Maré negra torna a assolar praias do Nordeste, por Gustavo Gollo

O vazamento-monstro de petróleo que emporcalhou intensamente o litoral brasileiro do final de agosto de 2019 até o início desse ano volta a poluir as praias do Nordeste

O vazamento-monstro de petróleo que emporcalhou intensamente o litoral brasileiro do final de agosto de 2019 até o início desse ano volta a poluir as praias do Nordeste, lançando temores de que não possa ser efetivamente contido.

Durante o segundo semestre do ano passado, um vazamento de petróleo descomunal ocorrido em plataforma marinha poluiu vastas extensões do Atlântico Sul e emporcalhou milhares de quilômetros de praias brasileiras, do Pará ao Rio de Janeiro. A calamidade consistiu no maior desastre ambiental petrolífero em águas marinhas já ocorrido em todo o mundo

Após instituir sigilo sobre o relatório da Petrobrás que revelava a origem do vazamento, o presidente da república insinuou tratar-se de vazamento de Petróleo oriundo da Venezuela. A farsa foi confirmada por ministro de estado e autoridades da Marinha, e noticiada amplamente pelos meios de comunicação. O disparate evidenciado pela distância da suposta fonte gerou novo desatino, a informação de que se tratava de vazamento oriundo de navio, ainda que a quantidade descomunal de óleo avistada pudesse abarrotar centenas de navios petroleiros.

Desse modo, em conluio com os meios de comunicação no país, o governo antibrasileiro conseguiu esconder o elefante embaixo do tapete acobertando o crime de proporções oceânicas.

Segundo o G1, análises do petróleo que voltou a emporcalhar praias do Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco e Bahia apresentaram perfis químicos compatíveis com o material que atingiu o litoral brasileiro no segundo semestre de 2019, atestando tratar-se de vazamento do mesmo poço. A textura não intemperizada do petróleo que torna a infestar as praias revela sua origem recente, embora a Marinha alegue o contrário, descaradamente. A lambança ameaça confirmar previsão de Biruliro de que o pior ainda esteja por vir e suscita temores de que o vazamento nunca seja contido.

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Redação

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