Barraco na ONU: Embaixadora brasileira abandona discussão após Jean Wyllys denunciar ligação de Bolsonaro com milícias

Antes de deixar o local, a embaixadora disse que a presença de Wyllys na reunião promovida pela ONU "envergonha o Brasil". Ex-deputado foi aplaudido após denunciar ligações de Bolsonaro com milícias investigadas pela morte de Marielle Franco

Jornal GGN – Uma embaixadora brasileira, Maria Nazaré Farani, protagonizou, nesta sexta (15) um “barraco”, segundo os relatos do correspondente Jamil Chade, em reunião da ONU (Organização das Nações Unidos).

A diplomata se recusou a ouvir, sem poder replicar, uma resposta de Jean Wyllys, que participava da mesa de discussão. Após o ex-parlamentar criticar a postura anti-democrática da embaixadora e denunciar a ligação dos Bolsonaro com milicianos investigados pela morte de Marielle Franco, ela deixou a sala gritando que a presença do ex-parlamentar na ONU “envergonha o Brasil”.

“Senhora embaixadora, ouça a minha resposta. (…) O fato da senhora ter saído do seu lugar e vir com discurso pronto para essa sala é sintoma mesmo de que minha presença aqui amedronta a senhora e o seu governo, que não tem compromisso com a democracia”, disparou Wyllys.

“Sobretudo no momento em que a imprensa revela ligações entre organizações criminosas, os assassinos de Marielle Franco e a família do presidente da República”, acrescentou.

A diplomata passou a repetir que Wyllys não amedronta o governo, mas “envergonha” sua imagem. “A sua presença aqui envergonha o Brasil”, disse, antes de abandonar a reunião.

“Outra questão importante é que ele faz elogio e apologia à tortura. A tortura é um crime que lesa a humanidade, não deveríamos tolerar em hipótese alguma, sobretudo em governos que se auto-proclamam democráticos. Obrigada.”

Wyllys foi aplaudido ao final.

Chade compartilhou em sua conta no Twitter o vídeo do confronto.

 

Redação

21 Comentários

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  1. O Brasil de Bolsonaro desiste abertamente de fazer parte do mundo civilizado. Até o mundo mineral sabe que Bolsonaro representa os milicianos cariocas e o crime organizado de toda sorte. Um marginal.

  2. Me pergunto como é que membros de uma das mais prestigiadas e respeitadas intituições brasileiras, o MRE, se preza a esse papelão?

    Que o MP e o Judiciário tavam cheios desses aloprados sem noção eu já sabia há anos, mas o MRE? Jesus! Já não se trata de a que ponto chegamos, mas de que buraco nunca saimos.

  3. No dia, num único dia, em que um representante desse governo não estiver envergonhando o Brasil, eu…eu…, não, não adianta, não vai haver esse dia. Parabéns Jean, você deixou de me representar aqui mas o faz, brilhantemente, na ONU.

  4. Jean Wyllys é um orgulho pra quem defende a democracia, a liberdade e a justiça social. Eu detestava o Freixo por ele parecer anti-petista, mas agora aplaudo essa corajosa bancada do psol, desde Erundina, até Ivan e Melchiona. Ciro é um farsante quinta-coluna, traidor do povo.Sou petista e Gleisi e Pimenta tem mostrado seu valor na luta contra o fascismo que hoje domina o Brasil. Lula livre e os mandantes da execuçao de Marielle na cadeia. Fora reforma previdenciária, teocracia e um presidente totalmente desequilibrado com transtorno psiquiatrico, totalmente incapaz pra exercer o cargo, truculento, extremamente autoritário, quer matar de fome o idoso pobre e entregar o Brasil inteiro pro Trump. Doutor, eu nao me engano, está provado a proximidade dele com milicianos

  5. Caríssimo,
    Ao que parece, há erros de transcrição. Quem agradece, após fazer pertinente acusação, foi Jean William. Por isso, pareceu-me que houve confusão na flexão de gênero no ultimo trecho transcrito entre aspas. Onde se lê: ‘elE faz elogio da tortura’ deveria estar ‘ela faz elogio da tortura’ e onde se lê ‘obrigadA’ deveria estar transcrito ‘obrigafo’, pois foi Jean quem agradeceu.
    Abraço

  6. Pois se o próprio Bolsonaro e matilha fazem discursos e mais discursos, seguidos de homenagens a torturadores e milicianos, vem agora essa “embaixadora” fazer esse barraco e justo na ONU? Pergunto, não dizem que o concurso para o Itamaraty e muito difícil?

  7. Ainda bem que a diplomata é burra. Fosse inteligente não se exporia nem demonstraria a barbárie que é o desgoverno bozo. Mais uma prova ao mundo do que é feito este desgoverno.

  8. Olhando a vida pregressa desta “diplomática” diplomata, me parece que ela já tinha estas posições há muito tempo, mas na época de Amorim, por conveniência se dedicou ao trabalho diplomático, agora por conveniência se dedica ao puxa saquismo. Acho que usou a conferência do Willys apenas para quem sabe ganhar um posto maior na carreira diplomática. Ela se retirou porque já havia feito tudo que queria, e a retirada também cria uma polemica que é interessante para a divulgação do fato. isto chega mais rápido aos ouvidos do intrépido Araújo.

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