MEU CONTO

ENCONTROS

 

 

 Andando pelas ruas no calor do verão o cinquentenário solteirão encontrou a adolescente sem-teto grávida sob a marquise do mercado municipal, mercado municipal em que havia um vão na escadaria que foi fechado depois de se encontrar um mendigo morto, para evitar encontrar outro mendigo com algum problema, já o problema dos mendigos a cidade não quis discutir. A jovem comia um pão de anteontem. Deveria ter alguns dentes cariados. Alguns homens sem hombridade passavam perto da jovem esperando alguma rajada de vento que esvoaçasse o vestido da jovem desafortunada o que acontecia com frequência. Numa torneira pública a jovem se banhava e se hidratava. Recolher a jovem em casa seria enfrentar comentários e piadinhas infames e se omite pesaria na consciência. Voltou para casa onde ficou pensando e rezando para a infeliz. Uma trupe de ciganos “adotou” a jovem e o rebento, e ela pouco se importou de prestou serviços íntimos para pagar o pouco de teto e de alimento. Também ás vezes se prostituía e realizava alguns furtos dividindo com os ciganos o que conseguia. Um de seus clientes, sem ela e o cliente saberem, foi o próprio pai. Ela morreu doente quando o filho tinha dez anos. O menino cresceu dotado de sabedoria nata. Com muito esforço e um pouco de sorte o menino se tornou médico. Talentoso, carismático e bonito seus escritos e suas palestras repercutiam entre os intelectuais, mas o que era continuou sendo um palavrão indecoroso. O cinquentão, agora octogenário, esqueceu-se da moça, mãe do rapaz que pregava palavras maravilhosas que ele tanto gostava e que poderia ser seu filho adotivo.

Redação

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