Xadrez da estratégia possível de Haddad, se eleito, por Luis Nassif

Vou refazer o Xadrez de ontem de uma forma mais didática.

Peça 1 – o grande acordo nacional

O maior desafio do novo presidente será colocar as instituições de volta na caixinha – os limites definidos pela Constituição –, desarmar os espíritos e recuperar a economia.

É um desafio político gigante, à altura da grande concertação espanhola de Felipe Gonzales em 1982.

Assim como na Espanha pós-Franco, o Brasil atual vive uma pós-ditadura disfarçada, com a derrocada das instituições, a disseminação do estado de exceção, e o fascismo se mostrando em todos os cantos.

De certo modo, Haddad deverá repetir a trajetória de Felipe Gonzales, na Espanha, mas com metade do caminho aplainado por Lula. Ou seja, a montagem de um partido nacional e a unificação do polo progressista – que será completado com a possível aliança com Ciro Gomes.

O desafio, pós-eleitoral, consistirá em alargar o arco, convidar todos os setores comprometidos com a democracia, desarmar os espíritos e começar o trabalho de reconstrução institucional.

Sob Dias Toffoli, livre da irresponsabilidade de Carmen Lúcia, e com Barroso se desmoralizando dia a dia, é possível que o STF, finalmente, dê sua contribuição para coibir abusos das corporações de Estado que estão se lambuzando com arbitrariedades e demonstrações de força.

Todo o discurso político de Haddad, na campanha, foi feito tendo em vista o pós-eleição. Não se indispôs com nenhum candidato adversário, reiterou sempre a importância do desarmamento de espírito, respondeu às provocações, especialmente nos programas de entrevistas, sem perder a cabeça, mas sem abrir mão de suas convicções. E está acenando com uma ampla aliança para governar o país.

Aliás, desde que aceitou o convite para lecionar para o Insper – a nova Meca do neoliberalismo brasileiro – Haddad vinha se preparando para esse papel de consolidação de um pacto alargado. Ou seja, lá atrás, ele – orientado por Lula – já havia uma estratégia clara de governabilidade, enquanto a direita se contentava com a convicção de que o antilulismo e o antibolsonarismo garantiria a eleição de Geraldo Alckmin.

A governabilidade passa, primeiro, pela montagem de uma ampla coalisão com os diversos setores sociais, econômicos e institucionais, momentaneamente unidos contra o fantasma Bolsonaro. A maneira de combater o antipetismo seria ampliar a base de governo, reduzindo o protagonismo do partido.

Esse alargamento das alianças já era objetivo de Lula em 2013, quando pensou em Eduardo Campos como um aliado capaz de chegar à presidência.

Antes disso, as candidaturas de Dilma Rousseff e Fernando Haddad já visavam justamente trazer um componente de classe média para a frente, diluindo o pesado preconceito social da classe média e alta contra o PT tradicional.

Eleito, certamente Haddad convidará Ciro a participar do governo. Não se sabe se Ciro aceitará ou não. Aceitando, pelo cacife acumulado na campanha atual, será uma candidatura quase certa dessa frente nas próximas eleições.

Para completar o ciclo, no entanto, o fator econômico será fundamental. Um dos pontos centrais de eclosão dessa maré conservadora foi o incômodo trazido pelo fim da bonança econômica.

Vamos por partes, refazendo de forma mais didática o Xadrez anterior, montado a partir dos estudos do economista Gabriel Galippo:

Para a recuperação da economia necessita-se de

  1. disponibilidade de oferta,
  2. disponibilidade de demanda, e
  3. mecanismos de financiamento.

Peça 2 – disponibilidade de oferta

Hoje em dia a economia está rodando com uma capacidade ociosa de 31%.  

Quando a indústria tem capacidade ociosa, reage muito mais facilmente aos estímulos de demanda, porque o custo marginal (o que ela gasta a mais para aumentar a produção) é baixo.

Nos anos de bonança houve enormes investimentos na ampliação da capacidade instalada. Com a frustração do crescimento, criou-se essa folga. Significa que responderá imediatamente a qualquer estímulo para aumentar a oferta, sem pressão sobre os custos e, por consequência, sobre a inflação.

Essa história de que não há investimento porque não há confiança na higidez fiscal do país é enganosa. Não há investimento porque não há demanda. O empresário só voltará a investir se a demanda ocupar sua capacidade de produção.

O desafio, portanto, consiste em aumentar a oferta. E Haddad contará com diversos fatores positivos.

Peça 3 – recuperação das commodities

Está havendo uma forte recuperação nas cotações internacionais de commodities. Os ganhos serão imediatos, com o aumento da demanda em duas frentes.

Frente 1 – Petrobras

Embora não se vislumbre em Haddad a disposição de denunciar os contratos já fechados para a exploração do pré-sal, é quase certo que interromperá os leilões e irá recuperar os princípios básicos da lei da partilha: voltar os componentes de conteúdo nacional, retomar as encomendas para a indústria naval e interromper os leilões de exploração.

Retomando o conteúdo nacional, começará a mover, novamente, a indústria de máquinas e equipamentos, de motores, de serviços e todas as peças de uma extensa cadeia de produção, com a consequente geração de empregos especializados, além da recuperação da economia de estados e municípios afetados pela redução dos royalties do petróleo.

Frente 2 – agronegócio

Além de fornecer divisas para o país, o ganho do agronegócio tem impacto direto sobre a produção de caminhões e tratores, insumos agrícolas e bens de consumo nas regiões agrícolas.

Peça 4 – retomada de obras paradas

Para completar o quadro, há uma imensidão de projetos públicos já licitados, analisados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), aprovados e suspensos devido aos receios com a irracionalidade da Lava Jato e seus filhos que promoveu um verdadeiro apagão administrativo no país.

Esses projetos foram completados no governo Dilma. Para cada um deles exigiu-se a constituições de SPEs (Sociedades de Propósito Específico), com o capital blindado em relação aos acionistas principais – as grandes empreiteiras.

Mas, depois dois abusos do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, com condução coercitiva de dezenas de técnicos do BNDES, criminalização de qualquer operação, houve o apagão administrativo – nada se aprova, nenhuma medida é tomada, porque tudo estava exposto à criminalização pelo MPF.

Um pacto entre o governo, o STF, a PGR, destravaria os investimentos que seriam rapidamente colocados em marcha.

Além disso, com a taxa de juros em 6,5%, o governo poderia injetar recursos no BNDES sem impacto na dívida pública. O impacto ocorria devido ao diferencial entre as taxas do BNDES e a Selic de 14%. Com Selic próxima às taxas do BNDES, não há impacto na dívida pública.

Segundo a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), cada R$ 1 milhão investido no setor gera, em média, 26 empregos. A lista dos projetos atuais permitiria, de imediato, a geração de 2 milhões de novos empregos, além da reativação das cadeias produtivas ligadas a cada projeto.

Todos são investimentos que aumentam sensivelmente a eficiência interna do país.

Some-se a esse movimento, a volta dos investimentos externos. Os chineses, por exemplo, estão aguardando os primeiros sinais de estabilidade política, e de exorcismo da candidatura Bolsonaro, para voltar a investir.

Peça 5 – a PEC do gasto

A desastrada PEC do Gasto produziu um pterodátilo nas contas públicas. A alegação final era a necessidade de conter gastos para aumentar os investimentos públicos. Mas incluiu-se o investimento público na lei. Então, se o PIB crescer, digamos, 2,5% ao ano, os investimentos públicos permanecerão congelados, sem conseguir acompanhar o PIB e, por consequência, sem conseguir melhorar a produtividade da economia.

De alguma maneira terá que ser revista e os investimentos retirados do cálculo dos gastos públicos. Aliás, o melhor seria revogar a lei.

Os investimentos públicos são essenciais em setores com alto impacto social e com grande absorção de emprego – como saneamento.

Peça 6 – o câmbio

O governo Haddad receberá o país com o real desvalorizado, em função do terrorismo pré-eleitoral. Se, ao contrário de 2003, mantiver o câmbio desvalorizado, haverá impactos positivos diretos na indústria – através da reativação das exportações e da redução das importações.

O grande desafio será impedir a valorização do real. Ocorre a valorização quando aumenta a quantidade de dólares entrando na economia. Os dólares ingressam de três maneiras;

  1. através do aumento do saldo comercial;
  2. ingresso de fluxos financeiros para investir nos juros da dívida pública, que pagam mais do que as taxas internacionais;
  3. investimentos diretos estrangeiros.

O Banco Central poderá atuar em cima do item 2, através de duas ferramentas.

Ferramenta 1 – a redução do diferencial de juros entre o real e o dólar.

Espera-se uma elevação na taxa de juros americana. Estima-se que poderá chegar a 3% ao ano. A estratégia brasileira consistiria em reduzir ainda mais a Selic, eliminando o diferencial de juros com os EUA.

Será possível mesmo seguindo o sistema de metas inflacionárias adotada pelo Banco Central. O mercado trabalha com uma miragem, a taxa de juros de equilíbrio, ou seja, a taxa de juros que seja neutra em relação à inflação e à atividade econômica. E com outra miragem, que é o chamado PIB potencial – isto é, quanto o país poder crescer sem comprometer as metas de inflação.

Nem se vá discutir o rigor científico dessas medições. Mesmo seguindo esses preceitos, o país está crescendo abaixo do PIB potencial. Significa que, pelo sistema de metas inflacionárias, poderá reduzir ainda mais a Selic.

Ferramenta 2 – swaps cambiais

O real está colado nas moedas dos emergentes. Mas é a moeda de maior liquidez. A cada crise, é a primeira moeda a ser vendida. Passada a crise, a primeira a ser comprada.

Mesmo assim, fechando o diferencial entre juros americanos e brasileiros, se houvesse um ingresso excessivo de dólares, ele poderia ser esterilizado com operações de swap – que tem um custo, mas não impactam a dívida líquida nacional.

Peça 7 – a política monetária

Confirmada a vitória de Fernando Haddad, o mercado tenderia a puxar as taxas de juros longas, das NTN-B.

Trata-se de um título da dívida que paga IPCA mais uma taxa de juros negociada a mercado. Com a Selic elevada, as NTN-Bs se tornaram um sorvedouro da poupança privada, especialmente dos fundos de pensão, por oferecer rentabilidade maior do que a taxa atuarial necessária, sem risco algum. O patrimônio total dos fundos chega a R$ 1 trilhão. Sua meta atuarial é de IPCA + 5,5%. As NTNBs longas pagam 6,5% mais IPCA, sem risco nenhum.

Quando as taxas de juros sobem, cai a cotação das NTNBs, abrindo a possibilidade do Banco Central recompra-las, mais baratas, colocando em seu lugar LTNs pré-fixados, por um valor mais caro.

Com esse movimento, e com a redução das taxas de juros, os fundos de pensão terão que buscar papéis mais rentáveis. E aí, abre-se o mercado para papéis privados, os CRAs (Certificados de Recebíveis Agrícolas) e debêntures de infraestrutura.

O mesmo ocorrerá com os bancos que emitem CDBs e que não terão mais as facilidades dos juros da dívida pública para se remunerar.

Haverá outro ganho indireto. Com as NTNBs, o mercado sempre apostava no caos: quando mais desarrumada a economia, mais elevadas são as taxas das NTNBs. Com os pré-fixados, passarão a ser sócios da estabilidade.

Luis Nassif

59 Comentários

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  1. Desculpe mais uma vez,
    Desculpe mais uma vez, Nassif, mas o antipetismo so tem o plano A, que é a derrota ou a capitulaçao do PT, PT, PT. Nao tenha duvida: se o boçalnaro ganhar, o triunfalismo que todos viram com a pec dos gastos, terceirizaçao, privatizaçao e entreguismo vai ser mais que dobrado, além do ressurgimento de monstruosidades de fazer os CCCs parecerem coisas de crianças…

    Se o Haddad ganhar, Eduardo Cunha vai ser pouco!

    Fácil demais será botar a culpa nos “erros” do Presidente recém eleito, do Partido dele e da esquerda em geral.

    Não ha “acordo” ou conciliaçao possivel que nao passe pela “batalha da comunicaçao”, nem que seja convocando rede nacional uma vez por semana (e isso, com certeza será chamado de “bolivarianismo”, é bom estar preparado).

    Os meios de comunicaçao brasileiros são incompativeis com a democracia, sao o principal legado institucional da da ditadura militar.

    Ja era.

    1. Concordo que a única maneira

      Concordo que a única maneira de governar, sem ser obrigado a ceder aos bandidos do centrão, que seguramente serão reeleitos, será o uso do direito de falar para o POVO usando as concessões públicas de TV e rádio. 

      Haddad deverá denunciar caso seja chantageado pelos bandidos sediados no congresso nacional.

      O POVO deverá apoiar o presidente e mostrar a esses bandidos que dessa vez será diferente e a democracia vencerá!

      Lula é Haddad e Haddad é Lula!

      Haddad e Manuela 2018!

      Lula livre!

       

       

      1. Mais do mesmo ?

        EUCLIDES: Você acha mesmo que o Haddad tem o perfil político para convocar cadeia nacional de rádio e TV ?

        Observe o que o bem informado Nassif disse: um grande acordão sob orientação de Lula, aproximação com os neoliberais do Insper… Nenhuma palavra sobre o golpe, mas estamos vendo os acordos para reeleger os golpistas…

    2. Precisaremos de três gerações

      Precisaremos de três gerações para sepultar novamente o fascismo no Brasil. Por Afrânio Silva Jardim

      Publicado porDiario do Centro do Mundo-27 de setembro de 2018 ​​ ​inShare​ Manifestante nos protestos contra Dilma

      PUBLICADO NO FACEBOOK DO AUTOR

      Acho que mais grave do que um candidato Capitão boquirroto dizer tantas asneiras e defender preconceitos odiosos, bem como incentivar a violência e aceitar expressamente a tortura, é termos de reconhecer que milhões de eleitores brasileiros aplaudem todas estas barbaridades, milhões de brasileiros assimilaram a “cultura do ódio” e apostam na violência como forma de atender às suas intolerâncias.

      Desta forma, não temo tanto a “verborragia” do Capitão, até porque ele não tem chance concreta de se eleger presidente de nossa república.
      O meu temor é a sequela social que ele está deixando.

      Repito: o que mais lamento é a sequela social que ele está deixando. Ele criou danos à nossa sociedade que, somente após umas três gerações. poderão ser ultrapassados e esquecidos pelas novas gerações. São danos de lenta e difícil reparação.

      Assim, teremos de conviver com uma parcela de nossa população cultuando os valores do brutal nazismo, que deu causa à morte de mais de 50 milhões de jovens e espalhou ódios raciais por todo o mundo.

      Eles podem até não saber, até porque a maioria é desinformada e sem instrução, mas os “seguidores” do Capitão estão cultivando valores próprios de fascismo, cultivando práticas próprias do fascismo.

      Enfim, por muitos anos, muitos de nós não terão paz; por muitos anos, as minorias sociais não terão paz; por muitos anos, aqueles que pensam diferente destes brutamontes obscuros não terão paz. Eles vão infernizar a nossa sociedade e conflitos serão inevitáveis.

      Solução? só o tempo nos dará … Entretanto, não baixaremos a guarda e estaremos sempre prontos a defender os nossos melhores valores, legitimadores de uma sociedade mais justa, democrática, generosa e solidária. A luta por justiça é perene.

      .x.x.x.x.

      Afranio Silva Jardim, professor de Direito da Uerj.

       

  2. Barroso ainda não tirou o

    Barroso ainda não tirou o uniforme de office boy da Globo, alguém precisa avisá-lo que ele é ministro da Suprema Corte de uma das maiores economias do planeta e nao bate-pau dos irmãos Marinho….a Carmem presidiu o STF como preposta da Shell, foi num jantar oferecido pela petroleira que ela prometeu aos empresarios reunidos no regabofe jamais soltar o Lula….a entrega de nossas riquezas aos gringos deve ser tudo de graça…

  3. 1. Um governo Haddad só se

    1. Um governo Haddad só se mantém de pé com enorme mobilização popular. Sem povo, cai ao primeiro sopro global, como ocorreu com Dilma. 
    2. Esta mobilização só irá ocorrer (e mesmo assim com grande dificuldade) se Haddad não for Dilma III. Ou seja, nada de aventuras neoliberais em todos os seus tons. O ministério deve representar este compromisso popular. O ministro da fazenda não pode ser para agradar aos mercados, ao contrário.
    3. Mobilização a população em seu apoio exigirá ter uma narrativa e o controle dela. Erigir um inimigo e tomar medidas contra ele e que o desagradem. Assim, revogar a reforma trabalhista é simbólico para a aliança povo-Haddad. Revogar as concessões do pré-sal. Revogar a pec do teto. Revogar a lei de terceirização. Haddad necessita urgente de uma carta ao povo brasileiro, mostrando seu compromisso inequívoco com o fim da era temer-tucana-fascista. 
    4. Acabar com o publicidade do governo federal e de governos aliados na tv globo é simbólico. E divulgar isso mais simbólico ainda.

    Um governo Haddad, nestes tempos de guerras híbridas e lutas encarniçadas, não se sustentará só com acordos de gabinete. Os monstros saídos das tantas caixas abertas não retornarão para suas caixinhas porque Haddad assim o quer. E a luta pelo controle do país não se resolve com as eleições, ao contrário. Haddad tem que mostrar ao que hoje estão indo para o caminho da hidra fascista que não há diálogo para retorno, incluindo aí candidatos a governos estaduais que estão fazendo essa dança de acasalamento, como o inefável Anastasia. Não há acordos com fascistas e não pode haver acordo com quem apoia fascistas.

  4. Vamos batalhar por essa eleição

    Tenho observado que por aqui tem-se como praticamente certa a vitoria de Haddad. Alvissaras! Mas… de véspera a unica certeza é que o Peru é que vai pro forno. 

    Em todo caso essas diretivas são sempre importantes para guiar um novo governo, que tenha como norte o seu povo, e sobretudo em momento tão complexo. Ouvi falarem na estrevista de José Dirceu ao El Pais e parece que ele também colocou a carroça na frente dos bois… Pelo pouco que li sobre essa entrevista, Dirceu esta correto em sua analise, mas o momento talvez não devesse ser este. Pois se ja estão falando que Fernando Haddad é um radical, imaginem o uso que farão da fala de Dirceu nos proximos dias. 

    Vamos continuar batalhando na campanha, nada ainda esta decidido. Sabado aqui tem duas manifestações pela democracia no Brasil, marcadas para o mesmo local e em horarios semelhantes. Por que duas? Porque uma foi pedida pelos movimentos sociais que lutam pela volta da democracia plena no Brasil e a outra… de repente apareceu um grupo de coxinhas no facebook anunciando uma manifestação no mesmo local que a nossa (a nossa foi pedida licença a prefeitura da cidade e à policia) e dizendo que são pela democracia, mas sem partido. Também dizem que ninguém pode levar cartaz partidario nem, vejam soh, ir vestido de vermelho. Isso promete. Vamos colocar os pés no chão, pois ainda temos uma semana e pouco até o primeiro turno e daqui até la tem agua para passar sob a ponte. 

  5. Pois é….
    Já querem amansar
    Pois é….

    Já querem amansar o rádad como fizeram com Lula…….

    Conciliação com a turma do mercado é o acordo caracu….

    E sempre apostam no quanto pior melhor…..duvidam….e a cara de pau do homem que fez um rombo de 5 bi bradando de hora em hora que ia faltar dinheiro sem a reforma da previdência?

    Vai lá rádad ser Dilma na vida….vai ser convidado pra fritar um ovo?

  6. Quem sou eu para discordar/complementar o Nassif?

    Mas vou discordar/complementar ou, se quiserem, complementar/discordar do Nassif.

    O maior desafio do novo presidente será mobilizar os progressistas contra os reacionários a fim de recuperar a economia, desarmar os espíritos e colocar as instituições de volta na caixinha, isto é, dentro dos limites definidos pela Constituição.

    Sem um canal permanente com os Progressistas, com os Movimentos Sociais avançados, o governo petista não dura seis meses. E nada mais de engessar os Movimentos Sociais, como fizeram o Lula e a Dilma.

    Espero que o PT tenha aprendido a governar com seus próprios erros. Se não, é a última vez que voto e em vez de defender os petistas, vou atacá-los juntamente com os privilegiados e seus lambe-sacos.

    1. Mais do mesmo ?

      RUI RIBEIRO: você está dando mais uma chance ao PT. Mas será que já não passou da hora do PT voltar às suas origens, reaproximando-se das organizações de base que foram responsáveis pela fundação do partido ?

      O PT passou 13 anos no governo. Fez coisas importantíssimas, mas despolitizou a sociedade, não institucionalizou os avanços sociais e não combateu a principal tragédia nacional: a desigualdade social (os ricos ficaram mais ricos, sem pagar impostos).

      Não está na hora do PT fazer uma reciclagem ?

      1. É justamente por isso que vou votar no PT de novo

        Acho que nunca é tarde para voltar às origens. Por isso vou votar no PT de novo. Mas se eleito, o Haddad não politizar a sociedade, se, em vez disso, ele engessar os movimentos sociais, se ficar apenas no ambiente climatizado doss gabinetes… fui

  7. Já visto
    “…não deve ser candidato à presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar.”

    Impugnação de chapa, eleição melada, vai se saber.

    As OG obstinadamente resolveram que Alckmin vai ao 2o turno. Mais assustador que o vídeo de 5min do coiso.

    Conheço muita gente que vai votar no Bolso. Estão indignados: “a Globo quer ferrar o Bolso [Já sentiram o barco adernando] e o STF quer soltar o Lula.”

    Vem aí a declaração do agressor. Se disser que foi o próprio candidato, bingo! Se disser que foi a chapa HM, bingo! Tudo vai depender de como a fotografia esteja daqui a 8 dias.

    Uma análise que gostaria de ver: se Bolso for eleito (sim, desastre!) quanto tempo de sobrevida teremos? Na hipótese de deixarem que governe.

    A melhor dessa eleição até aqui: “Cadê o $ da merenda?” Boulos.

  8. Se eleito ( creio que será )

    Se eleito ( creio que será ) Haddad tem que fazer de tudo pra em menos de um ano haver um crescimento robusto de emprego, pois há contará com a ajuda popular pra enfrentar os que não vão se conformar em ter tirado das mãos a possibilidade de aplicarem seus delírios econômicos como fizeram com a Argentina nos tempos Menen-Cavallo, é que foram o marco zero da desgraceira dos argentinos que já dura quase 20 anos. Se o plano econômico de Haddad falhar, não tenho a menor dúvida de que haverá outra tentativa de impeachment e que STF vão desarquivar o projeto de parlamentarismo pra ver se os incompetentes dos tucanos voltam à presidência. 

  9. A minha preocupação é o Lula,

    A minha preocupação é o Lula, caso o Haddad não vença. Quanto ao restante, penso que um cara gente boa como o Haddad não deveria se preocupar tanto. Os zumbis globais merecem seu sacrifício? A  ‘justiça’ merece? os loucos de camisa amarela merecem? A mídia porca golpista e entreguista merece?  Desde criança tenho comigo aquele ditado ‘você sujou, então limpe’. Os caras criaram o problemaço, então que resolvam. Nós progressistas apanhamos a quanto tempo? Se chegarmos lá mais uma vez, os gradnes beneficiários serão aqueles que promoveram o desatre de agora. E, como oposiçaõ, novamente estarão com o chicote nas mãos para todo dia nos arrebentarmos des tanto apanhar.

  10. Depois de tanta bobagem que
    Depois de tanta bobagem que Ciro já disse, revelando que é apenas mais um político antiquado, será que Haddad, Lula e o PT poderiam contar com ele? Pela trajetória partidária, ele parece sempre ter colocado suas ambições pessoais em primeoro lugar.

  11. Nós do povão temos uma visão
    Nós do povão temos uma visão muito superficial do significado das coisas, acho importante estas explicações do Nassif,nós do povão parecemos q estamos em um sono profundo e as coisas acontecendo bem na nossa frente sem percebermos o significado real delas, necessário é explicar sem delongas ou cheio de querer ser o bonzão,o real significado,o ALÉM DAS COISAS,tipo o ProUni q deu acesso aqueles q não tinham condições,se formaram,q nos outros países todos têm acesso e etc…seria bom um exemplo de fora pq os brasileiros não têm noção das mínimas coisas q lá fora é direito e normal e aqui é negado,rotulado como privilégio(absurdo)acho interessante os progressistas dizerem quem são em uma comunicação direta com o povão e desnudarem aqueles q são contra o povo,É INSANO o Meirelles candidato,não fez nada,iludiu o povão e empresários tb,só afundou a economia nos iludindo(olha aí o sono profundo)e ao final de td é candidato fingindo q não aconteceu nada,q não fez parte do governo Temer,é preciso os candidatos progressistas se focarem em si mesmos p não passar a imagem de baixos e barraqueiros só q devem desnudar estes hipócritas q afundaram o Brasil,é falar quem são seus adversários e falar de sí didaticamente(p nos despertar) precisam tirar as calças dos golpistas e mostrar a bunda deles tatuada GOLPE CONTRA O POVO,olha pessoal, se estes golpistas renovarem bem suas bancadas,vão fazer um estrago maior no País,já tem movimentação em SP para implantar a educação integral q com isso vai deixar milhares de pessoas sem escola por não ter vagas pra todos e com isso fazer com q procurem escolas privadas,isso aumentará absurdamente a TX de alunos fora da escola já que o povão não terá recursos p pagar escola privada e…FIM(minha vontade é escrever mais mil palavras,baixou o espírito do Nassif em mim!)

    1. J Marcelo

      Ontem assisti a avant-première do documentario “Encantado: le Brésil désenchanté” de Felipe Galvon que faz parte da juventude que veio fazer mestrado ou doutorado aqui nesses anos de governos do PT. O filme esta muito bem construido, didatico e muito emocionante para nos que vivenciamos atônitos e combatentes toda essa crise e mostra o que pensa parte dessa juventude que acreditou que o Pais era aquilo que eles viam com o governo de Lula e Dilma e de repente essa descida aos infernos. O filme vai ser apresentado aqui pela tevê Sénat seguido de um debate, tera redifusões etc. Felipe confirmou que levara o filme para o Brasil (Encantado é o nome de um bairro na zona norte do Rio, de onde vem Felipe) e espero que seja levado para um grande publico, não apenas esse progressista, militante ou de internet, mas a essas pessoas que hoje pensam que o voto em Bolsonaro é o unica saida que lhes resta.

      1. Obrigado Maria Luísa,pra vc
        Obrigado Maria Luísa,pra vc ver como o povão (eu) tem dificuldades de interpretação de texto e de FATOS(fatos acho q eu não) não entendi direito o q vc quis dizer,por falta de noção minha e por estar no momento em um lugar agitado!

  12. Xadrez da estratégia possível de Haddad, se eleito

    f-> De certo modo, Haddad deverá repetir a trajetória de Felipe Gonzales, na Espanha, mas com metade do caminho aplainado por Lula.

    está didaticamente exposto que Haddad, se eleito, será mais um estelionato eleitoral, como o foi Dilma.

    mas ao contrário de Dilma, agora isto está didaticamente exposto antes de ser eleito.

    quantas vezes consta a “palavra um pouco dura”, golpe, neste artigo, nos comentários, nesta página? até agora nenhuma!

    Haddad nada pretende fazer quanto ao golpe, apenas virar a página. mais uma vez passar uma borracha no passado. mais uma vez fazer o impossível “pacto civilizatório” com os necrófilos.

    após o aprofundamento da recessão provocado pelo Plano Levy, de Dilma, em 15-MAR-2015 as ruas clamavam por seu impeachment.

    quanto tempo Haddad resistirá às massas nas ruas clamando “Bolsonaro! Bolsonaro!”, com amplo apoio da baixa oficialidade nos quartéis?

    e qual é mesmo a posição de Haddad quanto a contra-reforma da Previdência? assim como Lula fez em 2003, vai ser uma de suas primeiras medidas.

    num Capitalismo em grave crise estrutural, nenhuma socialdemocracia florescerá. o Capitalismo não precisa mais da Socialdemocracia, nem da Democracia Liberal, nem do excesso de mão-de-obra inativa, nem de nós.

    como já deveríamos estar fartos de saber, a “agenda suprapartidária e patriótica” apontada por Barroso (abaixo) é o acerto do nosso pescoço com a corda, das nossas costas com a chibata, a do SM com a SELIC.

    quanto ao golpe: conformem-se, resignem-se, entubem. estou aqui escrevendo isto desde 2015: o Lulismo jamais quis lutar contra o golpe, nem antes, nem agora e nem depois.

    “Eu estou totalmente convencido de que, a partir do ano que vem, qualquer que seja o resultado [das eleições], o Brasil vai bombar. Tudo está por fazer. A gente apenas tem que acertar uma agenda suprapartidária e patriótica de transformações que o país precisa implementar.”

    Barroso – 26/09/2018

    .

    1. Telegramas de Pasárgada.

      Discordo de você:

      Lula e Dilma são frutos de um pacto parecido celebrado na Carta aos Brasileiros.

      Dilma talvez tenha sido um passo rumo a confrontar esse pacto, mas fez (ou tentou fazer) sem a avaliação política correta de suas forças, e caiu no voluntarismo típico de seus tempos de guerrilha.

      Dilma não foi um estelionato eleitoral até cair isolada dentro do próprio governo, e ceder de vez a rapadura para o Bradesco-Boy, Levy.

      Mas ela não foi só vítima (ninguém é).

      Ficou ilhada por suas ingenuidades republicanas de que uma devassa moralista lhe conferisse autoridade moral para parar o golpe em curso, querendo surfar nesse moralismo a bordo de um governo chapado de alianças pragmáticas (para ser delicado).

      Um “jânio” sem vassoura.

      Aí cunha lhe disse: se correr o bicho pega, se ficar o bicho pega e come.

       

      O que se passa hoje é ao mesmo tempo pior e melhor que em 2002.

      Se quando Lula assumiu havia um clima de terror semelhante, também havia as oportunidades conferidas pelo aspecto pessoal de seu carisma, e um momento global favorável, com o derrame das sobras do ciclo expansionista iniciado após as restrições da década de 90, com aumento de demanda mundial por commodities, o fator pré-sal (nossa luz e nossa desgraça) e uma rearrumação no jogo global com China, Rússia e Índia colocando as manguinhas geopolíticas de fora, enquanto os EUA se afundavam nos efeitos de suas guerras híbridas e seimóticas por petróleo no Oriente Médio.

      Fomos beneficiados por essa pequena “Idade Média” nos EUA (que ainda não acabou, mas está nos cobrando a conta).

      O sistema entendeu os riscos de deixar a governança global frouxa.

      Essa frouxidão se deu, no meu raso entender, porque naquele momento pós-2000, havia uma transição entre a ainda fraca conexão do capital chamado “produtivo” (ou orgânico) e o mercado e a total desconexão desses dois sistemas de acumulação de mais-valor.

      Foi aí que ele (o mercado) ficou mais fraco para voltar com toda força.

       

      Em suma, o mercado se desprendeu do capital produtor de mais-valor para virar “o mais-valor do capital em si”.

      Alguns líderes perceberam outros não.

      Nesse intervalo, as rédeas do mercado sobre as administrações (geo) políticas ficaram soltas, justamente quando as economias que acumulavam algum poder, tanto no campo do capital orgânico (pelo tamanho dos PIB) tanto por suas posições de credores dos títulos da dívida estadunidense (caso da China), ou sua posição de fornecedor de insumos de energia (Rússia), ou como grandes fornecedores de produtos não-manufaturados (a maioria dos BRIC), tentaram alterar seu peso relativo nesse jogo, deslocando o eixo de poder.

      Só que o poder não estava mais no capital mais-valia.

      E o mercado retomou com força as rédeas. É como se a luta geopolítica se travasse em dimensões distintas, que antes se conectavam e agora não mais!!!!!

      Tiveram lugar os golpes que podem ser chamados de freios de arrumação, ao redor de todo o planeta.

      Sim, incluam aí a eleição de trump, macron, a dinastia merkel, etc, como aspectos dessa guerra semiótica:

      – Todos esses países mantém dirigentes umbilicalmente ligados ao mercado e seus desejos a partir da geração de clima de terror e instabilidade em seus países, que leva os eleitores a sacrificar o pensamento crítico para aderir a projetos de “urgência e salvação nacionais”. O tom mais ou menos midiático, militar ou jurídico depdende de cada contexto histórico de cada nação e de aspectos corriqueiros de conjuntura local, regional e global.

      Não é todo lugar que o mercado consiga parir um sejumoro ou dallagnol, é verdade.

      Porém, observe, caro amigo:

      França e seus atentados.

      Questão dos imigrantes da Alemanha.

      O ataque do FBI a Hillary e outras jogadas do complexo bélico-militar-mídia-mercado.

      As primaveras da CIA (aqui um parentese: houve movimentos legítimos de contestação, mas foi a CIA e as elites mundiais que, ou deflagaram as agendas em escala suficiente para encurralar inimigos do mercado, ou se apropriaram dessas agendas quando os manifestantes ficaram sem a organização política para dar o salto adiante).

       

      O que teremos agora, infelizmente é um governo de duplo refém:

      – Lula sequestrado na pf.

      – andrade sequestrado no Planalto.

      E não vai adiantar eles e o PT abanarem a cauda para o mercado, como bons totós domesticados (a coleira aqui se chama “grande acordo civilizatório nacional suprapartidário”).

      O mercado NUNCA está satisfeito.

      NENHUM, eu repito, NENHUM ponto estrutural que mantém as desigualdades, NENHUM aspecto político simbólico que deu azo ao golpe, nem a mais leve ideia de reparação vai ser implementada.

      No máximo uma nova “lei de anistia”, quem sabe?

       

      1. Dilma errou por conta própria

        NENDER

        É falsa essa informação: “Dilma não foi um estelionato eleitoral até cair isolada dentro do próprio governo, e ceder de vez a rapadura para o Bradesco-Boy, Levy.”

        Dilma PROCUROU o Bradesco. Queria o Trabuco, mas recebeu Levy. Para fazer exatamente o que foi feito visando a equilibrar o desajuste fiscal que ela própria contribuiu para aumentar. Hoje a Dilma reconhece o erro e Haddad já disse isso em entrevista na Globo.

        1. Arf.

          Marcos, sua afirmação é forte, mas incorreta:

          – Você se baseia no fato dela ter procurado o Bradesco como evidência de que ela não estivesse isolada.

          Na sua lógica:

          Dilma aumentou o desajuste fiscal;

          Procurou o Bradesco;

          Ganhou o Levy de troco.

          Dilma (andrade também?) reconhece o “erro”.

           

          Bem, eu não vi nada com esse teor.

          Mas “confiando” em você, nada do que eu disse muda, pois vamos:

          – A tese de ajuste ou desajuste fiscal é uma premissa falsa! Não por não existir um “desajuste” nas contas do governo, mas sim pelo fato de que NÃO SÃO OS GOVERNOS que desandam suas contas, mas a banca, que manipula tais desarranjos para continuar a manter as contas públicas como ativos rentáveis, seja quando há desajuste, seja quando as contas “estão ajustadas”.

          Nenhum dado macroeconômico indicava algo muito diferente ao redor do planeta, e como gostam os “economistas”, as variáveis “macro” do Brasil estavam muito melhores que hoje, por exemplo, e mesmo assim, havia a tese do desarranjo fiscal.

          Claro, sem essa premissa e as famosas “pedaladas”, não teriam argumentos para o golpe, embora eu imagine que criariam algum.

          Na verdade, o que ocorreu, e eu descrevi é o seguinte:

          – Dilma tentou desafiar o mercado (não só o mercado, mas também o arranjo geopolítico regional, quando acirra sua aliança com os BRIC, a tese da cesta de moedas, desdolarização das trocas internacionais, etc), desceu os juros a patamares irrealizáveis para a banca em 2011, que reagiu forçando a barra para criar a aparente situação de “caos nas contas” e nos “balanços de pagamentos”, seja com as manobras já conhecidas no mercado, seja com a ação da pitonisas que vociferam versões da realidade que se autorrealizam de tanta repetição.

          – O seu erro não foi “aumentar” o desajuste fiscal, mas não avaliar que ficaria isolada quando tentasse inverter a lógica que apriosiona os orçamentos públicos e a gestão das dívidas públicas.

          Aí, claro, quando a coisa entornou, ela correu para o único lugar que havia, o mercado, que justamente criou toda essa situação esperando esse desfecho.

           

           

          PS: sim, o “andrade” e talvez Dilma, nesse momento de euforia pré-eleição, quando parecem que vão redimir todas as suas culpas (que lhes foram impostas, ainda que não as tivessem) pela assunção de seus esperados mandatos (presidente e senadora) vão afirmar SIM que erraram, que nunca mais vão fazer “coisa feia de novo”, enfim, vão tentar vestir o figurino do PT paz e amor como nunca!

           

          Enfim, a coisa é bem mais complexa do que esse seu raciocínio meio que binário.

      2. Xadrez da estratégia possível de Haddad, se eleito

        -> Discordo de você:

        -> O mercado NUNCA está satisfeito. NENHUM, eu repito, NENHUM ponto estrutural que mantém as desigualdades, NENHUM aspecto político simbólico que deu azo ao golpe, nem a mais leve ideia de reparação vai ser implementada.

        aí, ainda bem que vc discorda. pois foi muito mais duro do que eu.

        tôu brincando, meu caro. entendi perfeitamente sua ressalva quanto ao “estelionato eleitoral” cometida por Dilma.

        “estelionato” é uma palavra dura que empreguei para obter um efeito no circunscrito espaço de um comentário. sua análise é mais detalhada e aprofundada. não deixo de concordar com ela, embora haja nuances.

        o dilema crucial é que não há retomada minimamente sustentável da economia sem enfrentar o rentismo. e não havendo retomada, não haverá geração de renda para amenizar o desespero da população.

        tanto à Esquerda, com Haddad, ou à Direita, com o Bolsopata, não há nenhum horizonte de retomada da economia.

        então se abrirão as portas do inferno.

        exemplo:

        – dentista. em 35 anos de atividade profissional, afirma que nunca esteve tão ruim. militante histórico desde a fundação do PT. fechou com o PSOL, MG, com exceção do voto em Dilma para o Senado;

        – barraca de caldo-de-cana. em 16 anos de atividade, nunca viu movimento tão fraco. não sabe o que fazer. largar tudo e voltar a ser empregado? mas como se não há emprego… vai votar em Haddad, por ser o candidato de Lula. mas afirma que só o próprio Lula poderia dar jeito no Brasil.

        são muitas as histórias, inclusive de eleitores de BolsoNazi decepcionados com as FFAA.

        p.s.:

        -> Essa frouxidão se deu, no meu raso entender, porque naquele momento pós-2000, havia uma transição entre a ainda fraca conexão do capital chamado “produtivo” (ou orgânico) e o mercado e a total desconexão desses dois sistemas de acumulação de mais-valor.

        vivemos um impasse muito parecido com o período 1929 e início da II Grande Guerra.

        agora, China tenta uma solução keynesiana com a iniciativa “One Belt, One Road” (OBOR) – agregando também a Rússia, potência militar convencional e nuclear ainda superior a China.

        mas o mega capital global financeirizado continua com seus próprios planos.

        afinal, o que pretende Trump? é preciso compreender melhor se Trump tem mesmo algum projeto para minimamente estabiliza o Capitalismo contemporâneo.

        por outro lado, parece claro que a fração dominante da oligarquia global quer a guerra.

        .

        1. O fator trump!

          Olha, nesses tempos bicudos, em que promotor ou é do partido do power point ou é celebrado aqui no partido do “transforma mp”, fazendo contrição tipo “daniel na cova dos leões” (sim, teve isso aqui essa semana), eu estou com medo de opinar (isso é só um truque retórico, risos).

          Olhando o trump, ele parece reunir todos os elementos de uma força política derivada do capital financeiro (o mais-valor do capital em si), tem sinais:

          – a manipulação das guerras híbridas na rede, via cyber-mercenários;

          – a retórica anti-política e ideologicamente confusa, que reúne um amplo espectro de contradições políticas;

          – agenda comportamental e de relações públicas voltada para as polêmicas inúteis: racismo, misogina, imigração, etc., mas de grande poderde coesão e repercussão, dando tempo para agir no que interessa de fato (eu não consigo deixar de lembrar de um episódio de House of Cards, onde o personagem de Kevin Space se delicia com o pânico e resultados dramáticos de um sequestro made in White House, mas atribuído aos bandidos de sempre);

          E por aí vamos.

          Mas paradoxalmente, trump recoloca a agenda protecionista-desenvolvimentista na pauta central, que tem gerado algum tipo de recuperação de emprego por lá, embora eu não tenha ainda os dados sobre os ganhos de renda do trabalhador e seu peso relativo na riqueza nacional (ou a continuação da deterioração histórica dessa renda desde a década de 70).

          Olhe bem, no resto do mundo que importa (a Europa rica, sócia secundária dos EUA), houve o equilíbrio dos estamentos com a mesma receita:

          – Itália, o avanço dos fascistas da Liga Norte, agendas de medo, lawfare do Mani Pulit, e depois soluções (nesse caso tentativa, porque a Itália está em frangalhos) pelo centro, com o óbvio fim da esquerda como força relevante politicamente;

          – Alemanha, e “adolph” Merkel dispensam apresentações, e lá o espantalho são os fluxos de imigrantes, e o sequestro do EuroBank;

          – Inglaterra atolada do Brexit, e finge que vai mais não vai, e agora há um movimento pró-novo plebiscito. Lá também a agenda de atentados, a guerra do Iraque de Blair, os escândalos de Murdoch e o seu The Sun (o Inquérito Levenson foi para as picas, apesar de ter feito algumas vítimas na diretoria do grupo do dono da Fox), novos atentados, requentados toda vez que o debate pende para a esquerda, a domesticação de Coburn e seus fósseis trabalhistas, enfim, as soluções são sempre do tipo “centrado” e “bonitão-simpático” da vez: que vai desde blair, até o recém eleito na Espanha (esqueci o nome), passando por macron, e aqui, vamos de “andrade”;

          – França: esticaram a corda, Le Pen, etc, atentados e tome macron como solução “outsider”;

          Acho que trump foi a única exceção desse grupo, pelo seu histrionismo. Ele não é o “centro”, mas é um tipo de personagem que está no meio dos dois mundos que ainda convivem, mas vão colidir (o capital industrial e o financeiro!).

          Talvez porque ele soubesse que dada a escala e o peso dos EUA no mundo, ali não houvesse um “centro” político possível (genialidade ou intuição, não saberemos tão cedo), e ele manteve um pé em cada território: um no capital industrial-bélico-petróleo-automotivo e outro ligado do mundo financeiro.

          Tudo calcado na anti-política, lógico, porque para rezar para os dois diabos, não dá para fazer dentro do estamento “normal”!

          E esse é o principal perigo dele. Não se sabe quanto tempo ele conseguirá manter o fluxo de sinais para os dois lados, sem ser cobrado por isso.

          Ou pior: sua demanda por factóides tipo guerra a Coreia ou ao Irã pode desandar e sair do limite da basófia.

          Vamos especulando, especulando…

          Mas novamente alerto: tá ficando cada vez mais difícil habitar esse blog!

          Porém, o blog não é um pedaço ruim do mundo, é só mais uma parte de um mundo muito ruim!

           

           

           

  13. A grande diferença entre Espanha e Portugal

    Tem nome : Revolução.  O facismo é muito mais presente na Espanha hoje do que no vizinho.

    A ação de Felipe Gonzales tem nome: panos quentes.

    E desde a não posse de Tancredo ,, o sonho acalentado pelos reformistas tupiniquins é uma solução à espanhola.

    Enquanto isso em Pindorama o grande projeto de modernização conservadora vai bem obrigado. Como desde a abolição da escravatura, passando por Geisel, e até os nossos dias; lenta, gradual e segura (para o establishmment)!

  14. Acordo nacional, mas com cuidado

    Se o PT não consegui eleger o presidente da Câmara, não tem acordo nenhum. De preferência também o do Senado.

    Acho que consegue.

    No Nordeste, os candidadtos a governador, da esquerda, estão indo bem e devem alavancar muitos votos para o legislativo federal, por causa do cociente eleitoral. O alckmin não puxa voto para ninguém, o Meirelles também não. Psdb, mdb e PP, devem definhar na câmara e senado.

    Na última eleição, o Aécio teve 40 milhoes de votos, puxou muito voto pro Psdb. O Alckmin vai desempregar toda a bancada do Psdb.

    A direita só elege os evangélicos, mas não dá pro gasto.

  15. Trabalho

    Se não liderar o restabelecimento dos direitos dos trabalhadores, suprimidos pela abominável lei que praticamente aboliu a CLT e não revogar a terceirização ampla, geral, irrestrita e imoral não terá o apoio da maioria que o terá escolhido. Será iniciar o governo com uma traição.

  16. Quem será o escudo

    Fico curioso de saber quem será o escudo do Hadadd quando eleito. Se faz necessário alguém ou algumas pessoas capazes de rebater as tentativas de desestablizar um governo que precisa trabalhar, e se houver corrigir erros a tempo. que são inerentes pela urgência.

    1. Haddad: cara certo na hora errada

      O primeiro e principal escudo de um Presidente é a sua legitimidade e sua autoridade.

      Se Haddad for eleito, sua legitimidade terá sido construída com os votos de Lula e o Voto Útil (contra o Coiso).

      Se Haddad for eleito, sua autoridade será frágil porque ele obedece às orientações de Lula e do PT.

      Haddad tem grande potencial político, mas AINDA não construiu o seu próprio lastro político para ocupar tão relevante posição, num grave momento em que o antipetismo e o fascismo são tão fortes.

  17. Mais um exercício de wishful

    Mais um exercício de wishful thinking. Não sei de onde o Nassif tirou que depois da eleição vamos todos voltarmos a ser civilizados e o país recuperará o caminho do meio. Tudo me leva a crer o contrário, estamos caminhando para uma ruptura.

  18. “O desafio, pós-eleitoral,

    “O desafio, pós-eleitoral, consistirá em alargar o arco, convidar todos os setores comprometidos com a democracia, desarmar os espíritos e começar o trabalho de reconstrução institucional.”

     

    Ó ingênua ilusão!

    Que setores democráticos, cara-pálida? 

    O golpe foi uma ação de classe que contou com as principais figuras da burguesia nacional e representantes do imperialismo! FIESP, FIERJ, FARSUL, CNA!

    Temos uma lumpemburguesia “compradora”, que se contenta em ser sócia menor do capital imperialista e dona de um fazendão escravocrata. Essa lumpemburguesia jamais vai fazer acordo “democrático”!

    As forças democráticas, neste país, são só as forças da esquerda. E a lumpemburguesia as quer longe de qualquer poder!

    Se Haddad reduzir o seu programa para agradar a lumpemburguesia, não vai agradá-la, porque ela não está interessada em conciliação, em desenvolvimento, em projeto nacional, mas vai perder o apoio popular, como Dilma perdeu, quando nomeou o banqueiro Levy pro Ministério da Fazenda e iniciou o arrocho contra os trabalhadores do qual a pinguela para a barbárie do Temer foi só aprofundamento.

    Aí, a lumpemburguesia golpista vai voltar ao seu trabalho sujo com o povo, se sentindo traído, inerte ante a derrubada do Haddad!

     

    1. Uma mão para o Nassif, o bem intencionado

      Vamos lá, para a mim, a chave do deslinde nesta perlenga é :”o trabalho de reconstrução institucional”.

      Tenho comigo que a palavra “instituição”, especialmente esta ai, a da reconstrução, tapeia muita gente.

      A compra e venda é uma instituição do Direito Romano, quantos sabem disto? O que rege a compra e venda, no atual Código Civil Brasileiro é o instituto da “Tradição”, quantos sabem disto?

      Institutos, nesta acepção e os da reconstrução acima, não são revogados por eleições ou classes sociais, seus fundamentos são muito mais profundos no tecido social civilizacional. O Haddad não irá reconstruir porra nenhuma!

       O que dá para ele fazer, e que todos os eleitos deveriam fazer, na minha humilde opinião era dotar o Governo Brasileiro de Rumo, Norte e Estrela, com isto criar uma governabilidade efetiva que trará confiança, credibilidade e paz para a nação brasileira.

  19. Pacto de moncloa ou molotov-ribbentrop?

    Como foi a transição de Felipe Gonzales? Para quem não sabe ou não conhece foi muito semelhante a nossa transição da ditadura para a democracia, ou seja, pelo alto e  mantendo a estrutura da ditadura na policia, no judiciario e no empresariado deixando os franquistas impunes. Felipe Gonzales manteve o acordo dos franquistas com a Igreja católica com privilégios tributários e financiamento estatal; Felipe Gonzales manteve a estrutura do judiciario, os juizes franquistas que estavam no tribunal supremo se mantiveram em seus postos: foram os que desautorizaram Baltasar Garçon o que condenou Pinochet por crimes contra a humanidade. Manteve a estrutura da policia franquista. E essa a união nacional que vamos ter? manter fascistas intactos, livres, leves e soltos com suas ‘manifestações democráticas’  -Dilma sobre as manifestações que pediam a volta da ditadura e ‘morte aos comunistas’ – como se ameça não fosse crime, mas ‘liberdade de expressão’..

    E para completar: andou rolando um video de bolsonaristas com calças camufladas na praia de copacabana (não sei se eram do exercito ou não, mas eram milicias fascistas. Pois bem nas redes socias eu vi Vários perfis ‘fulano Lulla não sei das quantas’ comentando ‘é tudo viado’. Chamar nazistas de ‘viados’ foi a desculpa de Stalin para proibir e perserguir os gays na falecida URSS. Então deve ter gente no PT/PC do B ansiosa por um ‘pacto molotov-ribbentrop’

  20. Tem que combinar com os

    Tem que combinar com os russos. Sugestão de “russos” para chamar para a conversa: Tasso Gereissati, Alberto Goldman, tucanos mais serenos, longe do recalque do FHC e do oportunismo fascista do Doria.

    Acho que tem que ir por aí Nassif, não pode é se iludir e querer de novo conversar com a Globo. Esta exigirá manutenção de previlégios e na primeira opotunidade dá o bote. Tem que fazer com ela fique isolada em sua compulsão golpista

  21. Cabeça de Planilha?

    Não foi considerado o contexto Geopolítico. É meio como discutir a roupa do comandante, no baile de gala, enquanto o navio está firme rumo ao iceberg. A forte probabilidade de mega-crise econômica mundial também foi ignorada. 

    Haddad vai tentar manter sob controle as pressões internas, aprofundando a agenda neoliberal “soft” já adotada em Lula/Dilma, e as externas, deixando no limbo qualquer projeto com “cheiro nacionalista” (Reverter o Temer? Mas nem pensar!) Será o suficiente? Talvez não, pois os cães (direita) e os abutres (Império&Cia.) já sentiram o gosto do sangue.

  22. Está meio sem solução isto aí…

    Os caras deram o golpe no PT e no povo brasileiro, jogaram no lixo mais de 100 milhões de votos da última eleição.

    Agora por passe de mágica, os caras vão aceitar o PT de volta assim…e o PT nem fez coligação com a direita.

    Está muito mal explicado este desfexo aí.

  23. Para não dizer que não falei das flores 🙂

    Ontem o site de midia independente Médiapart de Edwin Plinel, ex-Le Monde, estampou uma matéria com chamada na primeira pagina sobre o fenômeno Haddad que começa a chamar atenção da imprensa estrangeira. Enfim, em contraposição as matérias que dizem que FH e o PT estão radicalizando, Médiapart chama Haddad de moderado e explica sua ascenção como candidato do Partido do Trabalhadores, representando Lula e a possibilidade de vitoria.

    “Au Brésil, le modéré Haddad fait campagne dans les habits de Lula”

    hthttps://www.mediapart.fr/journal/international/260918/au-bresil-le-modere-haddad-fait-campagne-dans-les-habits-de-lula/commentaires#comment-9037931

     

  24. Não existe normalização

    Não existe normalização possível depois de um golpe de estado desferido pelo poder judiciário, mídia, grande capital e apoio dos militares. Se eleito, Haddad e o PT terão, nas palavras de Dirceu, tomar o poder, ou seja, governar em nome da maioria.  Se assim não for, os golpistas estarão esperando na próxima esquina. 

  25. Coalização, para que?

    A estratégia lulista, mais do Lula do que do próprio PT, descarta uma aliança com os setores nacionalistas, de centro-esquerda, que seguem no entorno da base eleitoral de Ciro. É gritante o fato que Haddad sequer cogitou denunciar o golpe de estado de 2016 como motivado pelo desejo das grandes potências e dos grande capital de capturar as nossas riquezas do pré-sal. Se não bastasse o indecente silêncio sobre esse fato, as declarações que se seguiram, no caso EMBRAER, onde, orientado pelo Zé da Justiça, Haddad afirmou que não reveria “contratos juridicamente perfeitos” já assinados, e, no caso da PEC da morte, onde, em nome da estabilidade fiscal, manteria as seus principais medidas, indicam a disposição lulista em fazer um raivoso discurso à esquerda no palanque e um discreto, mas efetivo, acordão à direita com quem banca o atual estado de exceção.

    A resiliência de Ciro, e dos nacionalistas que o mantêm entre os 11%-16%, dentro da margem de erro, indica que essa postura lulista não ilude mais os nacionalistas e a esquerda independente. Não se sabe ao certo quantos votos de deputados e senadores esses independentes terão. Mas, sem eles, de certo não haverá governabilidade para Haddad em 2019. Nem os despudorados acordos com banqueiros, com o bolsa banqueiro, onde o contribuinte, via renuncia fiscal, cobriria os gordos ganhos de capital dos bancos que mantivessem os juros baixos e com a bolsa empresário acordado com lideranças monopolistas como Abílio Diniz, o mais novo cabo eleitoral “petista”, podem garantir maiorias no congresso nacional. Como irá reagir Lula depois da declaração enfática de Ciro no debate do SBT, que se negou a participar de qualquer governo com petistas e emedebistas? Previsível seria um recuo nas posições extremadas antinacionalistas de campanha, a retomada da defesa do pré-sal, a defesa da Eletrobras, da EMBRAER, do fim da PEC da morte e de todo o entulho entreguista de Temer. Mas, Lula é Lula: o eterno conciliador.

    Pode ele, no final, ter guardado um trunfo na manga? Revelar a verdadeira face da ida do Haddad ao INSPER? Por que não Paulo Guedes na direção do governo? Se não na própria pessoa, porque não por meio de seus acadêmicos do INSPER? Um governo 100% neoliberal? De Lula esperasse tudo, menos compaixão por seus adversários. A maioria dos foristas só elogia os feitos e brilhantismo do grande líder petista. Mas, se ele é um grande estrategista, como se deixou prender? Não vamos esquecer que a luta dos petistas e antipetistas não acaba com esse primeiro turno. Os antipetistas ganharão a maioria da Câmara Federal e Senado, bem como a maioria dos governos estaduais. Manterão o domínio sobre o judiciário. Olhemos apenas para o caso do processo do MP em São Paulo contra Haddad. Para que mais ele serve senão para ser utilizado em 2019 como fundamento para um pedido de impeachment contra Haddad? Muita água irá rolar nessa guerra política. Alguns lulistas talvez se surpreendam, pelo menos aqueles que já demostraram ares de arrogância com algumas das pesquisas eleitorais, com as consequências desta estratégia lulista do tudo ou nada. A reação contra o PT poderá contar até com o apoio dos setores da esquerda independente. Ai será tarde, se em meio a um processo de impeachment de Haddad, até Ciro lhe vire as costas. Será que então Lula e os lulistas irão perceber que foram longe demais na sua pretensão de autossuficiência. Até disso eu duvido. 

    1. Ah, tá certo…

      Enquanto achava que podia levar, ciro, o virtuoso, e seu exército de brancaleone de resilientes 11 ou 12%, falaram tudo que agradava ao mercado e aos sicários de toga:

      – elogiou ficha limpa, lava jato, se disse o “centro”, nunca pronunciou a palavra golpe!

      Agora, reduzido a pó, no canto da História a espera de ir para a lixeira, tornando-se a versão masculina da marina silva, se torna um “radical”!!!!

      Então tá então!

      Repetindo meu surrado bordão: ciro não é honesto nem quando assume que está mentindo!

      Tomara (eu duvido) que tenha a humildade de reconhecer que levou uma surra tática de um homem que está preso e sofre um ataque diário desde 2006, e se curve ao peso da sua insignificância política e faça o beija mãos que lhe resta.

       

       

      PS: muita arrogância de qualquer um achar que controla seus eleitores!

  26. Nassif defendendo estelionato eleitoral

    Se Haddad for eleito, tem que tentar cumprir o programa que defendeu. Contra as reformas trabalhista e previdenciária, recuperaçao dos programas de apoio social, etc. Nao tentar um acordao. Acordo, só com os movimentos sociais.

    1. Concordo. Votar em uma

      Concordo. Votar em uma esquerda que a direita gostaé traição. O povo não é burro, Dilma cometeu um estelionato eleitoral ao minimizar a crise e principalmente colocar o Sr. Levy Brdesco com plenos poderes, deu no que deu.

      Por isso era melhor ter Ciro Gomes, em um governo com menos ódio, menos fla-flu e menos concessão aos poderosos…

    2. Concordo Analú

      Temos a melhor chance histórica de chegar com o programa completo ao governo, pelo voto popular e sem concessões. Já tiramos anéis demais nesta caminhada para continuar perdendo dedos. Pagamos um caro preço para chegar até aqui. Agora é a hora.

    3. E o estelionato acontecerá.

      E o estelionato acontecerá. Não tenho duvida alguma. Ele já começa  a se desenhar. Que vergonha. A midia independente fazendo um papel horroroso. Todos neoliberais de carteirinha.

  27. Lula só não caiu por que se

    Lula só não caiu por que se agarrou na força do povo…….

     

    O que recordo: um politico zéruela no auge da crise afirmou que Lula tinha que falar a respeito das denuncias, Lula num discurso transmitido ao vivo, no final voltou ao pulpito e muito constrangido afirmou que não sabia de nada, ali ficou claro que Lula estava acuado, o que o salvou foi uma pesquisa que mesmo depois de intenso ataque, inexplicavelmente, lhe dava altos indices de aprovação; Lula, com sua inteligencia politica, se agarrou ao povo e fez História………

     

    Se rádad não aprendeu com a trajetoria de Lula e Dilma, nem merece ser eleito……se começar com essas conversinhas de gabinetes que anda tendo, se fechar para o povo que o elegeu, adotar as medidas dos abutres do mercado, cai……..simplesmente cai…… e seria bem merecido…….

  28. Não acredito em nenhum tipo

    Não acredito em nenhum tipo de conciliação. independente de quem vença as eleições. Qq um que ganhe esteja pronto pro confronto. Não existe a menor possibilidade do país fingir que não viu, MPF,judiciário.empresas de comunicação, etc… detonarem o país à serviço de interesses internacionais.  O que cada membro dessas instituições fez contra o país deve ser cobrado, individualmente e a pena para traidores da pátria deve ser executada. Não interessa se Haddad, Bolsonaro, Ciro, Marina. Alckmin…. Até mesmo o cabo… Quem vier, tem que vingar o país. Se não for pra isso, nem precisa assumir. E, nem venham me falar em pacificar para desenvolver e blá blá blá… Todo o lixo envolvido na patifaria que resultou na treva atual, não faz qq diferença para o desenvolvimento do país. Não acredito, em  qq solução que não passe, pela punição dos envolvidos no golpe.

  29. Esta é a hora de fazer o programa do PT integralmente

    O PT surge com as melhores condições de executar integralmente o seu programa, sem concessões e, ainda, punir golpistas e restabelecer a ordem democrática. Colocar os poderes paralelos nas suas caixinhas, fazer faxina no Judiciário, desfazer as maldades do Temer, democratizar os meios de comunicação e etc. Ciro não cabe mais neste governo, um oportunista que pisou no pescoço de sete partidos para chegar até aqui. Com o programa do PT contra o programa do Bolsonaro, sem amenizar e sem concessões, Haddad irá ganhar pelo voto do povo e isso tornará mais legítima esta eleição que as anteriores, que teve o PT domesticado, com carta aos brasileiros e etc. Esta será a melhor hora de colocar o programa do PT completo em atividade.

  30. Mídia Ninja é esta aqui:

    Como dar uma notícia que pareça ruim para dois polos opostos?

    Se um polo é ruim, o oposto certamente será bom. Tem que ser Ninja!

    Convido a Madrasta do texto ruim a explicar este fenômeno.

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