Um convite para que o PSDB volte às suas origens de centro-esquerda

 
Folha de S.Paulo
 
O desafiante, por Celso Barros
 
RESUMO Em réplica a artigo de Sergio Fausto (“Ilustríssima”, 2/8) autor sustenta que PSDB foi empurrado para longe de sua origem de centro-esquerda. O partido tucano tornou-se o grande civilizador da direita e deu duas vitórias a uma candidatura liberal, sem candidato maluco, fraude ou golpe, o que era inédito no país.
 
NO COMEÇO DOS anos 90, discutiam dois célebres intelectuais, um tucano, um petista. O tucano perguntou: “Afinal, quando o PT vai admitir que é social-democrata?”; o petista respondeu: “E o PSDB, quando vai admitir que não é?”. A tensão entre a social-democracia que não ousa dizer seu nome e a social-democracia que só ousa dizer seu nome é uma das marcas do debate político brasileiro moderno e voltou ao centro do palco com a crise atual do PT.
 
O diretor do Instituto Fernando Henrique Cardoso, Sergio Fausto, publicou em 2 de agosto último, um importante texto, neste mesmo caderno, propondo que o PSDB volte às suas origens de centro-esquerda e ocupe o espaço que o PT está deixando aberto.
 
Ao mesmo tempo, lideranças mais radicais entre os manifestantes pró-impeachment declaram que o PSDB não é radical o suficiente na oposição ao PT (talvez por sua origem na esquerda).
 
O próprio Sergio Fausto percebe a tensão: pode haver dificuldades na “sobreposição de expectativas” de maior contundência oposicionista e maior coesão doutrinária.
 
Não é muito fácil para o PSDB executar o movimento proposto por Fausto. Mesmo supondo que o PT perca completa e permanentemente a centro-esquerda, ela não se converteria em um espaço vazio: ainda estariam lá movimentos sociais, intelectuais, além de um eleitorado que tem certas convicções formadas.
 
O processo de conversão desses setores ao PSDB implicaria uma longa reconciliação, durante a qual, podemos supor, o PSDB perderia os eleitores que votam nos tucanos por antiesquerdismo. Deve ser difícil para um tucano histórico ver a centro-esquerda em disputa e não poder correr para lá, mas fazê-lo traria riscos consideráveis. Não sendo tucano e não estando disposto a fazer apostas com as fichas dos outros, não me cabe dizer se o PSDB deve ou não seguir o conselho de Sergio Fausto.
 
De qualquer modo, a estratégia atual do partido é bem diferente. Parece ser uma reafirmação de sua liderança sobre o conjunto da oposição, que se radicalizou desde o ano passado. Cada lado acha que a radicalização começou com o outro, e imagino que alguém tenha razão, mas a polarização política aumentou no mundo todo: nos Estados Unidos, na Europa, na Turquia, para não falar da Venezuela.
 
É razoável supor que parte da polarização, em todos esses lugares, seja ansiedade pelo fim do ciclo de prosperidade em 2008. As lideranças políticas precisam lidar com a radicalização da base, pelos desafiantes mais entusiasmados em seu próprio campo –e isso nem sempre é fácil.
 
Há nisso também tensões entre a elite política da oposição e sua recém-descoberta base militante. A falta de traquejo dos tucanos com os manifestantes de março, por vezes sendo arrastados por eles, por vezes tentando ignorá-los, reflete a falta de experiência de rua do partido (que é o outro lado de seu discurso acadêmico afinado). Lembra um pouco a falta de traquejo do PT com seus aliados parlamentares.
 
Como tudo na atual crise política, a nova direita militante pode ser um grande passo no amadurecimento da democracia brasileira, se todos concordarmos em preservar a democracia brasileira. Mas no curto prazo gera ruído.
 
O que não se discute é que a crise do PT é mesmo uma boa hora para discutir o PSDB.
 
Antes de 1994, a direita brasileira nunca tinha tido um partido vindo da esquerda no seu comando (isso não é comum em lugar nenhum). Como isso aconteceu? Ainda faz sentido que seja assim? O que a crise do PT representa para o futuro da direita brasileira?
 
ALIADO Em sua origem, o PSDB foi um partido social-democrata. Seu aliado mais frequente em eleições majoritárias, antes de 1994, era o PDT de Leonel Brizola, e houve quem propusesse a fusão dos dois partidos (o que, inclusive, facilitaria a entrada dos tucanos na Internacional Socialista).
 
Fernando Henrique Cardoso foi o autor do projeto de imposto sobre grandes fortunas. Os tucanos foram fundamentais na confecção da Constituição social-democrata de 1988. O célebre discurso de Mario Covas pedindo um “choque de capitalismo” durante a campanha de 1989 foi, em parte, uma tentativa de superar a desconfiança dos empresários de que fosse, no fundo, um esquerdista radical (e o PSDB, afinal, apoiou Lula no segundo turno). Qualquer história da esquerda brasileira que não inclua Covas e FHC, Serra e Bresser, será sempre incompleta.
 
Mas os próprios fundadores do PSDB já sabiam que a escolha do nome “social-democrata” podia cobrar seu preço. O ex-ministro Bresser-Pereira contou, em entrevista de 2011 ao jornal “Valor Econômico”, que Franco Montoro, democrata-cristão histórico, teve um momento profético durante os debates iniciais dos tucanos: dizia que, se o PT, com sua base sindical, virasse governo e moderasse seu discurso, seria a social-democracia brasileira e empurraria o PSDB para a direita. Em uma palestra de 1991 na Fiesp, Leôncio Martins Rodrigues dizia que o PSDB e o PDT não eram social-democratas, pois lhes faltava a base sindical. E completava dizendo que “só quem pode ser social-democrata é o PT, que não quer ser”.
 
Como bem notou Sergio Fausto em seu artigo, o PSDB, como partido social-democrata, teve uma vida muito difícil. Na palestra na Fiesp citada acima, Leôncio Martins Rodrigues dizia que o PSDB foi o grande derrotado da eleição de 1990. Antes de 1994, só elegeu um governador, Ciro Gomes. Até o Plano Real, era difícil apostar em outro futuro para o PSDB que não o de aliado do PT ao centro ou candidato à fusão com o PDT.
 
BANCADA Entretanto, em 1994, o PFL fez o que os modelos de ciência política esperavam que fizesse e se deslocou para o centro, abdicando da cabeça de chapa para o PSDB. Só então os tucanos passaram a ter uma bancada parlamentar expressiva e estabeleceram sua base nos governos estaduais do Sudeste. O PFL foi mais consistentemente pró-governo nos anos 1990 do que o PSDB. O PSDB é um partido mais importante do que, digamos, o PDT ou o PSB, porque fez a aliança com o PFL em 1994.
 
Desde então, o PSDB chefia o bloco anti-PT. Dado que o PT também fez o que a ciência política esperava e se moveu para o centro, a profecia de Montoro se cumpriu, e o PSDB foi empurrado para a direita.
 
O PSDB é um experimento interessante de ciência política: sua posição dentro do sistema prevaleceu sobre a identidade de seus fundadores. O PSDB vota mais à direita no Congresso Nacional hoje em dia do que votava antes de 1994, suas alianças frequentes são bem mais conservadoras.
 
Não conheço estudos sobre recrutamento partidário tucano, mas os quadros jovens de destaque do PSDB (como os “cabeças pretas”) não parecem estar lendo nada muito à esquerda. É provável que a maioria dos filiados ao PSDB nos últimos dez anos tenha sido atraída pelo antipetismo dos tucanos. É difícil citar um membro de destaque do PSDB com menos de 50 anos que tenha um perfil ideológico semelhante, digamos, ao de Mario Covas.
 
O deslocamento do PSDB à direita pareceu menos brusco pela comparação com o que estava acontecendo na social-democracia dos países desenvolvidos nos anos 1990. Foram os anos da Terceira Via de Tony Blair, que deu aos trabalhistas sua maior sequência de vitórias na história; da forte virada para o centro do antigo Partido Comunista Italiano; e de Bill Clinton na Casa Branca.
 
Essa leva de partidos de esquerda foi marcada pela adesão a parte do programa liberal, bem como pelo distanciamento cauteloso de suas bases sindicais. A participação de FHC na Conferência de Florença sobre Governança Progressista, ao lado de Blair, Clinton, Schroeder e D’Alema, reforçou a ideia de que o PSDB não tinha deixado de ser de esquerda, a esquerda é que tinha mudado.
 
Isso sempre foi uma miragem. Antes de Blair veio Thatcher, que já partia de um ponto completamente diferente daquele em que se encontrava o Brasil em 1994.
 
Uma coisa é se distanciar do estatismo dos “30 gloriosos” europeus com seu Estado de bem-estar social; outra coisa é se distanciar do estatismo conservador brasileiro, que, em que pesem suas realizações modernizadoras, entregou um país ainda mais desigual do que o que recebeu em 1964.
 
A liberalização no Brasil foi feita sem o ciclo igualitário que a precedeu na Europa. O PSDB foi, então, Thatcher e Blair ao mesmo tempo. Não é fácil dizer que a média entre Blair e Thatcher resulte em algo muito à esquerda.
 
Além disso, o movimento da social-democracia nos anos 1990 provavelmente foi excepcional, como foi excepcional a aproximação da direita europeia com bandeiras esquerdistas no pós-Guerra. Durante o Novo Trabalhismo britânico, houve um descolamento entre a renda dos muito, muito ricos e a renda do resto da população.
 
Após a crise de 2008, cresceram as dúvidas sobre o quanto desses ganhos realmente era recompensa por inovação e empreendedorismo. Se a virada do PSDB nos anos 1990 foi, no essencial, uma viagem na companhia da social-democracia europeia, vale testar se algum movimento semelhante ocorreu em sentido inverso nos últimos anos. O PSDB leu seu Giddens, mas está lendo seu Piketty?
 
É provável que o fator que faz a social-democracia voltar à centro-esquerda sempre que vai muito para a direita seja a base sindical. Faz diferença.
 
O paralelismo com a Terceira Via foi, portanto, só um anestésico para a virada do PSDB à direita. O que é preciso dizer, por outro lado, é que foi muito bom para o Brasil que o PSDB virasse à direita.
 
O PSDB foi o grande civilizador da direita brasileira. Em primeiro lugar, foi o lar ideal para os economistas liberais, pois no Brasil o estatismo foi de direita. A ditadura, como se sabe, começou economicamente liberal, mas, após adquirir controle completo do Estado, fez o que a ciência política esperava que fizesse e tratou de colocar uma parte maior da riqueza nacional sob controle estatal (isto é, sob o próprio controle).
 
Os políticos da direita tradicional brasileira que apoiaram a privatização nos anos 90 provavelmente pediam cargos para apadrinhados em estatais nos anos 70. Sob esse ponto de vista, parecem-se mais com os ex-comunistas russos do que com os liberais anglo-saxões.
 
O PSDB deu aos economistas liberais dos anos 1990 a chance de se apoiarem em algo um pouco mais parecido com Walesa ou Havel, um pouco menos parecido com Iéltsin. Uma privatização feita só com “insiders” do antigo regime provavelmente teria tido resultados piores.
 
É preciso uma grande boa vontade para não ver que há corrupção no PSDB, mas tentem imaginar o que seria a luta contra a corrupção dos governos de esquerda se ela tivesse que ser levada adiante só pela direita tradicional brasileira. Setores conservadores da imprensa tentaram lançar um pefelista, Demóstenes Torres, como campeão da luta pela ética. Não chegou a ser um sucesso. Os mesmos setores agora se aproximam de Eduardo Cunha.
 
E, finalmente, o PSDB deu à direita brasileira a única vitória eleitoral esmagadora, programaticamente clara e baseada em resultados de sua história. Os eleitos à direita anteriores, Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello, não conseguiram terminar um mandato; FHC emendou dois. Houve duas vitórias em primeiro turno por uma candidatura liberal, sem candidato maluco, sem fraude e sem golpe, o que era inédito na história brasileira. O PSDB foi o Juscelino que a UDN nunca teve.
 
Essa vitória foi possível graças a um sociólogo meio comuna aposentado pelo regime de 64, cuja grande ideia na vida foi implementar um plano econômico que jamais teria sido concebido se a Operação Bandeirantes tivesse, no linguajar de alguns manifestantes atuais, “terminado o serviço” e executado Pérsio Arida, preso, torturado e quase morto aos 16 anos por pendurar uma faixa sobre um túnel. Não a fazem como querem, já dizia um autor que FHC costumava discutir com os amigos.
 
REGIME É preciso perguntar: por que a direita brasileira precisou terceirizar a Presidência para um partido da esquerda? A explicação mais comum é o regime militar.
 
O regime militar foi muito popular por vários anos, mas entregou o país quebrado. Os políticos envolvidos com o regime militar não teriam legitimidade para disputar a Presidência. De fato, em 1989 a direita precisou lançar um candidato muito jovem, com pouco envolvimento com os governos militares e que, aliás, na campanha se dizia social-democrata.
 
Há outras formas pelas quais o regime militar pode ter prejudicado a direita brasileira no longo prazo: por exemplo, qualquer que seja sua opinião sobre os militares, não é provável que eles tenham se empenhado muito em promover civis com potencial de lhes tirar a Presidência. Vinte anos de promoção política pelo critério “aceitar ter pouca importância e concordar com o Poder Executivo” não devem ter selecionado políticos de direita nascidos para liderar –e devem ter atrofiado o talento dos que o tinham.
 
Outra interpretação invoca o grau extremo da desigualdade brasileira, que torna difícil a aplicação de um programa puramente liberal. Jorge Bornhausen já descreveu o PFL como centrista justamente porque o Brasil seria pobre demais para aderir ao liberalismo econômico radical.
 
De fato, boa parte do “conservadorismo popular” brasileiro é comportamental, não econômico.
 
O “modelo do eleitor mediano” também sugere (entre outras coisas) que, em países muito desiguais, partidos que defendam maior redistribuição de renda terão chances maiores de vencer eleições. E os economistas Daron Acemoglu, Georgy Egorov e Konstantin Sonin já sugeriram que, em países em que a população suspeita que os políticos vão “se vender” para a elite, candidatos têm incentivos para se apresentarem como esquerdistas.
 
O Brasil é muito pobre, muito desigual e a população tem bons motivos para suspeitar que os políticos vão se vender para o poder econômico.
 
Mas talvez essas condições tenham começado a mudar. O governo do PT começou a reduzir a desigualdade, e é difícil que os governos futuros possam ignorar essa tarefa completamente. A atuação do Judiciário e da Polícia Federal no combate à corrupção pode enfraquecer a suspeita de que os políticos vão sempre se vender às elites (no médio prazo; no curto prazo deve até fortalecê-la).
 
Tudo isso está no começo, mas talvez as condições que dificultaram à direita “ousar dizer seu nome” estejam perdendo força. Se a tendência continuar, os social- democratas do PSDB podem se tornar desnecessários à direita brasileira, mesmo supondo que o partido retenha sua hegemonia na oposição (e seu nome). Algo como o PFL renasceria, talvez dentro do PSDB. Isso não é uma denúncia (é incrível que seja necessário dizê-lo): o Brasil, como toda democracia moderna, precisa de uma direita viável.
 
É mais difícil montar uma direita democrática do que uma esquerda democrática em um país desigual como o Brasil (direita não democrática é até fácil demais).Não será possível vender ao eleitorado um programa liberal para o crescimento se os frutos do crescimento forem divididos como a riqueza atual é dividida.
 
Cedo ou tarde, a direita brasileira terá de entregar seu próprio programa de redução da desigualdade e precisará impor sacrifícios à sua base (como o PT impõe à dele o tempo todo).
 
O eleitorado brasileiro fez bem em forçar a direita brasileira a se aliar aos social-democratas.
 
PODER É claro, todo o raciocínio exposto acima supõe que o plano do PSDB seja voltar ao poder ganhando eleições, e que seus movimentos recentes sejam só tentativas de enfraquecer o governo para 2018. Nesse caso cabe discutir, como fizemos acima, a desigualdade brasileira, Tony Blair e a Conferência de Florença, Fernando Henrique Cardoso e Armínio Fraga.
 
Se, contudo, o plano for chegar ao poder por articulação pelo alto, por impeachment ou coisa parecida (nos moldes das votações “até virar” de Eduardo Cunha), a conversa é outra.
 
Trata-se, então, de discutir os termos de uma aliança com os políticos que se venderam ao PT nos últimos 12 anos. Nesse caso, a liberalização econômica seria feita não pela conquista do apoio consciente dos mais pobres (como em 1994), mas por sua desmobilização após a crise da esquerda. Não sei dizer se a reconstrução do velho “centrão” custaria mais ou menos ao erário do que um programa de redistribuição de renda.
 
Nesse último cenário, após o fracasso em ser uma versão mais sofisticada do PT, e um extraordinário sucesso em ser uma versão mais sofisticada do PFL, o PSDB voltaria às origens e lideraria o que, em 1988, chamou de “PMDB Arenizado”. Em algum lugar, Orestes Quércia sorri.

 

Redação

40 Comentários

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  1. E o pmdb
    Parece-me que a centro direita tem nome e chama-se PMDB

    O PSDB continuará extrema direita e se deus quiser e o diabo permitir nunca voltará ao poder

    Nesse ponto a morte (assassinato?) de Campos e o suicídio político de Marina (apoiando Aécio) fizeram um grande de-servico para uma terceira via.

    Infelizmente pela “governabilidade” Lula deixou de fazer o que devia, tomar de volta a telefonia na “renovação” de 2005, investigar os poderosos (castelo de areia e satiagraha) incentivar a cassação de gilmar dantas (segundo noblat) pelo grampo sem áudio e enquadrar a imprensa golpista (cachoeira e a veja). O que acontece hoje é fruto dessas omissões.

  2. O plano de redução da

    O plano de redução da desigualdade da direita se chama DSI.

    Enquando o esquerdista tiver a ilusão de que detem o monopólio da virtude, não existirá diálogo infelizmente.

  3. Voltar para a centro-esquerda não basta

    Não podem superfaturar obras da maneira como faziam acusações sobre seus antecessores.

    É até engraçado o MP paulista cobrar indenizações das empresas que superfaturaram contratos com o Metrô e com a CPTM, sem acionar nenhum agente público.

    Mais engraçado, ainda, é o JN informar que o governo de São Paulo disse que não tem nada a ver com isso.

  4. Descuido ou proposital?

    “O partido tucano tornou-se o grande civilizador da direita e deu duas vitórias a uma candidatura liberal, sem candidato maluco, fraude ou golpe, o que era inédito no país.”

    Como assim? A compra de votos para alterar a Constituição, permitindo a reeleiçao de governantes, valendo, inclusive, para aqueles que haviam sido eleitos para um mandato apenas, não foi golpe?

    Alerar a regra do jogo com o jogo em andamento para beneficiar aquele que está momentaneamente em vantagem numérica no marcador é algo que nenhum torcedor de futebol admite, a não ser aqueles fanáticos que só defendem a prática quando ela beneficia o seu time. E ainda por cima, com votos no TJD comprados. Torcedores, assim, são motivo de desprezo por parte dos demais.

     

     

     

    1. Melhorar a direita

      Acredito que o autor esteja supondo que se não fosse o PSDB seria outro partido com práticas ainda mais funestas.

      Ele acredita que a onda neoliberal tenha influenciado em determinadas atitudes como a privatização. Era o que acontecia na época.

      O mundo mudou e o Brasil também. E o cenário são de nuvens que podem se deslocar bastante. Pode haver partidos ocupando esse espectro de centro-esquerda, mas não vejo entre eles o PSDB. Antigos remanescentes do PSB como os irmãos Gomes do Ceará, talvez Roberto Santos e Erundina. O próprio PT possui quadros dessa linha. Mais a direita o Requião e o prefeito do Rio. O nordeste vai por esse caminho da centro-esquerda. Lula em 2018 deverá fazer aliados nessa área. Mas as nuvens da bola cristal ainda estão opacas. Previsão de pessoas são mais fáceis do que partidárias. 

      O trabalho da centro-esquerda será dificultado pela mídia. Sedimentou-se na população um sentimento anti-petista que, ao se confundir com a esquerda, dificilmente será removido até 2018. É um tempo curto, o autor se refere a algo mais distante.

  5. E o PT ? Volta para a esquerda ?

    por Rogério Mattos Costa, de Madrid, especial para o Blog do Esmael

    Aqui na Europa já ficou evidente que as estratégias “Lulinha Paz e Amor” e “Dilminha do Ajuste Fiscal” foram um fracasso político evidente e retumbante.

    Embora Lula e Dilma tenham tido sucesso mundialmente reconhecido em termos de combate à miséria e à pobreza, de cidadania e de direitos humanos, alguns dos maiores corruptos do Brasil irão iniciar nesta terça-feira (15) um processo que tem tudo para dar certo: julgamento político de Dilma por aqueles que, em virtude de seus próprios crimes e malfeitos, temem ser investigados, julgados e condenados, se ela continuar no poder.

    E agora “Lulinha”? E agora “Dilminha”? E agora “Falcãozinho”, “Cardozinho” e “Edinho”?

    E agora “Mercadantinho”, que tinha medo até dos comentários no Twitter que recebia?

    A pergunta na esquerda daqui da Espanha com quem temos contato é onde estavam Lula e o PT que não denunciaram esses anos todos “os 300 picaretas que têm no Congresso” à Polícia Federal?

    Onde estarão os advogados do PT que preferiram sempre “colocar panos quentes” ao invés de simplesmente fazer seu trabalho denunciando corruptos à Polícia Federal, alegando bobagens como o célebre “é melhor um mau acordo do que uma boa demanda”?

    Onde estará Lula se for depor na Polícia Federal e não exigir que o delegado Josélio, que o está convocando para depor, transcreva em seu depoimento as acusações sérias e fundamentadas contra os 300 picaretas, que o ex-presidente já disse que existiam, mas nunca apresentou?

    Aliás, nem Lula nem o “PT de baixos teores” do ministro “Cardozinho”, sempre disposto a mais uma concessãozinha à direita corrupta e fascista, com a finalidade de acalmá-la.

    Aliás, se Lula falasse, não seriam simples denúncias, mas sim processos inteiros, com sentenças condenatórias em primeira e segunda instância.

    Os processos judiciais contra os “300 picaretas”, a maioria condenados estão parados há anos no STF, no STJ, nos tribunais estaduais, mas “Lulinha Paz e Amor” sempre orientou o PT para não exigir que os processos criminais avançassem…Sabe-se lá por qual razão, ou tática “jenial”…

    Na política, não tem empate. E quem não faz gol, toma!

    No Estado de Direito, a luta política apenas tem consequência prática se for seguida de novas leis ou de sentenças judiciais. Num país cheio de políticos de direita corruptos, quando em 2002, o PT ganhou a eleição e eu ainda vivia aí, achamos que íamos ficar livres desses picaretas. Mas não.

    Eles prosperaram, “caíram para cima” e ganharam ministérios, empresas estatais, cargos públicos importantes, apoio eleitoral. Ou ficaram livres, leves e soltos, na “oposição” que mais parecia e parece uma nau de condenados.

    Lula e Dilma deveriam saber que de nada adiantaria ficar só no blá-blá-blá e na inauguração quase clandestina de obras e programas que, por mais importantes e maravilhosos que tenham sido para milhões de desesperados, excluídos, pobres e para a própria classe média não são conhecidos da população, pois são censurados abertamente na TV aberta ou fechada.

    E por que as obras e programas do governo não são conhecidos?

    Ora, por que “O PT não vai criar sua imprensa, por que ela já existe, foi Gutemberg que criou e é a TV Globo”, como sonhando, fora de si, devido talvez a algum chá alucinógeno, teria dito José Dirceu ao então governador do Paraná, Roberto Requião, quando este o questionou sobre a teimosa obstinação da direção do partido em proibir por 12 anos, até hoje, a criação ao menos um jornal impresso e on-line com linha política de esquerda.

    Lembram da entrevista de Lula na bancada do JN após o resultado da eleição de 2002?

    Sobre tudo o que está acontecendo hoje, com todo o respeito ao trabalho de mais de dois milhões de brasileiros que durante esses 36 anos carregaram o partido nas costas, muita gente que conhece só tem a dizer ao Lula:

    “É muito bem feito!”

    “Quem mandou subestimar seus adversários?”

    “Quem mandou acreditar nos Irmãos Marinho?”

    “Quem mandou desprezar fazer a boa política com o povo pobre e com a classe média, deixando de mostrar para elas, com todos os meios que um governo certamente tem,

    todos os avanços, as concepções de mundo e de civilidade que estavam atrás dos programas sociais?”

    “Quem mandou desprezar falar com o povo e preferir bajular alguns picaretas, permitindo que outros ficassem livres, leves e soltos, sem sofrer as consequências de seus atos e trabalhando contra o povo?“

    “Quem mandou não mandar auditar a dívida pública, como prometeram, deixando o país continuar inteiramente nas mãos dos bancos, que comem nada menos do que 43% do orçamento da União?”

    Por tudo isso e por muitos mais “quem mandou”, nas áreas da saúde, da energia, da educação, do saneamento, do judiciário, da reforma política, da comunicação social e tantas outras, hoje muita gente do Brasil aqui na Europa só consegue dizer ao “Lulinha Paz e Amor”: É muito bem feito!”

    Vamos ver como Lula se comportará no seu depoimento na Polícia Federal. Dependendo de sua coragem em denunciar os picaretas, os brasileiros ainda poderão fazer muita coisa para manter em vigor a democracia no Brasil. Senão, até mesmo essa conquista de todos, sucumbirá.

    Sobre a legalidade da convocação de Lula pela PF, não faz a mínima diferença. Aliás, o delegado Josélio, querendo ou não, acaba de dar o Lula uma excelente oportunidade para finalmente dizer o que sabe, se é que sabia alguma coisa, sobre os 300 picaretas que agora o acusam.

    Ou calar-se para sempre.

      1. Arrogante e boçal é o seu comentário

        O texto, como está grafado, é de um colaborador de Blog, que vive na Espanha e milita na Esquerda européia, para a qual o PT já deixou de ser sinônimo de progressismo há muitos anos.

        E o texto em tela, apesar de ser referir-se principalmenta ao PSDB, cita, e cita muito bem o movimento do PT à direita, inclusive de braços e abraços com a EXTREMA direita de PP, PR e outros. Além de ser um texto totalmente comparativo entre os movimentos dos partidos tupiniquins com os europeus.

  6. O PSDB nunca foi um partido

    O PSDB nunca foi um partido hemogenônico;

      É uma amuntuado de gente com interesses distintos,

        Um horror !

    1. E tu acha que o PT, PMDB, DEM

      E tu acha que o PT, PMDB, DEM são homogêneos.

      Só o PT tem 20 “correntes” dentro do partido. A unica que “presta” é a Articulação de Esquerda porque nunca perderam a coerência.

       

       

      1. Hoje,não.
          Mas o PT sempre

        Hoje,não.

          Mas o PT sempre foi unido.

           E quem reconhece isso é um antipetista.

               Mas não um cego.

  7. Como esperar uma virada do

    Como esperar uma virada do PSDB para a social-democracia, se os maiores quadros do partido são originários da direita : FHC, nascido, criado e educado em ambiente da UDN, cujo pai era um militar ligado à ala udenista; GERALDO ALCKMIN, obediente ao OPUS DEI, primazia da Igreja Católica de ULTRA DIREITA; AÉCIO NEVES, nascido, criado e educado em lar direitista, já que filho e neto dos golpistas Aécio Cunha e Tristão da Cunha, respectivamente.

    Além disso, com a pregação do golpe que corre hoje, o partido criou uma legião de direitistas raivosos, que dificilmente aceitarão a virada do partido para a social-democracia. 

  8. Reorganização geral

    O que é preciso é uma reorganização geral do sistema partidário. As siglas que estão aí já eram. Os progressistas — estão presentes em vários partidos — precisam se somar, numa nova sigla, de preferência. Senão vai ser apenas mais do mesmo.

     

  9. O crítico perna-de pau

    É muito fácil falar que “se eu estivesse no lugar do Pelé não teria perdido esse gol”.

    Criticar o Lula é fácil. Mas se, ao contrário da política de conciliação, Lula tivesse partido diretamente para o confronto com as forças reacionárias e, sabidamente, muito mais fortes, o governo Lula teria terminado no primeiro mandato, com menos de dois anos e com o Brasil enterrado em nova ditadura.

    O exemplo de Allende, que sequer foi radical, deve nos fazer refletir que não podemos subestimar a força do adversário. Inclusive a dos seus golpes baixos.

    Parte dos erros do PT foram por terem achado que poderiam ter a mesma prática “do jeitinho” tão comum à elite brasileira. Engano grave. Essas práticas, e outras muito mais “libidinosas”, estão reservadas apenas aos moradores da Casa Grande. A Senzala está proibida de imitá-las.

    Os governos petistas conseguiram algo impensável do ponto de vista de melhoria das condições dos habitantes da Senzala. Surpreendente mesmo. Mas não mudaram totalmente a relação de submissão em relação à Casa Grande.

    Falha do Lula? No lugar do Lula teríamos feito melhor?

    Eu jogo futebol muito melhor do que o Pelé/Maradona/Messi/Neymar. Pena que ninguém mais reconheça isso.

     

  10. Tem jeito não…

    O PSDB vem caminhando firmemente para a extrema direita já fazem muitos anos.

    Além de ter uma postura ideológicamente fanática em relação a privatizações e o sucateamento do Estado, assumindo (com entusiasmo) a posição de partido conservador que já foi o finado PFL/DEM (ex-ARENA), há anos vem flertando com o fascismo e agora assume um golpismo desbragado.

    Sem falar nas práticas políticas insidiosas e antidemocráticas que pratica e do nível impressionante de corrupção e grande promiscuidade com o crime organizado, que inviabilizam qualquer tentativa de estruturação democrática nesse conluio de caciques políticos que se auto denomina de partido.

    Não vejo a menor condição do PSDB voltar ao que era no seu início onde a social democracia era um ideal não praticado, mas pelo menos acalentado no seio do partido (então ainda era um partido), mas isso foi bem no início, quando pessoas como o Montoro ainda tinham voz. Já faz muito tempo de desde então o PSDB tornou-se a face do consevadorismo entreguista no Brasil.

    Não digo isso com satisfação e muito menos torcendo para o PSDB ficar assim. Acho essa situação um perigo para a democracia no Brasil, mas infelizmente é um fato que não se pode negar.

    Um reflexo desse processo de assimilação do PSDB pela extrema direita é o fato de que m todos os ex-malufistas fanáticos são hoje igualmente fanáticos defensores do PSDB.

      1. Nem preciso, porque falo de

        Nem preciso, porque falo de ideias. Se acha que estou mentindo compare o discurso dos próceres do PSDB com os seu congêneres da UDN. Compare também a mídia que apoia ambos. Depois venha aqui e diga se estou mentindo. Se estiver, denuncie. Se não estiver, pela desculpas pela bobagem que escreveu.

        1. Bom, se é assim…

          Bom, se é assim, então está melhor explicado. Aliás, coerente com o que eu escrevi no meu post mais acima: o PSDB, fracassado como social-democrata, parece estar se assumindo como um partido liberal, e pode vir a ocupar o nicho de um grande partido de direita que tanto faz falta ao país.

  11. O PSDB ontem e hoje e a socialdemocracia.

    Um partido político de pretensões macro e para além do espaço no Legislativo precisa ter uma militância a favor do partido e não uma militância contra outro partido.

    Pensemos nos dois partidos mais em oposição entre si nos dias de hoje PT e PSDB.

    Se eu perguntar para um militante petista sobre o Brasil de hoje ele vai falar das conquistas do PT no Poder: na erradicação da pobreza extrema, na ascensão social e aumento da renda e do salário mínimo, na duplicação do número de universitários no país, etc.

    Já se eu perguntar para um militante do PSDB sobre o Brasil ele vai falar primeiro de que precisamos tirar o PT do Poder, que o “Petrolão” mostra uma corrupção sem igual na História deste país e é capaz de dizer que o Bolsa Família é bolsa esmola, etc. O PSDB e seus governos estaduais, por exemplo, de São Paulo, Goiás e Paraná não estarão em primeiro plano, esquecidos serão para muitos dos militantes perguntados, porque o olhar dessa militância é mais anti-petista do que pró- PSDB e um programa de Governo para o Brasil.

    Imaginemos, agora, todos os preconceitos contra o Bolsa Família e a política de cotas. Elas estão presentes ou não nessa militância do PSDB de hoje? Estão. 

    O militante, o partidário e eleitor convicto do PSDB (excetuando o teleguiado da velha mídia) de hoje é de direita e extremado na defesa da meritocracia e da independência do indivíduo do Estado. O Estado atrapalha.

    Não há nesta base de sustentação do partido a possibilidade de se pensar uma Socialdemocracia, pois, esta requer um Estado partícipe no desenvolvimento do bem-estar social e coordenador das ações que a sociedade pratica. Nem pagar impostos eles querem. E até são capazes de dizer que sonegar não é crime. 

    Não há como dar uma guinada para a centro-esquerda e retomar o marco inicial do partido. Ele foi para a Direita no espectro político e hoje, depois de perder 4 eleições seguidas para o PT foi mais além, se associando até a extrema-direita e agindo como tal no desespero de retomada do Poder central. 

    A imagem do partido associada de forma contundente a Aécio, Aloísio, Serra, e, claro, aliados de outras agremiações como Eduardo Cunha, Bolsonaro, além de outros golpistas de plantão não vai seduzir militância que tenha por ideal uma sociedade mais justa e progressista e nacionalista. O PSDB sonha entregar o Pré-Sal para as grandes petroleiras internacionais. Uma Socialdemocracia não se forma com o discurso  que a militância do PSDB abraça hoje e nem com o abraço diário da mídia oligopólica.

    Não há possibilidade de retorno ao início do partido em finais da década de 80. Desde que abraçou o neoliberalismo econômico e se juntou com a ex-arena como Vice em 1994 escolheu o seu lado. E lá ficou. Ficou do lado dos antigos Coronéis do Nordeste da Arena, partido de sustentação da Ditadura Militar, naquele tempo com a roupagem de PFL do falecido ACM.

    Não tem mais como querer retorno ao tempo inicial de Montoro, Covas, Bresser Pereira, Almino Afonso nem como sonhar com a redenção do PSDB. Quem está do seu lado na sociedade é a velha mídia, os meritocratas radicais e o anti-petismo doentio. 

    Ninguém votaria no PSDB numa bandeira nova: Socialdemocrata, porque nós sabemos que não existe este Político dentro do partido em 2015, as ações dos partidários do PSDB não coadunam com a socialdemocracia. 

    Nos eleitores que não votariam jamais no PSDB no tempo de agora podemos encontrar sociais-democratas, nos seus eleitores difícil. Se o PSDB mudar o discurso/caminho que escolheu em 1994 – caminho para a direita – perde o voto que ganhou em 2014 e o que não ganhou em 2014 não vai chegar ao PSDB, aqui penso eu.

    Hoje os partidários do PSDB são adeptos do mais radical neoliberalismo: mercadista e antinacionalista. Vivem escorados na velha mídia e sobrevivem da bondade dela, porque o PSDB faz/defende o que ela quer/os interesses dela.

    O PSDB é o partido da velha mídia. Nela e dela sobrevive numa simbiose de sobrevivência em troca de governar segundo os interesses da mídia oligopólica + parceiros e a ideologia que ela defende.

    A Socialdemocracia do início do partido ficou na História, existiu fora do Poder central. E muitos dizem que foi apenas uma bandeira marqueteira, pois, não existia um partido com essa bandeira na sua fundação. E assim nasceu o PSDB. Bandeira que na prática, além do teórico, talvez, nem tenha existido no início de sua existência.

    Não há retorno para o campo Democrático e progressista para uma Legenda que governa e discursa em consonância com os interesses do Capitalismo Financeiro Internacional. Não há Socialdemocracia possível no PSDB, a Legenda não mais combina com o rótulo. A militância, partidários e políticos na totalidade do partido não pertencem mais à centro-esquerda, ao centro e até na Direita democrática e nacionalista fica difícil de encontra-los.

    E além de tudo flertam com o golpe e não estão muito preocupados em manter ou não o Estado Democrático de Direito. Tudo pelo Poder a qualquer preço!

     

  12. Bem lúcido

    Bem lúcido esse texto. Aponta uma verdade histórica que poucos reconhecem: foi o regime militar que liquidou com a direita brasileira. Isso foi feito porque os militares, herdeiros do positivismo, sempre viram a política parlamentar como inútil, e como bem escreveu Marcos Napolitano, aos militares não incomodava que existissem partidos de esquerda, incomodava que existissem partidos. Coerentes com essa visão, eles cassaram os principais líderes udenistas, como Lacerda e Adhemar, e os substituíram por chefetes saídos dos rincões do interior, fisiológicos sem ideologia, a fim de evitar que surgisse um candidato civil capaz de ameaçar a hegemonia miltar do regime. Produziram assim uma situação irônica e paradoxal: ao mesmo tempo em que a esquerda sobrevivia e se reinventava na clandestinidade, a direita era simplesmente eliminada, e seus remanescentes tiveram que se refugiar quase que clandestinamente em partidos centristas após o fim do regime.

    Penso que estamos agora assistindo a essa direita saindo do armário, chegando à liderança dos partidos, e é possível que o PSDB reconheça seu fracasso como social-democrata e assuma-se como liberal, tornando-se assim o grande partido moderno de direita de que o país necessita. Nenhum país vai para frente tendo apenas partidos de esquerda, autênticos ou fingidos.

    1. Gostei, Pedro,não tinha pensado nisso, e por instigar a reflexão

      Um outro ponto também a se pensar como hipóteses plausíveis á reflexão: o papel dos agentes duplos infiltrados nas esquerdas (tanto as que se mantinham no MDB, quanto as que se mantiveram no PMDB, e acho que ainda tem, quanto as demais esquerdas). – Não seriam agentes com funções distintas entre si? Uns, para delatar, para entregar, com ou sem atitudes inflamadas – Cabos Anselmos, uma amostra das mais fáceis, p. ex.- ; outros, pra cumprirem (atuarem, simularem) o papel de militantes pra dividir, pra provocar dissensões, acentuando a pulverização de grupos de esquerda ( o que tornaria a saída, a retirada dos Golberys ainda mais lenta e gradual ).

      1. E havia (e creio que há) outros agentes: autênticos militantes

        Os que praticaram o que se chama “entrismo”: autênticos militantes de um grupo ou partido – clandestino ou não, ou semi-clandestino… – cujo papel era/é o de interferir ou influir na linha política de outro(s) grupo(s), aproximando-os ou cooptando membros para a sua linha política. (Aqui, me refiro aos grupos e partidos de esquerda).

        [ Ah, fui ao teu perfil de arquivo no GGN e caí no teu blog, caí no bom sentido,  não que eu concorde com pontos de vista teus, isto é, do quase nada que li… – mau costume meu, e tô cansado ainda por cima -, nem que tenha apreciado teu estilo, mas, sim, por prezar a liberdade e (enfatizo) a  manifestação de pensamentos ].  

        1. esquerda e direita, o local e o universal, usos e abusos

          Uma obs: as classificações de esquerda e de direita devem levar em conta contextos, realidades locais ( o uso dessas referências contêm um sentido universal, mas seu abuso traz dificuldades ou então simplórias facilidades de enquadramento).

          1. e, por falar nisso,

            ” ( . . . ) Fernando Henrique Cardoso foi o autor do projeto de imposto sobre grandes fortunas. Os tucanos foram fundamentais na confecção da Constituição social-democrata de 1988. O célebre discurso de Mario Covas pedindo um “choque de capitalismo” durante a campanha de 1989 foi, em parte, uma tentativa de superar a desconfiança dos empresários de que fosse, no fundo, um esquerdista radical (e o PSDB, afinal, apoiou Lula no segundo turno). Qualquer história da esquerda brasileira que não inclua Covas e FHC, Serra e Bresser, será sempre incompleta. ( . . .  ) “

          2. n’ “A Mâe”, de Maximo Gorki

            um personagem da (então) necessária e violenta luta contra o czarismo é preso, e afirrma, como réu, diante de seus julgadores: tudo está ligado!

            Vejo um post mais abaixo dizendo, criticando que alguém saiu do tema do post-título. Vejo outro caracterizando FHC por ser filho de militar, etc e tal – meu Deus, quanto falta um mínimo de história, história recente, o mínimo. É por essas e outras que plagio um artigo de jornal, Gilberto Freyre ao dizer preferir os analfabetos.

            (Excepcionalmente, li quase todos os comentários e, destes, alguns até o fim).

  13. É incrível um texto tão

    É incrível um texto tão grande e tão descolado da realidade.

    O PT já é direita e o PSDB já é a extrema-direita há tempos.

    Só não viu quem não quer.

     

  14. Trata-se de um texto do sempre excelente NPTO

     

    Luis Nassif,

    Bom você ter trazido este texto de Celso Barros aqui para o seu blog. Fui ver lá na Folha de S. Paulo quem era o Celso Barros que me pareceu pelo assunto tratado ser o Celso Ribeiro Bastos que publicava posts muito bons lá no Blog Na Prática a Teoria é Outra. Na Folha de S. Paulo também não há nenhuma informação sobre o autor.

    Aí fui no blog Na Prática a Teoria é Outra que está em hibernação salvo na página de últimos comentários onde às vezes aparece algum comentário de vendedor de remédio americano aportando em algum post achado a esmo e salvo também nos tweets dele que ficam disponíveis para quem vai na página do blog. E lá vi o seguinte comentário:

    “@NPTO

    Pessoal, escrevi um artigo sobre o PSDB para a @ilustrissima, digam aí o que acharam: http://goo.gl/OG2ZkQ”

    Achei que o Celso Ribeiro Barros melhorou muito o entendimento político que ele tinha sobre o PSDB. Eu costumava utilizá-lo como exemplo de intelectual de esquerda que queria uma união do PT e do PSDB. Eu considerava essa união impossível pela consequência, isto é, se PT e PSDB se unissem eles não se encontrariam mais divididos para poderem reinar. É uma tese minha que vem desde a discussão da emenda da reeleição em que eu dizia que o PSDB e o PT se dividiram para assim conseguirem reinar na política brasileira, expulsando do cetro presidencial qualquer aventureiro que não vestisse as roupas de um dos dois partidos.

    Um adendo. O Aécio Neves é um aventureiro, mas um tanto vinculado a herança do avô materno, Tancredo Neves, que se o faz vincular ao getulismo. Além disso, um dos assessores especiais dele é o getulista de sete costado A. Augusto Junho A. De tal modo há esses limites em Aécio Neves que eu temo muito menos um governo dele do que qualquer governo de alguém de S. Paulo onde pululam políticos financiados por empresários que só desejam acabar com a herança getulista no Brasil. Não é por outra, ainda que não seja santo, que Aécio Neves vem sendo estigmatizado nos grandes jornais de São Paulo.

    E eu dizia ainda que nessa disputa o PSDB fora jogado cada vez mais para a direita. O artigo de Celso Barros não só apresenta um entendimento muito mais aprimorado dessa distinção entre o PT e o PSDB como foi informativo e ilustrativo com exemplos pertinentes tirados da realidade mundial. E fiquei surpreso em saber que a minha opinião de que a disputa entre o PSDB e o PT tinha jogado o PSDB para a direita fora feita como uma profecia pelo Franco Montoro já em ainda no final da década de 80. E eu que sempre não dei a mínima para Franco Montoro.

    Se eu procurar vou encontrar muitos comentários meus em que menciono a proximidade de Celso Ribeiro Barros (Normalmente eu utilizava como nome dele Na Prática a Teoria é Outra) e também de Alon Feuerwerker com a ideia da união do PT com o PSDB. E se tiver tempo deixo os links aqui posteriormente. Inclusive devo encontrar em uma pesquisa assim um link para um trabalho acadêmico que desmente um pouco a minha idéia e também de Celso Ribeiro de Barros de que o PSDB seria de esquerda na origem.

    Ainda assim colocando no Google as expressões: Na pratica a teoria é outra Clever Mendes PSDB direita esquerda, apareceram muitos posts no blog de Na Prática a Teoria é Outra. Fui no primeiro que aparece na página principal da pesquisa que apontava para o post “Amiano e minha Serro-futurologia, ou: como o PSDB passou de Malan a Malafaia”.

    Na segunda página do post “Amiano e minha Serro-futurologia, ou: como o PSDB passou de Malan a Malafaia” de quinta-feira, 14/10/2010, no blog Na Prática a Teoria É Outra, eu faço alguns comentários junto ao comentário do comentarista Bruno, e em um deles eu digo o seguinte:

    “Bruno (#128) (15/10/2010 às 09:35 am),

    Li seu texto mais umas duas vezes para achar essa frase que lembrava como a tendo lido:

    “talvez você [Você se referindo a Na Prática a Teoria é Outra, ou melhor, você se referiu a Celso que para mim é o Na Prática a Teoria é Outra] esteja lendo muitos economistas tucanos”

    É isso. Na Prática a Teoria é Outra gostaria que esses economistas do PSDB do Rio de Janeiro estivessem todos no PT”

    O endereço do post “Amiano e minha Serro-futurologia, ou: como o PSDB passou de Malan a Malafaia” é:

    http://napraticaateoriaeoutra.org/?p=7397

    Faltou no artigo de Celso Ribeiro de Barros um link ao artigo de Sergio Fausto publicado na Folha de S. Paulo, que eu pensei que fora publicado aqui no seu blog, mas não o encontrei. Talvez o artigo seja “Crise do PT dá oportunidade ao PSDB para reencontrar sua identidade” de 02/08/2015, e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2015/08/1662856-crise-do-pt-da-oportunidade-ao-psdb-para-reencontrar-sua-identidade.shtml

    De todo modo valeu a publicação deste artigo de Celso Ribeiro de Barros que os comentaristas lá no blog dele chamavam de NPTO e foi bom constatar que Celso Ribeiro de Barros que tinha posts excelentes ainda conseguiu dar um salto e tanto de qualidade com um texto muito mais denso e provavelmente ainda mais correto e preciso que os textos dele no blog.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 12/09/2015

    1. Uma correção: Celso Rocha de Barros é o nome correto

       

      Luis Nassif,

      Creio que já me equivoquei em outras situações quando escrevi o nome por extenso de quem era conhecido por NPTO. No meu comentário acima por duas vezes eu troco o Rocha de Celso Rocha de Barros por Ribeiro.

      Bem e aproveito para pelo menos iniciar o que eu havia proposto de aqui retornar para deixar algum link com afirmação mais peremptória sobre a defesa que Celso Barrops, o NPTO, fazia de uma maior aproximação do PT com o PSDB. Assim, deixo aqui mais um link para post junto ao blog de Na Prática a Teoria é Outra, ou NPTO, ou Celso Rocha de Barros, ou Celso Barros como ele assinou no artigo “O denunciante”, publicado no jornal Folha de S. Paulo e que foi transcrito aqui no seu blog neste post “Um convite para que o PSDB volte às suas origens de centro-esquerda” de domingo, 13/09/2015 às 19:28.

      Deixo então o link para o post “Noblat e a Imensa Rede” de quarta-feira, 14/04/2010 no blog de Na Prática a Teoria é Outra que pode ser visto aqui:

      http://napraticaateoriaeoutra.org/?p=5876

      E lá há até uma referência mais completa a minha frequente observação da vontade do Celso Rocha de Barros em ver a união do PT e do PSDB. Faço a transcrição de todo um comentário que era só o último parágrafo de um longo comentário e que eu resolvi enviar com um leve acréscimo que o faz ainda mais atual. Disse eu lá em comentário que enviei para Na Prática a Teoria é Outra:

      “Na Prática a Teoria é Outra,

      Ficou faltando completar a última frase do meu comentário (#51) de 15/04/2010 às 3:52 am, o que faço a seguir:

      “De todo modo, para você e outros (E você está em boa companhia, pois posso mencionar aqui o Renato Janine Ribeiro, o José Eli da Veiga e o Alon Feuerwerker (Embora o Alon Feuerwerker nunca tenha explicitado uma expectativa e esperança de que PT e PSDB se unissem)) que vivem pregando uma conciliação do PT com o PSDB a situação vai ser cheia de revertérios nesses próximos 8 anos”.

      Acho que é suficiente. Com mais tempo talvez eu volte aqui e deixo mais alguns links. O mais importante é uma tese da qual eu já falei e que retira muito do que se pode chamar de esquerda no PSDB. Pela formação marxista de muitos teóricos do PSDB, eu não aprovo integralmente essa tese. Agora quando eu me refiro ao PSDB eu gosto de usar a expressão “presunção arrogante da pretensão autoritária da empáfia dogmática da sapiência vaidosa própria do tucanato”. E quando se põe em fila cada uma dessas características própria do tucanato percebe que nenhuma delas é atributo que caia bem em uma verdadeira esquerda, isto é, uma esquerda que não só defende a igualdade como também defende a democracia por ser um regime que pressupõe a igualdade. Ora não dá para ser democrático carregando todos esses atributos que eu relaciono na expressão que para mim bem caracteriza a liderança do tucanato.

      E vou reler com mais atenção o post de Celso Barros, para ver seu tenho algum ponto de divergência com ele neste artigo.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 14/09/2015

      1. De Celso Roma artigo sobre origem nem tanto de esquerda do PSDB

         

        Luis Nassif,

        Um texto importante para a compreensão do PSDB e sobre o qual eu fiz uma menção genérica e me comprometi a fazer uma referência precisa é o artigo de Celso Roma publicado na Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 17 nº 49 São Paulo Junho de 2002, intitulado “A Institucionalização do PSDB entre 1988 e 1999”, e que pode ser visto no seguinte endereço:

        http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-69092002000200006&script=sci_arttext

        Os dois parágrafos iniciais de apresentação do artigo dão suporte ao que eu disse em meu primeiro comentário de que o PSDB na sua origem era menos de esquerda do que se infere pela formação ideológica dos principais teóricos do partido quando da fundação. Transcrevo os dois primeiros parágrafos do artigo de Celso Roma a seguir:

        “Há poucas análises sobre os partidos políticos brasileiros do atual período democrático. Ainda mais escassos são os trabalhos que os abordam como uma estrutura organizacional. Com relação ao PSDB, partido cujo desempenho eleitoral o conduziu em pouco tempo ao preenchimento de vários cargos eletivos em todo Brasil, além de serem poucos os analistas que o tomaram como objeto de investigação, isto foi feito apenas tangencialmente. Apesar disso, há pelo menos dois consensos nessa literatura. O primeiro é de que a criação do PSDB ocorreu por motivos ideológicos, devido às divergências de alguns parlamentares em relação à aliança que o PMDB cultivava com a direita – o PFL – e em relação ao casuísmo da prorrogação do mandato presidencial para cinco anos, cujo beneficiário imediato seria o então presidente Sarney. O segundo consenso é de que a aliança que o PSDB selou com o PFL, a partir da eleição de 1994, foi uma ação essencialmente pragmática, o que teria descaracterizado sua orientação ideológica.

        Minha proposta neste artigo é oferecer uma explicação alternativa tanto para o surgimento quanto para a evolução do PSDB, contrariando as duas correntes até então aceitas e invertendo o rumo das explicações que foram consolidadas pela literatura. Quanto ao surgimento do PSDB, serão apresentadas evidências sobre a cisão do PMDB, que teria relação mais com objetivos pragmático-eleitorais do que com objetivos ideológicos. Quanto à sua evolução, ao contrário, procurarei mostrar que a aliança com o PFL nas disputas eleitorais e na arena legislativa pode ser explicada mais por motivos ideológicos do que por motivos pragmáticos. Finalmente, esta análise explora um terceiro ponto, qual seja, a relação entre o tipo de estrutura organizacional do PSDB e sua ação estratégica eleitoral bem-sucedida. Minha hipótese, neste caso, é a de que a facilidade que o partido teve em estabelecer alianças com maior potencial eleitoral e de governo com partidos de direita se deve ao desenho institucional de sua organização, que confere autonomia aos diretórios quando ocorrem disputas locais e centraliza a coordenação estratégica nas disputas nacionais.”

        Encontrei informação sobre o artigo de Celso Roma em pesquisa no Google no blog de Alon Feuerwerker em que cheguei ao post “Ou todos, ou ninguém (14/03)” de quinta-feira, 14/04/2011. O endereço do post “Ou todos, ou ninguém (14/03)” é:

        http://www.blogdoalon.com.br/2011/04/ou-todos-ou-ninguem-1403.html

        Junto ao post “Ou todos, ou ninguém (14/03)” há um comentário meu enviado quarta-feira, 10/04/2011 às 20:51:00 BRT, e no meu comentário além de menção ao artigo de Celso Roma “A institucionalização do PSDB entre 1988 a 1999”, eu transcrevo o mesmo comentário que eu havia enviado para o post “Noblat e a Imensa Rede” de 14/04/2010 no blog de Na Prática a Teoria é Outra, e que eu transcrevi em meu segundo comentário aqui para este post “Um convite para que o PSDB volte às suas origens de centro-esquerda”.

        Bem, creio que já há um bom levantamento de posts que se relacionam com este de artigo de Celso Rocha de Barros e que ajudam a esclarecer esse debate sobre as origens de centro-esquerda do PSDB. E se voltar deve ser mais para caso faça uma leitura mais atenciosa do artigo eu possa encontrar alguma discordância que eu ache relevante comentar aqui.

        Clever Mendes de Oliveira

        BH, 15/09/2015

  15. Exercício de retórica

    O PSDB foi e ainda é apenas um grupo ou comando de elite, pinçado do PMDB, para representar no Brasil os interesses dos EUA. Esquerda?, só se for o braço esquerdo do tio Sam. O Serra fez até “cursinho” nos EUA.

    Um pensamento teórico de um sociólogo vaidoso não torna “de esquerda” um grupo cuja missão principal é o entreguismo da nação.

    O texto é ridículo.

     

     

    1. Sectarismo tolo

      Eu venho acompanhando esses forum´s de debates desde 2002, e tenho notado com certa apreensão o tom cada vez mais partidarizado, nós X eles, dos comentaristas. Antes o tom era ideologizado, esquerda X direita, agora é PT X PSDB. Como se o PT fosse o que há mais à esquerda, e o PSDB fosse o que há mais à direita no espectro político brasileiro.

      Dizem que no nordeste antigamente cada cidadezinha tinha dois cinemas, um para o pessoal do partido X e o outro para o pessoal do partido Y, sei lá…

  16. Origem do PSDB

    Não sei se é possível afirmar que o PSDB,na origem,era social-democrata.Representava,à época,uma parcela da classe média mais escolarizada e muitos jovens empresários que,não sendo de esquerda tampouco sentiam-se à vontade na direita. Mas é notório que capitaneado por Covas tanto defendia diretrizes de centro esquerda(na constituinte,onde foi um dos líderes a costurar posições progressistas no embate com a direita) quanto  praticou políticas públicas com essa linha(no governo do estado implementou uma série de ações claramente com essa visão).Penso que o momento chave para a virada do partido foi a aprovação da reeleição.Muito mais que um golpe no PT – posto que,embora travava-o naquela eleição,deixava-o intacto para as próximas – foi um golpe interno contra o Covas e sua linha de pensamento e ação.Quem seria,naturalmente o candidato à sucessão do FHC pelo PSDB ? Não foi só por vaidade pessoal do então presidente.Foi – e por isso teve apoio interno e consciente de outras lideranças – uma negação de devolver-se a uma direção de centro esquerda inequívoca na atuação do Covas.Este era – penso hoje – tolerado por muitos por não haver,antes da ascensão de FHC,nenhuma liderança com força para disputar-lhe a condução da agremiação.Quando surgiu essa possibilidade não titubearam. Empurraram-lhe para fora da pista.Podemos,só para ilustrar essa diferença interna,citar alguns poucos episódios : O apoio(só dele) ao Lula – inclusive subindo ao palanque – no segundo turno de 89; o discurso no Senado posicionando-se contra o governo Collor – bem antes do início do impeachment – para claramente inviabilizar a ida de FHC e Tasso Jereissati para o ministério;o apoio(de novo só ele),explícito à Marta contra o Maluf em São Paulo.                                        

     O PSDB (o original) morreu com o Covas.

     

  17. Ótimo artigo

    Difícil ver raciocínos tão claros. Até eu pude entender a miséria do PSDB. Também tentei ver quem era o autor, mas não consegui. Prolfaças. (E ao dono do blog por ter compartilhado.)

    É ótima a frase “Não sei dizer se a reconstrução do velho “centrão” custaria mais ou menos ao erário do que um programa de redistribuição de renda”.

    1. O autor do texto é quem eu denomino Na Prática a Teoria é Outra

       

      Marcos I Mendes (segunda-feira, 14/09/2015 às 14:06),

      Como eu disse em meu segundo comentário, enviado terça-feira, 15/09/2015 às 01:13, corrigindo o que eu havia escrito no primeiro, enviado segunda-feira, 14/09/2015 às 01:46, o autor do texto é o Celso Rocha de Barros que manteve durante bom tempo o ótimo blog Na Prática a Teoria é Outra e lá era conhecido por Npto. Desde 2010, o blog dele está hibernando, salvo um post quando da morte da artista plástica Vange Leonel, para a qual ele fez o post “Vange Leonel, vá em paz, grande fodona” de terça-feira, 15/07/2014.

      Não há novos posts, mas você pode ir no blog e colocar algum comentário e vale fazer uma pesquisa porque há muitos bons posts lá naquele blog. E é também possível ver na coluna mais à direita do blog dele as tuitadas que ele envia.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 15/09/2015

      1. Deixo a seguir o link para a primeira página do blog do Celso

         

        Marcos I Mendes (segunda-feira, 14/09/2015 às 14:06),

        Pensei que já havia indicado o link para a primeira página do blog do Celso Rocha de Barros. Só depois de ter enviado o comentário anterior para você é que percebi que havia esquecido disso toda vez que eu mencionei o blog Na Prática a Teoria é Outra em meus comentários para Luis Nassif aqui neste post “Um convite para que o PSDB volte às suas origens de centro-esquerda”. Então o endereço do blog Na Prática a Teoria é Outra é:

        http://napraticaateoriaeoutra.org/

        Um ponto interessante no blog é a utilização do aplicativo intense debate. Quando eu tinha internet discada e ela era muito lenta, o intense debate não abria e assim os comentários saiam numerados e com data e horário em que foram enviados. Atualmente eu consigo o mesmo efeito abrindo pelo Internet Explorer e clicando no ícone de interrupção (A cruz vermelha junto da janela de navegação). É preciso certo treino e depende da velocidade da internet, pois se se clica muito cedo os comentários nem chegam a aparecer ou então não aparece todos, mas só os primeiros. E se clica muito tarde o post já fica na condição em que o aplicativo intense debate foi aberto e não é possível ver a data e o horário. Quando o intense debate abre (carrega) os comentários feitos como resposta a outro comentário ficam dentro do comentário. Quando aparecem por ordem com data e horário, os comentários aparecem na sequência direta do momento em que foram enviados. Eu tinha necessidade de colocar a numeração e data com horário do comentário que eu respondia porque não abrindo o intense debate não havia como responder diretamente a um comentário.

        Clever Mendes de Oliveira

        BH, 15/09/2015

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