Relatório da transição mostra que governo Bolsonaro desmontou o estado brasileiro

Afirmação foi feita pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSD) durante entrega ao presidente eleito, Lula (PT), do relatório final do Grupo de Transição

 RICARDO STUCKERT

da Página da CUT

Relatório da transição mostra que governo Bolsonaro desmontou o estado brasileiro

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSD-SP), disse nesta quinta-feira (22) que, com a má gestão do governo de Jair Bolsonaro (PL), o país andou “para trás” e que o presidente eleito e já diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá receber, no dia 1º de janeiro, “um Estado muito mais difícil e triste do que anteriormente”.

“Fizeram um desmonte do estado brasileiro”, disse Alckmin durante apresentação e entrega do relatório final do Gabinete de Transição a Lula, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília.

“A má condução da saúde fez com que o Brasil tendo 2,7% da população mundial tivesse quase 11% das mortes por Covid, nessa pandemia mundial. Fico feliz, como médico, de ver que na PEC Social, a PEC da vida, os recursos mais expressivos estão na área de saúde”, disse Alckmin sobre a PEC da Transição.

O vice-presidente eleito e coordenador-geral do GT, escolhido por Lula para comandar o Ministério do Desenvolvimento, citou os principais retrocessos do governo Bolsonaro, constatados pelos mais de 30 grupos formados para fazer o diagnóstico do caos, o legado trágico que Bolsonaro vai deixar em áreas como Saúde, Educação, Habitação e Meio Ambiente.

“Aprendizagem diminuiu, a evasão escolar aumentou. Os recursos para essenciais, como merenda escolar, ficaram congelados em R$ 0,36, e tivemos quase um colapso dos institutos e das universidades”, disse Alckmin, acrescentando que  houve “enormes retrocessos”.

Na Saúde, Alckmin disse que há um grande desafio pela frente e destacou em sua fala a queda na vacinação e o alto índice de mortes por Covid-19. Segundo ele, “50% não tomaram dose de reforço de poliomielite. Poliomielite mata e deixa sequela”.

No habitação, o governo Bolsonaro zerou a faixa 1 de acesso a programas de habitacionais, a parte mais importante do ponto de vista social, pois engloba as pessoas que ganham até R$ 1,8 mil, disse Alckmin.

Sobre o meio ambiente, ele disse houve aumento de 59% do desmatamento na Amazônia, entre 2019 e 2022.

Alckmin disse ainda que o governo de transição fez diversos pedidos de informação por meio da Lei de Acesso à Informação, mas que 26% dos pedidos foram negados. 

Houve um desmonte do estado brasileiro. Mais de 14 mil obras paradas. Isso não é austeridade. É ineficiênciade gestão. Uma tarefa hercúlea vem pela frente.- Geraldo Alckmin

relatorio-final-da-transicao-de-governo

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador