Epidemia do coronavirus não é uma epidemia de gripe, por Rogério Maestri

Vamos sem nenhum pânico escrever com todas as letras, uma mortalidade de dois milhões de brasileiros, somado as mortes normais que ocorrem no dia a dia, não haverá sistema de saúde que aguente este volume

Imagem: Reprodução

Epidemia do coronavirus não é uma epidemia de gripe

por Rogério Maestri

O governo norte-americano que quis desprezar a importância da epidemia do Coronavirus começa a pagar caro sobre este desprezo. Porém toda a população deste planeta e com especial atenção ao Brasil, em nenhum momento está imaginando o que pode ocorrer.

Conforme especialistas em infectologia e virologia, cada pessoa infectada de Coronavirus transmite para duas em meia pessoas (em média, é claro) a doença, não há nenhuma esperança de vacina antes de um ano ou um ano e meio e com esta taxa de transmissão especialistas dizem que a doença pode chegar a 60% da população.

Se pegarmos o número de 60% para uma população de 210.000.000 de habitantes resulta 126.000.000 de pessoas. Tomando as taxas mais baixas de mortalidade de 1,5% teremos em um ano ou dois anos 1.890.000 de MORTOS, sendo que concentrado nos acima de 40 anos, com problemas cardíacos, respiratórios ou diabetes. Qualquer pequeno desvio dos valores otimistas assumidos será dois milhões de mortos só no Brasil e é onde eu vivo e onde eu me interesso.

Vamos sem nenhum pânico escrever com todas as letras, uma mortalidade de dois milhões de brasileiros, somado as mortes normais que ocorrem no dia a dia, não haverá sistema de saúde que aguente este volume, logo com um governo incompetente, com um presidente mentalmente incapaz de fazer algo de concreto, com governadores e prefeitos mais preocupados com as eleições municipais que ocorrerão neste ano, com uma imprensa que para não perturbar a Bolsa de Valores não quer gerar “pânico”, com uma rede de imprensa alternativa que nem pensa sobre isto (salvo o GGN que vem sistematicamente noticiando o impacto) dando mais importância de um caso policial entre a deputada Gleise e uns bolsomínions imbecis (que já é uma redundância) do que pode definir que este número aumente ainda mais, estamos num péssimo caminho, ou seja, estamos mais desgovernados que o Trump que para barrar a entrada do coronavirus fez a mesma política que ele está acostumado, fechar fronteiras sem se dar conta que o vírus se espalhava dentro dos USA.

Ou seja, até nossos hospitais ficarem lotados e virarem um centro de propagação da doença no lugar de um centro de cura, ficaremos olhando um para outro e dizendo:

– E as tentativas de golpe do Bolsonaro, que coisa horrível!!!

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador