Senadores recebem jantar no Alvorada por PEC 55

Jornal GGN – O atual presidente, Michel Temer, promove mais um jantar de arromba no Palácio da Alvorada. Hoje, às 20h, ele recepcionará 60 senadores para pedir apoio à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que limita os gastos públicos (leia-se investimentos em educação, saúde e políticas sociais) por 20 a nos.

A PEC já foi aprovada na Câmara dos Deputados e pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Agora vai ao plenário do Senado para ser votada em dois turnos – o primeiro em 29 de novembro e, o segundo, em 13 de dezembro.

Como é uma emenda à Constituição, para ser sancionada pelo atual presidente, a PEC precisa do voto positivo de, pelo menos, três quintos dos senadores, ou 49 dos 81, nas duas votações. Os jantares do Alvorada ajudam bastante.

Para garantir o sucesso do jantar, Temer se reuniu, em agenda oficial, com os senadores Elmano Férrer (PTB-PI), Raimundo Lira (PMDB-PB), Acir Gurgacz (PDT-RO), Otto Alencar (PSD-BA) e Vicentinho Alves (PR-TO) ao longo do dia. Fora da agenda constam dois outros senadores, Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e Rose de Freitas (PMDB-ES) que foram ao Planalto acompanhar integrantes da bancada do estado no Congresso.

Outros parlamentares já conversaram com Temer. Entre eles constam Renan Calheiros, presidente da Casa e senador do PMDB-AL, e mais os senadores Ana Amélia (PP-RS), Magno Malta (PR-ES), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Eduardo Amorim (PSC-SE), Virgínio Carvalho (PSC-SE), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Telmário Mota (PDT-RR) e Raimundo Lira (PMDB-PB).

Em seu bate-papo no programa Roda Viva, da TV Cultura, Temer se disse “satisfeitíssimo” com o apoio do Congresso Nacional, referindo-se à aprovação rápida da PEC 241, hoje PEC 55. Também se disse muito satisfeito pela comissão especial ter aprovado seu ‘projeto’ sem nenhuma alteração, tal qual os deputados federais fizeram.

No jantar para alegrar deputados e entusiasmá-los com a PEC, Temer recebeu 215 deputados, 31 esposas e 33 ministros e assessores no dia 9 de outubro.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  • Prato principal,

    Prato principal, naturalmente, lentilhas. Progração musical, muito romântica diga-se, a cargo de Noblat. Affffffffff

  • O preço de cada alma

    Que beleza! Isso é que é democracia. Isso é que é transparência. Isso é que é pensar na população e principalmente nos trabalhadores. Tudo indica, que para usufruir do prato principal basta revelar o preço da sua alma?

  • reality show de muito terror
    O país se transformou num reality show de terror, o mordomo de Drácula oferece um jantar de luxo a outros vampiros, debaixo do edredon do planalto, pelo sangue dos mais pobres.
    Na suprema corte da Transilvânia, autoridades que em outras plagas são reservadas e sequer dão entrevistas ou opiniões em público, são celebridades sem decoro ou vergonha.
    Membros de pseudo religião alienígena, com o cérebro lavado no exterior as custas da população, concursados como deuses e semi-deuses, a par de seus salários imorais, destroem a economia e o país perseguindo sem trégua os adversários do império do sangue barato com a convicção de capatazes de um senhor milhiardário e retendo meia dúzia de ladrões com tornozeleiras em suas mansões.
    Tudo noticiado pelos órgãos golpistas de comunicação das sete famílias de vampiros e assistidos e lidos pela massa hipnotizada como sendo a redenção, embora rumo ao sétimo círculo do inferno.
    Um reality show de terror feroz.

  • Creio que emenda constitucional não precisa ser sancionada

    Todos sabemos que a Constituição foi revogada com o golpe nos nossos votos de 2014, revogação confirmada pelo STF ao decidir que cidadãos podem cumprir pena antes de poderem ser considerados culpados (presunção de inocência até o trânsito em julgado).

    Mesmo assim, creio que emenda constitucional ainda não precisa ser sancionada pelo ditador de plantão. Pelo menos até  segunda ordem de Gilmar Mendes...

  • A antropofagia indígena e a

    A antropofagia indígena e a oswaldiana já não são as mesmas, são de outros tempos. Agora, nós é que somos devorados.

    E ainda pagamos a conta, como naquela promessa de Trump sobre o muro contra o México.

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