Jornal GGN – A eleição para Conselhos Tutelares virou palco de disputa ideológica depois que a Igreja Universal do Reino de Deus divulgou um artigo incentivando os fiéis a participarem da votação que acontece neste domingo (6) em todo o País.
“Talvez nunca na história da humanidade crianças e adolescentes tenham precisado tanto de quem defenda seus direitos, que dia a dia são desrespeitados pela mídia que expõe material inapropriado”, diz um trecho do informativo.
Pessoas com mais de 16 anos com título de eleitor com status regular e inscrição nas zonas eleitorais de suas cidades podem votar para a escolha de conselheiros tutelares.
Esse grupo deve atuar nos Conselhos Tutelares que, entre as atribuições, está a de atender e aconselhar os pais responsáveis pelas crianças e adolescentes e assegurar o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Neste ano, a eleição acabou ganhando uma importância que não teve nos anos eleitorais anteriores por conta da polarização aberta entre evangélicos e católicos.
Além da Universal, a Arquidiocese de São Paulo também fez uma publicação para “conscientizar católicos” sobre a importância de participar das eleições. “Quando nos ausentamos, deixamos espaço aberto para outras denominações religiosas, como os evangélicos, que estão presentes não só nos conselhos, mas em diversos campos da política”, diz um trecho.
A polarização preocupa membros antigos dos Conselhos Tutelares e defensores do Estado laico. Em entrevista para o jornal O Globo, a coordenadora do Fórum Colegiado Nacional de Conselheiros Tutelares, Graziela Cristina Luz Damacena Gabriel, ressaltou que, nas redes sociais, candidatos estão fazendo promessas que são incapazes de cumprir, porque vão além da função de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.
“Temos visto nas redes sociais campanhas bizarras que prometem desde acabar com o tráfico de drogas, disciplinar adolescentes e até mesmo construir escolas. Também não cabe a eles decidir sobre políticas educacionais, orientações sexuais. Isto tudo é mentira”, pontuou.
“Não importa se é católico, budista ou evangélico. Não tem que existir ideologia nesse trabalho. O conselheiro tutelar deve identificar o direito da criança que foi violado, entender quem é o violador e, de forma colegiada, aplicar medidas de proteção. O representante que, em vez de aplicar as medidas, manda a mãe para o culto ou rezar dez ave marias precisa ser afastado. O melhor não é o que o padre ou o pastor ensinou, é o que o ECA diz”, destacou também ao jornal o presidente da Associação Paulistana de Conselheiros e Ex-conselheiros Tutelares, Marcelo Nascimento.
O conselheiro tutelar desde 2015 em Jardim Bonifácio, região de Itaquera, na zona leste de São Paulo, Daniel Moura, que também é pastor da igreja “Somos um”, manifestou preocupação com a articulação de grupos religiosos unidos para espalhar candidatos.
“Juntos, eles fazem um número maior de votos, mas nem sempre essa pessoa tem qualificação. É um trabalho em massa, um voto de cabresto, em que o líder fala algo e todo mundo vota sem saber direito quem é o candidato”, criticou.
No Rio de Janeiro, em especial, além a questão sobre o aumento da representatividade de membros de igrejas que podem distorcer a função dos Conselho Tutelares, há ainda a preocupação com candidatos de milícias e do tráfico.
Para afastar todos esses perigos, o presidente do Conselho Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente do Rio, Carlos Roberto Laldelino defende uma maior participação popular na votação do próximo domingo:
“Quanto maior for a participação popular, maior será a representatividade nos conselhos”, destacou.
Como e onde votar
As eleições ocorrem neste domingo, dia 6 de outubro, das 9h às 17h, em todo o país. Na cidade de São Paulo serão em 304 pontos, por exemplo. A relação dos locais de votação, assim como dos candidatos que concorrem a eleição, está disponível no site de cada prefeitura.
Se você é da cidade de São Paulo, é possível saber local para votar clicando aqui.
Todos os cidadãos maiores de 16 anos, com título de eleitor registrado no município, pode votar em um ou mais candidatos ao Conselho Tutelar da sua região.
Para participar da escolha é preciso levar o título de eleitor e um documento com foto. O voto não é obrigatório.
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Há dezenas de nomes na lista e eu não conseguiria identificar quem são os evangélicos. Alguém poderia indicar representantes sérios no município de sp?
Segue lista de candidatos progressistas para a cidade de São Paulo feita por companheiros militantes. A disputa será dura e todo voto pode fazer a diferença. Vote e divulgue na sua rede de contatos progressistas, faça a diferença!
IMPORTANTE: Vota-se em 5 candidatos, APENAS DA SUA REGIÃO e, depois, se aperta o confirma. Levar título de eleitor e RG.
Local de votação no site da PMSP, abaixo.
CENTRO
Bela Vista
1208 Lorys Ferreira
1211 Lili Sales
1210 Raphaele Medeiros
1214 Danilo Martinelli
1202 Ismael Júnior
Sé
5613 Fernanda Abreu
5615 Mildo Ferreira
5604 Robério
5601 Fátima Lopes
5602 Janete (Gaga)
ZONA LESTE
Aricanduva
1115 Enderson Pelegrini Leme
São Miguel Paulista
5304 André
São Rafael
(Escolha 5 entre os indicados abaixo)
5401 Fátima Bezerra
5402 Sueli
5405 Cristina Rocha
5406 Edna Dina
5420 Patrícia
5403 Luciano Santos (Lula do América)
5416 Carmen Helena
Itaim Paulista
3013 professor Felipe Tomas
3020 Rose do Conselho
3002 Arnaldo
3039 Lourival do Gás
3030 Lidia Lopes
3026 Dany
Cidade Tiradentes I
2200 Laissa
2201 Ariane
2202 Ira
2203 Ellias
2212 Sandra
Cidade Tiradentes II
2301 Juliana Cleiri
2302 Josefa Lima
2308 Elisandra Silva
2313 Edson Mineiro
Cidade Líder
2109 Tuca
São Mateus
(Escolha 5 dos indicados abaixo)
5220 Thel
5217 Cacio
5221 Leninha
5210 Cris Marques
5202 Cacilda
5200 Ralmi
Sapopemba
5502 Tia Cleide
5503 Joelma Damasceno
5505 Rômulo Ralf
5518 Benício
5521 Bete Silvério
Vila Curuçá
5800 Tatá Silva
5808 Raimundo
5812 Thamires
Ermelino Matarazzo – Ponte Rasa
2416 Douglas Barbosa
2417 Edson da Silva
2418 Adriana Poveda
2419 Geisa Fernandes
Itaquera
3101 Maria Lorença
3116 Silvana Alves
3121 Neide Andrade
3123 Lucy de Oliveira (Gorda)
3122 Juarez (Roberto)
Jardim Helena
3505 Carmelita Mineiro (Carmem mãe do Kal)
3538 Maria Iraides de Oliveira (Maria, mulher do Fuminho)
3503 Eliaquim de Lima (Kita)
3502 Roberto de Oliveira Santos (Bel)
Mooca
4105 Cristina Rosa
4108 Kátia
4111 Níbia
4103 Verinha
4106 Wilson Cotrim
Penha
4408 Iolanda
Vila Prudente
6100 Marina de Lourdes Onofre
6102 José da Guia
6104 Palhacinho Pirulito
ZONA OESTE
Butantã
1402 Nívea do Jd Jaqueline
1401 Roberta Guarido Irigoyen
Lapa
(Escolha 5 da lista abaixo)
3909 Hyde Pedreira Santos
3908 Ana Paula da Silva
3903 Lilian Calta Belotti
3907 Alex Ramos
3905 Eduardo Ruivo
3911 Josiel Vitalino (Mestre Baiano)
Perus
4503 Feijão do Russo
4507 Mary Silva
4510 Sarah
4514 Noeme
4516 Ricardo
Pinheiros
4605 Rosana
4608 Carlina
Rio Pequeno
4812 Luiz da Vila Dalva
4808 Marcão do Butantã
ZONA NORTE
Brasilândia
1300 Luciane Dias
1303 Vânia Roberta
1307 Fernanda Leal
1310 Hariane Lima
1324 Joana Darc
Casa Verde
1901 Marcionila
1910 Casimiro
1921 Isabela
Jaçanã
3302 Rosana Aparecida (Rose)
3303 André Willian
3308 Silvana Evangelista
3309 Cleide Freire
3314 Mário de Oliveira (Kamoto)
Jaraguá
3410 Laura Calista
3400 Jerusa dos Santos Lima
3416 Andréa Cuelhar
3412 Monalisa Gato
3401 Andressa Paz
Santana/Tucuruvi
5013 Hilda
5002 Paula assistente social
5024 Claudinha
5000 Angela Reis
5017 Jô
Tremembé
5700 Maria José Borges
5701 Diogillis Renã
5702 Daniela Canabarra
5708 Cacau Cerqueira
5711 Deyvison Gaspar
Vila Maria
5914 Cristina da Norte
5912 Levi Edgar
5913 Karinna Daiana de Barros
5909 Dra. Perpétua Euzébio
5908 Dinho Cobras
ZONA SUL
Capão Redondo
1707 Juliana Amorim
1714 Maria Aparecida de Jesus (Cida Boulevard)
Cidade Ademar
2020 Fátima Braz
2001 Ana Ribeiro
2004 Adilza
2010 Sindy Rodrigues
2024 Zinha
Ipiranga
(Escolha 5 das indicações abaixo)
2905 Alessandra, irmã da Lika
2902 Alexsandra Alê
2903 Val, Valdeni Cardoso
2901 Terno Maciel
2906 Rosilene Nega
2908 Bernardete
2900 Irmã Cleusa (ligada ao MSTI)
Vila Mariana
6000 Ana Paula
6002 Fabiane
6004 Acelino Popó
6006 Ana
6008 Fernando Prata
Grajaú I
2608 Renatinho Tatuador
2615 Fabinho Pexero
2616 Flávio Eugênio
2621 Li Bittencourt
2630 Milton
Jabaquara
3201 Juliana
3210 Carlão
3212 Renato
3214 Cesar
3215 Jhones
Jardim São Luiz
(Escolha 5 das indicações abaixo)
3604 Lenon Farias
3605 Júnior Melo
3607 Dalva Maria
3614 Eliana Borges
3608 Aline
3619 Franklin Andrade
M’Boi Mirim
4011 Madá
4000 Cidinha Barbosa
4009 Nice
Pedreira
4311 Dorinha
4310 Maria de Lourdes
4316 Rita de Cássia
4317 Eusébio/Joel
4318 Henrique
Sacomã
4902 Gil Felix
4905 Mariana
4906 Indira Gabriela
4907 Luciano Rato
CENTRO
Bela Vista
1208 Lorys Ferreira
1211 Lili Sales
1210 Raphaele Medeiros
1214 Danilo Martinelli
1202 Ismael Júnior
Sé
5613 Fernanda Abreu
5615 Mildo Ferreira
5604 Robério
5601 Fátima Lopes
5602 Janete (Gaga)
ZONA LESTE
Aricanduva
1115 Enderson Pelegrini Leme
São Miguel Paulista
5304 André
São Rafael
(Escolha 5 entre os indicados abaixo)
5401 Fátima Bezerra
5402 Sueli
5405 Cristina Rocha
5406 Edna Dina
5420 Patrícia
5403 Luciano Santos (Lula do América)
5416 Carmen Helena
Itaim Paulista
3013 professor Felipe Tomas
3020 Rose do Conselho
3002 Arnaldo
3039 Lourival do Gás
3030 Lidia Lopes
3026 Dany
Cidade Tiradentes I
2200 Laissa
2201 Ariane
2202 Ira
2203 Ellias
2212 Sandra
Cidade Tiradentes II
2301 Juliana Cleiri
2302 Josefa Lima
2308 Elisandra Silva
2313 Edson Mineiro
Cidade Líder
2109 Tuca
São Mateus
(Escolha 5 dos indicados abaixo)
5220 Thel
5217 Cacio
5221 Leninha
5210 Cris Marques
5202 Cacilda
5200 Ralmi
Sapopemba
5502 Tia Cleide
5503 Joelma Damasceno
5505 Rômulo Ralf
5518 Benício
5521 Bete Silvério
Vila Curuçá
5800 Tatá Silva
5808 Raimundo
5812 Thamires
Ermelino Matarazzo – Ponte Rasa
2416 Douglas Barbosa
2417 Edson da Silva
2418 Adriana Poveda
2419 Geisa Fernandes
Itaquera
3101 Maria Lorença
3116 Silvana Alves
3121 Neide Andrade
3123 Lucy de Oliveira (Gorda)
3122 Juarez (Roberto)
Jardim Helena
3505 Carmelita Mineiro (Carmem mãe do Kal)
3538 Maria Iraides de Oliveira (Maria, mulher do Fuminho)
3503 Eliaquim de Lima (Kita)
3502 Roberto de Oliveira Santos (Bel)
Mooca
4105 Cristina Rosa
4108 Kátia
4111 Níbia
4103 Verinha
4106 Wilson Cotrim
Penha
4408 Iolanda
Vila Prudente
6100 Marina de Lourdes Onofre
6102 José da Guia
6104 Palhacinho Pirulito
ZONA OESTE
Butantã
1402 Nívea do Jd Jaqueline
1401 Roberta Guarido Irigoyen
Lapa
(Escolha 5 da lista abaixo)
3909 Hyde Pedreira Santos
3908 Ana Paula da Silva
3903 Lilian Calta Belotti
3907 Alex Ramos
3905 Eduardo Ruivo
3911 Josiel Vitalino (Mestre Baiano)
Perus
4503 Feijão do Russo
4507 Mary Silva
4510 Sarah
4514 Noeme
4516 Ricardo
Pinheiros
4605 Rosana
4608 Carlina
Rio Pequeno
4812 Luiz da Vila Dalva
4808 Marcão do Butantã
ZONA NORTE
Brasilândia
1300 Luciane Dias
1303 Vânia Roberta
1307 Fernanda Leal
1310 Hariane Lima
1324 Joana Darc
Casa Verde
1901 Marcionila
1910 Casimiro
1921 Isabela
Jaçanã
3302 Rosana Aparecida (Rose)
3303 André Willian
3308 Silvana Evangelista
3309 Cleide Freire
3314 Mário de Oliveira (Kamoto)
Jaraguá
3410 Laura Calista
3400 Jerusa dos Santos Lima
3416 Andréa Cuelhar
3412 Monalisa Gato
3401 Andressa Paz
Santana/Tucuruvi
5013 Hilda
5002 Paula assistente social
5024 Claudinha
5000 Angela Reis
5017 Jô
Tremembé
5700 Maria José Borges
5701 Diogillis Renã
5702 Daniela Canabarra
5708 Cacau Cerqueira
5711 Deyvison Gaspar
Vila Maria
5914 Cristina da Norte
5912 Levi Edgar
5913 Karinna Daiana de Barros
5909 Dra. Perpétua Euzébio
5908 Dinho Cobras
ZONA SUL
Capão Redondo
1707 Juliana Amorim
1714 Maria Aparecida de Jesus (Cida Boulevard)
Cidade Ademar
2020 Fátima Braz
2001 Ana Ribeiro
2004 Adilza
2010 Sindy Rodrigues
2024 Zinha
Ipiranga
(Escolha 5 das indicações abaixo)
2905 Alessandra, irmã da Lika
2902 Alexsandra Alê
2903 Val, Valdeni Cardoso
2901 Terno Maciel
2906 Rosilene Nega
2908 Bernardete
2900 Irmã Cleusa (ligada ao MSTI)
Vila Mariana
6000 Ana Paula
6002 Fabiane
6004 Acelino Popó
6006 Ana
6008 Fernando Prata
Grajaú I
2608 Renatinho Tatuador
2615 Fabinho Pexero
2616 Flávio Eugênio
2621 Li Bittencourt
2630 Milton
Jabaquara
3201 Juliana
3210 Carlão
3212 Renato
3214 Cesar
3215 Jhones
Jardim São Luiz
(Escolha 5 das indicações abaixo)
3604 Lenon Farias
3605 Júnior Melo
3607 Dalva Maria
3614 Eliana Borges
3608 Aline
3619 Franklin Andrade
M’Boi Mirim
4011 Madá
4000 Cidinha Barbosa
4009 Nice
Pedreira
4311 Dorinha
4310 Maria de Lourdes
4316 Rita de Cássia
4317 Eusébio/Joel
4318 Henrique
Sacomã
4902 Gil Felix
4905 Mariana
4906 Indira Gabriela
4907 Luciano Rato
Esta lista é dos que não devemos votar.
Só para deixar bem claro.
Esses não seguem a linha dos cristãos.
Põe aí a lista dos ateus.
Nesses é que devemos votar.
Isso mesmo! Ao invés de seguir a Bíblia, quer dizer, aquilo que o pastor diz ser, estes pretendem aplicar o Estatuto da Criança e do Adolescente em sua atuação, sendo cristãos ou não, como deve ser.
No Rio de Janeiro, me aconselharam a votar nos candidatos de números 158 ou 160, progressistas.
Os evangélicos não podem fazer promover seus agentes e os esquerdopatas PODEM, que estado laico vcs pregam
Qual a religião dos esquerdopatas? Qual laicidade se pode esperar de um evangélico? O que você entende por “estado laico”? O marido da Laica?
The Intercept Brasil
COMO EU DESCOBRI O PLANO DE DOMINAÇÃO EVANGÉLICO – E LARGUEI A IGREJA
Túlio Gustavo
1 de Fevereiro de 2019, 1h02
EM MEADOS DE 2007, converti-me ao cristianismo, bastante influenciado por uma família de empresários, donos de alguns bazares no 3º Distrito de Duque de Caxias, no Rio, onde moro até hoje, para quem trabalhei no final da adolescência e início da vida adulta, e que depois viriam a se tornar bons amigos. Eu tinha 17 anos e muitas dúvidas existenciais. As clássicas perguntas “por que estamos aqui”?, “para onde vamos?” dominavam os meus pensamentos. Em termos práticos, também não sabia o que fazer profissionalmente.
Depois da entrada na igreja evangélica, a minha mudança de hábitos foi muito rápida. Fui movido por aquele fanatismo típico dos que encontram algo pelo qual são arrebatados. Até quis abandonar tudo para me tornar missionário. Mas minha mãe me dissuadiu da ideia – hoje, penso, ainda bem.
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Eu topo
Em poucos meses, eu já havia decidido passar pelo batismo e estava absolutamente integrado à pequena congregação de denominação batista renovada, que era filial de uma igreja matriz localizada no bairro da Taquara, também em Duque de Caxias. Logo nos primeiros meses, já havia lido toda a Bíblia e dedicava quase todo o meu tempo à releitura dela e de livros cristãos, bem como a ouvir gravações de sermões de pregadores famosos e a participar das atividades da igreja.
Sempre fui muito influenciado pelos artistas e pastores de ministérios famosos de Minas Gerais. Eu me identificava muito com a abordagem e interpretações dos textos bíblicos, principalmente do pastor Gustavo Bessa (marido da cantora Ana Paula Valadão), que tem uma habilidade fantástica de contextualizar as passagens bíblicas com a época em que foram escritas, e extrair delas uma mensagem com foco no amor de Deus. Na música, era fã de Antônio Cirilo, Ricardo Robortella, do Diante do Trono e dos cantores que saíram de lá para fazer carreira solo, como Nívea Soares, André Valadão e Mariana Valadão.
Há cerca de dez anos, saí numa caravana de amigos rumo ao X Congresso Internacional de Louvor e Adoração do Diante do Trono, realizado na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, onde, atualmente, a ministra Damares Alves exerce o seu sacerdócio.
E foi lá que descobri que, dois meses depois, mais precisamente em junho de 2009, aconteceria um outro evento, o Congresso Nacional dos 7 Montes, que tinha por objetivo reunir cristãos e lideranças de todos os lugares do Brasil para convocar uma grande mobilização em prol da necessidade de a igreja ir além das suas quatro paredes para conquistar espaços para o Reino de Deus – o que eles chamaram de “7 montes da sociedade”, a saber: 1) artes e entretenimento, 2) mídia e comunicação, 3) governo e política, 4) economia e negócios, 5) educação e ciência, 6) família, 7) igreja e religião.
Não se pode acreditar que obras como as de Edir Macedo e Fernando Guillen sejam consideradas apenas literatura religiosa. Elas revelam a existência de um projeto de poder.
O tema me pareceu muito interessante, e eu queria muito participar daquele evento também, mas a grana era curta demais e eu não poderia voltar a Minas dois meses depois. Mas o propósito para o qual as lideranças de diversos cantos do mundo se reuniram em Lagoinha estava num livro lançado naquele mesmo ano chamado “SE7E MONTES”, do apóstolo Fernando Guillen, que coordenou o evento.
O livro de Guillen é um manual que procura justificar e contextualizar o projeto de poder das igrejas evangélicas se utilizando de textos do Antigo Testamento, que, segundo o autor, revelariam um modelo ideal de sociedade pretendido por Deus, além de conter estratégias de atuação e oração para que a igreja conquiste cada um dos “7 montes”.
Importante ressaltar que esse movimento das igrejas evangélicas, principalmente as neopentecostais, tem origem em uma interpretação bíblica que alguns teólogos chamam de Teologia do Domínio. Segundo essa teoria, a igreja teria recebido as promessas divinas direcionadas ao povo de Israel no Antigo Testamento, que envolvem fartura, domínio e governo de territórios e lugares de destaque na Terra. Seria o modo de refletir aqui o que seria o Reino dos Céus prometido para os que creem no Cristo.
Daí, por exemplo, o grande avanço das campanhas por prosperidade financeira nas igrejas, principalmente vistos na Igreja Universal do Reino de Deus e nas neopentecostais, e a ascensão da bancada evangélica no Congresso e seu engajamento em relação aos valores e costumes na sociedade. Vale lembrar que esse tipo visão ganhou muito destaque às vésperas das eleições do ano passado, quando Edir Macedo lançou o livro “Plano de Poder”, cujo foco era o mesmo: mobilizar os evangélicos para que a igreja governe o Brasil no sentido literal da palavra.
Estima-se que os evangélicos já sejam mais de 40 milhões de brasileiros e que, em 10 anos, a maior parte da população fará parte do grupo que reúne ao menos uma vez por semana para serem orientados por seus líderes. Desse modo, não se pode ingenuamente acreditar que obras como essas do Edir Macedo e do Fernando Guillen sejam apenas consideradas literatura religiosa. Pelo contrário, elas revelam a existência de um projeto de poder político-religioso em curso – que está sendo bem-sucedido.
A igreja em células
Eu comecei a me dar conta disso alguns anos depois, quando a primeira igreja da qual fui membro iniciou uma transição para um modelo litúrgico e de evangelismo chamado MDA, sigla para Modelo de Discipulado Apostólico. Esse modelo é muito parecido ao que fazem as empresas de marketing multinível, conhecidas popularmente por pirâmide. De acordo com ele, a igreja deve ser dividida em pequenos grupos, chamados células, contendo cada uma um líder, que reúne seus liderados semanalmente na casa de um deles, para ensiná-los de acordo com um roteiro pré-estabelecido e, assim, formar novos líderes para que surjam novas células a partir dali.
Não é nenhuma novidade que ocorram reuniões de cristãos em suas casas. Sempre existiram cultos em lares na história da igreja evangélicas. A novidade é que o MDA – e modelos semelhantes como o G12, o Governo dos 12 – monta essa estrutura de evangelismo baseada numa necessidade de produção de resultados, sujeição de seus membros a rígidas regras de hierarquia e disciplina. Além disso, todos os líderes têm de participar de um retiro espiritual chamado Encontro com Deus.
No retiro, são realizadas técnicas com forte apelo emocional com estímulos ao arrependimento, perdão, “quebra de maldições”, prosperidade, libertação, cura interior e, ao final, quando todos estão absolutamente sensibilizados e comovidos, apresenta-se a visão MDA como o modelo de igreja a ser seguido.
Ninguém que participa tem autorização para revelar aos outros o que acontece no encontro. O que funciona, na verdade, como uma baita propaganda – quem participa apenas espalha para os outros que o que acontece nos retiros “é tremendo”, o que só desperta curiosidade. Assim, quando a transição já se afunilava demais e eu era um dos poucos que resistia à ideia, acabei topando participar. Ainda que de forma indireta, existia uma pressão para que todos participassem. Se eu não fizesse, chegaria o momento no qual eu não poderia estar mais nas atividades de púlpito (cantar e pregar), que eram coisas que eu amava fazer.
Antes de sair, disse aos pastores: “eu tenho certeza que isso vai ‘funcionar’. É uma excelente ferramenta de marketing e foi feito pra dar certo. Mas não acho que seja isso que Jesus queira que façamos.”
De fato, pode ser uma experiência que impressione a quem se deixa envolver emocionalmente. No início do evento, existe um ritual de silêncio, que motiva uma certa introspecção e evita a troca de opiniões que possam distrair os participantes. O que é uma sacada inteligentíssima, principalmente para segurar os crentes mais “cascudos”, que estão sempre desconfiados. O evento se resume a palestras com forte apelo emocional, para no final te dizer: “viu como tudo isso foi legal? É a visão MDA que a gente tem que seguir e espalhar pra todo mundo!”
Por convicções pessoais, nunca acreditei que fosse aquele o jeito certo de fazer as coisas na igreja. Era tudo muito roteirizado e com muitas táticas que me faziam sentir estar vendendo alguma coisa ao invés de estar pregando a fé. Incomodava-me muito, principalmente, a rigorosa hierarquia criada entre discípulos e discipuladores. Resisti o quanto pude, mas, por ser um membro influente na congregação, tendo acesso aos bastidores e a ministrar no púlpito, além de amigo de muita gente, larguei a igreja para evitar um mal-estar maior. Parei de ir aos cultos. Voltei à vida normal.
Mas antes de sair, lembro como fosse hoje o que disse aos pastores: “eu tenho certeza que isso vai ‘funcionar’. É uma excelente ferramenta de marketing e foi feito pra dar certo. Mas eu não acho que seja isso que Jesus queira que façamos”.
Tentei depois fazer parte de outra denominação mais tradicional, mas o rigor nos costumes, como o jeito de vestir e o excessivo conservadorismo do ponto de vista das estruturas sociais, em constante conflito com a minha visão e posicionamento político, foi me deixando cada vez mais distante, até que se tornou insuportável ouvir alguns discursos sem que aquilo me fizesse mal, ainda que também tivesse sido muito bem recebido por lá.
Como eu previa, as igrejas que se utilizam desses modelos de “discipulado” vêm crescendo cada vez mais, como é o caso da própria Igreja Batista da Lagoinha, e aumentado seu espectro de influência em diversos setores da sociedade. Somando os avanços desse movimento ao grande poder dos canais de comunicação religiosos, não há outro caminho senão considerar como verdadeiros atos políticos as manifestações de Damares, Macedos, e Felicianos e Malafaias.
Os montes da sociedade
As afirmações da nova ministra “Não é a política que vai mudar esta nação, é a igreja” e “É o momento de a igreja governar”, extraídas de sermões religiosos nos anos de 2013 e 2016 – período em que já atuava como assessora parlamentar – estão se tornando realidade. Sem contar o papel decisivo do voto evangélico nas últimas eleições, no monte do governo e política. Em 2016, o PRB, partido dominado por membros da Universal, elegeu 105 prefeitos, incluindo Marcelo Crivella para a prefeitura do Rio.
No monte da mídia e comunicação, a igreja já exerce influência desde as concessões das rádios gospel que foram fundamentais para levar (e manter) no poder nomes como o de Anthony Garotinho, Eduardo Cunha e Arolde de Oliveira. Um estudo da Ancine constatou que 21% da programação da TV Aberta no Brasil em 2016 era de conteúdo religioso.
Quando Damares diz que, no governo Bolsonaro, “meninas seriam chamadas de princesas e meninos de príncipes”, e que “meninas vestiriam rosa e meninos azul”, como metáforas para ilustrar seu posicionamento avesso ao que chama de ideologia de gênero, estamos diante, na verdade, de uma demonstração da intenção de dominar o que eles chamam no livro de monte das artes e do entretenimento.
Conforme esclarecido pelo apóstolo Fernando Guillen, este monte diz respeito a tudo que envolve
“Música, artes, esportes, pintura, escultura, dança, fotografia literatura, poesia, dramatização, teatro, filmes, roupas e vestuário, design, cores, vídeo games, ou seja, tudo o que expressa a criatividade e beleza de Deus, que é usado pela sociedade para celebrar, entreter ou para desfrutar a vida”.
Trata-se, portanto, de uma evidente intenção de adequar elementos culturais de uma sociedade ao que entende por princípios cristãos. Veja a crescente produção de novelas e filmes voltados ao público gospel, e exemplos como as Nights Gospel voltado para jovens, e Cultos à Fantasia para servir de contraponto ao Dia das Bruxas.
A princípio, não é nenhum problema que determinado segmento social se comporte, se vista ou se entretenha conforme o que aprecia ou acredita. É até bem normal que as coisas sejam dessa forma. O problema é querer que essa forma de ser seja a única válida e universal e lançar mão de censura a manifestações artísticas que não se enquadram nas regras cristãs como tem sido feito com o carnaval no Rio de Janeiro, com o corte de subvenções das escolas de samba, e medidas que cerceiam as liberdades individuais e não reconhecem o direitos das minorias.
No âmbito da família, que inclusive integra o nome da pasta ocupada pela ministra, a visão do livro é a de que existe certa hierarquia conjugal entre homem e mulher que seria instituída por Deus:
“Mulheres emergirão no ministério, um poderoso exército de mulheres que entendam a importância de respeitar a ordem sacerdotal do varão, serão levantadas com muita ousadia e poder.” (pág. 131)
Não se sabe ainda o tipo de políticas públicas que se pretende com a criação desse Ministério da Família, mas é importante notar que a ministra Damares já disse que “mulher nasceu pra ser mãe”, e que se preocupa com a ausência da mulher na casa, além de fazer questão de afirmar que é “feminina e não feminista”.
No que tange à ciência e educação, sem entrar no mérito das especulações que rondam o novo governo, imbuídas de anticientificismo e avessas ao debate crítico em sala de aula, o livro do apóstolo Fernando Guillen aborda o tema da seguinte forma:
“A educação, próxima da religião cristã, é um elemento indispensável das instituições republicanas, a base sobre a qual os governos livres devem se apoiar. O Estado deve se apoiar na base da religião, e deve preservar esta base, ou ele mesmo irá ruir. Mas o suporte que a religião dá ao Estado irá obviamente terminar no momento em que a religião perder seu alcance na mente do povo. O próprio fato de que o Estado precisa da religião como um suporte para a sua própria autoridade exige que alguns meios para o ensino da religião sejam empregados. O melhor que se pode fazer é desistir das instruções de que a religião não deve ser ensinada em suas escolas.” (pág. 175)
Note como o discurso no livro é alinhado com as declarações de Damares quando ela diz que a igreja teria perdido espaço nas escolas quando “deixou” que a teoria da evolução entrasse sem questionar a ciência. Assim, travestidos de uma luta contra uma inexistente doutrinação marxista nas escolas, os interesses por trás do programa Escola sem Partido, com amplo apoio da ala conservadora da sociedade, o que inclui os evangélicos, têm o cunho de eliminar o debate crítico e progressista, baseado em crenças humanísticas das salas de aula, e podem abrir espaço para implantação de métodos de ensino baseados numa cosmovisão cristã, e significar um danoso retrocesso científico a longo prazo.
O fator Melquisedeque
Note também que, ao mesmo tempo em que Jair Bolsonaro defende a “integração dos índios à sociedade” – como se os índios precisassem se adequar ao homem urbano e não fossem gente –, a revisão a demarcação das terras indígenas e o enfraquecimento da Funai, a nova ministra dos Direitos Humanos demonstra uma grande preocupação em alcançar esses povos indígenas e resgatar os que precisam de ajuda.
Mas que ajuda é essa?
Ao final de seu discurso de posse, Damares, que no início se autointitulou “terrivelmente cristã”, fez referência ao “Grande Tupã”, uma demonstração que pareceu ser de tolerância à cultura dos povos indígenas. Mas não se engane. Curiosamente, foi exatamente essa, a de fazer alusão ao Deus Cristão. uma das ferramentas dos primeiros jesuítas na catequização dos índios.
A agenda do novo governo pode estar abrindo espaço para um novo movimento de catequização de indígenas em pleno século 21.
Essa é uma estratégia de evangelização que missionários cristãos chamam de “Fator Melquisedeque”. Baseada numa tese desenvolvida por Don Richardson, num famoso livro que leva o mesmo nome, acredita-se que Deus tenha preparado todos os povos para receberem o evangelho através de uma revelação geral que serviria de base para receber a revelação especial que é a do cristianismo.
O exemplo bíblico que embasa a tese é extraído de uma passagem no livro de Atos dos Apóstolos 17.22-23, onde o apóstolo Paulo prega aos gregos em Atenas que cultuavam em um altar que era dedicado a um “deus desconhecido”. Na passagem, Paulo se aproveita da expectativa dos atenienses em saber quem era o “deus desconhecido” e lhes apresenta o evangelho de Jesus Cristo.
As boas intenções de Damares para com os indígenas precisam ser observadas com muito cuidado – sob a roupagem de trabalho humanitário, explorando o tema do infanticídio de crianças indígenas, que gera comoção pública, a agenda do novo governo pode estar abrindo espaço para um novo movimento de catequização de indígenas em pleno século 21.
O neopentecostalismo cultural
É importante frisar que a grande maioria das pessoas que chega às igrejas evangélicas sequer se dá conta da interferência dessas relações de poder da igreja na sociedade. Geralmente, as pessoas procuram a igreja para se sentirem acolhidas e encontrarem alguma esperança em meio ao caos que pode ser na sua intimidade, vida financeira, relações com a família, etc.
Lembro-me de uma vez indagar um pastor muito íntegro sobre por que ele apoiava um candidato à prefeitura de reputação conhecidamente péssima. De um modo puro, ele me respondeu: “Ele está aqui próximo da gente. Posso entrar em contato com ele facilmente pra ajudar um irmão a conseguir uma internação ou o enterro de alguém. Infelizmente, a nossa comunidade tem necessidades desse tipo e ele pode nos ajudar.”
Recentemente, membros da bancada evangélica se manifestaram com grande entusiasmo sobre o posicionamento pró-Israel do governo por acreditar ser esse um dos sinais do Apocalipse. Tenho certeza que muitos crentes sequer se dão conta de todas as circunstâncias que envolvem o conflito árabe-israelense e não estão pensando no assunto sob a ótica da política externa. Eles só sabem que Israel é o “povo escolhido”, então deve ser bom apoiá-lo.
Minha crítica não é aos crentes nem ao cristianismo. Na verdade, eu vivi alguns dos momentos mais felizes e importantes da minha vida dentro da religião, fiz grandes amigos e o interesse na leitura depois da conversão foi fundamental pra me motivar a voltar a estudar e ter conseguido passar num dos vestibulares mais difíceis e concorridos do país, que é o do Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a UERJ, onde devo me formar neste ano.
Esse não é o manifesto de uma alma magoada, muito pelo contrário. É um desabafo de preocupação de alguém que é grato e não gostaria de ver a religião sendo usada para fins distintos daquilo que entendeu pela mensagem do evangelho do Cristo, que é levar fé, esperança e amor e não domínio sobre os homens.
Aliás, essa é a lição bíblica da Torre de Babel (Gênesis 11). Quando Ninrode quis construir uma estrutura “que chegasse aos céus” para governar sobre os homens de modo que todos estivessem no mesmo lugar e falassem a mesma língua, Deus não se agradou, e espalhou todos e confundiu suas línguas.
Entendo que o proselitismo é um dos fundamentos do cristianismo. Desde sempre, é uma crença que se propõe a conversão de outras pessoas. O que, a princípio, não é nenhum problema, desde que não se utilize de mentiras, abusos ou violência. Também entendo que é até natural que a representação política de determinado segmento da sociedade aumente se a população que a ele pertence também aumenta de forma expressiva. Mas a laicidade do Estado precisa ser respeitada para que violações dos direitos das minorias não sejam legitimadas em nome de uma imposição moral de viés religioso.
Dentre as muitas comparações possíveis feitas com a figura do presidente Jair Bolsonaro, espero que não estejamos diante de uma espécie de Imperador Constantino do século 21 responsável pela neopentecostalização da República. Quanto a Damares, não a menosprezem. Ela sabe muito bem o que quer dizer.
Correção: 2 de fevereiro de 2019, 12 h
Uma versão anterior desse texto se referia ao pastor Gustavo Bessa como “padre”.
O Plano de dominação evangélico (2)
1) 2016 – Prefeitura do Rio
2) 2018 – Governo Federal e governo do Rio
3) 2019 – Conselhos tutelares (descobrimos isso há apenas 4/5 dias, um plano urdido há tempos)
4) 2020 – governos municipais. Anotem aí, os candidatos evangélicos vão se multiplicar ano que vem, todos os 5.570 municípios terão candidatos evangélicos, que vão contar com um aliado poderosíssimo: dinheiro, muito dinheiro.
A cada dia que passa, o Brasil torna-se um país inviável para se viver.