O pior dos instintos humanos: O Estado Islâmico Brasileiro, por Rogerio Maestri

O pior dos instintos humanos: O Estado Islâmico Brasileiro

por Rogerio Maestri

A imensa maioria do povo brasileiro ficou revoltada pelas imagens do Estado Islâmico executando os seus inimigos através da mesma técnica da degola que foi utilizada no Rio Grande do Sul por muito tempo(e exportada para Canudos pelas tropas gaúchas), terminando oficialmente somente em 1923.

A degola era feita nos prisioneiros que perdiam as batalhas e eram presos, degolas como estas foram praticamente extintas na América do Sul no século XX, porém nas ditaduras direitistas se criou algo ainda pior, o hábito de prender opositores, tortura-los e depois mata-los.

Estes assassinatos a sangue frio, sem que a pessoa tivesse a mínima condição de resistir, numa condição de luta entre verdadeiros bandos que não tinham condição de prender os opositores e que segundo os assassinos da época poderiam posteriormente meses ou poucos anos depois voltarem para a desforra fazia parte de uma lógica funesta e criminosa dos bandidos que fazem até os dias de hoje nas revoltas das prisões.

Porém temos que nos ater a uma grande diferença, durante as ditaduras haviam leis repressivas que poderiam condenar qualquer um a penas que por qualquer coisa passavam de 30 anos de prisão, da mesma forma em determinado momento, retornou ao quadro institucional a pena de morte para delitos de sangue. Logo, os ditadores dispunham todo o ferramental jurídico para aplicando as leis injustas da época afastar seus inimigos por longas penas de prisão.

O que se vê que há dois que indicam bem mais do que a luta ideológica, a covardia, o sadismo, o medo e a vergonha. Ou seja, a covardia de matar alguém que no momento estava completamente sem possibilidade de reação, o sadismo em empregar métodos de tortura que eram mais por prazer dos torturadores do que pela eficiência, a eficiência é contestada pelos próprios organismos de repressão norte-americanos onde o FBI questiona permanentemente a CIA, pois dizem seus experts em interrogatórios que conseguem informações melhores sem tortura que a CIA ainda utiliza. Ou seja, em termos de obtenção de informações, interrogatórios tradicionais sem o uso de violência produzem melhores resultados, logo as torturas são realizadas para satisfazer as taras psicóticas dos torturadores do que para obter confissões.

A partir do emprego das torturas vem sentimentos que são complementares, o medo e a vergonha de ser exposto e mostrar a todos, inclusive familiares e amigos, quão doentes são suas personalidades. E o medo também é resultante da possibilidade a vir ser julgado num determinado futuro.

Mas voltando ao início, a revolta das pessoas que justamente tiveram ao ver a execução dos inimigos do Estado Islâmico deve se voltar contra os frios torturadores e assassinos da ditadura, pois enquanto o Estado Islâmico, dentro da lógica dos criminosos que degolam seus companheiros de prisão, executa em público seus inimigos, os militares ditadores nem coragem de assumir seus atos tinham, um seja na verdade eram criminosos, terroristas e COVARDES.

 

Redação

5 Comentários

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  1. Tanto faz, diriam os

    Tanto faz, diriam os bolsonazis da vida, pois, o povo brasileiro abastardo-cretinizado-imbecilizado desde sempre pelas mérdias regiamente pagas pelos poderosos públicos eou privados, nada faz para conter tais atrocidades; pior, ainda é capaz de apoiar a “guerra”, por mais suja que seja, contra os comunistas-comedores-de-criancinhas. Antes, a padrecada a falsear a verdade, agora, os tais neo-penteconstais, tão criminosos uns e outros. E o stfezinho, ó, a liberar os paulopretos, sem colegialidade, e a manter preso o Lula, com colegialidade. Quadrilha é muito pouco para descrever os “mandantes”.

    E ainda vem um general-pijamento a querer saber a quem interessa tais “vazamentos”, como se as informações não tivessem sido publicamente divulgadas de acordo com as leis de lá. Fosse aqui, ora, ora e ora, jamais saberíamos de nada, afinal, os miliquentos-mãos-sanguinolentas queimaram toda a papelada engacagaçados que ficaram, mesmo com esses discursos de merda.

    1. Assino embaixo!

      Concordo nas partes e no todo com o comentário. Não há a menor dúvida quanto ao caráter conservador da massa populacional que engloba as classes média e baixa, uma motivada pela inveja da categoria um degrau acima na escala social, a outra doutrinada pelos anos de discurso anti-social que associou continuamente bem-estar social ao “comunismo” e, mais recentemente, ao anticristo. Infelizmente, vivemos em um País aonde aprendeu-se a chamar de democracia uma ditadura, e luta social de baderna. Diante dela, o pobre brasileiro não adere, ele chama a polícia. Claro que não me refiro ao participante de movimentos sociais, que têm um grau maior de esclarecimento, mas às multidões de iletrados que no máximo se informam do que apareceu na televisão ou do que ouviram o vizinho, que tem televisão, comentar. Quanto aos miseráveis, estes estão ocupados demais com a luta para sobreviver e não têm tempo de se informar sobre política. E a elite social e financeira, esta sabe muito bem o que está fazendo e o faz com conhecimento de causa. Pergunto-me quantas gerações precisaremos para mudar este estado de coisas, se é que um dia o faremos…

    2. Não concordo que o povo brasileiro seja o que qualificas……

      Não concordo que o povo brasileiro seja o que qualificas no início.

      Este sentimento que imensa parte da população é truculenta nazifascista é algo um produto da manipulação das redes sociais pelo grande capital internacional. O público de Bolsonaro é restrito a jovens impúberes que gostam de aparecer como malvados e cruéis, simplesmente porque numa idade em que os hormônios estão em alta parece que para serem admirados pelas “fêmeas” eles acham que tem que aparecer como “machos alfa”. Usei estes termos que geralmente são utilizados para animais, porque na verdade estes comportamentos são não racionais.

      Outro fator que todos esquecem, que muito deste comportamento é produto da ausência da figura paterna, com uma sociedade em que a família foi totalmente desagregada e não há a figura do pai, não se cria a figura da colocação de limites na desejos destes menores, e como por contingência sociais e econômicas estes desejos são meramente não satisfeitos cria-se a revolta.

      Diria até que a primeira vítima política desta revolta será o próprio Bolsonaro, pois se este assumir algum protagonismo real na política que não seja de um mero deputado em pouco tempo ele será a grande vítima desta revolta.

       

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