Palavra de honra

Palavra de honra.

Almir Forte

 

Desde o inicio da humanidade os homens negociam, se digladiam e muitas vezes foram a guerra por um simples motivo: Não cumprir os acordos, sejam eles escritos ou não. Manter a palavra empenhada ou o não faz parte da tradição que com o tempo foi se perdendo. A traição, a ingratidão, a impassividade ou a embromação para fazer com que o esquecimento o favoreça, se tornou regra para alguns segmentos de nossa sociedade.

Algumas palavras permanecem para a eternidade através dos tempos, como as palavras dos profetas, dos lideres islâmicos como Maomé ou dos cristãos como o próprio Jesus Cristo, dos filósofos, dos economistas, dos poetas ou escritores de todas os matizes utilizam a palavra como forma de manter a informação ou a história sempre viva com responsabilidade.

No mundo moderno, cheio de leis e convenções, algumas se destacam pelo ineditismo, sem precisar recorrer a fóruns judiciais ou contratar advogados, enquanto outras, embora firmadas e assinados não possuem qualquer valor. O exemplo mais tradicional é o jogo de bicho, que embora seja considerado uma contravenção penal é a aposta mais garantida. “Vale o que está escrito”. Fez o jogo e acertou recebe.

No mundo político costuma ser diferente, a não ser as coligações que a lei exige documentação assinada, vale o combinado, a palavra dada, o aperto de mão. Assim são a maioria dos acordos, quem vai fazer parte do governo, ocupar os cargos comissionados, tudo isso é na base da palavra que todos esperam que seja cumprida.

O mais comum em uma nova administração municipal, estadual ou federal é fazer mudança de gestores no comando político e administrativo que se inicia. Alega, o novo governante que precisa de pessoas de sua confiança, que tenham caminhado junto nas empresas, pelas ruas das cidades e dos Estados, desde que preencham os requisitos técnicos.

Não considero digno o governante que tenta montar uma equipe somente com os amigos. No entanto, não acho que esses devam serem esquecidos ou ignorados, se possuírem capacidade para contribuir, se não a tiverem, não deve o governante improvisar somente para agradar e correr o risco de não cumprir o prometido e frustrar as expectativas da sociedade.

Portanto, acerta o governante que mantém a palavra não somente com os aliados, mas principalmente com a sociedade que o elegeu e merece ver seus sonhos serem realizados.

 

 

 

Redação

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