Pato da Paz Celestial

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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do Facebook de Luiza Rotbart

23 Comentários

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  1. O Pato

    O Aécio
    Vinha chamando alegremente
    Vem! Vem!
    Quando o Cunha
    Sorridente pediu
    Para entrar também na marcha

    O Serra gostou da dupla
    E fez também
    Vem! Vem! Vem!
    Olhou pro Temer
    E disse assim: “Vem! Vem!”
    Que o quarteto ficará bem
    Muito bom, muito bem

    No centro das cidades
    Foram ensaiar
    Para começar
    nenhum coxinha foi por lá

    A voz do Temer
    Era mesmo um desaforo
    Ficou na sombra combinando com o Moro,

    Mas eu gostei do final
    Com os burros n’água
    E chamando ao Merval

    Vem! Vem! Vem!
     

    1. O “galinha” foi

      O “galinha” foi desnecessário. Que tal depurar a crítica política de esquerda de todo resquício de sexismo?

      Pode ser ou é difícil demais para os companheiros?

      1. Atendendo pedidos

        Vou tentar, embora o Autor do ditado: “Galinha que acompanha pato morre afogada” não tenha tido, na sua época, esta frescurada de feminista coxinha.

        Vejamos assim:

        “Ave domésica plumífera que percorre o mesmo caminho, conjuntamente, com outra ave de familia palmípeda, habituada ao ato de flutuar em água, atige o ôbito pela falta de oxigenio nos seus pulmões, embaixo da superficie líquida.”

      2. O ditado era aplicável a homens também

        Galinha que acompanha pato morre afogada.

        Este dito popular era muito usado no interior como sinal de alerta, como um conselho cuja tradução poderia ser:

        não pense que em razão de alguém poder fazer algo, você também pode.

        Por exemplo, nem todo cavalo podia ser montado por qualquer das pessoas da fazenda, porque somente alguns dos trabalhadores de lá conheciam as manhas que o animal usava para tentar jogar o cavaleiro ao chão. E atravessar rios? Mesmo os aparentemente rasos continham às vezes perigos escondidos, como pedras ponteagudas no leito, ou buracos (locas) cheios de lama.

        Nos quintais a gente via e percebia a enorme habilidade dos patos no quesito “nadar”, enquanto as galinhas tinham várias outras habilidades, mas não gostavam da proximidade com água.

        Em suma, entendo que a palavra galinha é que precisa ser purificada, lavada de preconceitos, pois se refere a um animal de bom trato e claramente nada sexista, como fazem crer os pouco informados.

        Já a mulher sem sutiã, parabéns para ela. No mesmo dia e horário, se estivesse fazendo calor, aposto que era possível se ver uma quantidade de homens sem camisa, torso nu, e ninguém diz nada, mas quando uma mulher resolve imitá-los, chovem preconceitos de tudo quanto é banda.

        Dizem os que vão frequentemente à Europa, que em diversos países é possível ver mulheres de diferentes idades tomando sol em parques com partes do corpo sem roupa, e ninguém se espanta.

         

        1. Antonio, o ditado é

          Antonio, o ditado é maravilhoso e poderia, de fato, ser “aplicado a homens também”. Poderia, de fato, ter acompanhado a imagem de qualquer cidadão ou cidadã na Paulista vestido/a com a camisa da seleção.

          Mas não: veio acompanhando (ohhh, que surpresa!!!) a imagem de uma mulher seminua com os peitos na mão. Portanto o discurso implícito do companheiro aí faz do “galinha” o equivalente a “vaca”, “cadela” e tantos outros termos usados para desqualificar as mulheres.

          E o problema é justamente esse: “chovem preconceitos” de onde menos se espera.

          1. Algo positivo

            Por favor Bi, o assunto era obviamente uma piada, onde a mulher galinha contrastava com o pato da manifestação.

            Se você enxerga naquela moça algo mais interessante e filosófico, que não apenas uma galinhagem, por favor nos conte para compreender melhor o seu ponto de vista.  Quem sabe julguei mal a atitude daquela moça.

    2. Quem vai querer!

      Estou aqui! Quem vai querer!Por favor, quero sair na Globo!

      Desmerece o contexto político da manifestação e apenas expressa o despudor de mulher esperta querendo aparecer em foto. Galinha mesmo!! Se isso é o feminismo, acho então que o assunto é mais grave do que parece.

  2. Bem lembrado! Patos não passarão!

    Imagem de homem barrando o caminho de uma fileira de tanques entrou para a história

    Não se sabe o que aconteceu com este homem que parou os tanques em Pequim, 26 anos atrás.

    Já aqui os cunhistas temer/ários tentam colocar as patas sobre nós.  Estão mais para abutres.

  3. A galhofa como regra definidora do espírito cívico nacional

    Luiz Antonio Simas

    1 h ·  

    Já tivemos presidente da República que recebeu passe de um caboclo no Mercadão de Madureira (JK); Carlota Joaquina virou pombagira de quimbanda; D. João VI, D. Sebastião e o rei de França Luís XIV descem em terreiros de encantaria no Maranhão; um médium de Miracema psicografou mensagem do cavalo que o Marechal Deodoro da Fonseca montou na noite da proclamação da República (fato que rendeu notícia do antigo jornal A Luta Democrática) ; o presidente Collor de Melo afirmou a uma revista de mulher pelada que foi D. Pedro I em outra encarnação; um boi cearense teria recebido o espírito do Padre Cícero na época em que o sacerdote ainda estava vivo e um livro sobre a Inconfidência Mineira, recomendado em antanho pelo Ministério da Educação, afirma que Tomás Antônio Gonzaga voltou ao Brasil quase cem anos depois de morto como o escritor Monteiro Lobato. A minha revelação predileta é a do pai de santo da Baixada Fluminense que afirmou a um jornal umbandista, em meados dos anos sessenta, que Pelé e Coutinho eram as reencarnações de Marx e Engels.

    Nada, porém, chega perto da declaração que o prefeito de Porto Seguro em 1994, João Mattos de Paula, fez durante um comício em praça pública, na presença do presidente Fernando Henrique Cardoso: “Presidente Fernando Henrique, acabo de voltar de um centro espírita, onde Pedro Álvares Cabral cumprimentou-me pelo desempenho à frente da prefeitura.”

    Nós deveriamos ter tido o bom senso de fechar o país ali e decretar a galhofa como única regra definidora do espírito cívico nacional, antes desse inacreditável pato de Tróia dos protestos de ontem.

     

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