O elo entre a indústria da delação premiada e a máfia das falências no PR: a mulher de Moro, por Joaquim de Carvalho

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Esta é a terceira reportagem da série sobre a indústria da delação premiada na Lava Jato, feita em parceria entre o Jornal GGN e o DCM e financiada através de crowdfunding. As anteriores estão aqui. Fique ligado

Rosângela Moro e o marido, Sergio

O elo entre a indústria da delação premiada e a máfia das falências no PR: a mulher de Moro

por Joaquim de Carvalho

Rosângela Maria Wolff de Quadros Moro é conhecida por sua atuação em defesa da APAE do Paraná, a ponto de ela mesma se anunciar em uma audiência pública no Congresso Nacional como representante do então vice-governador do Estado, Flávio Arns, do PSDB, que era (e é) presidente da federação das associações no Estado.

Isso antes da fama do marido, Sergio Moro.

Com a fama dele, a partir de 2014, alçado à condição de herói da Lava Jato, Rosângela também se tornou conhecida em promover o marido — criou no Facebook a página Eu MORO com ele, em que reproduz matérias elogiosas.

Pouco se sabe da atuação de Rosângela no sentido estritamente profissional do direito.

Ela apareceu na lista de advogados a quem o doleiro Rodrigo Tacla Durán fez pagamentos por serviços (não especificados) prestados, teve seu nome divulgado no site do escritório de um amigo de Moro, Carlos Zucolotto Júnior, como profissional da sociedade. Mas, no cadastro nacional da OAB, aparece como integrante de outro escritório de Curitiba, o Andrade Maia.

Ao portifólio particular de Rosângela, podem-se acrescentar serviços prestados também à família Simão, apontada em uma CPI de 2011 como integrante da Máfia das Falências do Estado, uma organização que se desenvolveu no seio do Poder Judiciário do Paraná.

Quem estava na linha de frente da defesa da família Simão é Marlus Arns, sobrinho do ex-vice-governador Flávio. A mulher de Moro também aparece como advogada de uma das massas falidas administradas pela família Simão, só que com menor destaque do que Marlus. É a da GVA, fabricante das famosas placas madeirit.

A GVA, ao quebrar, deixou as páginas de economia para entrar nas de polícia.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Guarapuava, no interior do Paraná, Sirlei César de Oliveira, se lembra bem do caso da GVA, até porque até hoje luta para que os trabalhadores recebam algo das verbas rescisórias.

Marlus Arns

“Ninguém recebeu nada. A verba está depositada em juízo, mas eles não têm interesse em buscar a solução. Enquanto isso, vão administrando os bens e desviando o dinheiro que entra”, afirma.

O esquema da Máfia das Falências, revelado pela CPI, é engenhoso.

Pelas contas do então deputado estadual Fábio de Souza Camargo, presidente da CPI, pelo menos R$ 400 milhões foram desviados de empresas que quebraram e deveriam ser usados para o pagamento do Fisco, trabalhadores e credores.

A CPI foi encerrada antes do relatório por decisão da Justiça, mas Fábio e alguns deputados continuaram a investigar, com audiências públicas pelo interior do Estado, onde a máfia deixou rastro. Uma dessas audiências foi em Guarapuava, cidade da GVA. Marlus representou a família Simão.

Cobrado por não ter pago os trabalhadores, o advogado fez uma acusação séria. Disse que o sindicato tinha recebido honorários no valor de R$ 1,1 milhão, como adiantamento por honorários devidos — 10% sobre o valor da dívida total.

“Era mentira. O sindicato teria, sim, direito a honorários, mas assim que todas as verbas fossem quitadas, ou seja, 10% do total de R$ 11 milhões”, disse ao DCM.

Alguns meses depois de instalada, a CPI foi proibida de continuar funcionando pelo Tribunal de Justiça do Paraná, a pedido da Associação dos Magistrados do Estado. Na ação, a AMAPAR afirmou que agia em nome dos juízes de sua base, que estariam se sentidos ameaçados pelos parlamentares.

A AMAPAR não apresentou os nomes desses juízes. Ainda assim, como entidade de classe, teve o pedido de encerrar a CPI aceito pelo tribunal.

O argumento da associação é que a CPI foi criada sem que houvesse fato determinado que justificasse sua instalação. Para o presidente da Comissão, Fábio de Souza Camargo, era um pretexto. A CPI, segundo ele, estava chegando ao coração de uma verdadeira máfia.

Filho de um ex-presidente do Tribunal, desembargador Clayton Camargo, e irmão de uma juíza que atuava na vara de falências, Fábio disse que, ao contrário do que imaginava no início, a máfia não estava fora do Judiciário.

“Não era um esquema qualquer. Fosse um esquema montado com o fim exclusivo de fraudar os juízes e o Judiciário, um esquema ‘de fora para dentro’, ele já teria sido desmantelado. Ficou claro para mim, cada vez mais, que o esquema é de ‘dentro para fora’, ou seja, os operadores reais estão dentro das entranhas do TJPR”, escreveu ele, no livro “Poder, Dinheiro e Corrupção – Os Bastidores da CPI das Falências”.

Fábio diz que o livro, escrito e editado por ele, foi a alternativa que encontrou para revelar o que havia apurado na CPI. A obra chegou a ser proibida pela Justiça, e recolhida das livrarias, mas ainda assim é possível encontrar exemplares em alguns estabelecimentos.

Para esta reportagem, comprou-se um exemplar numa livraria da Universidade Federal do Paraná.

Rosângela Moro aparece como advogada da massa falida da GVA em pelo menos seis ações trabalhistas. Segundo o deputado Fábio, a contratação de advogados, com honorários a peso de ouro, era uma das formas utilizadas pela máfia para desviar recursos das massas falidas.

Não se pode afirmar que este tenha sido o caso de Rosângela.

“Nós chegamos a bloquear alguns pagamentos de honorários”, recordou o presidente do sindicato dos trabalhadores, que se lembra de Marlus, mas não de Rosângela.

“Era o Marlus que comandava toda a assessoria jurídica da família Simão, informou o sindicalista. Segundo a CPI, Marlus respondia ao mesmo tempo pela assistência jurídica da massa falida da GVA e também da Gran Comp Insumos e Compensações, uma das empresas que celebraram contrato de arrendamento da massa falida, a preço vil, segundo o deputado.

O conflito de interesses era evidente.

O então deputado Fábio Camargo autografa seu livro, recolhido pela Justiça

Marlus estava no dois lados do balcão e, mais tarde, a polícia civil descobriu que a arrendatária representada por Marlus nos negócios jurídicos tinha como proprietário um motorista, possivelmente laranja da família Simão.

Massa falida, arrendatária e advogado formavam um bolo só.

Rosângela advogar para uma quadrilha que fraudava a administração de massas falidas não é, em si, crime. Advogados costumam trabalhar para pessoas acusadas de ultrapassar a linha da legalidade.

O problema está na sua relação com Marlus Arns. Criminalista, Marlus se tornou um dos principais advogados das delações premiadas homologadas por Sergio Moro, na Justiça Federal.

Ele entrou para esse ramo mesmo depois de criticar, publicamente, o expediente.

Segundo a Folha de S.Paulo, Arns criticava o instituto da delação premiada nas aulas que dava na Academia Brasileira de Direito Constitucional.

Arns se tornou especialista em delação sem ter conhecimento específico nesse tipo de negociação — como, de resto, ninguém tem —, assim como foi advogado de administradores de massa falida mesmo tendo como especialidade o direito criminal.

O que pode explicar o destaque de Arns tanto em uma quanto em outra especialidade é as relações que possui.

Marlus defende as APAEs em diversas ações no Tribunal de Justiça de Justiça. Não custa lembrar: a responsável pela procuradoria jurídica da Federação da APAE, presidida por Flávio Arns, é Rosângela.

O elo não termina aí. O irmão de Marlus, Luiz Carlos, é dono de um curso de especialidade em direito à distância, onde pelo menos um integrante da Força Tarefa da Lava Jato deu aula.

Com a revelação de que Marlus atuou na linha de frente da defesa de integrantes da Máfia das Falências e Rosângela Moro foi um das advogadas contratadas, o juiz Sergio Moro fica numa situação, no mínimo, incômoda.

O que o deputado Fábio Camargo descobriu e publicou em seu livro é que a Máfia das Falências teve origem na prática de indicar sempre os mesmos advogados para gerir as massas falidas — com ações que, segundo ele, consistiam em lesar credores, trabalhadores e o Fisco.

O deputado apontou cinco escritórios que controlavam a maior parte das massas falidas em todo o Estado — a família Simão, à qual Marlus era ligado, tinha o maior número.

Com as delações premiadas, acontece a mesma coisa.

Basta olhar para o quadro de advogados que têm sido bem sucedidos nas delações em Curitiba para descobrir que eles se contam nos dedos de uma única mão.

Marlus estava fora desse clube fechado até que Beatriz Catta Preta, de São Paulo, desistiu da Lava Jato depois de costurar a maior parte dos acordos.

Alegando ameaças, disse que deixaria o Brasil. Chegou a anunciar Miami como seu novo endereço, mas é vista em São Paulo e, segundo advogados, até atende alguns clientes.

O clube restrito de especialistas em delação lembra o das falências, mas isso não significa que, na Justiça Federal, haja práticas criminosas.

Para afastar esse risco, advogados entendem que seria prudente abrir a caixa preta das delações e definir um protocolo de acordos, com regras claras e transparência, para que amanhã não se descubra que o instituto foi excelente para advogados que buscam fortuna e péssimo para a Justiça.

Depois de aparecer na Máfia das Falências, os Simão protagonizaram outro escândalo. Fábio Zanon Simão, irmão de Marcelo, era alto funcionário do Ministério da Agricultura desde 2015, por indicação do PMDB, e foi preso na operação Carne Fraca.

A acusação contra ele: cobrar propina para conseguir facilidades no Ministério da Agricultura.

Em 2015, quando foram divulgadas por blogs uma suposta ligação de Rosângela Moro com o PSDB, ela foi ao Twitter para dizer, em mais de um post:

Atenção tuiteiros. Não sou, nunca fui advogada de partido político algum, seja do pt, psdb, pdt, pqp. Tampouco sou filiada a partido politico. Não sou, nunca fui advogada de qualquer político. Fui, em meados de 2009-2010, advogada da uma massa falida na área trabalhista, cujos síndicos, aliás, me passaram o calote, nunca pagaram os honorários, razão pela qual pedi renúncia em TODOS os processos.

Na época, ficou sem sentido a referência à massa falida. O que tem a ver massa falida com os partidos?

Mas agora se sabe: ela estava falando da GVA.

Rosângela disse que renunciou à defesa das ações trabalhistas da massa falida, mas Marlus continuou, firme, na defesa dos Simão.

Marlus e Rosângela ainda se encontraram profissionalmente nos caminhos jurídicos da APAE e agora, de uma forma indireta, na Vara de Sergio Moro.

Quando se olha para a família Simão, vê-se Marlus na sombra. Quando se olha para Marlus, é impossível não enxergar pelo menos o vulto de Rosângela Moro. No cenário onde os dois atuam, destacam-se os pilares da Justiça.

.x.x.x.x.

PS: Encaminhei e-mail para Rosângela Moro com perguntas para esta reportagem. Até agora, ela não respondeu.

2017-10-27 16:50:17 -0200

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

25 Comentários

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  1.  
    A máfia das falências é um

     

    A máfia das falências é um fenômeno nacional, muito forte nos Estados do Sudeste e do Sul. Merece uma CPI do Congresso Nacional. 

  2. Reportagem confirma o que tenho dito e escrito

    Prezados,

    Quem lê meus comentários e artigos percebe que tenho sido cada vez mais contundente nas críticas e denúncias. Há três anos afirmo que a Fraude a Jato é uma ORCRIM institucional; mais ainda: tenho afirmado que há outras máfias (ou ORCRIMs) enquistadas e encasteladas na burocracia do Estado, sobretudo nas instituições que compõem o chamado ‘sistema de justiça’, que são as polícias, o ministério público (na União, nos Estados e nas especificidades em que se divide) e o poder judiciário, no âmbito da união e dos estados federados. Esta reportagem corajosa mostra que a esposa do torquemada das araucárias é o elo de ligação entre a indústria (eu diria máfia) da delação premiada e a máfia das falências do Paraná.

    Outra reportagem investigativa pode confirmar que a mesma advogada está envolvida noutra máfia: a das APAES. Reportagens anteriores, de Luís Nassif, indicam o envolvimento dela e de outras pessoas citadas na atual reportagem.

    A censura, proibição  e recolhimento do livro “Poder, dinheiro e corrupção”, o qual denunciava a máfia das falências no PR, ao revelar os bastidores de CPI que a investigava, deixa claro que as ORCRIMs intitucionais usam de seu poder para intimidar, calar, coagir e ameaçar os que ousam denunciar as práticas criminosas em instituições do Estado, notadamente nas que compõem o sistema judiciário. O fato de uma associação de classe dos juízes do PR, a AMAPAR, ser a responsável por encerrar uma CPI que investigava a existência de ORCRIM no sistema judiciário, sob fraca e não provada alegação de “ameaça a juízes”, os quas sequer foram nominados, torna não só essa associação, mas todo o sistema judiciário (paranaense e brasileiro) suspetíssimo de abrigar em suas instituições uma ou mais máfias judiciárias, em conluio com escritórios de advocacia.

    Para piorar a situação do sistema judiciário paranaense e brasileiro, a proibição e recolhimento de um livro com denúncias graves sobre a máfia das falências, envolvendo juízes e advogados, indica que as denúncias contidas nessa publicação poderiam contrariar interesses poderosos e desmontar esquemas criminosos de fato existentes no seio do judiciário desse estado federado. 

    O envolvimento da família Moro nesse esquema criminoso descrito na reportagem e no livro mencionado, além das diversas ilegalidades e crimes que marcam a ORCRIM lavajateira desde o nascimento, mostram que, para derrubar um governo, empoderar as oligarquias escravocratas, plutocratas, cleptocratas, privatistas e entreguistas, houve ações orquestradas entre sistema judiciário, PIG/PPV, oligarquias financeiras e empresariais, todas elas alinhadas e submissas ao alto comando interncional, que fica nos EUA. 

    Como eu tenho dito e escrito, as quadrilhas políticas levadas ao governo federal pelo golpe de Estado, que hoje cometem crimes à luz do dia, desmontando o País e alienando a preço vil os setores e riquezas estratégicas do País, dissolvendo o Projeto de Desenvolvimento Soberano e Inclusivo, não foram protagonistas do golpe, mas atores secundários. Sem a ação e envolvimento deliberado do sistema judiciário cooptado pelo alto comando internacional, as quadrilhas políticas não teriam o  êxito que observamos e a trama golpista enfrentaria dificuldades para se impor. Mais ainda: além de grana, manobras políticas e judiciárias, a trama golpista precisava do apoio do aparato repressor do Estado; aquela conversa entre Ségio Machado e Romero Jucá deixou claro que as FFAA foram cúmplices e coniventes com a trama golpista.

    Pelas razões expostas, enganam-se os que pensam que a falta de manifestações de massa, contra o golpe de Estado, sejam por acomodação ou covardia. Como há mais de 100 anos dizia Lênin: uma revolução se faz com povo, dinheiro e armas. Com dinheiro e armas se fazem golpes de Estado, mas não revolução. Apenas o povo, por mais que faça manifestações enchendo ruas, não faz revolução se não dispuser de dinheiro e armas. Quem foi a alguma das manifestações contra  o golpe e observou a ação do aparato repressor, a infiltração de P2, a ação de black-blocs e de agentes de ONGs internacionais e outros tipos de provocadores, assim como a cobertura manipulativa do PIG/PPV, tem a certeza de que esse tipo de manifestação se mostra inútil quando todo o aparato do Estado (judiciário, político e policial) está a serviço do golpe e da submissão do Brasil ao alto comando internacional.

  3. Afinal, esse imenso artigo

    Afinal, esse imenso artigo diz o quê? Do que é acusada a advogada? Não entendi porque se “vê o vulto de Rosângela ao se olhar para Marlus”. Além disso, o quer dizer “ver o vulto” dela? Ela cometeu algum crime ou irregularidade? Ou o artigo todo adota um pretexto sem fundamento para atacar o juiz?

    1. #

      “Do que é acusada a advogada?”

      De estar ligada à máfia das falências.

      Se fosse advogado ligado à esquerda, já teria sido suspenso o seu registro na OAB, provavelmente estaria preso preventivamente e já teria sido manchete no JN e na Veja.

      Entendeu? Ou ainda não?

       

      1. Prezado colega, agradeço sua

        Prezado colega, agradeço sua ajuda, mas ainda não entendi: o fato de ela ter advogado para a família Simão, que é acusada de criar ou participar de uma máfia de falências, não é fato incriminador para a advogada, pois esse afinal é seu ofício. A menos que se tenha algum indício de coparticipação na suposta máfia, o que o artigo não aponta.

        Se fosse advogado ligado à esquerda, o que teria acontecido? Provavelmente nada, não se vê uma nota sequer na imprensa sobre orientação ideológica dos advogados em evidência, o que demonstra a desimportância do quesito.

    2. Não diz nada, exceto sobre jornalismo

      Caro Caetano,

      Absolutamente nada. É apenas um conjunto de insinuações e suposições. Além do mais, usa como base o testemunho do ex-dep. Fábio Camargo, figura no mínimo controversa e cuja família, pai e irmã, fazem parte desses escândalos que geram manchetes e depois são esquecidos. Este, em específico envolvendo o TJ-PR levou ao afastamento por decisão judicial do pai do ex-deputado quando este ocupava a presidência daquele órgão. Todos com estreitos laços com o atual governador Beto Richa e com o PSDB. É difícil separar o joio do trigo, mas, isso não justifica a forma com que se apresentou a questão na reportagem.

      Eu sou visceralmente contra os métodos e contra a parcialidade evidente observados na Lava-Jato. Considero-os um ataque direto aos direitos fundamentais das pessoas e uma ameaça. Não aceito, como cidadão, que a Lei seja subvertida a interesses corporativos, partidários e pessoais. Odeio o moralismo e o voluntarismo e o “estrelismo” marca registrada da Lava-Jato. Nunca os fins justificam os meios. Não me agrada ver o mal que causa esse comportamento. Em dado momento futuro, senão chamados diretamente a responder pelos seus atos e a reparar o dano causado, creio, serão condenados moralmente.

      Porém, discordando e, mesmo, repudiando o que se entende por subversão do papel das instituições, não se deve abandonar o amparo em fatos e dados comprovados em favor da notícia fácil e criativa com base no ouvir dizer. Fiscalizar, apurar desvios de conduta e, sendo o caso, denunciar é legítimo, meritório e papel vital da imprensa. Mas, com propriedade e responsabilidade. Eu tenho alertado aqui para que o GGN atente para evitar a panfletagem, mas parece cair em ouvidos moucos. O DCM, co-patrocinador dessa série de matérias sobre a Lava Jato – de há muito perdeu o norte jornalístico e se tornou radicalmente parcial e panfletário. A não ser o viés político, nada o diferencia dos que fazem o mesmo à direita.

      Paciência, como leitor, em situações similares, progressivamente perco confiança e acabo por afastar-me. O veículo não perde mais um leitor, perde credibilidade, o que eu, se isto ocorrer com o GGN, lamentarei muito.

    3. Menino do Rio

      Esse Caetano, que não é Veloso, finge-se de desentendido, mas o artigo deixa bem claro, não tem provas contra Rosângela Wolf (Lobo) Moro, apenas aponta comportamentos pra lá de suspeitos da primeira dama da Justiça paranaense, que por óbvio, deveriam ser investigados por quem de direito. Só que “quem de direito” não tem o mínimo interesse em apurar essas ligações estranhas. Se há máfia das falências, Tacla Duran dedura que há Máfia das Delações Premiadas. Tudo se encaixa, como um parafuso e uma porca de 3/8″. E esse Caetano que entra no site para defender o indefensável, é o verdadeiro “menino de Curitiba”. Tesconjuro!

      1. Prezado Alvaro, não me finjo

        Prezado Alvaro, não me finjo de nada, não. Não estou aqui para defender Moro, muito menos sua esposa. Quero, sinceramente, que todos os acusados de falcatruas com nosso suado dinheiro sejam devidamente processados, indepentemente do partido político de filiação ou preferência. Lula e Aécio podem dividir a mesma cela. Só acho que não são positivas meras especulações, sem um dado razoável sequer que gere forte suspeita de crime ou irregularidade.

    4. Vou te ajudar. Coloque Dona

      Vou te ajudar. Coloque Dona Marisa no lugar da sra APAE e José Dirceu no lugar de Marlus e você conseguirá entender melhor. 

      1. Simplesmente brilhante! É a

        Simplesmente brilhante! É a única lógica que funciona no país, na atualidade: qualquer vírgula de Lula, Dilma, PT é uma berraria histérica da mídia e dos midiotas por semanas, mesmo quando a maior prova é um patético e imbecilizante power point engana trouxinha. Helicocas, gravações, malas (baús) de (muito) dinheiro, cheques assinados, depoimentos; rastreamento de contas na Suíça de qualquer um que se preste a fazer a menor ilação contra as esquerdas são naturalizados como uma banal ida ao supermercado. A metáfora do Brasil não é o Titanic, mas o Poseidon – virou de cabeça para baixo!

  4. Lembrando: O palestrante e

    Lembrando: O palestrante e procurador nas horas vagas, Dallagnol disse que doa os cachês de suas palestras para entidades filantrópicas, entre elas quem? Sim a Apae. Coincidência? Eu tenho convicção que não.

    PS: Num powerpoint em que o Dallagnol encontra-se no centro há uma seta apontando para Apae que por sua aponta para a senhora Moro. Vamos fazer esse powerpoint Nassif?

  5. Máfia tucana dos inférno!! Tomaram os 3 poderes e tudo +

    Vamos aguardar o e-mail resposta da rosângela moro, que com certeza vai ter conteúdo suficiente para evitar sua iminente condução coercitiva e/ou prisão temporária para prestar esclarecimentos, mesmo estando tudo na internet.

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  6. O poder judiciário assumiu de

    O poder judiciário assumiu de vez o que sempre foi: o partido político da plutocracia, uma simbiose perfeita, em que as duas partes ganham sempre, às custas da vítima de sempre, o povo.  

  7. Vão ter que fazer a Operação Delação Premiada

    Nada disso é muito ético, moral e nem mesmo legal. E a familia Moro dentro disso ai. Um esquema da mafia das falências da qual todos esses advogados e juizes sabem que existe e mesmo assim, a mulher do “eu moro com ele”, estava la, por tras de Marlu Arns, atuando para defender a tal mafia.

    Existe uma foto daquele evento em que Sergio Moro e Aecio Neves se confraternizaram, como bons companheiros, onde ha também uma foto do casal conversando com o cara de pau do Serra. Nessa foto, Sergio Moro não parece muito a vontade, mas a mulher dele parece muito contente com os causos de José Serra. Não trabalha diretamente para partido, mas o casal deixou publico seu alinhamento com o PSDB. 

  8. Lula e Dilma

    Os dois foram espanados e enxotados pelas quadrilhas, e nós, povo brasileiro, junto.

    E como tem quadrilha nesse miserável país, putz.

    Alô polícia!!!! essa não…

    Alô exército!!! esse também não vai dar…

    Polícia Federal!!! sem chance…

    Alô meu juiz!!! fu…

    Quem sabe os jornais, a TV, os marinho, os jornalistas….

    O pastor, o pastor…..

     

  9. GGN e DCM

    Belíssimo trabalho jornalístico.

    Mas aí eu pergunto:

    E dai?

    Gilmar Mendes e Alexandre de Morais levando tomatadas.

    E daí?

    Leilão do pré sal ontem. Shell, Exxon, Chevron levando tudo.

    E daí?

    1. açoes concretas

      o esforço para as esquerdas não serem exterminadas (estão em frangalhos) até agora não apareceram. Falta liderança para aglutinar o povão?

  10. O estrago que esse animais

    O estrago que esse animais fizeram no país foi taõ grande que não sei se tem conserto. Acho que não, pelo menos no meu tempo de vida. Mas gostaria de viver o suficiente para ver os brasileiros se darem conta do quanto foram e são tratados como retardados mentais pela Globo et caterva.

     

  11. Essa Máfia se inscrutou no

    Essa Máfia se inscrutou no Estado e nas Instituições já faz bante tempo e nenhuma providnecia foi tomada para conter a orgnaização criminosa, de forma que o resultado esta ai: Moro e CIA atuando como muleta para levar ao poder bandidos barra pesada: Aécio, Temer…a  Máia usa a perseguição a Lula e aos progressistas como cortina de fumaça para ocultar seus próprios rolos, tudo sob o amparo da Globo…

    A esposa de Moro e a Máfia das Falencias

    http://www.tribunadaimprensasindical.com/2016/06/esposa-do-juiz-sergio-moro-atraves-da.html

     

     

  12. Em busca da verdade

    O Paraná, com apoio irrestrito da globo, governa e comanda o Brasil.  O embate agora na vara do divinal juiz  e seu séquito, são os recibos de locação de Dona Marisa.  O que a sociedade anseia saber, de norte a sul do Brasil, são as questões abaixo: 

    – Qual  ou quais as causas  da queda do avião que matou o ministro Teorí?

    – De quem era e onde foi parar os 450kg, de pasta base coca apreendidos no helicóptero dos Perrelas?

    – Com todo seu currículo nefasto, por que Gilmar continua ministro na suprema corte?

    – Por que a lava jato definiu investigar a robalheira na Petrobrás somente a partir de 2003, sendo que ladrões na estatal delataram receber propinas na década de 90?

    – Quais as razões das viagens constantes de membros da força tarefa do PR. aos EUA., a colaboração destes com autoridades norte americanas que resultaram em pesadas multas pagas pelas empresas nacionais aos gringos e, pelo que se fala, sem a autorização oficial do ministério da  justiça, o órgão responsável?

    – Qual critério jurídico levou a justiça a calcular prisão de 43 anos ao Almirante Othon, resposável pelo submarino nuclear brasileiro?

    – Com relação à roubalheira no metrô de São Paulo e desvio de milhões da merenda das crianças nas escolas paulistas,  por que até hoje nenhum político foi punido?

    – Com relação aos vazamentos ilegais, por que as instâncias superiores não investigaram e puniram os infratores?

    – É real a existência da tal máfia das delações, é ou não ilegal. Se positivo, teria relação com as prisões preventivas por  tempo indeterminado?

     

    Aguardamos ansiosamente  respostas dos jornalistas investigativos e autoridades comprometidas  com a verdade e futuro do Brasil.

     

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