elementos para o debate sobre um possível programa econômico é o “Manifesto do Projeto Brasil Nação”ii que aponta como alternativas de política econômica que inclui os três primeiros pontos levantados por Fevereiro, dialoga com o último ao afirmar a importância da retomada do investimento público e acrescenta a necessidade de uma regra fiscal contracíclica. É nestes termos que está colocado o debate dos possíveis programas econômicos do campo progressista e assumimos que estas questões estão dadas como mais ou menos consensuais na construção programática da esquerda.

    O que não está presente no texto de Fevereiro e aparece apenas como mais um ponto no manifesto liderado por Bresser nos parece o ponto central pelo qual deve ser debatida a questão econômica pela esquerda para uma possível eleição em 2018: o debate entre responsabilidade fiscal contra a responsabilidade econômica e social. Estamos aqui falando da regra fiscal contracíclica mencionada no manifesto de Bresser, mas estamos colocando isso em termo que possa levar o debate para o povo, uma vez que nos pareceu sintomático que o manifesto tenha sido lançado numa mesa quase toda de homens brancos. A metáfora da comparação do orçamento público com o orçamento familiar é martelada cotidianamente na grande mídia e precisa ser desconstruída.

    É preciso ter claro que para quem vive do trabalho a preocupação central é ter emprego, o ataque aos direitos nas reformas trabalhista e da previdência só é possível no contexto de crise e desemprego amplo das classes subalternas. A agenda econômica imediata é a do pleno emprego. Entretanto, o natural empoderamento da classe trabalhadora num regime no qual a demissão não teria mais o seu caráter disciplinador, encontraria forte resistência dos capitalistas ainda que pudessem obter maiores rendimentos no pleno emprego. O poder de barganha e a consciência de classe do trabalhador aumentariam, seriam naturais o aumento das greves e do tensionamento político. Por isso Kalecki nos adverte que

    a “disciplina nas fábricas” e a “estabilidade política” são mais apreciadas do que os lucros pelos líderes empresariais. Seu instinto de classe lhes diz que um pleno emprego duradouro é inaceitável a partir do seu ponto de vista, e que o desemprego é uma parte integrante do sistema capitalista “normal”.iii

    Em outras palavras, é preciso desemprego para colocar a classe trabalhadora no seu devido lugar.

    Por isso a condução da política econômica do atual governo se dá pelo que Kalecki denominou de proeminentes e autointitulados “especialistas econômicos” estreitamente ligados à banca e à indústria. Kalecki nos alertou que nestas condições prevalece a tese de que num sistema capitalista o nível de emprego depende apenas da confiança do mercado. Deste modo, toda e qualquer ação que possa contrariar os interesses do mercado afeta a tal confiança que, uma vez comprometida, resulta numa redução do investimento privado e, consequentemente, há uma queda na produção e aumento do desemprego. Assim os governos acabam por se submeter a estes interesses. Se por outro lado os governantes puderem compreender que o que mantém o emprego são os gastos públicos, esta chantagem desaparece.

    Deste modo, a doutrina que hoje conhecemos como da responsabilidade fiscal (segundo seus autores) ou austericídio (de acordo com os críticos) tem a função de garantir que o nível de emprego dependa do estado de confiança de forma a manter o estado refém dos capitalistas.

    Ao ir para o debate econômico é preciso também compreender que se o investimento público ocorre em qualquer direção onde o capital possa competir com o Estado ele não será bem-vindo, ou, na melhor das hipóteses, será aceito de forma precária. Um sistema público de saúde eficiente e funcional elimina, por exemplo, o mercado de planos de saúde, o mesmo se aplica a educação pública em contraponto ao ensino privado ou a existência de empresas estatais que concorrem (ou monopolizam) nos mais diversos mercados.

    Ademais, até os subsídios ao consumo de massa (transferências às famílias como o Bolsa Família, por exemplo) não são bem-vistos. Mesmo não embarcando em qualquer tipo de empreendimento e ainda aumentando o lucro das empresas, isto, Kalecki já nos alertava, coloca em jogo um dos princípios morais basilares do sistema capitalista: “você deve ganhar o seu pão com seu suor”.

    É preciso que tenhamos claro, portanto, que o grande debate programático a ser feito na sociedade é, como dissemos, entre os paradigmas da responsabilidade fiscal e da responsabilidade econômica e social. Ou seja, a preocupação econômica dos governos deve ser com emprego, inflação e bem-estar. Ajustes fiscais em períodos recessivos simplesmente não fazem sentido. O único argumento plausível para eventual aperto nas contas públicas seria o eventual risco inflacionário de um aumento de gastos. Para tanto, Kalecki também nos lembra que a demanda governamental funciona como a demanda privada. Ou seja, se houver oferta suficiente de trabalho, plantas e matérias-primas estrangeiras, todo aumento da demanda será atendido por um aumento na produção. Apenas quando não houver mais capacidade ociosa os preços subirão de modo a equilibrar a demanda e a oferta de bens e serviços.

    Em outras palavras, a ação do governo com o objetivo de alcançar o pleno emprego deveria parar apenas um pouco antes da demanda efetiva ultrapassar a marca de pleno emprego. Desta forma, não há necessidade de ter medo da inflação ainda mais quando o quadro é de estagnação econômica.

    Em realidade, se há risco inflacionário no cenário atual, este certamente não decorre de um suposto excesso de demanda. Além de problemas específicos de oferta em determinados mercados, como o de alimentos onde a demanda é praticamente inelástica, não custa lembrar que a inflação também pode ser uma estratégia sutil e eficiente de reação a uma maior participação do trabalho na distribuição funcional da renda.

    Em outras palavras, uma forma de recompor imediatamente a taxa de mais valia e forçar o governo a adotar medidas que caminhem em direção contrária ao pleno emprego. O ganho para os capitalistas ocorre no curto prazo com a recomposição das margens de lucro e no médio prazo com a adesão do governo à agenda da austeridade.

    A situação fica ainda mais surreal quando olhamos que combinado ao pacote de contração fiscal, temos uma política monetária que sabota estes mesmos objetivos fiscais. Se a conta da crise parece recair sobre o trabalhador, com mostram as reformas trabalhista e da previdência, a atual política econômica só faria sentido num caso de inflação decorrente do conflito distributivo capital trabalho. Diante da melhora na distribuição funcional até a virada para austeridade no início de 2015, os capitalistas buscaram recompor sua margem de lucro com aumento nos preços. De maneira a acomodar os interesses do capital, o governo vem interferindo desde então na redistribuição do excedente por ele apropriado retirando dos trabalhadores pela tributação e dando ao capital financeiro através do aumento nos juros. O combate sério à inflação em períodos de recessão deve passar por aumento robusto de gastos públicos desinflacionários como, por exemplo, os gastos em infraestrutura, educação, saúde, fomento à agricultura familiar e reforma agrária.

    Nestes termos, é preciso compreender que há dois temas massificados pela mídia hegemônica como os grandes males do Brasil, a corrupção e a suposta farra fiscal da era PT no governo. Os roubos e desvios supostamente apurados na Lava Jato são apregoados como o maior escândalo de corrupção da história do Brasil. Por outro lado, os problemas na economia se sustentam, pela narrativa hegemônica, na ideia de que o orçamento público funcionaria como o de uma família ou firma, não podendo o governo gastar mais do que aquilo que arrecada.

    A construção do discurso midiático procura entrelaçar as temáticas e construir a ideia subjacente de que um governo cuja estratégia econômica esteja centrada no dispêndio público é intrinsecamente corrupto. Impõe-se no imaginário popular que o governo gasta demais não porque seria necessário, mas porque existiria um custo implícito relativo à corrupção em cada gasto público.

    Os que acreditam no que dizem os grandes órgãos de imprensa têm a certeza de que, sem os corruptos, estaríamos numa enorme Suécia. Ou seja, mesmo que os economistas ortodoxos mais sérios não coadunem com a formulação, vende-se subliminarmente a ideia de que uma vez resolvida corrupção, as eventuais necessidades de ajuste fiscal seriam minoradas.

    A construção deste cenário cumpre o papel de manter o funcionamento da economia em favor do um por cento mais rico. Enquanto se mantém a sociedade inebriada diante de sucessivos escândalos, pautas que jamais seriam aprovadas se efetivamente submetidas ao escrutínio popular avançam sem barreiras no Governo e no Congresso, onde é difícil definir onde começa um e onde termina o outro.

    Utilizando-se dos termos que estão na moda, a narrativa vigente apresenta a esquerda como os defensores da corrupção enquanto a direita como aqueles preocupados com os destinos do Brasil. Não será suficiente a demonstração didática de que a corrupção é parte indissociável do sistema capitalista e que, como demonstraram os áudios do Jucá, o golpe foi arquitetado para tentar delimitar o escopo das investigações dos escândalos em curso.

    A esquerda precisa apresentar uma agenda com pontos claros que a distingua da direita no projeto de país, mas, para isso, tampouco será suficiente uma agenda de conciliação de classes. O golpe destruiu as ilusões dos que acreditavam nesta utopia. O povo precisa saber exatamente qual o programa que a esquerda apresenta ao país.

    Neste contexto, entendemos que coloca-se a necessidade da apresentação clara de um conjunto de reformas que mudem de vez o caráter do Estado Brasileiro. Ainda que não seja um programa revolucionário, o nosso programa mínimo deve ser radical o suficiente para que tenha cara de programa máximo para outros setores da sociedade.

    Precisa-se, claro, ter ciência de que o aparato midiático segue na mão de poucas famílias pertencentes à velha elite brasileira. Só que, ao mesmo tempo, esses grupos construíram algumas ideias que, ainda que delas se discorde, podem ser usadas na construção de um modelo alternativo de sociedade.

    Insistiremos na desconstrução do mito da responsabilidade fiscal, mas se vierem com o discurso de que as contas públicas necessitam ser saneadas devemos apontar as contradições do próprio modelo deles. Neste ponto é sim importante denunciar em que os gastos com juros e encargos da dívida consomem um orçamento maior que os gastos com saúde e educação somados. Para melhorar ainda mais as contas pública, vamos pautar uma forte tributação sobre grandes fortunas, patrimônio e herança.

    Lembramos que conceito de eficiência subjacente na economia neoclássica, a teoria econômica que sustenta as própria ideias da direita, é aquele proposto por Pareto, ou seja, qualquer cenário em que não se possa melhorar a situação de alguém sem piorar a situação de outro é um ótimo de Pareto. A eficiência de Pareto, contudo, não busca um ótimo social e tampouco se preocupa com questões de equidade.

    Em termos mais claros, o primeiro teorema do bem-estar coloca que equilíbrios de mercado competitivo são eficientes de Pareto. Por outro lado, o segundo de teorema do bem-estar afirma que, desde que as curvas de preferência sejam convexas, alocações eficientes de Pareto podem ser alcançadas via equilíbrios de mercado. Ou seja, se os problemas de distribuição e eficiência podem ser separados, são as dotações iniciais que determinam a riqueza individual. Uma política eficaz de distribuição de renda deveria, portanto, focar preliminarmente na redistribuição da dotação, redistribuir a riqueza.

    Ou seja, ainda que se aceite usar o equilíbrio de mercado como um mecanismo de justiça social, teríamos que repensar toda a distribuição inicial dos recursos: o direito de herança precisa ser debatido; imposto sobre grandes fortunas deve ser imediatamente implementado; expropriações têm que estar no centro do debate não apenas pela figura da função social da propriedade, mas também para que as dotações iniciais sejam ajustadas adequadamente para um resultado eficiente e socialmente mais justo. Enfim, o que defendemos é bem simples: a igualdade na distribuição inicial da riqueza para todos.

    Com base nesta mesma lógica, devemos propor o acesso a serviços de educação e saúde da mesma qualidade para todos. Se o discurso que a direita faz na sociedade é o da meritocracia, todos devem largar do mesmo ponto. Portanto, é fundamental que a saúde e a educação sejam exclusivamente públicas. Devemos propor medidas que caminhem para uma redução significativa do provimento privado para tais serviços. Somente quando os filhos da casa grande dividirem a classe ou o leito com os filhos da senzala, poderá se falar em meritocracia.

    O governo Temer colocou a reforma trabalhista como necessária para reduzir o custo das empresas e aumentar a geração de emprego e renda. Um programa econômico da esquerda tem que entrar nesse debate já mostrando que não há qualquer evidência de que a retirada de direitos impacte positivamente no crescimento econômico. Devemos inverter o debate e pautar a redução da jornada de trabalho sem redução dos salários, que aí sim temos evidências de efeitos positivos no nível de emprego.

    Não podemos fugir também do debate da reforma da previdência e devemos argumentar em quatro pontos. O primeiro é de que nem sempre é um problema existir déficit na previdência, pois o resultado fiscal do governo é menos relevante que o resultado econômico (inflação e emprego). O segundo, admitindo os argumentos do déficit, é que se trata de um sistema de seguridade social e que este, conforme professora Denise Lobato Gentil já demonstrou, é superavitário. Em terceiro lugar, devemos estar prontos para debater com quem quer tratar o problema da previdência como uma conta à parte, neste caso teríamos que discutir sonegação fiscal, desvios de recursos previstos para a previdência e a informalidade no mercado de trabalho no Brasil, seria possível se falar em déficit da previdência resolvidas estas questões? O último pontos tem a ver com aquilo que podemos e devemos reformar na previdência: os salários acima do teto do serviço público, além de injusto, os que estão nas faixas mais altas de renda normalmente têm uma menor propensão marginal ao consumo, logo, ao contrário dos benefícios mais baixos, não fazem girar a economia; e o aumento dos benefícios no piso para que alcancem o patamar do salário-mínimo necessário do DIEESE, atualmente em R$ 3.899,66iv, são recursos que irão para famílias com alta propensão marginal a consumir, teríamos ainda impactos positivos no crescimento econômico com uma política desta natureza – mais emprego formal, maior arrecadação na previdência social.

    Outra reforma que tem que estar em qualquer programa econômico da esquerda é a reforma agrária. Se nos tempos de crescimento econômico a reforma agrária era necessária, com a crise ela tornou-se urgente. Trata-se de uma política que fortalece o combate à miséria tanto na via da produção de alimentos como na inclusão produtiva. Constitui-se ainda como uma importante ferramenta auxiliar para enfrentar os constrangimentos do processo inflacionário.

    Estudos econômicos sobre economias de escala na agricultura demonstram que a grande propriedade possui custos crescentes de escala. Custos de gerenciamento, logística e mão de obra, a imprevisibilidade meteorológica e a volatilidade dos preços internacionais são alguns fatores que nos permitem afirmar que o setor agrícola não possui características de uma atividade capitalista no senso comum. Ademais, todas as nações cujo padrão de desenvolvimento é idealizado pela grande maioria da sociedade brasileira passaram por um processo, quase sempre radical, de democratização do acesso à terra.

    Uma reforma agrária radical é, por fim, um mecanismo mais imediato de reforma política hoje disponível. Se temos uma bancada ruralista fortalecida que ousa propor o desmonte das políticas de regularização de territórios quilombolas e indígenas e busca ressignificar o trabalho escravo, isto se deve à não realização de uma profunda e radical reforma agrária. É a principal alternativa para quem aposta no fortalecimento da democracia com o desempoderamento das elites tradicionais.

    O mais importante, no entanto, é que estes temas acabam sempre restritos a economistas, muitas vezes os mesmos de sempre. Em cada um dos temas abordados neste texto falta a contribuição popular, temos que tornar este debate econômico acessível a todas e todos. É preciso uma visão da rua, da cidade, da favela, do campo e da floresta. Há que se acrescentar para além do olhar acadêmico, o olhar de quem sofre as explorações e opressões recorrentes da nossa sociedade. É preciso pintar esse programa de povo.

     

    i FEVEREIRO, J. L.. Diretrizes de um programa econômico para 2018. In: Revista Socialismo e Liberdade. n. 17, p. 8-11. Disponível em <http://www.laurocampos.org.br/2017/05/03/revista-no-17-socialismo-e-liberdade-2017/&gt;. Acesso em 12/05/2017.

    ii BRESSER-PEREIRA, L. C. et alli. Manifesto do Projeto Brasil Nação. Disponível em <http://www.bresserpereira.org.br/manifesto.asp&gt;. Acesso em 30/04/2017.

    iii Esta e todas as demais referências a Kalecki no texto são retiradas de : KALECKI, M. Aspectos políticos do pleno emprego. Disponível em <https://jornalggn.com.br/noticia/aspectos-politicos-do-pleno-emprego-por-michal-kalecki&gt;. Acesso em 04/01/2015.

    iv Valores de abril de 2017. DIEESE. Pesquisa nacional da Cesta Básica de Alimentos – Salário mínimo nominal e necessário. Disponível em <http://www.dieese.org.br/analisecestabasica/salarioMinimo.html&gt;. Acesso em 17/05/2017.

     

  2.  Há 97 vezes mais sindicatos

     Há 97 vezes mais sindicatos no Brasil do que na Inglaterra e 152 vezes mais sindicatos do que na Argentina.

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      No Brasil há 15.315 sindicatos que juntos disputam uma verba de R$ 3,2 bilhões do imposto sindical, equivalente há um dia do seu trabalho. Aproximadamente 0,2% dos seu salário também é destinado à reforma agrária.

     

  3. Todos os portos brasileiros

    Todos os portos brasileiros somados movimentam menos carga que o 8º porto mais movimentado da China.

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      Em 2013, todos os portos brasileiros movimentaram juntos 8,93 milhões de conteineres, o equivalente ao porto de Hamburgo na Alemanha e menos do que o porto de Dalian (o oitavo maior porto da China).

  4. Um brasileiro que ganha 4

    Um brasileiro que ganha 4 salários mínimos já está entre os 10% de maior renda do país.

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       Sétima economia mais desigual do planeta, o Brasil ainda é um país de extremos. Uma pessoa que recebe um salário mínimo de aposentadoria está, de acordo com o IBGE, entre a metade de maior renda da população.

  5.  Mesmo sem dinheiro para

     Mesmo sem dinheiro para fechar as contas, o governo ainda especula na Bolsa de Valores.

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       Por meio de uma subsidiária do BNDES, a BNDESpar, o governo possui R$ 77 bilhões em ações e debentures de empresas como o frigorífico JBS. Somando as ações em poder da Caixa Econômica, o governo possui 1/3 da JBS, que vem a ser a maior doadora de campanhas do país.

  6.  Se voltar a crescer em 2017,

     Se voltar a crescer em 2017, o Brasil poderá chegar a 2020 com a mesma renda que possuía em 2010.

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      Caso cresça 7,4% daqui até 2020, o PIB brasileiro chegará a este ano com o mesmo valor que possuía em 2014. Será a primeira vez na história que começaremos e terminaremos uma década com a mesma renda. É a famosa década perdida.

  7. O Brasil importa e exporta,

    O Brasil importa e exporta, em relação ao PIB, menos do que Cuba.

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      Loucura, não? Somando exportações e importações, o comércio exterior brasileiro equivale a 11,5% do PIB, número menor do que o de Cuba, que exporta e importa 14% do PIB. O embargo deles é norte americano. O nosso é do governo.

  8. Apenas em 2014, a remuneração

    Apenas em 2014, a remuneração do FGTS abaixo da inflação causou prejuízos de R$ 35 bilhões aos trabalhadores brasileiros

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      Você sabe quanto rende o FGTS? Pois é, muito pouco. Menos do que a inflação. O resultado para os 34 milhões de brasileiros que possuem uma conta no fundo é um prejuízo estimado em R$ 229 bilhões entre 1999 e 2015.

  9. Estas mesmas mil maiores

    Estas mesmas mil maiores empresas do país são responsáveis por 67% do crédito com juros subsidiados concedidos pelo governo.

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    Responsável por mais da metade dos empréstimos realizados na economia brasileira, os bancos públicos tornaram-se verdadeiros especialistas em conceder dinheiro com juros menores do que os custos. O resultado é um custo anual estimado em R$ 34 bilhões, também conhecido como bolsa-empresário.

      

  10.  A margem de lucro das

     A margem de lucro das mil maiores empresas brasileiras é de 3,47% em média. Com impostos, estas mesmas empresas despendem 17,23% apenas em tributação direta.

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    O compilado é feito anualmente pela revista Exame, com uma média entre as 1000 maiores empresas do país, considerando lucros e prejuízos, e refere-se ao ano de 2014 – antes, portanto, da crise atual

      

  11. Mais da metade dos impostos

    Mais da metade dos impostos no país são pagos por quem ganha até 3 salários.

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     A parcela mais pobre da população, que recebe até 3 salários mínimos, responde por 53,8% do total de impostos pagos no país. Isto ocorre pois, segundo o IPEA, quem possui renda de até 2 salários mínimos pode chegar a pagar 48,9% de sua renda em impostos, contra 26,3% de quem ganha acima de 30 salários. O motivo é justamente a forte incidência de impostos sobre o consumo.

  12. No Brasil, é possível que

    No Brasil, é possível que você pague imposto sobre imposto.

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      Ao contrário de inúmeros países onde os impostos sobre consumo são calculados por fora – ou seja, em cima apenas do valor do produto – no Brasil é possível que um imposto seja cobrado inúmeras vezes durante um processo produtivo, gerando um efeito cascata. Na sua conta de luz, por exemplo, o valor do consumo é acrescido da Cofins, a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, e o ICMS que você paga é calculado com base no consumo mais a Cofins. O resultado? Uma conta de luz mais cara.

  13. A Constituição garante que

    A Constituição garante que você não será obrigado a se filiar a nenhum sindicato, mas a OAB e os conselhos regionais ainda são obrigatórios.

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      Isso acontece porque, apesar de funcionar como um meio de defesa da categoria, a OAB e outros conselhos regionais não são considerados sindicatos, mas sim associações de ordem, garantindo alguns privilégios especiais, como o monopólio para cobrar anuidades em função do exercício da profissão e multar ou punir quem exercer tal profissão sem a permissão legal.

  14.  Há uma lei que proíbe você

     Há uma lei que proíbe você de abastecer seu carro sozinho em um posto de gasolina. O motivo? Garantir os empregos de frentistas.

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    Apesar de ser extremamente comuns ao redor do mundo, as bombas de autosserviço que permitem aos clientes abastecer o próprio carro, foram proibidas por lei no ano 2000, em um projeto encabeçado pelo deputado Aldo Rebelo.

    Para a Constituição, o cidadão deve ser protegido por lei de ter seu trabalho substituído por uma máquina. Aldo, o autor da lei específica sobre os postos e ex-ministro da Ciência e Tecnologia, alega que ela garantiria o emprego de milhares de pessoas da categoria.

      

  15. Manter um presidiário por

    Manter um presidiário por aqui custa 3 vezes mais do que manter um estudante universitário e 13 vezes mais do que um aluno no Ensino Médio.

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      Manter a estrutura prisional brasileira não é algo barato. Para amenizar a situação, foi criado o Fundo Penitenciário da União, que arrecada em média R$ 400 milhões todos os anos. Por falta de planejamento, no entanto, os governos estaduais acabam não utilizando os recursos, favorecendo a superlotação em presídios.

  16. Com o que ganha cada

    Com o que ganha cada magistrado brasileiro (juízes, promotores e desembargadores) de auxílio moradia todos os meses, seria possível bancar uma criança na escola durante 2 anos.

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      São R$ 4,3 mil para ajudar os magistrados a bancar o custo de aluguel, além dos salários e outros auxílios, como R$ 3,2 mil anuais para a compra de livros. Manter uma criança no ensino médio, porém, custa R$ 2,2 mil por ano.

  17. No Senado, um garçom ganha

    No Senado, um garçom ganha até 7 vezes o mesmo que o piso nacional pago aos professores, e um motorista ganha o mesmo que um comandante de fragata da Marinha.

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      Um grupo de garçons responsável por servir o café e cuidar da copa no Senado tornou-se parte da elite do funcionalismo público ao receber uma promoção realizada por meio de atos secretos assinados pelo presidente da casa, ainda em 2001. Recebem até hojeR$ 14,6 mil, ou 7 vezes o piso salarial de um professor.

  18. Abrir uma empresa no Brasil

    Abrir uma empresa no Brasil leva em média 119 dias e custa R$ 2.038,00. No Chile, pode ser feito em um dia e de graça.

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    O resultado é que acabamos como 123º colocado em uma lista de 190 países quando o assunto é facilidade para fazer negócios. Ou seja: sem facilidade alguma.

     

  19. O custo de tanta burocracia é

    O custo de tanta burocracia é estimado em R$ 100 bilhões por ano e toma 2.600 horas apenas para pagar imposto.

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     Cerca de 4 vezes o gasto com o Bolsa-Família é o que nos custa todos os anos manter tantas normas tributárias. São cerca de 27 legislações distintas apenas para o ICMS, o principal tributo cobrado pelos Estados, com cada uma podendo chegar até 67 páginas.

  20. Com tanta burocracia, a

    Com tanta burocracia, a profissão que melhor paga no país é justamente a de cartorário. E entre as 10 profissões que mais pagam no Brasil, nada menos do que 7 são de funcionários públicos ou concessões do Estado.

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     Na média, cada um dos 9,4 mil donos de cartório no Brasil levam para casa todo ano R$ 1,1 milhão. Logo abaixo, os membros do Ministério Público, que levam em média R$ 527,6 mil e os do Judiciário e tribunais de conta, que embolsam por ano R$ 512 mil. A primeira profissão do setor privado a aparecer na lista é justamente a profissão de médico, ocupando um modesto quinto lugar.

  21.  Todos os dias são criadas

     Todos os dias são criadas 784 normas no Brasil, entre leis complementares e ordinárias, decretos, medidas provisórias e emendas constitucionais

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    São em média uma a cada dois minutos, ou pelo menos quatro no tempo que você levará para ler esta matéria. O resultado ao longo dos primeiros 25 anos de vigência da Constituição Federal? Inacreditáveis 4.875 milhões de normas, sendo 309 mil delas apenas para definir impostos e taxas que você deve pagar.

      

  22. 20 fatos absolutamente

    20 fatos absolutamente insanos sobre o Brasil (e que você não fazia ideia)

     

     

     Encarar uma fila, discutir a convocação da seleção ou o final da novela, reclamar do governo ou do trânsito, não são poucos os hábitos cotidianos dos brasileiros que poderiam ser classificados como um verdadeiro esporte nacional. Nenhum destes hábitos, porém, sequer se compara à nossa maior especialidade: apoiar políticos especializados em dificultar a nossa própria vida.

    Poucos países do mundo tornaram-se tão especializados nesta arte. Por aqui, 2 em cada 3 brasileiros, pertencentes justamente à parcela mais pobre da população, pagam em média 53,9% de impostos para cada R$ 100 em renda. De quebra, 15 milhões de famílias não têm reconhecido pelo governo sequer a propriedade da própria casa – o que em outras palavras significa dizer que negamos um patrimônio de R$ 1 trilhão aos mais pobres. Coisa pouca, não é mesmo? Cerca de 32 vezes o que paga o bolsa-família.

    Como bem definiu Tom Jobim, o Brasil não é um país para principiantes.

  23. O povo pode desfazer as leis

    O povo pode desfazer as leis que ele mesmo fez e destituir instituições

    Vladimir Safatle

    Devemos obedecer a um governo ilegítimo? Devemos aceitar ordens de quem, de forma explícita, se mostra capaz de servir-se do governo para impedir o funcionamento da Justiça ou para fazer passar leis que contrariam abertamente a vontade da maioria? Essas perguntas devem ser lembradas neste momento. Pois a adesão pontual do povo a seu governo não se dá devido à exigência da lei, mas devido à capacidade dos membros do governo de respeitarem a vontade geral.

    Essa capacidade está definitivamente quebrada. Não. Na verdade, ela nunca existiu. Se quisermos ser mais precisos, devemos dizer que apenas se quebrou a última de todas as aparências. O desgoverno Temer não consegue nem sequer sustentar uma aparência de legitimidade. Cada dia a mais desse “governo” é uma afronta ao povo brasileiro. O que nos resta é a desobediência sistemática a todas as ações governamentais até que o “governo” caia.

    Temer entrará para a história brasileira não apenas como o primeiro vice-presidente a ter conspirado abertamente contra sua própria presidenta até sua queda final. Ele será lembrado como o primeiro presidente a ser pego operando diretamente casos de tráfico de influência (o caso de seu antigo ministro da Cultura sendo obrigado a liberar uma licença para viabilizar o apartamento de Geddel Vieira) e de pagamento para silenciar presos.

    Exatamente no mesmo momento em que esse senhor exigia do povo brasileiro “sacrifícios” ligados à destruição de condições mínimas de trabalho e garantia previdenciária ele pedia ao dono da Friboi que continuasse a dar mesada para presos ficarem calados. O mesmo que entregará o país com 14 milhões de desempregados e mais 3,6 milhões de pobres garantiu lucros recordes para os bancos brasileiros no último trimestre.

    Agora, alguns acham que o Brasil deve seguir então “os procedimentos legais” e empossar o investigado Rodrigo Maia para que convoque uma eleição indireta para presidente.

    De todos os disparates nesta república oligárquica, este seria o maior de todos. Em um momento como o atual, o país não deve recorrer a leis claramente inaceitáveis, ainda mais se levarmos em conta a situação em que vivemos. Afinal, como admitir que um presidente seja escolhido por um Congresso Nacional de indiciados e réus, fruto de um sistema incestuoso de relações entre casta política e empresariado que agora vem a tona?

    Uma das bases da democracia é não submeter a soberania popular nem a decisões equivocadas feitas no passado, nem a instituições aberrantes. O povo não é prisioneiro dos erros do passado, mas sua vontade é sempre atual e soberana. Ele pode desfazer as leis que ele mesmo fez e destituir instituições que se mostram corrompidas.

    Por essa razão, o único passo na direção correta seria a convocação extraordinária de eleições gerais, com a possibilidade de apresentação de candidaturas independentes, para que aqueles que não se sentem mais representados por partidos possam também ter presença política.

    Que o Brasil entenda de um vez por todas: em situações de crise, não há outra coisa a fazer do que caminhar em direção ao grau zero da representação, convocar diretamente o povo e deixá-lo encontrar suas próprias soluções. Toda democracia é um “kratos” do “demos”, ou seja, o exercício de uma força (“kratos”) própria ao povo em assembleia. Essa é a única força que pode abrir novos horizontes neste momento.

    Pois que não se enganem. Como já dissera anteriormente neste espaço, Temer não existe. Esse operador dos escaninhos do poder, acostumado à sombras e aos negócios escusos, sempre foi politicamente ninguém.

    Quem governa efetivamente é uma junta financeira que procura reduzir o Estado brasileiro a mero instrumento de rentabilização de ativos da elite patrimonialista e rentista. A mesma junta que impõe ao país “reformas” que visam destruir até mesmo a possibilidade de se aposentar com uma renda minimamente digna. Ela tentará continuar no governo independentemente de quem seja o manobrista no Palácio do Planalto. Ela tentará o velho mote: “Tudo mudar para que nada mude”. Mas, para isso, precisará deixar o povo afastado de toda decisão política. 

  24. Com indignação e frases de

    Com indignação e frases de efeito, discurso de Temer ecoa Nixon

    NELSON DE SÁ

    Muito antes de cair, o presidente americano Richard Nixon se dirigiu às câmeras de televisão e declarou com firmeza, no final de 1973, num momento para a história: “Não sou um ladrão”.

    Michel Temer também foi bastante firme em seupronunciamento desta quinta, no mesmo cenário. Por exemplo, do brasileiro: “Não comprei o silêncio de ninguém”.

    Outra passagem, a mais repetida no noticiário, posteriormente: “Não renunciarei. Repito, não renunciarei. Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos.”

    Nixon também dizia: “Em todos os meus anos de vida pública, nunca obstruí a Justiça. E dou boas-vindas a essa investigação”. Temer foi até além, no último ponto: “Exijo investigação plena e muito rápida”.

    A canção de cisne do americano -que também não foi muito diferente de uma outra, de Fernando Collor- aconteceu oito meses antes de sua renúncia.

    A depender da convicção e do amontoado de expressões faciais crispadas, de revolta, apresentados pelo brasileiro durante seu curto discurso, a agonia também poderá se prolongar por aqui.

    Foi um Temer desconhecido ou talvez só conhecido por quem o viu, longe no passado, em algum tribunal do júri, ele que chegou a atuar como procurador.

    Estava indignado, com a voz transtornada, em revolta contra a injustiça que praticam contra ele, em especial com a recusa do Supremo em liberar o áudio da conversa que poderia permitir defesa mais adequada. O áudio saiu logo após o pronunciamento, tornando sem sentido sua suposta lembrança do diálogo, de que o empresário teria falado que “auxiliava a família” de Eduardo Cunha.

    Mais importante, a gravação trouxe novos constrangimentos -como os relatos de obstrução da Justiça ou a promessa de apoio no Ministério da Fazenda.

    Seu discurso, mais do que à nação, apesar das câmeras todas, havia sido aos agentes econômicos, com uma ameaça subliminar de que, sem ele, a pouco convincente recuperação da economia brasileira vem abaixo.

     

    Pela edição de suas palavras na escalada do “Jornal Nacional”, no início da noite, não convenceu.

  25. Conversa gravada desperta

    Conversa gravada desperta suspeita, mas não leva a conclusão

    MARCELO COELHO

    Onde está o conteúdo das gravações? A pergunta repetiu-se com insistência desde que se revelou a conversa do presidente Temer com Joesley Batista, presidente da JBS.

    Combinava-se, segundo disse o empresário em delação premiada, um pagamento para silenciar o ex-deputado Eduardo Cunha. A única frase textual de Temer que se citou não era, pensando bem, das mais claras: “tem de manter isso, viu?”

    “Isso” o quê? Deduziu-se que era o pagamento, o acordo, a propina para manter calado Cunha. Mas qual o contexto? Haveria outra interpretação possível?

    Desde cedo, nesta quinta-feira, a OAB do Paraná lançou um manifesto para que o ministro Edson Facchin, do STF, liberasse para conhecimento público o registro da conversa.

    No seu pronunciamento pela TV, às 16h, Temer disse ter pedido ao STF acesso aos documentos da delação.

    Quanto à sociedade em geral, apesar de todos os comentários de que o governo já tinha terminado, só conhecendo os termos exatos do famoso diálogo seria possível avaliar o comportamento do presidente.

    Como manter, então, o sigilo sobre as gravações? Quanto mais tempo passava, mais se agravava a crise. Debandada de ministros, debacle na Bolsa, manifestações de rua. A gravação não vinha.

    Processos judiciais são, por natureza, públicos. É um princípio constitucional. Há exceções, contudo: em casos de família, como divórcio, tudo corre sob o chamado “segredo de Justiça”. O bem-estar dos filhos, por exemplo, ou a privacidade do casal, são bens a serem protegidos pela lei, apesar do princípio geral da transparência dos processos.

    Por razões óbvias, investigações criminais têm de ser sigilosas. As autoridades podem pedir a um juiz, por exemplo, autorização para escuta telefônica -mas seria absurdo avisar com antecedência os envolvidos.

    Também as delações premiadas, em tese, correm em segredo. Como são instrumentos para investigações posteriores, e não uma etapa de processo judicial, não se submetem à regra da publicidade. Não é conveniente, afinal, que delatados saibam estar sob suspeita. O delatado pode fugir, pode destruir provas, pode forjar documentos em sua defesa…

    Depois de obtidas as provas, a coisa muda. A delação pode vir a público, se já se tomaram todas as medidas investigativas de que se precisava.

    O Supremo Tribunal Federal fixou, em 2009, a jurisprudência que garante aos defensores de um acusado o pleno acesso às provas contra ele. É a chamada “súmula vinculante” de número 14, aprovada pela maioria do plenário.

    Tratava-se de uma proposta apresentada ao STF pela Ordem dos Advogados do Brasil, buscando favorecer o pleno direito de defesa dos cidadãos. Provas têm de ser públicas. Mas quando? Se as investigações ainda não terminaram, a divulgação de uma prova pode atrapalhar a obtenção de outras.

    Também nas delações, fica tudo a critério do juiz responsável pela condução do caso.

    Na Operação Lava Jato, o usual tem sido divulgar seu conteúdo. O juiz Sergio Moro, por exemplo, privilegia o critério do interesse público, evitando o segredo. Este, por sua vez, é muitas vezes pedido pelos advogados, que buscam defender seus clientes de eventuais calúnias.

    Mesmo aqueles famosos vídeos das delações, que toda hora aparecem na internet, podem não estar completos. Se achar importante, o juiz mantém em segredo trechos de um depoimento, tendo em vista novas investigações.

    Seja como for, no caso das gravações de Temer, acusado e acusadores mostraram-se de acordo. Mas só depois de quase 24 horas de suspense, e de uma crise gravíssima, o ministro Fachin suspendeu o sigilo.

    Foi tempo demais, para uma conversa que, entre murmúrios e concordâncias, desperta alguma suspeita mas não leva a nenhuma conclusão. 

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  26. Temer é vítima de uma

    Temer é vítima de uma conspiração

    Reinaldo Azevedo

    Pesquisem a etimologia da palavra “conspiração”. Lá está o verbo “spiiro”, que significa “soprar”, “respirar”, mas também “emitir um odor”. A conspiração, então, é uma teia de sopros, respiros e odores subalternos. Metaforicamente, é o cochicho das sombras. Cecília Meireles soube trabalhar tal origem no seu magnífico “Romanceiro da Inconfidência”. Pesquisem a respeito.

    É claro que o presidente Michel Temer está sendo vítima de uma conspiração meticulosa e muito bem-sucedida. Todos sabem que os irmãos Joesley e Wesley Batista eram íntimos e grandes beneficiários do regime petista. Aliás, dava-se de barato: querem pegar o PT? Então peguem a JBS. A coisa ganhou até tradução popular. Que jornalista não foi indagado no táxi sobre uma suposta fazenda de Lulinha, em sociedade com a JBS? Que se saiba, tudo conversa mole. Nunca houve.

    Mas a dupla caiu na rede da Lava Jato. Os irmãos foram assediados pela força-tarefa. Sabe-se lá com quantas ameaças. Como não devem ter memória muito limpa do que fizeram nos verões passados, resolveram “colaborar”. Mas não com uma delação premiada no molde Marcelo Odebrecht. Não!

    Empregou-se a tática aplicada no caso Sérgio Machado, aquele que se dispôs a gravar peixões da República. Com a mesma generosidade. Em troca, os filhos de Machado nem processados foram. O criminoso pegou dois anos e três meses de cadeia em sua mansão, em Fortaleza.

    Aos irmãos Batista se ofereceu ainda mais: “Entreguem o presidente da República, apelando a uma conversa induzida, gravada de forma clandestina. Façam o mesmo com o principal líder da oposição, e vocês nem precisarão ficar no Brasil, sentindo o odor dessa pobrada, que vai pagar o pato. Nós os condenaremos a morar em apartamento de bilionário em Nova York. Impunidade nunca mais!”

    Querem saber?

    Sim, sou grato ao Ministério Público Federal e à tal força-tarefa. Oh, sim, também pelos relevantes serviços prestados no combate à corrupção. Lembrando o cineasta Bertolucci, sob o pretexto de caçar tarados, vocês ainda chegam ao fascismo, valentes! Avante, “giovinezza, giovinezza,/ Primavera di bellezza/ (…)/ Per Janot, Dallagnol, la mostra Patria bella”.

    Sim, sou grato a todos os Torquemadas e Savonarolas da política porque admitem, na prática, agora sem nesga para contestação, que eu estava certo. Os procuradores têm um projeto de poder e estão destinados a refundar a República. E, por óbvio, seu viés é de natureza revolucionária, não reformista. Em recente prefácio que escreveu, o juiz Sergio Moro alcançou voos condoreiros: haverá dor.

    Sim, sou grato a esses patriotas porque, quando afirmei, há meses, que a direita xucra estava se juntando a alguns porras-loucas, com poder de polícia, para devolver o poder às esquerdas, alguns tentaram me tachar de maluco. Perdi amigos –não por iniciativa minha. E, no entanto, tudo está aí, claro como a luz do dia.

    Então vamos ver. O presidente Michel Temer disse que não renuncia. Sim, ele é um político, é hábil, é consciencioso e certamente saberá avaliar, de forma criteriosa, as circunstâncias. Estas são sempre boas conselheiras dos prudentes. Como ele próprio lembrou, trechos de gravações vêm a público naquele que é o melhor momento do governo.

    No breve pronunciamento que fez nesta quinta, Temer subiu um pouco o tom —ou o som— que lhe é habitual. Havia uma irritação extrema, mas contida (como é de seu feitio). A tensão era óbvia.

    O Brasil está pronto para ser o território livre do surrealismo jurídico.

    Ali falava um presidente da República, ninguém menos, a negar a renúncia, mas sem saber do que era acusado. Tinha consciência, sim, de que o relator do petrolão no STF, Edson Fachin, já havia aceitado o pedido de investigação. Mas ele próprio não tinha ouvido nada. O conteúdo já foi liberado.

    Ali falava um presidente da República, ninguém menos, que lutava para não ser refém do Terror Jurídico em curso no país. Sob o pretexto de “cassar tarados”.

    O Brasil afunda, e a esquerda deita e rola. 

    1. Sem noção
      Nao foi a farsa a jato a autora da façanha, seu Ariosto!

      Tao forçado o texto querendo colar a JBS no PT que não tem nem graça. É incrível os coxinhas lerem esse cara, o mesmo que chamou Gilmar Mendes de Gilmar Dantas, num obvio ato falho nos tempos da satiagraha.

  27. Como manda o bom jornalismo,

    Como manda o bom jornalismo, postei 2 articulistas pró Temer e 2 contra.

    Tirem as suas conclusões.

  28. JBS ABATE LULA, DILMA, RENAN

    JBS ABATE LULA, DILMA, RENAN E SERRA

    Eliane Catanhêde diz que amanhã(hoje) serão divulgadas delações que “atingem mortalmente” Lula, Dilma Rousseff, Renan Calheiros e José Serra.

    “O resultado é considerado devastador e arrasta para o fundo do poço não apenas o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves, mas o próprio mundo político.”

  29. Delegados repudiam Aécio
    A

    Delegados repudiam Aécio

    A ADPF emitiu nota em que repudia as declarações de Aécio Neves, gravadas por Joesley Batista, nas quais “deixa clara a intenção de promover uma articulação política para interferir nas ações da Polícia Federal”.

    “Os delegados da Polícia Federal não permitirão qualquer tipo de ingerência na condução dos inquéritos, nas investigações, nem como na realização de operações.”

  30. ‘Não há atalhos’ à

    ‘Não há atalhos’ à Constituição, afirma comandante do Exército sobre crise

    O general Eduardo Villas Boas, comandante do Exército, manifestou-se sobre crise política que engolfa o governo de Michel Temer. O presidente declarou que não renuncia. Mas o general parece não excluir outra hipótese de desfecho para abalo sísmico que sacode Brasília. Mencionou uma única condicionante: a solução precisa caber na Constituição.

    “A Constituição Federal Brasileira há de ser sempre solução a todos os desafios institucionais do país. Não há atalhos fora dela!” A declaração de Villas Boas foi feita pelo Twitter.

    General Villas Boas  ✔@Gen_VillasBoas

    A Constituição Federal Brasileira há de ser sempre solução a todos os desafios institucionais do país. Não há atalhos fora dela!

    17: 55 – 18 May 2017    445445 Retweets   816816 favoritos

     

  31. Um zumbi no Planalto
    Bernardo

    Um zumbi no Planalto

    Bernardo Mello Franco

     Michel Temer, o presidente sem votos, agora quer ser presidente sem governo. Flagrado numa trama de corrupção e obstrução da Justiça, ele vê sua autoridade se esfarelar em praça pública. Mesmo assim, insiste em se agarrar à cadeira.

    O governo começou a respirar por aparelhos na noite de quarta. Assim que o diálogo com o dono da JBS foi divulgado, aliados passaram a discutir procedimentos para desligar as máquinas. As conversas avançaram pela madrugada de Brasília.

    Na residência do presidente da Câmara, quatro ministros discutiram as exéquias do chefe. Todos trataram Temer como um cadáver político. Restaram divergências sobre a forma de removê-lo do palácio: renúncia, impeachment ou cassação no TSE.

    A situação se agravaria nas horas seguintes. O Supremo autorizou a abertura de inquérito criminal contra o presidente. A OAB falou em fatos “estarrecedores, repugnantes e gravíssimos”. A Bolsa despencou, o dólar disparou e o mercado passou a cobrar um desfecho rápido para a crise.

    Temer ouviu de vários aliados que chegou ao fim da linha, mas decidiu resistir, mesmo que seja na condição de zumbi. Seguiu o conselho de aliados que dependem do foro privilegiado para não embarcar no próximo voo da Polícia Federal para Curitiba.

    Em vez de demonstrar força, o discurso do “fico” forneceu um atestado de fraqueza política. Em tom irritadiço, o presidente esbravejou e elevou a voz, mas não esclareceu nenhuma das suspeitas que o cercam.

    Temer apostou tudo na estratégia do terrorismo econômico. Sugeriu que sem ele o Brasil mergulhará no caos e o esforço pela retomada será jogado no “lixo da história”. Quando disse que não iria renunciar, ouviu aplausos tímidos e constrangidos.

    Ao prolongar a agonia de um governo cambaleante, o presidente mostrou que está menos preocupado com o país do que com o próprio destino. Talvez não tenha entendido que este pode ser o caminho mais curto para a lata de lixo. 

  32. PAINEL DO LEITOR
     
    A

    PAINEL DO LEITOR

     

    A inadmissível situação oferecida pelo quadro político não pede outra atitude: renuncie, Temer!

    DORALICE ARAÚJO, professora (Curitiba, PR)

    Claro que só o fato de receber o sujeito com uma conversinha dessa já é suficiente para impeachment. O cara diz que tem procurador no bolso. Na hora, Temer deveria chamar a polícia para prender o sujeito.

    MARCIO MIRA (Curitiba, PR)

    A delação em si não surpreende; virou rotina no Brasil. O que deixa o cidadão perplexo é que os corruptores-empresários, travestidos de delatores, não são punidos à mesma régua que os corruptos, isso quando castigados. Os empresários continuam com o seu patrimônio financeiro e são apenados com curtíssima supressão da liberdade. Delação para corruptor é um ótimo negócio.

    FÁBIO SIQUEIRA (Uberaba, MG)

    Em texto de 12/2, o colunista Bernardo Mello Franco foi uma solitária voz a incomodar-se com a blindagem de Michel Temer por Sergio Moro, que indeferiu perguntas incômodas de Eduardo Cunha ao presidente. O jornalista decretou: “A tarefa de evitar constrangimentos a Temer pode ser deixada para os advogados do presidente”. Talvez seja o caso de, agora, pressionar o juiz Moro para que ele explique por que se empenhou tanto em proteger Temer de Cunha.

    SIDNEI JOSÉ DE BRITO (São Paulo, SP)

     

    Como são vorazes os nossos representantes no Congresso! Aécio Neves já tinha recebido R$ 60 milhões da JBS em 2014, segundo delação. No final da história, acabou se enroscando com a “insignificância” de R$ 2 milhões. Aguardemos novas revelações.

    EMIL BARBOUR (São Paulo, SP)

    É inadmissível que a Folha insista em manter Aécio Neves no quadro de colunistas diante de reiteradas denúncias a ele dirigidas. Ainda mais quando o senador afastado usa o espaço para fazer sua defesa pública diante de indefensáveis acusações de corrupção e obstrução da lei.

    ELDER MARTINS (São Paulo, SP)

    Quando é que vocês irão parar de publicar as colunas de Aécio? Vai demorar muito, como quando escreviam o ilustríssimo Sarney e tantos outros ilustríssimos nadas?

    SUZANA M. PADOVANO (Santana de Parnaíba, SP)

     

    *Em texto de 12/2, o colunista Bernardo Mello Franco foi uma solitária voz a incomodar-se com a blindagem de Michel Temer por Sergio Moro, que indeferiu perguntas incômodas de Eduardo Cunha ao presidente. O jornalista decretou: “A tarefa de evitar constrangimentos a Temer pode ser deixada para os advogados do presidente”. Talvez seja o caso de, agora, pressionar o juiz Moro para que ele explique por que se empenhou tanto em proteger Temer de Cunha.

     

     

     

    *Claro que só o fato de receber o sujeito com uma conversinha dessa já é suficiente para impeachment. O cara diz que tem procurador no bolso. Na hora, Temer deveria chamar a polícia para prender o sujeito.

     

  33. Hoje teremos Lula, Dilma

    Hoje teremos Lula, Dilma Rousseff, Renan Calheiros e José Serra.

    De acordo com Eliane Cantanhêde, do Estadão, eles serão os novos protagonistas dos depoimentos da JBS:

    “Quem teve acesso diz que os valores são estonteantes e a intimidade dos irmãos com os políticos é nauseante. A Odebrecht vai ficar com ciúme…”.

  34. Anexo 9: Joesley prometeu a

    Anexo 9: Joesley prometeu a Temer 5% do lucro de negócio com termoelétrica

    Já com Michel Temer na Presidência, Joesley Batista acertou com Rocha Loures o pagamento de 5% sobre o lucro da operação de uma termelétrica, o que renderia ao presidente cerca de R$ 50 milhões.

    A J&F precisava do CADE para quebrar o monopólio da Petrobras. O empresário expôs o problema a Loures, que ligou para Gilvandro Araújo, presidente interino.

    “Rodrigo referiu-se a Gilvandro como ‘um dos nossos meninos'”, disse Joesley.

    Joesley “conta que ofereceu ainda lançar mais créditos na planilha de Temer à medida que outras intercessões de Temer e Rodrigo em favor do Grupo J&F fossem bem-sucedidas em negócios, tais como energia a longo prazo e destravamento das compensações de crédito de PIS/Confins com débitos de INSS. Rodrigo também aceitou”.

  35. Brasileiro sacrificados todos os dias, esses são os 1ºs Santos.

    A reportagem, abaixo, fala no Brasil como maior país católico, então porque vivemos nessa ZONA de CORRUPÇÃO E CANALHICE?

    Usam a fama de alguns para iludir e cumprir a agenda de uma europa (sede da intituição igreja católica) pró neo-colonização de paises subdenvolvidos em seus benefícios, e de seu CAPITALISMO, ASSASSINO, PRÁ LÁ DE SELVAGEM.

    https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2017/05/17/crianca-fazendeiros-e-ate-surfista-quem-sao-os-possiveis-futuros-santos-brasileiros.htm&nbsp;

    Vão ser pecadores enganadores assim lá com os radicais islâmicos, para receberem o que merecem. 

    ” Deus é Espírito, e seus ADORADORES são aqueles que o Adorão em Espírito e VERDADE” .

    “O AMOR não se alegra com a Mentira”

  36. Quando Joesley Batista disse

    Quando Joesley Batista disse que pagava propina para calar a boca de Eduardo Cunha, Michel Temer respondeu:

    “É”.

    Quando Joesley Batista disse que corrompeu um procurador e dois juízes, Michel Temer respondeu:

    “Ótimo, ótimo”.

    Esse é o presidente do Brasil.

     

  37. 2 horas – Historinha da mineração

    João demora um pouco mais de 2 horas, diariamente, saindo de Parauapebas (PA) para chegar a trabalhar na mina. João acorda cedo, antes das galinhas, e sai de casa em plena escuridão, tão escuro como a noite anterior, em que viajou outras 2 horas de volta a casa, numa viagem similar, a semana toda, todas as semanas. João está esperando chegar o final de semana, para ver as diferentes tonalidades e cores do seu próprio jardim e para ver a cara do seu filho em plena luz do sol.

    Na noite anterior, nos breves minutos em que conviveu com a sua família, antes de cair no sono, assistiu pelas noticias da TV um sujeito que parecia um gângster, falando palavras entrecortadas (“o cara é p…, um b… do c….”). O preocupante é que esse sujeito dizia que tinha indicado o Diretor da empresa na qual o João trabalha. O sujeito indicado pelo gângster parecia ser um cara “de confiança”, como já havia divulgado pela TV o Tony Ramos.

    João, meio sonolento no ônibus da empresa, já estava confuso sobre as políticas de mineração, agora com esta situação do novo Diretor que “vai na confiança”, pois sabia de antes sobre um Lobão que fazia lobby, e de que haveria hoje em Brasília um coelho atuando como chefe de um lobo. Parecia todo estranho e confuso, assim como a linguagem entrecortada daquele nomeador de Diretores falando com um sujeito que tinha nome estranho, como de jogador de futebol.

    João chegou ao trabalho depois de 2 horas e rapidamente foi ate a usina. A recuperação tinha caído dois pontos percentuais durante a noite, mas João concertou rapidamente, recuperando aqueles 2 pontos perdidos.

    Posteriormente, na hora do almoço, ficou sabendo que o índice de uma usina chamada BOVESPA tinha caído mais de 10 pontos percentuais e foi fechada por algumas horas. João ficou sabendo que existe um sujeito de nome “Mercado” que opera aquela usina de São Paulo. Durante a tarde, aquele senhor “Mercado”, tinha recuperado apenas 2 pontos percentuais e perdeu feio com a queda total de 8%.

    João pensou por um momento em como seria bom morar em São Paulo, sair e voltar de casa em plena luz do dia, e solucionar de vez os problemas daquela usina BOVESPA. Aquele cara – o Mercado – é um incompetente mesmo (pensou), ou será esse o sujeito “de confiança” que foi nomeado pelo gângster?

  38. Nassif, estou um pouco

    Nassif, estou um pouco confuso com essa delação que pegou o Temer e o Aecio, acredito que outras pessoas tambem, você poderia montar um xadrez sobre as razões dessa delação, qual o papel daquele procuradpr responsável pela operação carne fraca etc

  39. Nassif, estou um pouco

    Nassif, estou um pouco confuso com essa delação que pegou o Temer e o Aecio, acredito que outras pessoas tambem, você poderia montar um xadrez sobre as razões dessa delação, qual o papel daquele procuradpr responsável pela operação carne fraca etc

  40. Vamos pensar na solução?

    – Renuncia imediata de Michel Temer.

     

    – Afastamento das funções de todos os eleitos e nomeados a cargos publicos citados em delações, ou que sejam reú de processo em andamento no STF ou já condenados em 2ª instancias de qualquer natureza.

     

    – PGR, Policia federal e Supremo se compromentem a terminar todos os processos dos envolvidos acima até uma semana antes da data final do prazo para se candidatar para as eleições de 2018.

     

    – Remanescentes na Camara dos deputados e Senado reelegem novos presidentes para as casas e se toca o país até 2018, mas sem o poder para promoverem reformas ou qualquer tipo de alteração na CF/88 ou diretos adquiridos.

     

    – Criação de um conselho economico com 7 nomes indicados pelos Deputados e sancionado pelo Senadores.

     

    Alguem tem mais alguma?

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