Os receios das campanhas eleitorais de Lula e de Bolsonaro sobre a abstenção, ou seja, de os eleitores não comparecerem às urnas no próximo 30 de outubro, encontram razão nas pesquisas.
“Gostaria de saber qual é chance do(a) sr(a) deixar de ir votar porque nenhum dos dois merece que você saia de casa para isso?”, perguntou o IPEC a 2 mil eleitores, entre os dias 8 a 10 de outubro. 7% deles responderam “muito alta”, 6% responderam alta e 9% responderam “média”.
Na prática, isso significa que 22% dos eleitores podem faltar às urnas, não votar. E outros 5% não responderam ou não souberam responder. Este número supera a abstenção registrada no primeiro turno, que já foi alta: de 20,9%, o então maior percentual desde 1998.
Abstenção é superior nos eleitores de Lula do que de Bolsonaro
Quando verificada a estratificação desse eleitor, os números ameaçam prejudicar mais Lula do que Bolsonaro.
Isso porque os patamares dos que afirmam chances “alta” ou “muito alta” de não ir votar são maiores entre os eleitores de até 1 salário mínimo (19% de chances somadas), os que têm até o ensino fundamental (15%) e nordestinos (15%) – o eleitorado de Lula.
Já os públicos predominantemente eleitores de Bolsonaro têm os menores índices, ainda que altos, de chances alta e muito alta de abstenção: Evangélicos (12%), com ensino superior (9%) e mais de 5 salários mínimos (9%).
Leia o relatório completo aqui.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Questão mais séria ainda é que muitas empresas de ônibus (em quantas cidades brasileiras?), apesar de terem instrução para a tarifa gratuita – tiram de circulação grande parte da frota. Os moradores dos bairros periféricos (como em Petrópolis no dia 02) ficaram sem transporte!!
Isso deve ser uma explicação para a perda de votos do Inácio no primeiro turno!
Será que vai acontecer de novo????