A entrevista de Dilma ao Valor

Dilma Rousseff pode e deve ser criticada por suas vacilações, pelos erros cometidos na condução da política econômica, pelos desvios na montagem política. Pretender retratá-la como ignorante ou débil mental, só à custa de muita seletividade de frases e de muita frase fora do contexto.

Sua entrevista ao Valor Econômico de hoje mostra uma pessoa articulada, de muito melhor nível intelectual – para a economia – do que qualquer jornalista em atividade. Mesmo suas indecisões exigem um grau de entendimento das variáveis em jogo muito mais complexo do que pode supor esse jornalismo vão, de manchetes e lides, de bordões e certezas típicas dos ignorantes.

Não absolve em nada seus erros. Mas quem não tem nível para entender os erros, sempre haverá de mostrar seu brilho de abajur lilás rindo às escâncaras com suas frases – aquele riso kkkk, similar aos dos muares admirando o pasto.

Do Valor

Dilma se compromete com meta fiscal; veja a íntegra da entrevista

O caminho para a retomada do crescimento, para a presidente Dilma Rousseff, será dado pela queda da inflação, pela recuperação das exportações a partir da maxidesvalorização cambial e pela retomada dos investimentos. Com isso, o crédito vai voltar e o consumo também.

Em entrevista antecipada ontem pelo Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, Dilma informou que nas próximas semanas enviará ao Congresso Nacional medidas de aumento de impostos, que considera imprescindíveis, e , também, propostas de mudanças legais para viabilizar o enxugamento de despesas obrigatórias. Para ela, a meta fiscal para 2016 é de um superávit primário de 0,7% do PIB. A realidade é um déficit de 0,5% do PIB. Trata­se de um ajuste, portanto, de R$ 64 bilhões, sendo que 90,5% do Orçamento é não contingenciável. “Como contingenciar R$ 64 bilhões?”, questionou a presidente.

Aumentar os impostos, portanto, é parte da solução e Dilma prefere que seja uma elevação de um tributo com data para acabar fixada em lei. Qual, ainda não está decidido, mas avalia que o aumento da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) sobre combustíveis não é uma medida suficiente e traz forte impacto inflacionário.

A presidente admite que aplicou por um período de tempo excessivo uma política anticíclica agressiva, mas reiterou que só em novembro de 2014 é que ficou muito claro o fim do ciclo das commodities.

Sobre as divergências entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, ou, dito de outra forma, sobre a distância entre a ortodoxia e o desenvolvimentismo, Dilma disse que considera esse um falso problemas. “Estou em uma fase confucionista e prefiro o caminho do meio.” A seguir, leia a íntegra da entrevista, concedida pela presidente pouco antes do rebaixamento do rating soberano do país pela Standard & Poor´s. Após ser informada da decisão da agência, Dilma voltou a falar com o Valor e reforçou seu compromisso com a meta fiscal.

Valor: Presidente, a S&P tirou o grau de investimento do Brasil. E agora?

Dilma Rousseff: O governo brasileiro continua trabalhando para melhorar a execução fiscal e torná-­la sustentável. É fundamental a retomada do crescimento. Você vai notar que de 1994 a 2015 só em sete anos, a partir de 2008, a nota foi acima de BB+. Portanto, essa classificação não significa que o Brasil esteja em uma situação em que não possa cumprir as suas obrigações. Pelo contrário, está pagando todos os seus contratos como também temos uma clara estratégia econômica. Vamos continuar nesse caminho e vamos retomar o crescimento deste país.

Valor: Há um desequilíbrio fiscal e contração da economia. Por que chegamos a isso? Qual a avaliação que a senhora faz?

Dilma: Tem um fator de origem interna à nossa economia, derivado do seguinte: em 2008/2009 tivemos a crise global, que nada tem a ver com os países emergentes. Os emergentes tomam medidas contracíclicas para reagir à crise, para não serem pegos por ela. Acho que a mais simbólica foi a China, que tomou essas medidas, e nós também tomamos. Para tentar garantir a taxa de investimento do setor privado nós fizemos desonerações substantivas — 56 setores econômicos foram desonerados da folha; reduzimos a taxa de juro do investimento em bens de capital de forma drástica e demos ao BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] recursos para esse investimento; e fizemos uma política de financiamento dos Estados só para investimento onde colocamos em torno de R$ 20 bilhões. Junto com isso, também fizemos, no meu governo, uma política de infraestrutura pesada. É concessão, mas concessão sem financiamento não sai. No Brasil, não sai. Financiamos concessão de rodovias, portos, aeroportos, fizemos um programa de segurança hídrica bastante significativo também junto com os Estados. Também está em andamento isso. Fizemos o Minha Casa, Minha Vida. Enfim, também tivemos investimentos em mobilidade urbana em quase todas as capitais e todos os Estados. Com isso, queríamos o quê? Nós queríamos manter uma taxa de investimento elevada, tentando conter a queda do emprego e da renda.

Valor: Mas não deu…

Dilma: É. Esse processo não consegue segurar a taxa de investimento, aliás, a taxa de crescimento do PIB. Não consegue. Eu acho que ele conseguiu segurar sim, por um período. Você não teve uma queda maior um pouco por isso.

Valor: Mas não conseguiu compensar o fim do ciclo das commodities.

Dilma: Não substitui o boom das commodities. Não tem como substituir o ciclo das commodities. E ele teve um processo que é lento. Não começa logo depois da crise. O colapso do boom das commodities começa a entrar em operação na metade de 2014. De fato, é lá que cai. Eu tenho esse dado porque nós temos um boletim de mercado. Então você pega abril de 2014, o petróleo estava a US$ 120,00 o barril. Em agosto de 2015, dependendo do dia, chegou a US$ 37,00. É uma queda imensa. A mesma coisa o minério de ferro, que chegou a US$ 150,00 e agora estava a US$ 56,00. Então você tem um colapso das commodities, inequívoco. E você tem uma outra característica. A Índia, por exemplo, foi um país que se beneficiou da queda das commodities. Nós não. Nós não nos beneficiamos. E acho que nós não nos beneficiamos também da diminuição da demanda da China. Ou seja, o colapso é de quantidade e de preço. Isso também provoca uma situação complexa porque tem um fator que retroalimenta isso, que é a capacidade ociosa na oferta, por exemplo, de produtos siderúrgicos. A imensa capacidade ociosa que tem na China, não é? E essa capacidade ociosa se comunica, também, com a imensa queda de demanda na Europa. Nós tínhamos cinco grandes agentes de demanda internacional: Estados Unidos, Europa, China e América Latina, porque temos um grande demandante na América Latina, que é a Argentina. E os demais países do mundo. Eu dividi em cinco, mas quero falar mesmo é de quatro. A União Europeia teve uma queda imensa na sua demanda. Eu acho que, inclusive, um dos fatores que atingem a China é isso. Não dá para a gente achar que é só desaceleração da economia chinesa sob si mesma.

Valor: Houve forte queda das exportações para a Europa.

Dilma: Despencou. Quando a Europa diminui a demanda, ela atinge a gente também. Quando a China diminui a demanda, ela atinge a gente. E o crescimento da demanda americana não existe. Por quê? Porque os Estados Unidos começam a fazer superávit comercial, porque na política de expansão monetária eles desvalorizam o dólar.

Valor: A senhora disse numa entrevista recente que talvez tenha demorado a perceber…

Dilma: Nós achamos duas coisas. Primeiro, que a crise não iria durar tanto e, segundo, que as economias desenvolvidas iam se recuperar mais rápido e que atingiria com menos força a China. Acho que nós começamos a perceber que ela aprofundaria quando ela estava já… porque foi muito recente isso, quando ela caiu de fato. Isso significa que nós precisamos nos acostumar com um outro momento, especialmente com esse negócio das commodities, que muda radicalmente as condições. Você não se esqueça: o peso dos tributos em investimentos de bens de capital diminuiu de 32% para 4,3%. Nós corrigimos as faixas de enquadramento e universalizamos o Simples Nacional. O PSI [Programa de Sustentação do Investimento] desembolsou R$ 76,3 bilhões de reais. A política anticíclica começa em 2012 e atinge o auge em 2013. Pouca coisa ocorre em 2014. O que acontece em 2014? Aumenta os setores que são desonerados da folha. Mas essa decisão é tomada antes, não é tomada em 2014. Se você for olhar as decisões que afetam a política anticíclica, elas são de 2012 e 2013. Tanto é que, se você olhar como o Departamento de Comércio explica a saída dos EUA, mostra que no início foi via exportação.

Valor: Para isso tem que desvalorizar o câmbio.

Dilma: Eles fizeram três coisas. Aquela expansão monetária violenta e ao fazê-­la eles desvalorizam o câmbio. Põem o juro lá embaixo, ao fazê­-lo, desvalorizam o câmbio. Quando eles desvalorizam o câmbio, eles recompõem a capacidade deles de exportar, que também tem um grande estímulo por causa do shale gas e porque os EUA fazem uma política de resgate tanto dos bancos como de algumas empresas fortíssima. E inclusive você sabe que eles compram pedaços de empresas e depois vendem. Mas compraram, salvaram certas empresas. Então, política anticíclica que os EUA fizeram é uma política anticíclica que aumentava a dívida, se você lembra bem. Tanto é que houve a discussão do teto da dívida, certo? Teve.

Valor: Essa foi a grande discussão.

Dilma: Essa foi a grande discussão deles. Era o teto da dívida. O que estou dizendo para você é o seguinte: não é que nós achamos que saímos desse momento. Primeiro, nós achamos que temos que procurar a estabilidade macroeconômica.

Valor: Numa situação em que somos mais pobres hoje porque não temos commodities.

Dilma: Nós somos mais pobres hoje do que éramos antes por conta que não tem o boom das commodities. Além disso, nós temos que buscar duas coisas: a estabilidade fiscal e o controle da inflação, para início de conversa. Estabilidade fiscal o que é? É cortar. Nós cortamos gastos e diminuímos a desoneração, o subsídio aos juros. Fizemos bem feitinho isso. Acabamos com o subsídio. Acabamos não. Reduzimos o subsídio aos juros de forma efetiva.

Valor: Corte de gastos?

Dilma: Corte de gastos. Nós contingenciamos R$ 78 bilhões e cortamos R$ 40 bilhões até agora.

Valor: Isso em 2015?

Dilma: Em 2015. E é em relação a esse patamar que nós estamos projetando o Orçamento de 2016. É importante você ver a composição da despesa.

Valor: 90% não são contingenciáveis.

Dilma: Não é 90%, é mais.

Valor: 90,5%?

Dilma: Nós temos aqui uma jabuticaba: despesas discricionárias não contingenciáveis.

Valor: O que é que é isso?

Dilma: Saúde, o mínimo condicional. O mínimo condicional sobre saúde, educação, Bolsa Família e benefício dos servidores. Isso é lei. Então nós temos esse fantástico caso de jabuticaba que é despesas discricionárias não contingenciadas. 90,5% do Orçamento é o que não é contingenciável.

Valor: Mania de carimbar o dinheiro. As corporações chegam lá no Congresso, carimbam o dinheiro, esse é meu…

Dilma: E você não toca. É meu e você não toca. E olha aqui uma coisa: do que sobra o que é discricionária é R$ 115 bilhões. PAC é R$ 42 bilhões. O que é que entra aqui no resto? Desde o recrutamento das Forças Armadas, até…

Valor: Todo custeio está aqui.

Dilma: Não. O custeio não está aqui. Por exemplo, você tira do PAC e você tem R$ 72 bilhões. O déficit em relação à meta é R$ 64 bilhões. Contingencia isso como, hein? Como?

Valor: E a reforma da Previdência?

Dilma: Uma reforma da Previdência é sempre intergeracional. Nós ganhamos quatro anos e meio de expectativa de vida. Nós estamos tendo menos jovens e mais velhos. Então nós temos necessariamente que adaptar a essa nova realidade.

Valor: Cá entre nós presidente, a pessoa com 60 anos de idade está muito bem para trabalhar.

Dilma: Eu também acho. Eu estou com 67.

Valor: A senhora já tem uma ideia de como fazer isso?

Dilma: Nós temos um fórum, que vai discutir não o amanhã. Isso vai ser uma sinalização para todo mundo de que há uma estabilidade futura. Que o Brasil fez uma proposta séria, não vai atingir quem está aposentado hoje, que está aposentado amanhã. Vai atingir os que vão entrar. Isso melhora muito. Reforma da Previdência você tem que colocar um tempo. Ela é intergeracional. Você não pode achar que você faz alteração amanhã. O que você faz amanhã? Alterações de gestão fortes. O que a gente achar que está desequilibrado, que está mal pago, reforminhas tópicas que você tem que fazer. Isso eu estou chamando de gestão. Então é isso: você tem que corrigir distorções, que é sua responsabilidade, impedir que isso ocorra. O que eu chamo de medidas tópicas, que não são estruturantes, assim de longo prazo, mas são muito importantes.

Valor: Qual é a meta fiscal do ano que vem?

Dilma: Nós mantemos a meta de 0,7% de superávit [primário em relação ao Produto Interno Bruto]. Agora, nós temos hoje um déficit de 0,5%. Assim sendo, é com essas medidas de gestão… Eu digo o seguinte: é preciso tomar medidas de gestão de contenção da despesa. Mas é sobretudo das obrigatórias, porque você não tem mais espaço. Mantidos os compromissos que assumimos no PAC e olhando as demais, você não tem margem para cumprir 0,7% [do PIB]. Nós vamos tentar chegar aqui por vários mecanismos e um deles é esse, nós vamos fazer alterações tópicas. Nós, inequivocamente, teremos de ter uma ampliação da receita. É responsabilidade de dizer onde, quando e como. O governo está ainda avaliando.

Valor: Mas primeiro vai cortar mais?

Dilma: Nós ainda vamos cortar, enxugar mais um pouco. Aqui tem mais corte. Tem mais corte para fazer.

Valor: Gasto obrigatório ou não­obrigatório?

Dilma: Nós temos que cuidar do cadastro. Lógico, cresce vegetativamente. Aumenta o número de aposentados. Você mesmo acabou de dizer que as pessoas se aposentam com 55 anos, 54 anos em média. Temos que abrir, olhar, ver tudo o que dá para mudar.

Valor: Isso na obrigatória. Incluiria Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) e subsídios?

Dilma: Loas nós vamos olhar, recadastrar. Vamos olhar tudo direitinho.

Valor: Pode mudar a lei do salário mínimo?

Dilma: Não acredito.

Valor: Se há anos a despesa cresce acima do PIB, como não há o que reduzir?

Dilma: Pega o que nós já cortamos daquele momento para trás até hoje. Pergunta para os ministérios a quantidade de cortes. Nós fizemos três cortes gordos. Ainda tem toda a reforma administrativa que nós vamos fazer também. Mas eu queria te falar outra coisa. Quais são as três formas de você estabilizar a dívida pública? Porque esse é o nosso objetivo. Primeiro, crescimento econômico. Segundo, a incidência do juro sobre a dívida. Terceiro, a administração fiscal. Nós não controlamos nem a primeira nem a segunda. Nós só controlamos a terceira. É o equilíbrio fiscal. É aí que nós vamos atuar. Só podemos atuar ali. O que eu estou querendo dizer é o seguinte: para cada uma dessas variáveis, vamos olhar como é que fica.

Valor: Quais são os fatores que poderão levar ao crescimento?

Dilma: Primeiro, a expansão das exportações, porque o câmbio se desvalorizou em mais de 50%. Ele tem um efeito inflacionário negativo, mas tem um efeito de expansão de exportações. Nós, que estávamos em situação de déficit comercial, vamos ter um superávit. O ministro Armando Monteiro [Desenvolvimento] supõe que é possível a gente chegar em torno dos US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões de superávit comercial. Isso vai estimular algumas indústrias. Eles, que perderam mercado interno, vão ganhar mercado internacional porque nossa desvalorização foi maior do que a de outros países. Para nós é essencial também que o governo entre com a sua parte. A parte do governo é investimento em infraestrutura e energia. Por isso nós fizemos aquele programa de concessões.

Valor: E o que mais?

Dilma: Eu acredito que, além disso, também a inflação já está indicando sinais de que aponta para uma queda. Redução da inflação em 2016, combinado com alguma recuperação do crescimento puxado pelas exportações, pela continuidade desses investimentos, acho que cria um clima para ter uma expansão maior do crédito, que hoje está completamente retraído. A retomada do crescimento do crédito aumenta a possibilidade de as famílias também consumirem mais.

Valor: Dia sim outro também fala­-se em saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Dilma: Eu acho isso um desserviço ao país. Acho que é ruim. Primeiro, porque ele não vai [sair]; segundo, porque isso encobre uma tendência a tentar enfraquecer o Joaquim, que eu acho que não é boa. O Joaquim tem a minha confiança. As pessoas têm de conhecê-­lo para saber. Ele tem uma qualidade inequívoca: é um cara do Estado brasileiro. Quem conviveu com ele sabe disso. É um funcionário público de alto nível, uma pessoa que olha o interesse do país. Ele tem espírito público. Eu convivi com ele antes, eu o conheço bem e confio nele.

Valor: O problema do enfraquecimento dele é a ambiguidade da política econômica, não?

Dilma: Não é a ambiguidade, não. O pessoal queria que o Joaquim fizesse assim, assim e assim [estala os dedos] e estaria tudo resolvido. Ele está fazendo muito, está trabalhando horrores, enfrentando uma série de dificuldades porque este país é uma democracia. Então, o processo não é linear, tem idas e vindas, você tem que ir ao Congresso e negociar. Muitas vezes, o pessoal acha que foi uma derrota e não foi, foi a vitória possível. Na desoneração tivemos a vitória possível.

Valor: Na semana passada, quando os empresários se reuniram em São Paulo e ligaram para a senhora…

Dilma: Não teve isso, não existe isso. Nunca! Pode pegar qualquer um deles e perguntar quem ligou para mim. Ninguém ligou

Valor: No que a sra. e o ex­-presidente Lula concordam e no que há divergência na gestão econômica? Frequentemente lemos que ele pede para a sra. gastar mais. É verdade?

Dilma: O que o Lula sempre achou, em todas as circunstâncias, é que uma parte da recuperação vem do consumo. E nisso ele tem toda razão. Do consumo e do crédito. O problema é que criam uma oposição entre investimento e consumo. Não tem [oposição]. Nós temos que aumentar o investimento e manter o consumo. Uma das nossas maiores forças é o mercado interno. Podemos começar pela exportação, mas o que vai mesmo ancorar o país é a produção para o mercado interno.

Valor: Mas a chave hoje para a recuperação é o investimento?

Dilma: São as duas coisas. Exportação e investimento. E, depois, mercado interno. O mercado interno vai se recuperar por último, mas é essencial. Se não, como é que eu vou investir? Nessa questão, se eu divirjo ou não divirjo do Lula, eu já disse o seguinte: passaram a vida inteira querendo que eu brigasse com ele. Depois que eu virei presidente, é o tempo inteiro. Tenho uma relação com Lula que não tem hora. Ninguém que tenha convivido tão intimamente com ele desde junho de 2005, quando entrei neste palácio. Eu entendo o que o Lula pensa. Dois seres humanos nunca concordarão em tudo. Mas o Lula é uma das pessoas com quem eu mais concordo na vida. Ele tem uma grande sabedoria pessoal, uma grande intuição. Uma porção de coisas que não são decisivas nem relevantes eu não concordo nem discordo. São posições dele. É impossível você achar coincidência absoluta com alguém, mas eu quero te dizer: a minha coincidência com o Lula é muito grande. Acho muito ruim ver algumas coisas no Brasil, não vou nem me queixar do que fazem comigo, mas é muito desrespeitoso algumas coisas que fazem com ele.

Valor: A sra. está falando do boneco que apareceu nas manifestações?

Dilma: E outras coisas também. Não é possível dessa forma. Ele é um patrimônio deste país.

Valor: Isso tem muito a ver com o escândalo da Petrobras. Como começou no governo dele…

Dilma: Quando começou, nós não sabemos. Quem investigou fomos nós. Até então, ninguém tinha investigado nada. Não venha me dizer que nunca teve nada dentro da Petrobras. Eu não sei se teve ou se não teve.

Valor: Vinte e nove ministérios são suficientes para recompor e unificar a base aliada?

Dilma: Acredito que sim.

Valor: E qual é a reforma ministerial?

Dilma: Eu direi qual é a reforma na hora que ela sair.

Valor: O Banco Central está fora da reforma ou não?

Dilma: Muito provavelmente está. Não é uma questão de tirar o nome de ministério do Banco Central. O que isso altera? O que é que eu ganho com isso? Muitas vezes eu ganho mais juntando órgãos intermediários do que ministérios. O que é que o Brasil ganha acabando [com o status de ministério]?

Valor: A ideia veio de quem queria enfraquecer.

Dilma: Nunca me fizeram essa sugestão. Não acho, inclusive, que tenha sentido. O presidente do BC tem que ter status de ministro. Pode deixar isso bem claro.

Valor: O PMDB nunca teve participação tão grande em seu governo como agora. Ele mais ajuda ou mais atrapalha?

Dilma: Mais ajuda. O PMDB ajuda a governabilidade e tem muito boas lideranças. Dentro do governo, tem excelentes quadros e vou citar alguns: Eduardo Braga [Minas e Energia], Kátia Abreu [Agricultura], esse Edinho Araújo [Portos] é muito bom, o Eliseu Padilha [Aviação], o Hélder Barbalho [Pesca] está fazendo um bom trabalho, nunca vi uma pessoa ser tão adequada ao Turismo como o Henrique Alves. Ele trabalha com alegria.

Valor: A sra. vai comandar o processo sucessório? Já tem um nome sendo preparado?

Dilma: Não estou discutindo isso, não. Nem estou pensando nisso [risos].

Valor: O vice­presidente Michel Temer disse que não há governo que resista com 7% de popularidade. Em algum momento a renúncia lhe passou pela cabeça?

Dilma: Não. Você já pensou que nunca perguntaram isso para nenhum homem? Por que mulher renuncia?

Valor: Não perguntaram, mas o Jânio Quadros renunciou.

Dilma: Eu não saio daqui, não faço essa renúncia. Não devo nada, não fiz nada errado. E mais. Acho que a popularidade da gente é função de um processo. De fato, a minha está bem baixa hoje.

Valor: Isso a incomoda?

Dilma: É claro. Ninguém, em sã consciência, não se incomoda. Agora, eu acredito no futuro deste país. Acredito que vamos sair dessa dificuldade.

Valor: Entre a ortodoxia representada por Joaquim Levy e o desenvolvimentismo do Nelson Barbosa [ministro do Planejamento]…

Dilma: Posso falar uma coisa? Eu estou na fase confuciana. Eu sou a favor do caminho do meio e da harmonia. Não acho que exista isso de ortodoxia versus heterodoxia. É um falso problema. Porque, se ortodoxia houver, a pátria da ortodoxia deveria ser os Estados Unidos. Se tem gente pragmática no mundo, mora lá. Não há nada mais pragmático que a política e a visão americana. Acho que você tem que ser no Brasil tão pragmático quanto qualquer grande economia tem de ser. Agora, tem alguns valores que têm que ser permanentes.

Valor: Por exemplo?

Dilma: Estabilidade fiscal é um valor permanente, vale para mim e para qualquer país, no mundo globalizado. Controle da inflação vale para mim e vale para todos. Sistema financeiro, rígido, robusto, sem bolhas, vale para mim e vale para todos os países. E país ortodoxo que não cumpriu isso teve consequências muito desastrosas, bolhas etc. e inclusive está com problema de recuperação estrutural que nós não temos. Porque o Brasil tem um grande problema momentâneo, mas, se nós conseguirmos aumentar a produtividade, estabilizar macroeconomicamente, ele é um país que tem estrutura sólida para crescer. Então, tem valores que hoje perpassam todas as economias. Quem pode dizer hoje: “Vou sair por aí gastando?” Agora ninguém também pode ver uma catástrofe e não tomar medidas.

Valor: A sra. se refere ao ano passado?

Dilma: Eu não sou contra política anticíclica. Quando eu falo que podemos ter errado, é na dose e não na política em si. Todo mundo faz política anticíclica. O que aconteceu com os Estados Unidos? Como a contenção deles era no fiscal, eles fizeram política anticíclica monetária. O que o Banco Central Europeu está tentando fazer é parecido.

Valor: Presidente, como foi sua conversa com Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, na semana passada?

Dilma: Eu sempre converso com o Trabuco. Ele sempre vem aqui. Eu gosto muito do Trabuco. Não é publicável. Não vou te falar o que ele falou para mim e o que eu falei para ele. Não foi há uma semana. Foi há duas semanas.

Valor: Para resumir, como a senhora acha que a gente sai dessa crise? Com câmbio, investimento…

Dilma: Eu acho que é com exportação, investimento, uma política de apoio à expansão de investimento em logística, aeroporto, porto, rodovia e ferrovia, energia elétrica.

Valor: Isso aqui é investimento privado?

Dilma: Todos são, mas financiados pelos bancos públicos. Porque ninguém faz investimento que não seja financiado pelos bancos públicos, com debêntures possivelmente dos bancos privados também. Foi uma das coisas, inclusive, que eu conversei com o Trabuco: que seria importante que os bancos privados participassem, que condições eles precisam para participar.

Valor: Precisam de confiança de que a política não muda no meio do caminho.

Dilma: Nunca mudou. Me dá uma mudança de financiamento que nós fizemos.

Valor: Não. Falo de condições macroeconômicas.

Dilma: Oh, minha querida… [A presidente encerra a entrevista].

54 Comentários

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    1. Inteligência não se exalta, demonstra-se…

      E sobre o que ela falou, os nobres muares fazem alguma reflexão?

      Inteligência não se exalta, demonstra-se…

  1. MULHER INTELIGENTE

    A Dilma é uma das mulheres mais inteligentes do planeta. Quando discursa, é absolutamente brilhante… é um exemplo raro entre coerencia e genialidade dos pensamentos e atos. Ela representa a mulher brasileira.

    1. Pois é…

      Inteligente é o muar que perdeu para ela e que gabava-se de nunca ter sido derrotado pelo PT…

      Mesmo com o apoio de toda a banca nacional e internacional, a midia oligopólica, o Instituto Millenium, a Embaixadora americana do golpe no Paraguai, a CIA, a “Primavera dos coxinhas”, o #NãoVaiTerCopa e o escambau…

  2. Se assim lhe parece…

    .”..de muito melhor nível intelectual – para a economia – do que qualquer jornalista em atividade.” 

    Você realmente acha isso ? de verdade?

    Agora eu, um grande admirador teu, é que estou duvidando da tua capacidade intelectual.

  3. Inteligência vs. competência

    Não duvido nem um pouco da inteligência da Dilma. Ela pode ter uma excelente capacidade analítica, como demonstrou nessa entrevista. Porém como presidente ela tem sido um desastre. Simplesmente não tem a competência necessária nem as capacidades, que vão muito além do QI, para estar onde está.

    Lula, que com certeza não tem o mesmo nível de conhecimento teórico nem a capacidade analítica da Dilma, dá de dez na Dilma graças a outras qualidades, como a intuição e o relacionamento, que são importantíssimas para que está na presidência de um país tão complexo como o Brasil.

    Temos na presidência uma pessoa inteligente, porém completamente inapta para ocupar o lugar que ocupa.

    1. inaptidão

      Nicolas – desculpe, mas inaptidão é de ‘nossos’ políticos, senadores e deputados (raras exceções) que na maior parte do mandato se dedica ao culto pessoal e a defesa de seus patrocinadores, pouco importando que o País exploda. Acostumados a conchavos & maracutaias em vez de prevalecer o interesse de todos, somente de alguns, não conseguem identificar ou não lhes interessa, projeto de soberania e promoção do indivíduo brasileiro. Dizer que isto é inerente, que faz parte da política … até pode ser. Mas tambem é atraso de vida.  Abraço

  4. Qual Semideus acharia que a crise mundial demoraria tanto?

    Alguém arrisca a dizer quando vai terminar? A S&P previu as mudanças na economia chinesa e a crise dos refugiados?

    Se os problemas da economia mundial não perdurassem  tanto muitos Empresários e Políticos 

    estariam chamando de Gênio o Guido das politicas anticíclicas .

    Quem tá ferrando o Governo hoje são os comentaristas que faziam apologia à droga 

    chamada “altas taxas da selic”. Essa foi a maior barbeiragem do Governo ; Será que o Guido aprovaria essa política desastrada?

    #aiquesaudadedoguido.

  5. Porque devemos usar a metafísica

    We should now proceed to find a neutral, or unitarian, language in which
    every concept we use is applicable as well to the unconscious as to matter, in order to
    overcome this wrong view that the unconscious psyche and matter are two things.

    –Professor Wolfgang Pauli

  6. Ninguém discute a

    Ninguém discute a inteligência de Dilma, se fosse burra não seria presidente do nosso país!

    Mas os pontos são outros:

    1- Mentiu, ou foi obrigada a mentir descaradamente nas eleições sobre as reais condições economicas do nosso país!!

    2- Deixou o país em frangalhos para manter o poder!

    3- Ao assumir o governo fez tudo ao contrário do que pregou na eleição!

    4- A inflação, que ela afirmou que estava controlada, não estava, e isso está corroendo o poder de compra das camadas mais pobres

    5- Nomeou um ministério pífio!! Dúvido algum comentarista dizer o nome de 5 ministros sem o Google! E dúvido que nossa presidenta saiba tbm…..

    6- Diferente dos discurssos ufanistas, a Petrobrás está “técnicamente quebrada”

    7- Mercado de energia está em “colpaso”, conta de luz disparou….

    9 – Dilma , segundo sempre reportaram, é uma pessoa difícil, centralizadora e dura as vezes desrespeitosa com seus subordinados, ministros, auxuliares, etc….mas antes ela era forte, agora com 7% de desaprovação, tem muita gente do governo querendo vê-la arder na fogueira…..

    Posso ficar aqui discorrendo sobre inúmeros fatos, mas a realidade é que Dilma, por mais inteligente que seja perdeu total credibilidade e confiança do eleitorado, dos empresários e dos próprios integrantes do governo!!!

    Me respondam, depois de 8 meses, com essa crise toda, ouve alguma reunião com os ministros de estado?

    1. Planilha troll

      Planilha troll.

      Acima de tudo determinar que tudo esteja errado, não tem energia, a Petrobrás está até sem petróleo, deveria a governante fazer o que disse mesmo que a situação exija correções radicais, e assim por diante.

      Afirmar biblicamente que psdb e PT são o mesmo do mesmo.

      O psdb é puro e incorrupto e incorruptível.

      Enfim o PT é aquilo que se quer definir como o pior… o inacreditável… etc.

  7. Na veia, Nassif. Para

    Na veia, Nassif. Para criticar é preciso conhecer. Mas os arautos da sabedoria midiática e os seguidores dessa malta se acham no direito de desqualificar, ofender e ameaçar a presidente pelo fato dela se expressar mal, não lhes parecer simpática ou pelo fato dos governos dela terem prioridades que não as dos grandes meios de comunicação. Para questionar é preciso chegar ao nível da dúvida; quem não possui qualificação numa área não pode desqualificar outro que a tenha.

  8. Vou falar bem baixinho,

    Vou falar bem baixinho, porque, nos dias de hoje, afirmar o que vou dizer é perigoso, pode provocar inimizades, socos e ate tiros.

    Apesar de todos os “vacilos”, “erros” e dificuldade em se comunicar, Dilma ainda é a melhor entre todos o brasileiros para ocupar a cadeira onde esta.

    Sem ela na chefia o Brasil estaria  pior.

    A nação, um dos paises mais desiguais socialmente do mundo, resolveu mudar um pouco tal qualificação e por isso acabou atiçando um vespeiro.

    Colocou em combate contra si eduardos cunha, aecios, serras, malafaias, marinhos, bispos, robertos freire e tudo o que existe de mais atrasado, deploravel.

    Para começar, ela é um dos poucos brasileiros totalmente integros, sem uma multa de transito, um atraso em pagamento, um minimo vacilo moral.

    Para derruba-la jamais sera por uma questão pessoal.

    E o que não faltam são interessados em sua queda, daqui e do estrangeiro.

    O estranho da situação brasileira atual é que seus inimigos a atacam justamente pela sua maior qualidade, a sua seriedade, a sua dificuldade de estabelecer pactos com os tradicionais pilantras da nossa politica, como sempre foi feito ate então.

    Na verdade, fala-se, fala-se, apresentam-se “analises politicas” e poucos destacam que a sua mais dura batalha não é contra aecinho ou gilmar dantas, mas para manter o pre sal para os brasileiros.

    Sem ela ja teriamos perdido nosso mais rico patrimonio.

    Nossa presidente não se encontra onde esta, nas cordas, em razão da ação de um aecinho, medioce e moribundo ou de um eduardo cunha, pendurado num puleiro mais sujo que de um galinheiro ou de marinhos a beira da decadencia.

    Seus, ou melhor, nossos inimigos são muito mais poderosos e ardilosos, usam a espionagem em niveis inacreditaveis, manipulam multidões atraves de novas armas virtuais, controlam a informação em nivel mundial.

      1. Bullshit

        Pare de falar besteira!

        É obvio que qualquer nome de esquerda, para quem é de esquerda, sempre será melhor que qualquer nome da direita.

        Vc, ao fazer esta afirmação, pensa em Aécio e Serra. Esse é o erro de seu raciocínio!

        MAs a verdade é que deve comparar exclusivamente com nomes da esquerda, porque foi ela quem venceu a eleição.

        Me diga aí, quais os nomes que vieram a sua cabeça que fizeram vc ter certeza que Dilma é o melhor nome mesmo?

        Ela é melhor que quem das esquerdas?

        Amigo, não tem como enganar. Dilma é péssima Presidente! Uma das piores de todos os tempos! Como de uma hora para outra(uma entrevista), o faz perder qualquer noção de realidade?

        Ela pode ainda não ser o pior Governo de todos os tempos, mas sem dúvida, é a pior líder de desde a fundação da República!

        Sabe porque? Porque ela é líder de sí mesma, apenas.

        Continuando nesta linha, sabe porque ela é líder de si mesma apenas? Porque tem comportamento de guerrilheira. Abandona as “células” comprometidas. 

        No primeiro mandato o pessoal estranhou MAS COMO a imagem de Dilma e do Governo melhorou, deixaram pra lá este DEFEITO, este egoísmo da Presidente.

        Mas agora que não sobrou NINGUÉM, quem vai deixar pra lá? 

        É bom que ela saiba que sem o Temer ela cai mesmo, SENDO GOLPE OU NÃO! Mas já que ela é boa, deve saber disso, não é mesmo? Está tranquilo?

        Abraço

        1. acho que falar besteira é

          acho que falar besteira é dizer que a esquerda ganhou a eleição. A esquerda veio a reboque da Dilma, só isso. Basta olhar quantos deputaods e senadores de esquerda temos hoje. E mesmo assim quem é melhor que a Dilma na esquerda? O Tarso Genro, que conseguiu perder pra um Ogro? A Luciana Genro? O Freixo? Ou melhor, quem é a esquerda hoje? O Requião é de esquerda? faz favor. A Heloísa Helena é de esquerda? É ela que é melhor que a Dilma?

          O mais engraçado é ler que sem o Temer ela cairia.

          O Temer deve ser o nosso melhor esquerdista hoje então.

          A esquerda está mais perdida que o Dante contra a Alemanha.

          O Nassif encheu a bola do Tombini e hoje vemos as bobagens que ele tem feito. A isquerrrrrda isperrrrrta como sempre passou meses malhando o Levy pra depois se ligar que quem tava fazendo bobagens bem maiores era o BC e não a Fazenda( que também faz aos montes). 

          A esquerda do twitter e dos comentários de blogs proguessistas só é retada por aqui mesmo, fora dela tá tomando o mesmo sapeca que a Dilma tá. Bote sua camisa vermelha e vá circuular por aí pra ver o ferro que você vai tomar.

          A diferença dela é que ela não pode sair chorando por aí.

          Com todos os problemas ainda prefiro a Dilma errando.

        2. So pela sua maneira agressiva

          So pela sua maneira agressiva de começar um debate ja demonstra que alguem para provocar tanto odio teve ter qualidades.

          A nossa presidente pegou um rabo de foguete que poucos seriam capazes de aguentar.

          Esgotou-se, no  periodo de seu governo, um sistema de governança  baseado numa ampla aliança partidaria.

          Isso funcionou  em mares calmas, mas quando a situação economica mundial se tornou complexa, exigindo medidas profundas, ficou muito dificil agir, tendo como “aliado”, por exemplo,  a direita do PP, acoplado a esquerda do PC do B..

          Se os inimigos dela, ou melhor, nossos inimigos conseguirem derruba-la ninguem conseguira governar mais dentro desse sistema de governança. Seria o caos.

          Para facilitar o debate diga-nos quem seria capaz de segurar um pais acalentado portanto odio?

          Terminando lhe digo que ela deve saber bem melhor de que nos dois o que esperar de um Temer.

          PS. E se ela cair, ja no primeiro dia o Pre Sal não sera mais nosso.

           

           

        3. Em minha opinião suas afirmações são ASNEIRAS

          Olha, é direito seu falar esse monte de asneiras que você depejou aí. É até direito seu chamar o que os outros dizem de “besteiras”, afinal isso também é opinião sua.

          O que não é seu direito é mandar os outros se calarem, isso você não pode fazer.

          Ou melhor, poder até pode, tanto que fez, mas vale tanto quanto suas opiniões, ou seja, NADA.

          Eu concordo com a opinião do Antonio Rodrigues e acho que suas diatribes são um monte de bobagens, mas nem assim vou ser ridículo a ponto de mandar você não dizer o que pensa. Você foi.

  9. O que me assusta em Dilma é a

    O que me assusta em Dilma é a sua demora em tomar decisões. Para mim, o exemplo mais dramático foi quando Graça Foster era presidente da Petrobrás. Chegou um momento em que a própria Graça dava todos os sinais a Dilma que ela não tinha mais condições de dar conta da missão de sanear a empresa. E mesmo assim Dilma a manteve, a submetendo a um sofrimento. E isso porque as duas são amigas, pessoas que se admiram pela trajetória de vida que tiveram. 

  10. Parei a leitura depois de ler

    Parei a leitura depois de ler este trecho:

     

    Quais são as três formas de você estabilizar a dívida pública? Porque esse é o nosso objetivo. Primeiro, crescimento econômico. Segundo, a incidência do juro sobre a dívida. Terceiro, a administração fiscal. Nós não c ontrolamos nem a primeira nem a segunda. Nós só controlamos a terceira. É o equilíbrio fiscal. É aí que nós vamos atuar. Só podemos atuar ali.

    Ora, a que ponto chegamos. Se o governo nao controla a incidencia dos juros sobre a divida entao nao tem como mesmo nao

    Desde Keynes sabemos que a taxa de investimento e portanto o produto eh dependente da taxa de juros.

    Se o governo nao controla a variavel chave da economia, entao ele nem pode ser chamado de governo, afinal, ele governa o que?

    O “governo” virou mero executor de um orcamento determinado pelo bacen.

    O Nassif tem razao: rir eh para os muares, ou melhor, para as hienas, porque a situacao eh de chorar…

    1. Na mosca

      Na mosca, Droubi. Quando o presidente do país afirma que a SELIC é exógena, melhor arrumar as coisas e voltar pra casa.

      É de chorar…

    2. Ora Droubi você tem toda
      Ora Droubi você tem toda razão! Que ideia genial. O governo deveria zerar o juro sobre a dívida. Simplesmente dizer “não pago mais o juro da dívida”. Se um governo não pode mais se recusar a pagar os juros de sua dívida, ele pode o que??? Afinal, como disse Keynes: “faz o que tu queres pois é tudo da lei”.

    3. Quem controla juros

      A Dilma até que tentou controlar a variável chave da economia (os juros), reduzindo a Selic de 12,5% para 7,25%. Teve que voltar atrás, porque não combinou com o mercado.

    4. Carregar esta pesada cruz da

      Carregar esta pesada cruz da dívida interna, que vem lá de trás, com assédio permanente interno e externo, deve ser uma tarefa de Hércules. Não dá para fazer como os EUA, onde o poder mundial joga todo a favor. Falsificaram o dólar quebrando a paridade dólar-ouro e o mundo engoliu em seco. Pagou, inclusive, a estrepolia com inflação mundial. Quando centenas de bilhões de dólares foram jogados de “helicóptero” na economia mundial, a Europa engoliu em seco e se lascou…

      O receituário norte-americano não nos serve de forma alguma. Não dá para imitá-los. Será que isto não entra na cabeça das pessoas? As opções que nos restam são sempre muito limitadas. Observem, atentamente, o que está acontecendo na Rússia e China. 

  11. “Sua entrevista ao Valor

    “Sua entrevista ao Valor Econômico de hoje mostra uma pessoa articulada, de muito melhor nível intelectual – para a economia – do que qualquer jornalista em atividade.”

    Isto apenas confirma algo que eu suspeitava: nenhum jornalista em atividade tem “nível intelectual mínimo para a economia.”

    O que não quer dizer que estamos bem. Pelo contrário.

  12. Esperar a proxima encarnação merecendo a Suecia

    O Brasil se encontra na encruzilhada de seu destino como Nação. Cada pessoa categorizada em discorrer sobre os problemas que eclodiram e caracterizam a atual crise, apontam facetas e particularidades, que não deixam de expressar partes do problema todo. }Escute-se cada um em particular e não se pode deixar de lhe dar razão. Até os radicais de direita que desejam o impeachment revestem seus discursos com as mesmas parcelas de verdade. Cada um que se escuta e isto é muito bom para a sociedade, porque pelo menos se debate exaustivamente as mazelas que atormentam a vida da Nação desde a colonização, de acordo com seu prisma de entendimento aponta realmente para facetas e particularidades do problema todo. O problema todo é de um complexicismo desolador, se olharmos a coisa de forma abrangente é de desanimar, em síntese o Brasil ta numa pindaíba de difícil solução, esta que é a verdade, por mais que os ufanistas tentem manter uma mensagem de otimismo a realidade se impõem de outra maneira.

    Vejamos.

    Politicamente seria necessário reformar a constituição porque ninguém acredita que o atual congresso legislaria contra seus próprios interesses, ou seja, não tem competência para o tamanho da tarefa. Desta forma os políticos não tem representatividade, a Nação carece de um sistema politico que lhe reverbere os anseios, é uma Nação órfã politicamente e anêmica economicamente em função desta falta de paternidade.

    Economicamente é um desastre, politica e economia são os braços da Nação, enquanto a destra procura um movimento a sinistra busca outro, parece um louco balançando-se descontroladamente. Os problemas econômicos são de tal monta que somente a classe media cooptada e os barões da macroeconomia insistem em apontar soluções pontuais, o mais do mesmo, sem mudanças reais, para um problema de intricáveis e abrangentes causas. Personalidades do mundo econômico e social vem a publico externar a visão particular do momento dramático que vive a Nação, programas de televisão, debates nas mídias e todos conseguem focalizar parcelas das mazelas que judiam do populacho, desde sempre, se fosse somente o prejuízo das massas o problema todo seria novamente dissimulado empurrando-se a solução para debaixo do tapete, acontece que agora estão todos sendo afetados de alguma maneira e a hegemonia do poder vem se desmanchando como castelo de areia, e ai procura-se a solução definitiva, acontece que mesmo para aqueles que sempre se beneficiaram em causa própria da energia da Nação, a tão necessária solução parece miragem no deserto de impossível realização.

    Fala-se da diminuição dos juros, lembra-se da necessidade de reforma da legislação que se regulamente o emprego, a previdência social, o sistema prisional, as policias que mais mata no mundo, a educação, a burocracia encracalada em todas as áreas da administração publica, da saúde… Enfim é uma casa totalmente tomada pelos cupins, seria necessário e mais producente, demolir tudo e construir outra com alicerces mais vigorosos.

    Então o que Fazer?

    O Brasil precisa de oração, como dizia certo bispo de uma religião, ou relaxar e aproveitar o possível da vidinha ordinária de cada um. E esperar com Fé o fim dos tempos.

  13. Poucos aqui viveram ou se

    Poucos aqui viveram ou se lembram do governo Sarney, eu lembro e garanto que estávamos mil vezes pior que hoje e ninguém tirou ele de lá, esperamos que terminasse seu governo. Por que não dar a chance para a Dilma governar? Até agora, depois que ganhou a eleição a oposição e imprensa têm se empenhado em não deixar que ela governe. Deixa a mulher governar para só depois fazer um julgamento. Até a eleição a única coisa que reclamavam dela era da comunicação,  tanto é que ela tinha mais de 70% de aprovação, reconheciam que ela era inteligente, capaz, etc., oras, de repente ela ficou burra e incompetente, ou é a oposição que não se conforma em ter perdido para ela?

  14. Dilma está próxima de produzir um consenso!

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    O que assusta em Dilma não é a “demora em tomar decisões”, como afirma aí abaixo o Joel Lima, mas sim o contrário: a celeridade com que toma decisões equivocadas, ou que esfarelam em dias e mesmo horas, ou que são contraditas pela realidade; seu imenso talento para juntar nulidades à sua volta; sua inacreditável expressão de paisagem ante o caos em que está metendo o país. Como disse o Reinaldo Gonçalves, economista e professor da UFRJ em entrevista ao jornal do PSOL, “a mediocridade esférica do governo Dilma resulta no fato de que ele é avaliado como ruim por capitalistas e trabalhadores, por ricos e pobres, pela direita e pela esquerda”. Ou seja, Dilma está muito próxima de produzir um consenso! E não será um daqueles consensos burros de que falava Nélson Rodrigues.

    Não, é um consenso sólido como a rocha. De resto, acho que o Nassif, de tão desentantado com a “mediocridade esférica do governo Dilma”, partiu para a ironia. É o que nos resta, antes que chegue a hora do desespero.

     

  15. Votaria novamente em Dilma.

    Votaria novamente em Dilma. Basta ver o desastre dos governos de Alckmin e Beto Richa pra ter certeza que Dilma na presidência é melhor do que se lá estivesse Aécio Furnas.

  16. “Dilma Rousseff pode e deve

    “Dilma Rousseff pode e deve ser criticada por suas vacilações, pelos erros cometidos na condução da política econômica, pelos desvios na montagem política. Pretender retratá-la como ignorante ou débil mental, só à custa de muita seletividade de frases e de muita frase fora do contexto.”

    buenos

    aqui citando frase da Farsa, por supuesto, a de Inês Pereira de Gil Vicente, bebida e lembrada, pelo clássico autor teatral lusitano, da sabedoria camponesa ibérica, e que talvez, explique ao urbanóide letrado do seu Nassif a mentalidade camponesa, prática, simples, crente, como era, é e sempre será, a mentalidade galileia do sofrido povo brasileiro a ver navios…

    “Mais quero um asno que me carregue do que cavalo que me derrube”.

     

    1. Irregularidade na atividade do Mansueto Almeida?}

      Nassif,

       

      Aproveitando

      Nassif,

       

      Aproveitando que o assunto é o grade, penso que vale a pena uma investigada na atuação do Mansueto Almeida, o economista assessor do Aécio em 2014 que é o novo “queridinho” da grande mídia, que anda dando entrevista em todos os principais jornais impressos e da Globo, e até na The Economist.

      Certamente é um analista bastante competente, mas ele fez carreira e fama como pesquisador do Ipea na área de finanças públicas PRINCIPALMENTE pelas suas análises no seu bllog usando o SIAFI. Pois bem, o SIAFI não é um sistema  de acesso público (o Contas Abertas usava a senha emprestada dos parlamentares). Quando ele era do Ipea tudo bem, fazia sentido que, como servidor, pudesse ter acesso ao dia-a-dia da execução financeira do governo para suas pesquisas.

      Só que desde o ano passado, como o próprio Mansueto anunciou no seu blog, ele está afastado do Ipea (deixando de ganhar algo como R$ 20K). Muito provavelmente para consultoria e palestras. Não há fichas financeiras no Portal da Transparência para ele esse ano.

      O problema é que em seu blog ele continua apresentando análises usando o Siafi. Esse sistema do Tesouro é fechado. Na prática, por mais competente que ele seja, ele está vendendo – com o seu acesso que deveria ter sido retirado quando saiu do Ipea –  um acesso às contas do governo para os seus clientes. Isso me parece muito irregular, vale uma investigada.

      Cabe lembrar que os Analistas de Finanças e Controle do Tesouro, que tem acesso ao Siafi, não podem, por lei, exercer qualquer atividade profissional fora dali (com exceção de aulas, e com ressalvas), nem mesmo assinar qualquer tipo de texto (nem que seja uma receita de culinária).

      Além de uma concorrência desleal com os seus competidores no mercado, tem que se pensar se Mansueto Almeida não está vendendo irregularmente informações estratégicas do governo. Um cliente que saiba do dia-a-dia da programação financeira do governo federal, antes da divulgação dos relatórios do Tesouro, poderá calcular, por exemplo, o primário. Em um cenário mais ingênuo, esse cliente no mínimo pode projetar melhor, por exemplo, demanda, inflação, etc. Em um cenário menos ingênuo, poderá ganhar dinheiro no mercado financeiro ao fazer projeções sobre juros, câmbio, etc.

      Por que um servidor que está no setor privado está publicando análises com a senha do Siafi em seu blog? Ele tem feito consultoria e ganhado dinheiro no seu período fora do Ipea? Usa as informações do Siafi nesses trabalhos?

      O Mansueto deveria prestar informações sobre isso, para a sua própria credibilidade como pesquisador.

  17. Dilma sempre vai bem em
    Dilma sempre vai bem em entrevistas. Normal.
    Votei nela e no Lula e votarei no PT nas próximas eleições.
    Decisão do POVO não se questiona, cumpre-se.
    Não me considero de esquerda mas farei de tudo para derrotar essa cambada de oposicionistas lesa-patria, que quer destruir o país, não para que um dia venha um salvador, um novo caçador de marajás, mas para poder roubar mais.
    A irritação da oposição é fissura de viciado em pilhagem.
    As roubalheiras das privatarias, dos castelos de areia, dos transalões, dos buracos do metrô e das super plataformas afundadas são o legado dessa tigrada.

  18. Maria, a Louca

    É como o colunista de economia da Folha, Vinícius Torres Freire, que até respeito, se refere à presidente em suas constantes incursões no FB.

    Sobre a entrevista de Levy, ontem, deixa entrever a necessidade de cortes nos programas sociais. Sei que não está sozinho. Nassif mesmo, ao apresentar-nos os meninos músicos do Ceará, argumento que é justamente aí que querem chegar.

    Assim respondi,ao comentário VTF, sem resposta ou curtida, claro:

    “É só o que se quer. Retroceder à miséria que até 2003 ninguém resolveu. Ficamos de firulas, chás acadêmicos , vendo as margens plácidas se espraiarem sem nunca virar sertão. Cortem “casa, luz, cotas em universidades, bolsas famílias ou amantes e, daqui deste sertão de onde escrevo, tirem os sorrisos do caminho e passem com suas “cores”. Antes, degolem Maria, a Louca, Waak ficará feliz de anunciar com ar grave e frase lapidar: foi merecido.

    Parece que seu antecessor na Folha, não pensa o mesmo.

  19. Queria ver como se sairiam os

    Queria ver como se sairiam os que fazem gracejos e ironias acerca da capacidade da presidente Dilma se lhes fossem dada a oportunidade de administrar 0,00001% dos graves e complexos problemas com que lida diariamente. 

    Aliás, vai ver que alguns são até mal resolvidos na vida profissional. 

    Vamos criticar, sim, as ações políticas e administrativas da presidente quando avaliarmos necessário. Mas, por favor, sem perder a compostura e o respeito. 

    1. Sobre os muares do blogue e trolls eventuais…

      Pois é JB,

      O Nassif, já deixou um recado para eles:

      “Mas quem não tem nível para entender os erros, sempre haverá de mostrar seu brilho de abajur lilás rindo às escâncaras com suas frases – aquele riso kkkk, similar aos dos muares admirando o pasto.”

  20. 2015.75 : discussão
     Questions submitted by the Spanish Press

    Q: You predicted an economic peak by October 1, and you suggest there may be a U.S. government shutdown on that day. What’s going to happen in the following months?

    INTR-CCON

    A: 2015.75 (September 30/October 1), is the BEGINNING of an economic trend rather than the end. It also happens to be the day the U.S. budget must be approved. A fight over the debt ceiling is shaping up once again. This is more symbolic of the debt crisis, since all we ever have are these hearings to raise the debt ceiling. It never ends. The likelihood of the U.S. actually defaulting is zero. However, this target seems to mark the beginning of a sovereign debt crisis that is engulfing the entire world. Its importance may be that it draws attention to the problem of government debt everywhere. We should see a rise in interest rates begin as more and more capital starts to question government debt and the long-term future. This is a 5000-year low in interest rates, which is totally insane.

    Q: You have publicly said that the current economic system works as a Ponzi scheme, and that governments and markets need regulation. Could you expand on that and how to regulate them?

    A: Federal government should be prohibited from borrowing money. Politicians exempt themselves from all criminal laws, and thus there is no means of a check and balance to protect society. Eliminate the power to borrow, eliminate federal taxation, and governments should simply expand the money supply according to a fixed level of GDP (say 5%), which must be calculated by a PRIVATE independent board for ALL countries. Doing all of the calculations at the same place will make it as difficult as possible for governments to manipulate their economic numbers to spend more money. We also no longer need taxation at the Federal level for that is a barbaric relic from the past when money was commodity based. We are no longer in a barter economy so we do not need taxes. Eliminate taxes and economic growth will expand, lowering unemployment, and the lost generation will have restored hope for the future.

    ft-1998

    Q: While you were working as an analyst, you thought the Russian economic collapse. Do you think someone betrayed you?

    A: No. The bankers blamed me for their own mistakes. By paying bribes to the IMF to keep the loans going to Russia, they ignored all risk management. This is why Long-Term Capital Management collapsed. A journalist was there at our London World Economic Conference and put that forecast on the front page of the second section. So when it crashed, they blamed me. Then the bankers were trying to manipulate the Japanese yen for March 31, 1999. At our conference in March 1999, I warned all of our clients that they were being targeted, and explained how to defeat the manipulation. They listened and the manipulators lost billions. So two in a row. Yes, they were eager to get me out of the way.

    Hermitage_Capital_Management

    Maher

    Q: Do you believe Saffra was murdered? In case you do, how did you escape danger?

    Yes, I believe Russians murdered Saffra for attempting to blackmail Yeltsin. Putin came to power weeks before Saffra’s murder and then seized his Hermitage Capital operation in Russia, which was the entity they were trying to get me to invest $10 billion in at the time, which I rejected. I was not involved in that manipulation so I was not at risk. Even the male nurse who they initially blamed for Saffra’s death was released by the high court who said he did not receive a fair trial and sent him back to the States. Who killed Saffra has never been resolved. The lawyer/accountant for Saffra’s company in Russia, Sergei Leonidovich Magnitsky, was arrested and subsequently murdered while in custody pending official and unofficial inquiries into allegations of fraud, theft, and human rights violations, which were all centered around Saffra. Congress even passed the Magnitsky Act to punish people involved. Why? Very strange connection.

    Death In MonacoSafra Death in Monaco _ Vanity Fair 

    Q: When it comes to your imprisonment, how do you analyze its outcome? 

    A: Prison is a huge drain on society. It should be a last resort reserved for violence only. Less than 4% of the people in U.S. prisons are there for violence. In the Feds, every person must go to prison even for a traffic violation on federal property or the prosecutor receives no credit to advance. Former Attorney General Ashcroft imposed that rule and prisons have exploded. Then they put people away for far too long. You become institutionalized for it is like living in tax-free monastery where you really are taken care of. Putting people away for 20 years is crazy. They get out and want to commit a new crime to get back in because they cannot find employment and have typically lost all contact with their family. They are stripped naked of any social contact.

    Schiavoni-Hect

    Q: The documentary sustains they fabricated evidence against you. Do you think the legal system and the federal bureau conspired against you to get your codes?

    A: I do not think it began that way. I went to my lawyer to file suit against Republic demanding the stolen money be return in one week. They ran to the Feds claiming I conspired with their own people to hide their losses from my clients, which only made sense if we were managing money. The Fed rushed into our office four days later without any verification whatsoever. Whatever the bank said, they just alleged.

    Republic was in the middle of a takeover by HSBC. So, it was a desperate move to save the bank. Once the Feds realized we were buying portfolios in Japan, not managing money, everything fell apart. Then Saffra was murdered and I subpoenaed all of the phone line tapes he spoke on; the government went nuts, demanding protective orders, and began the contempt. Once I was in, they demanded the code. To do a film like this, the producer had to get Error & Omission insurance or they could be sued. The insurance company hired an independent board of lawyers to review the case and the facts. They actually put the demand for code in WRITING. The film could not have been made without insurance to verify every fact.

    TR02-0702000 NO ORDER

    Q: Why did you refuse to give out that information? Besides the misuse they could make out of it, was it also a life-threatening issue? 

    A: It became obvious that they would never produce any order that is required by law. If you put someone in contempt, there MUST be some order that says if you do this, you will be released. They would NEVER provide such an order and my lawyers said bluntly that they would never release me, which is why there was no order. They could not take the risk for if I complied, then what. This is why I got into the Supreme Court and then they had to release me or the Supreme Court would have to rule against them. Even the judge did not realize he threw me in prison without an order. He just assumed the government acted by the law. He blurted out, “I thought you did that?” Legally, he should have released me immediately. But he does whatever the government wants. Fair trials are not available in New York City against the government. It is a joke.

    Q: Do you think the international financial system has learned anything from its mistakes?

    A: No. As long as it is subject to bribing regulators, nothing will change.

    Q: You have forecast a rise in violent conflicts when it comes to frontiers that might lead to a serious war outbreak. Does that have anything to do with the current refugee crisis?

    A: Yes. The refugee crisis is the prelude to this chaos.

    Q: You have also said, contrary to all evidence, that climate change is a fraud. Why?

    A: There are hundreds of miles of more ice than we had in 2010. It is simply a cycle; the sun energy output beats like a heart. It is a 300-year cycle and it is turning back down. To the contrary, global warming was attributed to humans as if we have the power to alter the climate. That is absurd. Yes, we can make the air unclean or throw trash on the streets and live in dirt. But that does not alter the sun or the cycles that drive things far larger than our small tiny world.

  21. A SOCIEDADE BRASILEIRA PRECISA REFLETIR SOBRE SI MESMA!

    QUE PAÍS QUEREMOS DEIXAR AOS NOSSOS FILHOS?

    NOSSOS JOVENS MERECEM PODER SONHAR COMO UM AMERICANO OU EUROPEU?

    Primeiramente, em nome das futuras gerações, para que não continuem motivo de piadas no exterior, e não se envergonhem de ser brasileiros; apelamos a quem tentou sabotar o atual governo, para que deixem de lado esse tipo de coisa, onde todos perdem; e procurem criar novas propostas, em vez de desviar 400 bilhões de dólares ao exterior (1, 5 trilhões de reais). Imaginem quanto o governo perdeu em arrecadação com isso! Por favor tragam de volta esse dinheiro, e aproveitem a anistia que será concedida pelo bem do país. Vejam:

    https://jornalggn.com.br/noticia/governo-quer-fechar-o-cerco-a-evasao-de-divisas

    Chega a ser uma aberração! Porque quando enfrentamos sonegações como essa, nosso povo sai no prejuízo, porque diminui a qualidade de sua educação, alimentação, moradia, saúde, segurança, etc. Com isso, o brasileiro acaba transformando-se num trabalhador incapacitado e inapto para ajudar uma empresa de ponta a competir no mercado globalizado. Entretanto, por incrível que pareça, quem mais sai perdendo são os próprios sonegadores! Afinal, quem nesse país tem condições de investir pesado em alta tecnologia? São justamente os grandes sonegadores! O que eles estão esperando, para unir forças, e gerar alta tecnologia no Brasil?

    Isso é a coisa mais simples que existe, basta copiar o que foi feito na Europa e EUA, basta exigir dos políticos que eles mesmos pagam a campanha eleitoral, que aprovem leis de fomento ao desenvolvimento tecnológico. Nossas universidades públicas precisam desenvolver tudo o que nossas empresas precisam! Os empresários não podem gastar seus recursos com tecnologia, pois é cara, e o governo já tem os laboratórios universitários, excelentes professores e cientistas, além de alunos que precisam desenvolver tecnologia na prática para um aprendizado mais eficiente. A universidade de Harvard nos Estados Unidos tem como sua maior fonte de recursos os royalties sobre patentes de produtos desenvolvidos para a indústria americana! Não é possível que nossas empresas nacionais não produzam coisas como uma máquina de costura, uma lâmpada econômica, processadores e demais componentes de computador, ou mesmo um automóvel, por falta de tecnologia! Vejam:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/379112835557718/?type=3&theater

    O que há de errado com nossos empresários? É só trazer o dinheiro de volta para o Brasil, e exigir o fomento de tecnologia às empresas por parte do governo. Imaginem o que o Brasil seria, se metade desses recursos, 200 bilhões de dólares, fossem usados para desenvolver e instalar geradores eólicos e maremotrizes em toda a costa brasileira! Com um povo melhor instruído e capacitado, e energia limpa sobrando, atrairíamos importantes investimentos do mundo inteiro, e as oportunidades se multiplicariam.

    https://www.youtube.com/watch?v=FZSO21oCx1M

    COMPREENDA A ORIGEM DE NOSSA CRISE!

    O Brasil não vive uma crise inflacionária por excesso de consumo! Muito pelo contrário, nosso povo não consome nem ¼ do europeu e americano. A inflação decorre dessa sabotagem na economia. País nenhum aguenta uma sangria dessas, de 400 bilhões de dólares desviados ao exterior. A busca incessante por dólares é que diminui nossas reservas nessa moeda, forçando o governo a elevar os juros, para atrair investimentos especulativos ao país (entrada de dólares), atrás desses juros altos; o que retrai a economia, por dificultar o consumo e inviabilizar investimentos. Nos EUA e Europa, os juros são elevados, apenas quando o consumo está em excesso. Ou seja, é extremamente urgente a aprovação da PEC 21/2015, para acabar com a corrupção:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/303097703159232/?type=3&theater

    Outro ponto importante nessa sangria de recursos ao exterior está na remessa de lucros das multinacionais, que são importantes ao país, e devem ser estimuladas, mas precisam também ser observadas com muito cuidado. É preciso estimular o envio de remessa de lucros em reais, isentando de impostos, e mesmo proibir, ou tornar demasiadamente oneroso a remessa em dólares. Multinacional deveria poder converter lucro em dólares apenas para cobrir o que trouxe pra cá, quando investiu no país. Caso contrário, continuaremos como uma pessoa que vive com uma faca enfiada na barriga, sangrando pra lá e pra cá.

    Paralelamente, precisamos combater as sonegações fiscais do mercado externo, onde filiais daqui vendem produtos praticamente de graça para suas matrizes no exterior, para não ter lucro, e não pagar impostos no Brasil. O lucro todo fica com a matriz, e o imposto é pago por lá. Da mesma forma, compram produtos muito mais caros de suas matrizes, ficando com prejuízos no país, pagando impostos irrisórios, e remetendo dólares indevidamente ao exterior. O investimento maciço no fomento tecnológico às empresas nacionais é o melhor remédio, pois dessa forma, não apenas precisaremos importar menos capital multinacional, como também passaremos a ser grandes exportadores. É preciso pensar seriamente também em restringir o mercado externo para empresas que possam praticar esse tipo de transação.

    http://democraciadiretabrasileira.blogspot.com.br/2014/11/como-deixar-de-ser-colonia.html

    Precisamos começar a tributar a exportação de produtos, cuja venda ao exterior não nos interessa. Por exemplo, tributar a exportação da soja, porque podemos produzir o óleo, e agregar muito mais valor ao produto. Assim como a exportação de ferro, para começar a exportar chapas de aço. Nos Estados Unidos, por exemplo, eles chegam a proibir as exportações de produtos como o petróleo, mesmo tendo grandes reservas e excelentes preços. Ou será que quem precisa desses produtos iria ficar sem eles, se os industrializássemos aqui? Na globalização, quem entra de trouxa sai sempre perdendo…

    POR QUE NÃO PODEMOS MAIS ONERAR NOSSOS TRABALHADORES?

    Se o trabalhador brasileiro precisar pagar mais impostos, a ampla maioria do país sairá prejudicada, pois o consumo, já comprometido com os juros altos e o desemprego, será ainda mais inibido, aprofundando a crise em que já estamos. Nosso trabalhador, ao contrário, precisa de uma política de valorização dos salários, que estão muito baixos. O que deve partir do governo, que precisa acabar com a roubalheira, para poder pagar melhores salários públicos, salário mínimo, e aposentadorias. Arrocho salarial só interessa aos grandes grupos exportadores, que não vendem seus produtos dentro do país, e quanto menor os salários, maiores serão seus lucros.

    Todas as empresas que exploram o mercado interno, além do próprio trabalhador, saem perdendo com a elevação dos impostos para quem ganha menos. Entretanto, vemos a ampla maioria do empresariado nacional, que depende do mercado interno, apoiando política econômica de grupos exportadores. Mas quem são os exportadores? Gente que fala em bilhões, e participou da vaquinha dos bancos, que entupiu de dinheiro todos os candidatos a presidente em 2014. Só que a política é uma luta de forças. Se nosso empresariado do mercado interno e a classe trabalhadora souberem do que precisam, e pressionarem o governo, poderão enfrentar os grupos exportadores, e defender seus interesses, ou pelo menos formar uma frente política diferente nas próximas eleições. Por aí percebemos a importância do fim do financiamento empresarial de campanhas eleitorais, tão defendido pelo PSDB. Quem tem que financiar partidos e políticos são as pessoas físicas, não as empresas. É mais do que óbvio, que a classe empresarial continuaria a ter uma forte influência política; mas do jeito que está, com mais da metade do nosso capital produtivo nas mãos de estrangeiros, o país acaba sofrendo influências excessivas por parte desses grupos, graças ao financiamento empresarial, e acaba virando uma colônia em suas mãos.

    QUAIS AS OPÇÕES PARA O AUMENTO DE IMPOSTOS?

    a) TRIBUTAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS E DIVIDENDOS:

    Aqui trazemos uma excelente matéria sobre o que pode ser feito, tributar a distribuição de lucros e dividendos das grandes empresas:

    http://www.brasil247.com/pt/blog/paulomoreiraleite/196048/Contra-mais-impostos-taxar-lucros-e-dividendos.htm

    http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/3724615/tributacao-dividendos-fim-jcp-veja-acoes-mais-prejudicadas-com-proposta

    As empresas que estão dentro do simples, já tem a distribuição de lucros embutida no imposto, inclusive com alíquotas progressivas, para dar maior justiça à tributação; e são quem mais estão sofrendo com a atual crise. Sem contar que o governo não atualiza o imposto de renda dessas empresas, como faz com os das pessoas físicas todo ano, equivalendo a seguidos aumentos anuais de impostos ao microempresário. A situação das grandes empresas é diferente, e não tem cabimento que, ao contrário dos outros países, a distribuição de lucros e dividendos não seja tributada nas pessoas físicas. Ela não apenas deve ser taxada, como também descontada na fonte.

    Há controvérsias sobre se pagar duas vezes pela distribuição de lucros. Entretanto, isso existe na maioria dos países. A empresa paga um imposto pelo seu resultado financeiro, pelo lucro que obteve com sua atividade, e quando uma pessoa recebe esse lucro, não pode transformá-lo em “rendimentos isentos e não tributáveis” em seu imposto de renda pessoal. O ICMS também é tributado várias vezes, a indústria paga o ICMS sobre suas vendas, quando chega no atacadista ele paga de novo, quando o varejista vende, tem que pagar também, e quando o comércio de mercadorias usadas adquire e revende seus produtos, acaba pagando novamente o ICMS. Talvez fosse melhor criar uma nova sistemática, para evitar ações na justiça, deixando para tributar a distribuição de lucros e dividendos apenas como pessoas físicas, e elevar os impostos sobre essas empresas de outras formas, para não perder a arrecadação.

    O problema é que vai mexer com o bolso justamente de quem paga a campanha de deputados e senadores, gente que tem muita influência inclusive na justiça, que é extremamente corrupta e tendenciosa. Ou seja, haveria grande resistência no congresso e na justiça. Levando em conta que, além de todas as injustiças apontadas, esse sistema ainda desestimula o reinvestimento dos lucros na própria empresa, está mais que na hora de corrigir essa grave distorção existente em nossa economia. A rigor, esse sistema de arrecadação de impostos, criado pelo Fernando Henrique, é EXTREMAMENTE INJUSTO. Porque quando as grandes empresas pagam seus impostos sobre os dividendos, elas o fazem com uma única alíquota. Por isso é mais do que óbvio, quem o PSDB defende. Pois quem recebe de dividendos 100 milhões por mês, paga o mesmo imposto de um acionista que recebe apenas mil reais. Essa falta de proporcionalidade deveria tornar todo esse sistema de arrecadação ilegal, e até mesmo inconstitucional. Porém, como mencionamos, quem decide sobre essas coisas, a justiça, não está aí para defender os interesses da sociedade, e sim seus próprios interesses. Sem contar os favores, troca de influências, e até mesmo corrupção, que circulam por seus bastidores. Por isso será necessário muita pressão da sociedade, para que o peso não recaia novamente em cima dos mais fracos, e estamos falando da classe média, e média alta.

    Outro problema extremamente complexo está em relação às multinacionais, que detém mais da metade do capital produtivo no Brasil. Se acabarmos com a tributação sobre a distribuição de lucros das empresas, e o cobrarmos individualmente no imposto de renda de pessoa física, como os acionistas das multinacionais estão no exterior, abriremos mão dessa arrecadação. Aliás, as economias desses acionistas, para que pudessem investir no Brasil, foram geradas em seus próprios países, e não tem nem cabimento querer tributá-las por aqui, quando já declaram e pagam seus impostos por lá. Entretanto, menos cabimento ainda seria o país não ter uma política e legislação diferenciada para as empresas genuinamente nacionais, que além de poder gerar mais impostos ao país, através da pessoa física de seus sócios, também desenvolve sua tecnologia aqui dentro.

    Tecnicamente não há impedimento algum, é o mesmo sistema da contribuição previdenciária, onde uma parte é paga pelas empresas, e outra pelas pessoas físicas; mas levando em conta que mexe com o bolso de gente poderosa, isso vai dar muito pano pra manga. O ideal é que os ganhos com atividade empresarial de grande porte sejam desdobrados em duas partes, uma quando a empresa lucra e disponibiliza recursos para distribuir aos sócios, em vez de investir e aumentar salários. Essa primeira parte, esse fato gerador, seria equivalente ao que ocorre hoje, e poderia permanecer igual. Entretanto, quando um acionista recebe seus dividendos, ele precisa declará-los ao imposto de renda de pessoa física, a fim de que seja aplicado o princípio da proporcionalidade, e quem ganhe mais, que também pague mais impostos; esse teria que ser encarado como um outro fato gerador. Ou então criar um sistema onde parte do imposto seja pago por essas empresas, e o restante descontado na fonte sobre a alíquota mais elevada, como pagamento feito pela pessoa física dos sócios, que terão direito a restituição, caso pertençam a uma faixa de alíquota menor.

    Aliás, é extremamente urgente que as faixas do imposto de renda de pessoa física sejam revistas, equiparando-se às praticadas no mundo desenvolvido; pois o máximo cobrado dos contribuintes é 27,5%. Ou seja, quem ganha 30 mil por mês, vai pagar 10 mil de imposto e ficar com 20 mil; e quem ganha 30 milhões por mês, ficaria com 20 milhões no bolso, já que acaba pagando o mesmo porcentual de quem ganha apenas 30 mil! O ideal é que essas faixas fossem elevadas. Na prática, como ninguém ganha tanto sendo assalariado, esse tipo de milionário obtém suas rendas através de participações em empresas. No fundo, com o atual sistema de tributação perverso e injusto, quem recebe os 30 milhões, fica com tudo no bolso. Por que será que eles se preocupam tanto com política, a ponto de despejar bilhões em suas campanhas?

    Deixar de tributar esses milionários para tributar os mais pobres é uma traição ao eleitor, e um desrespeito ao povo. Foram eles, claro que não todos, que remeteram ilegalmente 1,5 trilhões de reais ao exterior, sabotando nossa economia. Se o país quebrar, e entrarmos numa depressão econômica, seus recursos estarão no exterior, e continuarão se enriquecendo por lá, embora com muito menos mordomias e facilidades, mas em dólares. Daqui a alguns anos, com a recessão, os recursos enviados pra fora darão pra comprar várias vezes mais, do que podem comprar hoje no país em termos de imóveis, ações, plantas industriais, etc. Essa é uma atividade criminosa, que envolve ao mesmo tempo sonegação, evasão de divisas, e especulação financeira; que precisa ser combatida com rigor no Brasil. Uma tributação mais justa é apenas o primeiro passo para isso. O segundo é a austeridade, o governo precisa ter crédito e apoio popular. O povo só aceitará aumento de impostos, se sentir que a roubalheira está sendo enfrentada com rigor, e não verá mais esse tipo de rombo em nossos cofres, saindo impunemente. Isso pode ser conquistado com a aprovação da PEC 21/2015 (link postado acima), que reconhece o poder dos ABAIXO ASSINADOS do povo para derrubar leis indesejadas, e também para iniciar o processo de cassação de político, a ser decidido por voto popular. Ou seja, seria o MUNDO POLÍTICO dizendo à sociedade:
    A brincadeira acabou, e se cometermos erros, vocês podem nos destituir do cargo.

    Não esperamos esgotar o assunto aqui, apenas deixamos nossa contribuição, e esperamos que todos façam o mesmo, enriquecendo esse debate.

    b) TRIBUTAÇÃO DAS GRANDES HERANÇAS:

    É um absurdo que, diante de todos os nossos problemas, a transmissão de herança continue com uma alíquota em torno de 4%, quando em países como a Inglaterra chegam ultrapassar 50%! Não estamos falando de quem vai deixar uma casa e um automóvel pros filhos, mas sim de quem deixa algo acima de um milhão de reais, cujas alíquotas devem subir progressivamente, até atingir uns 60%. Porque senão, estaríamos estimulando um enriquecimento desmerecido. O que além de ser injusto, pode ser extremamente danoso à sociedade, que passa a ser dominada por “filhinhos de papai” incompetentes e mimados, recriando uma espécie de nova nobreza!

    c) TRIBUTAÇÃO DA ESPECULAÇÃO FINANCEIRA E IMOBILIÁRIA:

    A sociedade precisa discutir o que é razoável ganhar no mercado de ações e com juros. Por exemplo, se o ideal fosse ganhar até 20% ao ano cobrando juros ou vendo suas ações se valorizarem, a partir disso deveríamos começar a cobrar um imposto sobre a especulação financeira; algo em torno de 1% de imposto sobre cada 2% de ganhos excedentes. Assim, se um banco cobrasse 70% ao ano no cartão de crédito, isso excederia em 50% o limite do razoável. Sobre esses 50% de ganhos acima do limite seriam aplicados o IMPOSTO SOBRE ESPECULAÇÃO FINANCEIRA numa alíquota de 25%. Pelo menos o governo participaria dessa verdadeira agiotagem institucionalizada, e consequentemente a sociedade também seria beneficiada. Pros especuladores não encherem o saco, poderíamos até deixar que abatessem o porcentual de inadimplência.

    A especulação imobiliária é um flagelo nacional. Uma aberração que jamais poderia ser admitida por nossos empresários do mercado interno, e pelo trabalhador. Na medida em que o preço dos terrenos ficam muito altos, o trabalhador perde recursos para essa classe especuladora, que nada produz, e assemelha-se a um imenso verme, semelhante à antiga nobreza feudal. Se o trabalhador não gastasse tanto para comprar um terreno, ele gastaria muito mais no comércio e na indústria, transformando a economia numa locomotiva; como ocorreu com os Estados Unidos, que ultrapassou a Europa em poucas décadas; porque lá não havia nobreza feudal, e era só ir mais para o oeste, e pegar o quanto quisesse de terras…

    Mas o mais absurdo e vergonhoso é sabermos porque existe a especulação imobiliária! Talvez isso seja até pouco, melhor seria dizer aberração, falta de vergonha, falta de respeito, corrupção legalizada, e vai por aí a fora. Nossos governos vivem reclamando, e querem elevar a arrecadação de todo jeito. Entretanto, a especulação imobiliária existe, justamente porque eles não cobram imposto das áreas rurais grudadas nas áreas urbanas. Se está grudada na área urbana, já é motivo para especulação, e jamais poderia ficar isenta de impostos, como ficam as áreas de até meio milhão de metros quadrados, que, embora sejam consideradas rurais, já estão coladas na área urbana, com água, luz, estrada, esgoto, etc. Pelo menos uma faixa de 500 metros a partir da área urbana deveria ser considerada intermediária, e sofrer severa tributação federal.

    http://democraciadiretabrasileira.blogspot.com.br/2015/02/impostos-sim-mas-com-justica.html

    Ninguém mais compraria terra pra deixar criando mato, aproveitando-se da isenção de imposto, enquanto diversas famílias são obrigadas a morar nas ruas e em favelas. Esperamos que o atual governo honre o voto de seus eleitores, e traga um pouco mais de justiça ao país; que nossas elites conservadoras percebam que, mesmo com todas essas facilidades e benefícios, ainda não chegam nem perto da riqueza dos americanos e europeus; e que o melhor juiz para impedir a roubalheira generalizada, e que um setor passe o outro pra trás, é o próprio povo, através do RECALL. Afinal, quanto custa nossos jovens sentirem orgulho do país onde nasceram, e não virarem motivo de deboche, quando viajam ao exterior?

    1. Impressionismo

      A sua analise lembra um big-quadro de uma obra de impressionismo.

      E corrobora com meu post abaixo.

      Pelo tamanho do embroglio, infelizmente só resta orar pelo Brasil.

      Esperança de mudanças, pelo menos num futuro proximo, depois que se le seu texto, é uma coisa que se dilui lamentavelmente.

      O que temos hoje?

      Alguem ve por acaso qualquer grupamento de personagens influentes buscando uma solução efetiva para a crise?

      O que temos hoje?

      Temos uma luta escarniçada e fraticida pela busca do poder. E alguem guarda alguma ilusão de que ao terminar esta luta, diante dos escombros, o grupo vencedor, vai finalmente pensar o Brasil de forma abrangente e de longa duração???

      Orar para quem é religioso e tem Fé num poder transcendente e ou relaxar e aproveitar a vidinha ordinaria…

  22. Entrevista Dilma ao Valor

    Quanta clareza nas respostas, será que as pessoas que teimam em contestar sua capacidade teriam a dignidade de analisar essa entrevista

  23. Jesuiiisss, mais do mesmo…

    Nosso presidenta está de brincadeira! Aumentar impostos? Mais?? O problema é que essa medida causa maior impacto justamente na classe sufocada por tributos e sem nenhum retorno.

    O que foi feito para diminuir a sonegação de impostos no Brasil? Não seria esse o caminho?

    Recentemente foi falado até em aumentar IR, piada de mal gosto, só pega o trabalhador que é debitado na fonte! 

    E os impostos sobre grandes (das realmente grades) fortunas? Cadê??

    A verdade é que a desigualdade social está aí e o governo só quer tirar mais de quem tem menos, e olha que se diz partido dos trabalhadores.

    A máquina pública está cada vez mais inchada e mal frequentada (vide sra. Eva Chiavon), Brasil se tornou um grade armário cheio de cabide para “cumpaneiros” e os trabalhadores que estão pagando.

    Agora sobre a questão da renúncia, resposta medíocre, não se trata de ser homem ou mulher, se trata do ser que está no comando naquele momento! Quem vive criando e citando tal distinção é ela! 

    A verdade é que esse governo sempre foi arrogante e inconsequente, todo mundo sabe que uma hora a conta do mau uso do dinheiro público teria que ser paga. Para dar um jeito no Brasil precisamos de uma 3º via, de preferência bem distante do Foro SP.

     

  24. Nenhum jornalista em atividade entende mais de economia…
    A frase de Nassif é o reconhecimento da incapacidade dos jornalistas brasileiros em comentar economia. Dessa forma, o melhor é evitar análises de colunistas e nos basearmos em entrevistas.

  25. Nenhum jornalista em atividade entende mais de economia…
    A frase de Nassif é o reconhecimento da incapacidade dos jornalistas brasileiros em comentar economia. O melhor é evitar análises de colunistas e nos basearmos em entrevistas.

  26. DIVIDA PÚBLICA E O PACTO PELA REDUÇÃO DE JUROS E CRESCIMENTO IND

    Boa tarde,

     

    É urgente um grande debate sobre um pacto nacional para criar as bases para a redução dos juros.  

    Tem dois grandes setores que podem se movimentar neste sentido, os trabalhadores e os industriais. Para os trabalhadores a diminuição dos juros implica em mais investimentos e a manutenção dos gastos sociais, já para os empresários é necessário combinar algum tipo de desoneração ou subsídio. É necessário caminhar na discussão estalecendo limites para evitar aumento de custo acima dameta de inflação.

    O Governo precisa dizer que esta taxa dejuros é insustentável e que se nada for feito jogaremos por terra tudo o que foi construído durante 12 anos.

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