A Câmara dos Deputados começou a definir, na última quarta-feira (60), os presidentes das comissões permanentes da Casa, responsáveis por debater propostas temáticas antes de encaminhá-las ao plenário da Casa.
Das 30 comissões, 19 já definiram o colegiado e definiram os presidentes que estarão à frente dos trabalhos durante um ano. Entre eles estão nomes polêmicos, como o do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) para Educação e Carol de Toni (PL-SC) para a Constituição e Justiça, principal colegiado da Câmara.
A eleição de Nikolas Ferreira (PL-MG) foi a que mais repercutiu ao longo do dia. No X, o deputado do PL disse estar “comprometido para que a educação no Brasil seja um alicerce sólido para todos” e prometeu discutir, entre outros temas, o Plano Nacional de Educação e o homeshooling.
Ferreira, porém, parece ter orgulho da própria ignorância ao afirmar desconhecer se a terra é plana e se envolveu em um episódio de transfobia durante discurso no plenário da Câmara.
Outro nome que chamou a atenção é o de Carol de Toni (PL-SC) para a Constituição e Justiça, que já teve, inclusive, suas capacidades intelectuais questionadas pelo professor da Universidade de Brasília, José Geraldo de Sousa Junior, durante a CPI do MST.
“Eu não tenho como discutir com a deputada, porque sua visão de mundo, sua percepção só lhe permite enxergar o que a senhora já tem escrito na sua cognição. A senhora vai ver não o que existe, mas o que a senhora recorta da realidade”, disse o professor.
“A realidade é recortada por um processo cognitivo de historialização. Então eu não posso discutir um tema que contrapõe visão de mundo, concepção de mundo”, acrescentou o docente.
A parlamentar é investigada, ainda, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação em uma suposta milícia digital que atua contra a democracia.
Lucas Ramos (PSB-PE) estará à frente da Comissão de Trabalho e vai analisar, já na próxima semana, o projeto de lei que regulamenta o trabalho dos motoristas de aplicativo.
Daiana Santos (PCdoB-RS) foi eleita para a presidência da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial, que deve avaliar, entre outros projetos, a lei que proíbe o casamento homoafetivo.
Entre os destaques está ainda a eleição de Glauber Braga (PSOL-RJ) para o colegiado de Legislação Participativa.
Confira todos os presidentes eleitos até o momento:
Ficaram para a semana que vem as eleições das seguintes comissões: Desenvolvimento Urbano; Integração Nacional e Desenvolvimento Regional; Fiscalização Financeira e Controle; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais; Ciência, Tecnologia e Inovação; Comunicação; e Administração e Serviço Público.
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Depreende-se então que está liberado para a galera invadir e empastelar a própria CCJ (e a CE, claro), pois Carolzinha Tonelera já mandou avisar que vai ter anistia ampla, geral e irrestrita, com o apoio de seus pares golpistas. Com a palavra os quadrúpedes eleitores dessas aberrações: querem mais alfafa?