John Forman recusa cargo no Conselho de Administração da Petrobras

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

da Agência Brasil

John Forman recusa cargo no Conselho de Administração da Petrobras

por Nielmar Oliveira – Repórter da Agência Brasil | Rio de Janeiro

Indicado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro na última segunda-feira (14) para integrar o Conselho de Administração da Petrobras, o ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANPP) John Forman, renunciou à indicação.

A informação foi dada na manhã de hoje (16), em nota da Petrobras onde a estatal informa “ter recebido a carta de renúncia do Sr. John Milne Albuquerque Forman à sua indicação, pelo acionista controlador, para membro do Conselho de Administração da companhia, conforme divulgado em Comunicado ao Mercado de 14/01/2019”.

Segundo a Petrobras, Forman “agradeceu o convite para participar do Conselho de Administração e informou que as razões para tal decisão são de ordem pessoal, visando evitar qualquer tipo de constrangimento ou problema para a companhia, considerando as notícias veiculadas na imprensa, desde a sua indicação, sobre condenação em processo na CVM [Comissão de Valores Mobiliários], que se encontra atualmente em discussão no judiciário”.

A companhia informa, ainda, que divulgará ao mercado assim que receber nova indicação do acionista controlador para a vaga que permanece aberta no Conselho de Administração da companhia”.

A Petrobras reafirmou, na nota, que “qualquer indicação [para o Conselho de Administração] será submetida aos procedimentos de governança corporativa da companhia, incluindo as análises de conformidade e integridade requeridas pelo processo sucessório da companhia, com apreciação pelo Comitê de Indicação, Remuneração e Sucessão, e pelo Conselho de Administração e, posteriormente, pela Assembleia Geral de Acionistas”.

Ao Comunicar a indicação de Forman para integrar o Conselho de Administração da Petrobras, a companhia anunciou também as indicações do economista João Cox e o ex-comandante da Marinha, o almirante de esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, apontado para presidir o colegiado.

Os três membros indicados substituiriam Luiz Nelson Carvalho, Francisco Petros e Durval José Soledade Santos no Conselho de Administração da companhia.

Carvalho e Petros já haviam apresentado pedido de renúncia no dia 1º de janeiro, enquanto a renúncia de Soledade foi apresentada na segunda-feira, mas só será efetivada a partir de 4 de fevereiro.

A nova composição do Conselho de Administração, após aprovadas as indicações, manterá o percentual mínimo de 40% de membros independentes, em estrita observância ao Estatuto Social da companhia.

O comunicado ao mercado trazia comentários do Presidente Roberto Castello Branco a respeito das mudanças: “No passado recente foi construída sólida governança corporativa e instituídas rigorosas normas de integridade e conformidade, que serão preservadas e se necessário reforçadas. Foi um ciclo que se encerrou. Uma nova era se inicia com uma visão estratégica de longo prazo e objetivo de geração de valor para os acionistas e para o Brasil. As modificações na administração da Petrobras refletem a nova orientação”.

Edição: Valéria Aguiar

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

2 Comentários

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  1. John Forman se acha mais realista do que o próprio rei

    O Bozo confessou que recebeu dinheiro do Queiroz na poupança da sua patroa; o Onyx confessou seu crime de Caixa 2, certamente para enriquecimento pessoal, pois se fosse para financiamento de Campanha, o Moro não o teria perdoado, já que este último crime, segundo o $érgio Moro, é muito pior do que o primeiro; o Paulo Guedes é investigado por gestão fraudulenta, se não me engano, e o Ministro do Meio-Ambiente foi condenado por crimes ambientais. Apesar de tudo isso, esses Senhores não estão nem um pouco preocupados em evitar constrangimento ou problema para para o Brasil. Já esse tal de John Forman quer ser mais realista do que o rei. Só porque a imprensa veicula, desde a sua indicação, notícias sobre sua condenação em processo na CVM [Comissão de Valores Mobiliários], que se encontra atualmente em discussão no judiciário, ele recusa cargo no Conselho de Administração da Petrobrás.

    O Bolsonaro disse que a questão ideológica é pior do que a corrupção. $egura essa boquinha, Cara. Deixa de bestaje!

  2. Não iria dar certo…

    John Forman é um geólogo da primeira geração desses profissionais formados no Brasil. Passou por diversas companhias e instituições públicas e privadas, sempre demonstrando honradez e competência. Foi presidente da ANP na época da aceleração do avanço nacional no pré-sal. Seria um “estranho no ninho”, que, se assumisse, não duraria uma semana no cargo. Afinal, como poderia aceitar a doação, em troca de propinas, de uma das maiores concentrações de petróleo e gás do mundo? E, pior ainda, como poderia concilliar seu conhecimento geológico com os luminares do novo governo, que dizem que o mundo foi criado há seis mil anos, e que a terra é plana?

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