O ministro da Educação, Milton Ribeiro, respondeu em nota pública que não teria favorecido pastores na distribuição de verbas do MEC, como revelou o áudio divulgado pela Folha de S.Paulo.
Na nota, ele contrariou suas próprias declarações no áudio, de que estava priorizando liberar verbas em Prefeituras solicitadas por pastores e que tinha como uma de suas prioridades “atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar [Santos]”.
“Não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”, escreveu, segundo nota divulgada pela CNN.
O ministro alegou que o direcionamento de recursos dentro da pasta não é possível, uma vez que segue a legislação orçamentária e critérios do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O Fundo é o responsável por financiar obras ou investimentos de Educação nos municípios. Reportagem da Folha apontava que dois pastores, Santos e Arilton Moura, negociavam com as prefeituras a destinação desses recursos.
Ainda, na nota, o ministro quis enfatizar que Jair Bolsonaro não teria relação com as acusações. No áudio, Ribeiro citou que atender às petições dos pastores era “um pedido especial do presidente da República”.
“O Presidente da República não pediu atendimento preferencial a ninguém, solicitou apenas que pudesse receber todos que nos procurassem, inclusive as pessoas citadas na reportagem”, escreveu o ministro da Educação.
Minimizando a gravidade da possível interferência de pastores nas verbas públicas, Ribeiro disse que “recebo pleitos intermediados por parlamentares, governadores, prefeitos, universidades, associações públicas e privadas.”
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