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Um acordo para tirar o Brasil do atoleiro e da guerra entre todos.

Por um grande acordo político a partir do Congresso Nacional!

No Brasil não é possível se eleger nem a vereador se não se tem dinheiro. O PT não teria ficado 12 anos no poder se não tivesse dinheiro bancando suas candidaturas. A Dilma não teria sido eleita se não tivesse dinheiro para sua campanha. O FHC não teria sido reeleito se não dispusesse de dinheiro. Vejam o caso de São Paulo. O Estado de SP não tem PT no governo há décadas, mas isto não impediu o desvio de dinheiro (Trensalão). E o grosso deste dinheiro sempre vem de grandes companhias. É óbvio que ninguém dá milhões de ajuda eleitoral, se não tiver certo que vai recuperar este dinheiro através de vendas e outros negócios, legítimos ou não, com os governos Federal. Estaduais e Municipais . O dinheiro tem movido a política neste país nos últimos 500 anos. Então, porque o espanto do PSDB e outros sacripantas? É só porque eles estão interessados em voltar ao poder, mas para tanto precisarão contar com os mesmos financiamentos. É claro que a Oposição não quer mudar o sistema, ou em outras palavras, matar a galinha de ovos de ouro, que a manterá no poder uma vez alcançado.

Por isto é hipocrisia achar que se vai moralizar a política no Brasil através de julgamentos do tipo Lava a Jato. Aliás, quantas operações parecidas houve no passado, e recentemente, e nem por isto o Brasil melhorou a sua política? Aí está o grande erro de Dilma. Como uma Dom Quixote ela pensa que vai resolver a questão do dinheiro influenciando as eleições, “doa a quem doer” Em nome desta falsa moralidade ela se encastelou no planalto e se recusa a dialogar com os que são apontados como tendo “mãos sujas”. Para se cercar de mãos limpas ela montou um equipe politicamente pífia, com membros do PT e de outros partidos. Se ela quer acabar com a corrupção no Brasil, precisa mudar o sistema político, mas este não se muda por decreto, a menos que estejamos em uma ditadura. Muda através de muitas conversas, negociações, convencimentos e através de mudanças sucessivas ao longo do tempo, de forma a não perder o apoio dos parlamentares já eleitos exatamente dentro deste sistema que precisa mudar. A mulher se apoderou do espírito de Don Quixote e vai que vai. Está tudo montado para um fim trágico, a menos que ela abra mão da atual equipe, principalmente do Mercadante, e monte outra, tendo como principal conselheiro o Lula, este sim, conhecedor das manhas do sistema. Como dizia o saudoso Brizola, precisamos aprender a comer o mingau quente pelas beiradas.

Por outro lado, alguma coisa tem que ser feita para diminuir o poder autoritário do MP. Este bando de yuppies oriundo das classes abastadas, se acham os enviados por deuses para moralizar o Brasil. Eles também, tomados pelo espírito de Dom Quixote, se arvoram em salvadores da pátria, agindo por fora da política. Como se isto fosse possível. Muitos de seus jovens membros pensam honestamente que isto é possível. Outros, mais velhos e espertos, estão somente usando os jovens para defenderem os interesses das classes a que pertencem. Isto explica porque tem havido imenso empenho contra os apoiadores do Governo e do PT e nada se faz contra a tal Oposição. Com a maior cara de pau eles engavetam todas as denúncias.

Diante deste quadro surge mesmo uma grande oportunidade para, através ou não de uma CPI, rever os poderes do MP e encontrar formas de mantê-los em concordância com a lei e a ordem constitucional. A minha proposta é que o atual Congresso faça com o Executivo (Dilma) um grande acordo pelas mudanças políticas e também pelo controle do MP. Todos os recursos financeiros até hoje arrecadados por qualquer partido ou parlamentar, em todas as esferas municipais, estaduais e federal, seriam considerados caixa dois ou contribuições amparadas por lei. Colocar-se-ia uma pedra sobre este assunto e o Brasil continuaria seu caminho para ocupar um lugar de destaque no mundo, com menos pobres e mais cultura. Todos se salvariam ao ajudarem a salvar a Democracia e a possibilidade de que todos os partidos terão, no futuro, igualdade de recursos financeiros para elegerem os novos governos. Se isto não for feito, nem em 100 anos teremos outro governo de base popular no Brasil.

Se Dilma não se sente à vontade ou se acha incapaz de apertar uma mão não “limpinha”, ela deve pedir uma licença para tratamento de saúde e deixar o Temer cuidar da casa. Isto é o mínimo que se espera de quem se diz que republicamente ama o Brasil e tem compromisso com as grandes mudanças sociais e políticas que precisamos.

Redação

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