Fora de Pauta

O espaço para os temas livres e variados.

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Redação

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  1. A palavra BISPO tem sido usada largamente pela imprensa para designar donos de igrejas. Mas durante séculos tal designação de “bispo” era feita pela Igreja Católica para algum de seus membros. A Igreja Católica sempre foi a dona desta designação, tanto quanto uma OAB é a designadora de advogado, por exemplo.

    A CNBB já se manifestou, a meu ver ainda timidamente, sobre este uso indevido:

    http://www.cnbb.org.br/bispo-origem-e-funcao/

  2. Os Burrominions terraplanaram a Terra.

    Não há nada que refute que a terra é plana, afirmou Olarva do Caralho

    Num artigo chamado “Existe um Deus?”, Bertrand Russell escreveu:

    “Muitos indivíduos ortodoxos dão a entender que é papel dos céticos refutar os dogmas apresentados – em vez dos dogmáticos terem de prová-los. Essa idéia, obviamente, é um erro. De minha parte, poderia sugerir que entre a Terra e Marte há um pote de chá de porcelana girando em torno do Sol em uma órbita elíptica, e ninguém seria capaz de refutar minha asserção, tendo em vista que teria o cuidado de acrescentar que o pote de chá é pequeno demais para ser observado mesmo pelos nossos telescópios mais poderosos. Mas se afirmasse que, devido à minha asserção não poder ser refutada, seria uma presunção intolerável da razão humana duvidar dela, com razão pensariam que estou falando uma tolice. Entretanto, se a existência de tal pote de chá fosse afirmada em livros antigos, ensinada como a verdade sagrada todo domingo e instilada nas mentes das crianças na escola, a hesitação de crer em sua existência seria sinal de excentricidade e levaria o cético às atenções de um psiquiatra, numa época esclarecida, ou às atenções de um inquisidor, numa época passada”.

  3. A Raposa, o Macaco e os Animais

    Fábula de La Fontaine

    Com a morte do Leão, reuniram-se todos os animais para eleger um novo Rei. Foram pegar a coroa real, que um Dragão gardava em uma caverna obscura. Em nenhum bicho ela se ajustou bem: alguns tinham a cab eça muito pequena ou muito grande, outros tinham chifres. O Macaco também a provou, mas a coroa foi parar em seu pescoço. E ele fez tantas graças e brincadeiras por causa disso que a platéia, divertida, o proclamou rei.
    Somente a Raposa negou lhe dar seu voto, mas não declarou, entretanto, sua oposição. Felicitou o novo monarca e lhe disse o seguinte: “Senhor, somente eu sei onde está escondida uma grande fortuna: é fato notório e público que todo tesouro pertence à Vossa Majestade”. O novo rei era muito devotado ao Bezerro de Ouro, e pessoalmente, correu em busca do tesouro, sem ninguém saber. Mas esta era uma armadilha e nela caiu. A Raposa, tomando a voz dos demais, lhe disse: “Pretende nos governar? Logo você que não sabe nem governar a si mesmo?”. O Macaco foi deposto e todos, então, concordaram que pouquíssimos são os dignos de usar a coroa.

  4. É pena que muitos tópicos do Blog estejam fechados para comentários. Hoje li o tópico “Sobre o livro ‘O que é Darwinismo” e quis perguntar algo ao autor, mas nao pude. Acho isso uma limitaçao à troca aberta de idéias, pior ainda num tema de ciência; nao há motivo para fechar comentários num tema desses. Esclareço que nao sou nenhuma crítica da Teoria da Evoluçao, queria perguntar apenas por que o livro pára na dita Síntese Moderna, hoje já tao questionada (e nao por críticos da Teoria da Evoluçao).

  5. Prá não dizerem que não falei da bomba: Se, hoje, alguém tentar impedir que eu destrua o mundo, eu detonarei uma bomba de neutrons de zilhões de gigatons que eu cultivo há 7 encarnações.

    Apenas 3 pessoas podem impedir, impunemente, a destruição do mundo.

    Estão avisados, né?

    Ontem, enquanto eu marchava pelas ruas, ao lado de muitos Irmãos e Hermanas, me lembrei de Charles Chaplin e do Louis Armstrong, ‘What a beautiful day’!

    “O Último Discurso

    Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio … negros … brancos.

    Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades.

    O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma do homem … levantou no mundo as muralhas do ódio … e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas duas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

    A aviação e o rádio aproximaram-se muito mais. A próxima natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem … um apelo à fraternidade universal … à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo afora … milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas … vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis!” A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia … da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem os homens, a liberdade nunca perecerá.

    Soldados! Não vos entregueis a esses brutais … que vos desprezam … que vos escravizam … que arregimentam as vossas vidas … que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como um gado humano e que vos utilizam como carne para canhão! Não sois máquina!
    Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar … os que não se fazem amar e os inumanos.

    Soldados! Não batalheis pela escravidão! lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou um grupo de homens, mas dos homens todos! Estás em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela … de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo … um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.

    (Não à Reforma, sim à Revolução da Previdência)

    É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos.

    Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontres, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergues os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos”

    Porém o meu ódio é o melhor de mim, diria o Bardo das Minas Gerais:

    “Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
    Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
    Porém meu ódio é o melhor de mim.
    Com ele me salvo
    e dou a poucos uma esperança mínima.

    Uma flor nasceu na rua!
    Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
    Uma flor ainda desbotada
    ilude a polícia, rompe o asfalto.
    Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
    garanto que uma flor nasceu.

    Sua cor não se percebe.
    Suas pétalas não se abrem.
    Seu nome não está nos livros.
    É feia. Mas é realmente uma flor.

    Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
    e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
    Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
    Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
    É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio”

    Yeahh, we can fight, né, Morricone?

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