Sala de Visitas entrevista o prodigioso atleta Biriba

Na década de 50, tenista de mesa trouxe orgulho nacional ao derrotar campeões do mundo com apenas 13 anos 
 
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Jornal GGN – No período que se seguiu entre as décadas de 1950 e 1960 a autoestima brasileira estava em alta. O país colhia os frutos econômicos dos Planos de Metas do governo Juscelino Kubitschek, era inaugurada a moderna capital, Brasília, nascia a bossa nova e, no esporte, Pelé ganhava o título de melhor jogador do mundo, Maria Esther Bueno se destacar no tênis mundial, Eder Jofre, era qualificado como maior peso-galo do boxe na era moderna, Adhemar Ferreira da Silva, conquistava medalhas de ouro no salto triplo dos jogos de Helsinque e Melbourne, e tínhamos ainda outro brilhante destaque, Ubiraci Rodrigues Costa, conhecido como Biriba, o mais jovens tenista de mesa a desbancar campeões mundiais no esporte.
 
Luis Nassif recebeu Biriba na sua sala de visitas. O brilhante atleta, hoje com 71 anos, contou sobre o início da sua carreira, ascensão e porque se afastou do esporte com apenas 21 anos. A entrevista completa você acompanha ainda hoje, na edição completa do programa, as 18h, aqui no GGN.
 
A relação de Biriba com o esporte começou bem cedo, por incentivo do pai que era dono de padaria, mas também amante do ping pong. Ele fundou um clube no andar de cima da panificadora. “Brinco que vim da várzea do tênis de mesa, no começo eu ajudava meu pai carregando as raquetes de pau e, vendo os adultos jogar, me interesse”. 
 
Os primeiros lances foram dados com apenas seis anos. “Lembro ainda das primeiras raquetadas que dei, não tinha coordenação motora, a bola batia longe. Com sete anos estava jogando no Largo do Ubirajara, no Belém”. E foi no bairro paulistano que, um dia, um senhor se aproximou do pai de Biriba sugerindo: “esse menino não deveria jogar ping pong, tinha que ser tênis de mesa, oficial”, recorda o mesatenista. 
Dali em diante, Biriba conta que o caminho foi de ascensão no esporte. Com 8 anos, em 1953, já era campeão paulista juvenil de duplas com seu irmão, Ubirajara. Em 1954 venceu o Paulista juvenil no individual. Com 11 anos derrotou os principais atletas do esporte no Brasil, finalizando com Alberto Kurdoglian, o Betinho. “Ele era meu ídolo”, completa Biriba. Nessa época se tornou campeão brasileiro adulto por equipes e duplas. 
 
Em 1958, com 13 anos conquistou o lugar mais alto do pódio no Campeonato Sul-Americano adulto, categoria individual. Naquele ano Biriba enfrentou os campeões mundiais Toshiaki Tanaka e Ichiro Ogimura, que vieram ao Brasil em comemoração aos 50 anos da imigração japonesa. O jovem mesatenista foi convidado a enfrentar os dois atletas no Ibirapuera. Daquela semana em diante Biriba se tornou conhecido mundialmente.
 
“Eu lembro bem, ele [Tanaka] tinha uma cortada forte, um braço forte, aí joguei com cautela, só tocando a bola, quando vi que ele também errava, após perder por dois a um no primeiro jogo, no segundo fui pra cima. Criança é abusada [risos, não quer saber quem está do outro lado, se é campeão mundial ou não, então fui pra cima e dei dois capotes no campeão mundial, 21 x 10 e 21 x 10. Eu falo que esse foi o momento do meu Big Brother”, brinca Biriba.
 
Assista hoje, a partir das 18h, aqui no GGN, a entrevista completa do atleta que chegou a ser considerado pela Federação Chinesa o nono melhor mesatenista do planeta e, mesmo não tendo o apoio técnico de jogadores internacionais foi também percursor da técnica de finalização do jogo na terceira bola.    
 
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Redação

1 Comentário

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  1. Entrevista sensacional. . .

    Entrevista sensacional, nos meus tempos de criança, nasci em 1951, ouvia esse nome Biriba, mas não fazia a menor ideia da alta qualidade desse mestre do mesatenismo, o melhor do mundo, com apenas 13 anos. Parabéns Biriba, seu nome precisa ser mais lembrado, parabéns pela entrevista Luis Nassif.

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