Gilberto Maringoni
Gilberto Maringoni de Oliveira é um jornalista, cartunista e professor universitário brasileiro. É professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC, tendo lecionado também na Faculdade Cásper Líbero e na Universidade Federal de São Paulo.
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Qual o sentido de se polemizar com Olavo de Carvalho?, por Gilberto Maringoni

Qual o sentido de se polemizar com Olavo de Carvalho?

por Gilberto Maringoni

Confesso: nutro inveja baixa, rasteira e mesquinha pelo ócio alheio. Invejo gente como Ruy Fausto e outros que, à falta de coisa melhor para fazer, decidem “polemizar” ou “desconstruir” os pressupostos “teóricos” do grande guru do Bolsonarismo, o primata que atende pelo nome de Olavo de Carvalho.

Nos dias que correm, pouco importa criticar os arrazoados e os vídeos de um sujeito que durante anos pertenceu ao limbo do lumpesinato intelectual, pelo absurdo de suas proposições. Vale mais investigar os motivos que levaram um tipo desse calibre – sem trocadilho – a figurar no proscênio da atividade política, com o poder de indicar nomes para o primeiro escalão do governo entrante.

Aliás, a pergunta vale também para Messias Bolsonaro, que ao longo de quase três décadas não passava de personagem folclórico e mentalmente indigente, a destilar asneiras onde quer que estivesse. Como e por que o ex-capitão chegou lá? Como se fertilizou o terreno no qual viceja a extrema direita pátria?

FRACASSO NO PASSADO
O radicalismo reacionário nunca teve grande acolhida pelo voto popular. A única vez em que setores assim disputaram de peito aberto uma eleição foi em 1955, com o integralista Plínio Salgado (PRP). Ele chegou em quarto lugar na corrida presidencial, com 8,28% dos votos. O eleito à época foi, como se sabe, Juscelino Kubitschek (PSD), com 35,68% dos sufrágios. A ele, se seguiram Juarez Távora (UDN), com 30, 27% e Adhemar de Barros (PSP), que alcançou 25,77% da decisão dos eleitores. Não havia segundo turno.

Plínio Salgado (1895-1975) estava anos luz à frente de Bolsonaro em termos intelectuais e políticos. Jornalista, romancista e ensaísta, teve participação lateral na Semana de Arte Moderna, em 1922, e arregimentou para o movimento integralista, a partir de 1932, jovens intelectuais como Gustavo Barroso, Miguel Reale, San Tiago Dantas, Câmara Cascudo, Neiva Moreira, Gofredo da Silva Teles, Gerardo Melo Mourão, Vinícius de Morais, Hélder Câmara, Ernâni Silva Bruno, José Lins do Rego, Roland Corbisier, Álvaro Lins, Seabra Fagundes, Abdias do Nascimento e outros. Eram figuras de nível muito mais elevado que Olavo de Carvalho, Janaína Pacchoal ou Joyce Hasselmann.

CENÁRIO CONTURBADO
As eleições presidenciais disputadas por Salgado também se deram em cenário conturbado. Aconteceram logo após a tentativa de golpe por parte da direita, que levou ao suicídio de Getúlio Vargas, em 1954. Não vai aqui nenhum paralelo histórico, arriscado em casos assim. Mas houve uma maré montante de denúncias de corrupção contra um governo progressista, que foi seguido pela desastrada gestão de João Café Filho (1954-55). O ex-jogador de futebol potiguar e conspirador contra Vargas assumiu a cadeira presidencial e chamou Eugenio Gudin, um alucinado liberal, para o ministério da Fazenda.

Gudin promoveu uma política de estabilização econômica baseada no corte das despesas públicas e na contenção da expansão monetária e do crédito, o que provocou uma crise em setores da indústria paulista. O desastre do governo Café Filho está intimamente ligado a essa opção econômica.

O PIB de 1955 para 1956 desabou de um crescimento de 8,8% para 2,9%, segundo o IBGE. Mas “O preço do café, em moeda nacional, cresceu quase cinco vezes entre 1948 e 1956”, assinala Delfim Netto em sua tese de livre docência “O problema do café no Brasil”, defendida em 1959. Entre 1954-55, houve uma queda expressiva nos preços, recuperada em seguida.

Com todas as dianteiras intelectuais e políticas, o resultado do integralismo foi pífio.

SURFANDO NA CRISE
Apesar de suas limitações, Olavo de Carvalho e Bolsonaro – cada um à sua maneira – souberam surfar em um terreno de depressão aberta, a partir de 2015. Lembremos, o desemprego saltou de 4% em dezembro de 2014 para 11% em março de 2016 e o PIB desabou 8% nesses dois anos. Mas do que estatísticas, abriu-se aí uma fase de queda acentuada dos padrões de vida, da classe média para baixo, e um desencanto com a capacidade da política resolver algum problema objetivo na vida das pessoas.

Esse é o exame e o debate a serem feitos para que possamos compreender como e porque figuras tão desprezíveis em todos os sentidos se transformaram em condestáveis da República.

Não vale a pena – me parece – gastar tempo com a “obra carvalhiana” em si, a não ser que o ócio seja abundante.

(De uma conversa com Artur Araújo)

Gilberto Maringoni

Gilberto Maringoni de Oliveira é um jornalista, cartunista e professor universitário brasileiro. É professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC, tendo lecionado também na Faculdade Cásper Líbero e na Universidade Federal de São Paulo.

12 Comentários

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  1. Olavo e Bolsa souberam surfar num terreno de depressão?

    Esses Trogloditas não sabem surfar, o problema é que a mídia, o judiciário e a classe mérdia burra impediram o Lula de concorrer e, com esse impedimento, puseram essas trolhas sobre a pancha e os mantiveram lá, embora eles não tenham equilíbrio.

  2. Proporcionalidade

    Vivemos um tempo do ter , onde o ter compra o ser .

    Se a pessoa tem posses mas não é, suas posses podem adquirir o que ela quer ser sem que ela tenha que passar pelo árduo trabalho da formação ou tenha que contar com capacidade intelectual suficiente para ser o que pretende.

    Assim se formam os líderes religiosos do neoevangelismo, do esoterismo, da auto ajuda,   os especialistas em economia especulativa, os psicólogos evangélicos, os filósofos, os mestres e escritores fundamentalistas, historiadores, entre outros curiosos.

    Pessoas que vão até onde as suas limitações alcançam, aceitam o que lêem , ouvem sem contestar ou simplesmente compram seus diplomas e condecorações no mercado negro. Ou ainda, encomendam trabalhos e conhecimento de quem o tem e, ou, pagam e o renomeiam,  ou simplesmente usurpam o trabalho e a inteligência alheia.

    São, realmente,  a indigência intelectual, aquela que não se sensibiiza com a indigência real que eventualmente deixaram ou que possam causar.

    Com seus títulos comprados ou inventados,  compram espaço e atenção de seus semelhantes, conquistando e formando seguidores de mentalidade compatível, fortalecendo-se e fortalecendo-os, até formarem essa corrente de ignorância  que ora vemos com espanto. 

    Não nos esqueçamos, por outro lado, da responsabilidade do estado no enfraquecimento do ensino, quer pelo desestímulo aos mestres na forma de baixos salários e péssimas condições de trabalho, quer pela tolerância do sistema educacional com o aprendizado deficiente.

    Agora, dizer  que não faz sentido polemizar com o Olaf Von Oak – Philosofen und Patriot e que faze-lo seria mostra de absoluta falta do que fazer é querer tirar o doce da vida dos “desocupados”.

    Tem coisa mais deliciosa do que fazer chacota do “filósofo”?

    E não, não é ódio: é incredulidade.

    [video:https://youtu.be/hFyWY94ImO8%5D

  3. Gilberto Maringoni, uma nova espécie de Marie Antoinette.

    A frase que notabilizou Marie Antoinette, que se o povo não tem pão que coma brioches, pelo que se sabe nos dias atuais não foi dito pela mesma, porém o símbolo que ficou foi de uma realeza completamente distante de tudo que se desenrolava na França de Luiz XVI, ou seja, ignoremos todos porque estamos muito acima disto.

    Pois bem Gilberto Maringoni é uma nova espécie de Marie Antoinette, uma personagem baixa e rasteira como Olavo de Carvalho, uma realidade que pelo menos ele reconhece, não merece o cansaso intelectual das “grosse têtes” pensantes do Brasil. Se o mesmo está influenciando o governo, isto é o de menos, se ele está colocando ministros em postos chaves, deixem para lá, não podemos nos ratejar perante mentes tão tacanhas! Se o Presidente que teremos é um perfeito imbecil, deixe ele fazer as suas imbecilidades sem nos preocupar, pois afinal somos mais belos e elegantes, e pensamos melhor.

    Plínio Salgado era mais inteligente! Ora que grande constatação. Parece que este senhor, Gilberto Maringoni, se for colocado em confronto com uma bala de 38 indo na sua direção, dirá, ela é pequena e despresível e talvez não vá me matar, mas o importante é que não me curve a este insignificate pedaço de chumbo, pois sou um ser pensante e superior.

    Na realidade Gilberto Maringoni é um imbecil.

  4. Olavo de Carvalho não é uma

    Olavo de Carvalho não é uma causa, mas um sintoma.

    Não se enganem: analisar nossa situação pela ótica do normal e aparente é insuficiente. Vivemos hoje um período de instrumentação da massa de manobra pelas redes sociais e fake news. Começou em 2013, com os movimentos “espontâneos” dos 20 centavos e culminou nesse caos que vivemos.

    Quem ganhou com isso? Pergunte aos ianques.

    Pelo menos uma regra permanece: siga o dinheiro. Assim saberá a identidade de quem está por trás desses eventos.

  5. Lindo!
    Lindo!

    Teimem mesmo em ficar tocando a bola de lado na analise estrutural…

    Nao marcam um tento lá na frente, e ainda deixam o ponta direita livre para o contra ataque. Ficar reclamando de falta e roubada de bola no meio de campo depois, nao adianta nada.

    É fato que nao há possibilidade de debate racional com esses estupidos: eles precisam é ser desmoralizados.

    Agora, se os que estao em campo (lideranças politicas e proceres academicos) tiram o pe da bola dividida, como a torcida vai “chegar junto”?

  6. Idiota supra sumo
    Ñ é pq temos um idiota mais idiota do que esse idiota chamado Olavo, e que talvez se deixe levar por esse ao montar seu governo, infelizmente tão idiota quanto, que precisamos saber o quão idiota é esse idiota Olavo.
    Ficamos perdendo tempo e dando trela a um despudorado que não consegue nem resolver suas diferenças com a filha sem que seja nos tribunais.
    Então concordo em todos os sentidos com o Gilberto…releguem esse idiota ao seu reino cujos súditos são tão ou mais idiota que ele e talvez assim fiquemos livres de dar de cara com essa figura em blogs, sites, jornais e revistas tendo a chance de ter dias mais saudáveis.

    1. Se a indiferença fizesse diferença
       

      Esse “filósofo” não teria saido lá das profundezas de saturno para a “grandeza” de sugerir ministros e inspirar presidente que vai nos governar.

      Se a crítica e a chacota é o máximo que podemos fazer para desqualifica-lo, que o façamos.

      O que não pode é deixa-lo sentir-se ainda mais “empoderado”.

        

  7. Como seria Odorico na era da internet?

    Não acho que o problema seja polemizar com o fulano, mas dar-lhe espaço e visibilidade sem que as pessoas saibam de quem se trata, o que contribui para sua aura de celebridade que aumenta proporcionalmente ao desconhecimento, que nesse momento é a escolha da maioria para não ter o estresse intelectual e moral de tomar decisões pelas quais vá se responsabilizar. 

    Eu não leio nem assisto quase nada que se escreve ou produz a respeito desse cara, porque já tenho informação suficiente para saber que ele é um factóide humano, mas quando leio me manifesto, e não considero rebaixamento falar de alguém – síndrome de Lilliput de Carmem Súcia, a gigante invisivel? – ou de suas idéias quando contribui para o debate e para a desconstrução de ondas de imbecilidade. 

    Concordo parcialmente com os comentaristas rdmaestri e lucinei sobre um incômodo ar de soberba que não favorece o desfazimento da nuvem de ignorância autoindulgente e orgulhosa de si que alimenta os novos e não inéditos imbecis no Vale de Sombras que se prolongará no Planalto em breve. Por outro lado considero também perda de tempo algumas pautas e destaques dados desproporcionalmente ao Charlatão, e acho que o problema é mais de proporção e viés da abordagem do que de ignorar ou “estudar” o personagem fraudulento – o que na gangue do Vergonhoso não é? – para, o que é necessário, revelar quem ele é e esvaziar a aura mística – com trocadilho – de que se reveste, um boneco oco com muitas camadas de lenda, diversionismo e truques de mágico ruim a dar-lhe o que declara descaradamente ser seu objetivo, aparecer. Então que apareça fora de sua zona de conforto, sendo confrontado de maneira precisa em sua farsa. 

     

     

    Sobre a análise meramente política, que ao declarar não fazer um paralelo histórico temerário pareceu fazê-lo, os contextos históricos e das mentalidades de ambos os cenários são totalmente diversos e decisivos para entender o que estamos vivendo. A história também é acumulação, e o papel das experiências históricas e sua indigestão no cenário atual são importantes para entendermos como chegamos até aqui, se é que há uma espécie de corrida de revezamento na vida social e cultural. 

    Essas eleições confirmam a tomada da política por fenômenos que a ultrapassam – diferente do uso anterior de meios de comunicação em situações de golpe eleitoral, que muitos já comentaram de modo a detectar uma espécie de atualização tecnológica do nosso atraso social, cultural e político, vivemos um auge de atomização social e econômica que não permite, ou dificulta, a volta a algum território comum de convivência e entendimento mútuo, em que as coisas mais inacreditáveis passam a ser possíveis como consequência da falácia publicitária (“compre isso e resolva todos os seus problemas”, “use isso e transformações mágicas vão acontecer”) que substituiu as práticas sociais e culturais de lida com a vida, ao confundir o espaço da imaginação e da realidade, do que não por acaso se alimenta a mentalidade fantasiosa da extrema-direita.

    Escrevendo isso me lembrei de que não chega a ser uma excrescência factual esse realismo fantástico/fantasmático: o grande Dias Gomes já tinha explorado esse inconsciente coletivo tanto pelo lado do folclore, quando a confusão referida é apresentada de maneira criativa e produtiva porque mantém seus limites sempre tensos sob controle, quanto por suas parábolas sociais com intenção de crítica política e intervenção na realidade, como  O Bem Amado (o Vergonhoso é uma mistura improvável de Odorico e Zeca Diabo), de modo a alertar que a imbecilidade, quanto mais mal intencionada e caricata, mais atrativa para massas alienadas de si mesmas.

    A potencialidade para a estupidez, para a maldade, para o ridículo e para o cinismo, para o racionalmente incompreensível mergulho coletivo na destruição e na própria sombra, não é novo, é de fato a marca da humanidade, e a cultura e outras formas de organização é que, nos melhores momentos da história, cumpriram o papel de delimitar os espaços e interações produtivas, ou destrutivas, entre imaginação – sua potencial criatividade e abismo, a matéria escura da vida – e realidade – sua potencial homeostase e desespero.

    A política, no seu melhor e pior, é apenas o reflexo, tortuso ou virtuoso, da mobilização da realidade social e cultural, e por que não, imaginária de um dado período histórico. Portanto, convém não ignorar totalmente os imbecis como o Charlatão, mas desprezá-los ativamente (e não passivamente) no território do debate público com os antídotos na dose e composição adequadas, senão o que seria remédio pode se tornar fermento para metástase – observem que a palavra metastático faz parte, como característica e ambição autoelogiosas, do vocabulário da nova extrema-direita e do Dark Invader, Steve Bannon, de quem o Charlatão pretende ser a versão distropical (nome científico, disthopyas tropicalys ou tropicalypsys). A imbecilidade com método e autojustificação da gangue, em que parte da sociedade se reconhece, não pode ser ignorada por falta de instrumentos adequados para lidar com ela, sob pena de ver a doença se alastrar mundo afora. Infelizmente, o Charlatão como fenômeno é só a parte ridícula e passageira dessa fase de tumor mundial, o pior é a ressonância profunda e desconhecida na mente da pessoa comum, esta sim objeto de séria e demorada reflexão. Lembro também que a professora Esther Solano, organizadora do livro “O ódio como política – a reinvenção da direita no Brasil”, antes ainda de o Vergonhoso se tornar relevante eleitoralmente em nível nacional, alertou para algo que percebeu em seu contato com seguidores dele: a rejeição à arrogância e soberba intelectual e moral de parte da esquerda, as últimas presentes muito mais na indiferença que no confronto direto, tinha potencial de atrair grande parte da população que se identifica mais com esse ressentimento, às vezes, que com o ideário da gangue. E não por acaso a indústria de fake news venceu não apenas por defender a ideologia de extrema-direita mas principalmente por demonizar os adversários, reforçando uma impressão de distanciamento e superioridade da esquerda dita caviar – não sei se existe pesquisa sobre isso mas tenho a impressão que hoje em dia é mais comum a idéia de esquerda associada a esnobismo e “antipopularismo” que antes. 

    A disputa que a esquerda não se deu conta ainda é suprapolítica, é cultural, no seu sentido mais abrangente e profundo, e para ela não vai ajudar que as universidades e seus professores da área de humanidades se encastelem ainda mais, fugindo dos fenômenos sociais que deveriam ser parte substancial de sua existência e dedicação. 

     

    Canal voteodorico – Entrevista para a TV – Vote Odorico! 

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=9SNMIo-1_lo%5D

    https://www.youtube.com/watch?v=9SNMIo-1_lo

    Canal voteodorico – Segundo turno – Vote Odorico! 

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    https://www.youtube.com/watch?v=TK0OfMC4bFU

    Canal voteodorico – Pesquisa Eleitoral – Vote Odorico! 

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    Canal voteodorico – Odorico, o homem do povo – Vote Odorico! 

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    https://www.youtube.com/watch?v=iteV4MmcFAs

    Canal voteodorico – Rejuvenescimento – Vote Odorico! 

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=varYvQYHQvk%5D

    https://www.youtube.com/watch?v=varYvQYHQvk

     

    Sampa/SP, 03/12/2018 – 13:52 (alterado às 14:30, 14:48 e 15:20) – (em luto). 

  8. Dúvida

    E, como Ciro, o Grande, do Império Persa no seu apogeu, ao se referir ao ultimatum recebido dos espartanos, em defesa de Mileto, questiono:

    E QUEM É OLAVO DE CARVALHO?

  9. Não sei se concordo ou desconcordo. Tenho tempo de sobra e estou tentando escrever uma resenha crítica de “O Jardim das Aflições”. Meu exemplar está cheio de anotações nas margens: “Não! Não! Não!” “Energúmeno!” “Besta!” “Não é isso!” E assim por diante. Admito que já perdi mais tempo com o delirante opúsculo do que ele merecia. E é realmente muito difícil criticá-lo. Tem tantas bobagens que seria necessário uma vida só para apontar todas. Além disso, é difícil resumir, porque é impossível saber do que se trata. Claro que não vale a pena. Mas eu sou alpinista, sofri um acidente e ademais está chovendo.

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