Jornal GGN – O Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, não só admitiu que recebeu a carta do CEO da Pfizer oferecendo vacinas contra a covid-19 para o país, como listou diversas razões para a negativa em meio a uma pandemia que já matou mais de 200 pessoas no Brasil.
A partir da divulgação de tal comunicado, Thomas Conti, doutor em economia e professor do Insper, destrinchou a nota oficial divulgada pelas autoridades e evidencia as mentiras contadas pela equipe do presidente Jair Bolsonaro e do Ministro da Saúde, o general da ativa Eduardo Pazuello. Veja a íntegra da nota clicando aqui.
Entre os pontos destacados no comunicado, está a alegação de que o governo não fechou acordo com a Pfizer-BioNTech por ter fechado acordo antecipadamente com o Instituto Butantan quando, na verdade, a entidade ligada ao Governo de São Paulo não recebeu um centavo de Brasília pela produção da CoronaVac.
“(O governo federal/Ministério da Saúde) Alega que Pfizer quer “destruir o trabalho de imunização” com “imposições de mercado”. Eles querem OFERTAR VACINAS. Ou vc negocia com inteligência ou alternativa é imposições do Covid, que são muito piores para vida E TAMBÉM à economia, que é o que governo só finge que se importa”, afirma Conti.
Além disso, o governo federal lista entre os motivos por não ter fechado o acordo com a Pfizer-BioNTech eles não terem se responsabilizado o diluente da vacina. “Fui verificar no manual da vacina e O DILUENTE DA VACINA É SORO FISIOLÓGICO COMUM!!!!”, diz o economista. Veja a íntegra da thread, publicada no Twitter, abaixo.
Governo Federal @govbr emitiu uma nota oficial "explicando" por que não fizeram acordo com a Pfizer. Segue ponto a ponto as mentiras, erros lógicos, falta de bom senso, omissões e crimes dessa grande FARSA dessa nota. Segue o fio👇
— Thomas Conti (@ThomasVConti) January 24, 2021
Agora começa a nova das "cláusulas abusivas" que o governo tem reclamado sempre que pressionado. Vamos ver o que eles dizem… pic.twitter.com/vaUukKrebU
— Thomas Conti (@ThomasVConti) January 24, 2021
Fundo garantidor e formas internacionais de pagamento e resolução de disputas estão sendo feitas pelo mundo todo. Até União Europeia precisou fundo garantidor e financeiras, imagina Brasil. Normal. Tom nacionalista da nota faz para parecer extraordinário. https://t.co/l6kRQlObc2 pic.twitter.com/4294HSCDLy
— Thomas Conti (@ThomasVConti) January 24, 2021
Nºs de entrega alegados na nota destoam de notícias anteriores. Mas mesmo assumindo verdadeiros, 500 mil doses em grupos prioritários desde o ano passado e 2 milhões no começo do ano salvariam milhares de brasileiros, zero motivos para quem tem tão pouco como nós recusar. pic.twitter.com/sURTGlkiAt
— Thomas Conti (@ThomasVConti) January 24, 2021
Responsabilidade civil é complexo. Tenho artigo no Jota e fio no twitter explicando quem interessar. Resumo: é normal, já existe para outras vacinas há 30-40 anos, é recomendação da OMS e não traz prejuízo para cidadão, ele pode ser indenizado por fundo mais rápido e previsível. pic.twitter.com/j5oeGmQKqf
— Thomas Conti (@ThomasVConti) January 24, 2021
Aqui links para discussão da responsabilização de laboratórios produtores de vacina. O governo deveria estar melhor assessorado e saber que são cláusulas padrão, antigas e eficientes no mundo desenvolvido.
No site: https://t.co/KjcTT2CvCG
Fio do twitter:https://t.co/KOfUh7gc9D
— Thomas Conti (@ThomasVConti) January 24, 2021
Aqui talvez a parte mais mentirosa de todas. Governo alega que não fez acordo com a Pfizer-BioNTech porque já tinha acordo com Butantan. Mas ele NÃO tinha acordo com Butantan em junho, nem setembro, nem outubro. Até ontem não ainda não pagou R$1 ao Butantan! Uma FARSA! pic.twitter.com/3XWu2vMgnG
— Thomas Conti (@ThomasVConti) January 24, 2021
Alega que Pfizer quer "destruir o trabalho de imunização" com "imposições de mercado". Eles querem OFERTAR VACINAS. Ou vc negocia com inteligência ou alternativa é imposições do Covid, que são muito piores para vida E TAMBÉM à economia, que é o que governo só finge que se importa pic.twitter.com/LFOnfL0Aor
— Thomas Conti (@ThomasVConti) January 24, 2021
O Plano Nacional de Imunização (PNI) foi feito com imenso atraso pelo governo. Até DIAS atrás o programa não tinha sequer datas para começar. As negociações com a Pfizer começaram EM JUNHO. Não faz sentido dizer que lá atrás a oferta era incompatível com um plano que nem existia. pic.twitter.com/JcZRKoMGhg
— Thomas Conti (@ThomasVConti) January 24, 2021
CEREJA DO BOLO: Governo Federal elenca entre os motivos para não fazerem acordo com a Pfizer-BioNTech eles não terem se responsabilizado o diluente da vacina. Fui verificar no manual da vacina e O DILUENTE DA VACINA É SORO FISIOLÓGICO COMUM!!!! https://t.co/RMeOFMvkYG pic.twitter.com/E3keZOU6Jq
— Thomas Conti (@ThomasVConti) January 24, 2021
Na mesma toada de não comprar vacina porque não quer fornecer SORO FISIOLÓGICO, governo também coloca como impedimento a REPOSIÇÃO de GELO SECO. Pfizer-BioNTech inventam vacina para vírus novo em 6 meses e vocês não conseguem fazer gelo seco em 12 meses enfia a cara num buraco pic.twitter.com/cb0OVBZ3X3
— Thomas Conti (@ThomasVConti) January 24, 2021
E finalizam a nota cínica e mentirosa voltando com papo furado da vacina Pfizer-BioNTech não ter sido aprovada ainda pela Anvisa, quando foi amplamente noticiado que Governo é que colocou impedimentos adicionais para essa aprovação o ano inteiro. Desrespeito total com o cidadão. pic.twitter.com/miOzlQBkdp
— Thomas Conti (@ThomasVConti) January 24, 2021
Fico preocupado que essa nota além de declarar oficialmente incompetência do governo nos acordos de vacina, também é péssima sinalização para futuras negociações. Quem vai negociar com alguém sem disposição a ser razoável, mas que está disposto a mentir publicamente nessa escala?
— Thomas Conti (@ThomasVConti) January 24, 2021
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Este governo é formado por ilustres cafajestes de grande categoria que só têm uma preocupação, o exercício diário da arrogância e do autoritarismo, para assim atender ao interesses daqueles que realmente dão as cartas nesta zorra impressionante. Não é possível ignorar a brutal transferência de $$$ que vem alimentando o andar de cima, assunto que está inteiramente escondido do grande público que só pode saber da vacina, meteorologia e mais nada.
O professor do INSPER tirou a tampa da lixeira, agora veremos se o odor agrada ou desagrada a quem interessa. A crítica é contundente, mas, a exemplo do recente assassinato na porta do Carrefour ( empresa devidamente ignorada pela grande mídia), resta aguardar prá ver a repercussão por parte da grande mídia velha de guerra.
Quanto ao processo de impedimento do tresloucado, também resta a todos os mortais aguardar pelo que vai acontecer mais à frente, afinal, já são cerca de 60 pedidos pelo processo e, até agora, nada. Seria interessante saber o que será feito com este RMaia marionete da banca, figura nefasta que, assim como muitos de lá, nunca se sente à vontade para sair de cima do muro.
Das piores pechas para quem depende da vida pública, é a de mentiroso. Bolsonaro é um farsante de longa dat, só que agora a mídia corporativa começa a usar o termo ‘mente’, para as mentiras seguidas do paraquedista e de seus governados. Parece ser mais frutífero, como já foi referido pelo cientista político Felipe Nunes, em entrevista aqui neste GGN, colar em Bolsonaro, a marca do irresponsável, o que ele demonstra diariamente.
Sem dúvida um desgoverno de mitômanos. Patológico!
Aliás não é à toa que o chefe desta turma é chamado de “mito”, na realidade “mitô”, com circunflexo no “o” ,ou seja, uma abreviatura carinhosa de mitômano.
Então, se assim for, esta nota é um grande deboche com a população? Se assim for, nem a vergonha e muito menos o descaso não irá cessar? Sabemos que muitos dos estragos causados pelos dois últimos desgoverno levarão tempo para poder devolver a credibilidade e admiração que o Brasil desfrutava no cenário internacional, antes dos desastres Temer/Bolsonaro.
Porém, alguns outros estragos talvez sejam irreversíveis.
Apagaram o brilho do Brasil e o retiraram da escalada do sucesso e da auto-suficiência.
A humilhação e o desmonte das estruturas que sustentam a soberania e produz riquezas foi a mais trágica e a maior das traições a pátria que o Brasil conheceu em sua existência.
E ainda assim, a grande maioria dos traidores e impatriotas continuam com o seu poder, com os seus cargos e com suas mentiras, que encanta e faz vibrar a sua horda de traidores e cúmplices.
Quantas décadas nos fizeram retroagir?
Quantos foram, até hoje, responsabilizados pela monumental devastação que causaram ao Brasil e a população trabalhadora e ordeira?
Quantos perderam um centavo, que fosse, das suas fabulosas fortunas conquistadas em nome da traição, da ambição e da ganância sem limites?
O Brasil foi expulso da escalada mundial do crescimento, para ser subtraído em grande parte das suas riquezas. Em outra ação de sofisticado planejamento, também está sendo mantido enfraquecido para não reagir, com aplicação de doses calculadas de mentiras, de fake news, de disse me disse, de espetáculos e aparições circenses, de frases de efeitos, de provocações sem sentido e/ou razão e de desculpas e recuos estratégicos para tirar o foco do desastre e do assalto, que o Brasil está sendo vítima.
É uma morte silenciosa que nos atinge e faz com que a grande maioria aceite e se cale.