Xadrez das instituições que se desmancham no ar, por Luis Nassif

A homília do Papa Francisco, ontem no Vaticano, é uma catilinária contra o pacto mídia-Justiça na política.

Criam-se condições obscuras para condenar uma pessoa. Esse método é muito usado hoje também na vida civil, na vida política, quando se quer fazer um golpe de Estado”.

A mídia começa a falar mal das pessoas, dos dirigentes, e com a calúnia e a difamação essas pessoas ficam manchadas. Depois chega a justiça, as condena e, no final, se faz um golpe de Estado”.

Essa instrumentalização do povo é também um desprezo pelo povo, porque o transforma em massa. É um elemento que se repete com frequência, desde os primeiros tempos até hoje.  O que aconteceu? Fizeram uma lavagem cerebral e mudaram as coisas. E transformaram o povo em massa, que destrói.”

Papa Francisco

O papa só assistiu o início do filme. Quando descobrir o filme completo, nem exorcismo e reza brava para resolver.

O roteiro completo é o seguinte:

Passo 1 – A besta contra as instituições.

Cria-se o discurso anticorrupção e de ódio, visando destruir o adversário político. Por ser instrumento de um futuro golpe, o discurso precisa investir contra a Constituição e as prerrogativas dos poderes e impor o chamado direito penal do inimigo, visando despertar a besta que habita a alma dos movimentos de massa.

Passo 2 – A besta contra os conceitos civilizatórios.

Toda a construção democrática repousa em sistemas de freios e contrapesos, não apenas entre instituições mas intra-instituições. E essa construção é cimentada por princípios doutrinários que estão na base do processo civilizatório. Por isso, o movimento precisa desqualificar, igualmente, o conhecimento jurídico, substituindo pelas platitudes punitivistas de Luis Roberto Barroso e Deltan Dallagnol.

Passo 3 – A besta desconstrói as instâncias de apelação

Depois de provar sangue, a besta não quer voltar para a jaula. Amplia-se a busca da justiça direta, com o atropelo da Constituição e a eliminação sucessiva das instâncias de apelação, cujo clímax é a aprovação da prisão após sentença em segunda instância. Consolida-se mais ainda o direito penal do inimigo, especialmente depois que o STF acaba com o instrumento do habeas corpus.

Passo 4 – A besta rompe com a hierarquia do Sistema de Justiça

Ocorre que, no Sistema de Justiça, as instâncias de apelação são um instrumento de controle da base pela hierarquia, na parte positiva impedindo os abusos, na parte negativa se expondo a arreglos políticos.

Em um primeiro momento, a cúpula do Judiciário – em parceria com a mídia – controla o processo.  No entanto, a eliminação das instâncias leva, automaticamente, à redução do poder da hierarquia sobre a massa de juízes e procuradores.

Quando se tem uma cúpula do Judiciário dúbia, como o STF (Supremo Tribunal Federal), corporativa ou intimidada, como o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) o quadro desanda e há uma perda total de controle sobre a tropa.

A partir daí, a besta se livra das amarras e todos os abusos são permitidos. E se tem esse espetáculo dantesco do juiz de 1ª instância de Jundiaí investindo contra benefícios concedidos a ex-presidente; a juíza substituta impedindo Prêmio Nobel de visitar Lula; a perseguição implacável do juiz Sérgio Moro a Lula e a perda do pudor, indo se confraternizar com atores políticos estrangeiros beneficiados pelo golpe; juízes, procuradores e delegados alucinados invadindo universidades, tentando impedir debates.

O que se tem, no momento, é o velho Oeste. A tradição imemorial do jagunço brasileiro é incorporada pelo sistema judicial. E passam a explodir justiceiros por todos os cantos, enquanto os xerifes dormitam em algum canto da cadeia e pedem para não serem incomodados.

Mas o jogo não acabou.

Passo 5 – A besta se volta contra suas chefias

Depois da perda de foro dos políticos, o movimento se volta contra os privilégios dos Ministros e desembargadores dos tribunais superiores, e dos próprios integrantes do Ministério Público, com o movimento para retirar também deles as prerrogativas de foro. A rebelião das massas vai chegando ao ápice.

Passo 6 – o grande final

O fim da prerrogativa de foro abriu espaço para um zorra geral e irrestrita. Tornou-se um chá de ipê roxo, que se presta para todas as jogadas. Permite blindar amigos, acelerar punição aos inimigos, sem nenhuma espécie de ordenamento.

O que se tem, agora, é a balbúrdia final, expressa nos seguintes episódios picarescos.

O caso Aécio

Aécio Neves estava prestes a ser julgado pelo STF. Seus advogados sugeriam até que renunciasse ao cargo de Senador, para o caso ser remetido para a 1ª instância e ter o mesmo longo final do mensalão tucano. Aí o Ministro Alexandre Moraes remete o caso para a 1ª instância, livrando Aécio do sacrifício final.

O caso Geraldo Alckmin

O vice-procurador Geral Luciano Maia remete o processo de Geraldo Alckmin, de financiamento de empreiteiras, para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Sâo Paulo. Não viu nenhuma contrapartida do governo Alckmin, apesar das empreiteiras em questão terem conquistado todas as grandes obras do Estado.

Depois de livrar Alckmin, resolveu fechar correndo a porta, denunciando a composição dos TREs como ilegítimas.

O caso Gilmar Mendes

O algoritmo amigo do STF jogou no colo de Gilmar Mendes todo o alto tucanato apanhado pela Lava Jato: José Serra, Aloysio Nunes, Aécio Neves, Cunha Lima.

Gilmar montou uma estratégia para aparentar isenção. Tentou reduzir a pena de Lula apenas à inabilitação para as eleições. Ou seja, Lula livre, mas sem se candidatar. Com isso reforçaria a imagem do garantista isento, podendo livrar os amigos aplicando o mesmo peso.

Não deu certo. Toca, então, a distribuir HCs para livrar Paulo Preto, o cúmplice do Paulo Preto, visando blindar os chefes de Paulo Preto. Como observou a arguta Maria Cristina Fernandes, do Valor, com esse movimento Gilmar tornou-se o principal cabo eleitoral do PT, ao comprovar a seletividade do direito brasileiro.

A prerrogativa de foro dos procuradores

A brava Raquel “Janot” Dodge foi uma guerreira incansável contra a prerrogativa de foro dos políticos. A onda criada voltou-se contra o próprio MPF.

O próximo passo provavelmente seria os Airton Beneditos da vida – o inacreditável Procurador Federal dos Direitos Humanos de Goiás – denunciando como “subversiva” a própria Raquel, por requerer a revisão da Lei da Anistia. Toca a colocar o pobre Luciano Maia a discursar no STJ contra a perda dos privilégios de foro do MPF.

Ao mesmo tempo, o CNMP tenta enquadrar procuradores falastrões da Lava Jato, enquanto a ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) defende o que ela chama de “direito de expressão” – o ato de um procurador, com poderes de Estado, fazer proselitismo político nas redes sociais.

Passo 7 – o fator Ernesto Geisel

Geisel enfrentou descontrole similar dos porões quando assumiu a presidência da República. A diferença é que os porões da época matavam fisicamente os adversários; os de agora limitam-se a assassinar a imagem pública e a tirar a liberdade dos inimigos. Mas ambos se tornaram poderes autônomos e anárquicos.

Tendo como estrategista militar o irmão Orlando, a estratégia de Geisel para domar a besta foi, primeiro, convalidar a matança, mas com a condição de prestar conta aos chefes.

Depois, foi gradativamente as enquadrando. Na investida final, a reação foi a sucessão de atentados, culminando com o caso Riocentro e a morte da secretária da OAB. Mas, aí, ele já tinha o controle da situação para demitir Silvio Frota e Hugo Abreu.

O quadro que se tem agora é similar, mas sem Ernesto(s) Geisel(s) no Judiciário e no Ministério Público Federal, e sem OABs, que se tornaram cúmplices do arbítrio do Judiciário.

De qualquer forma, mostra o enguiço institucional desse liberou geral.

Enquanto não for recomposto o poder do Executivo, em mãos firmes, o caos irá se ampliando.

Luis Nassif

Luis Nassif

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  • As Instituições são hoje

    As Instituições são hoje puxadinhos dos interesses de uma casta suicida e do atraso, quando deveria caber à população a sua soberania sobre as mesmas, bem como também sobre esses monopólios privados anti-vida...

  • Eleições em si não devolverão

    Eleições em si não devolverão a DIGNIDADE e a vergonha roubadas

    Enquanto não libertarem LULA, preso por um processo VICIADO em Curitiba, o brasileiro que MAIS FEZ PELOS AFLITOS e que chamou a atenção do MUNDO pros oprimidos, o BRASIL jamais poderá se encarar novamente de frente.

    LULA LIVRE !!!

    Porque essa demanda transcende partidos e bandeiras

     

    ps - o BRASIL só conseguirá consquistar seu brilho se os algozes de tanta INFAMIA forem pra prisão  ..assim, temo que tão cedo a opacidade persequirá por muitas anos esta PROTO nação

  • A maioria das pessoas não entendem

    "Como observou a arguta Maria Cristina Fernandes, do Valor, com esse movimento Gilmar tornou-se o principal cabo eleitoral do PT, ao comprovar a seletividade do direito brasileiro".

    O problema é que a maioria das pessoas não percebe isto. Só uma minoria acompanha sistematicamente a política, e percebe essas coisas.

    A maioria se "informa" pela televisão, e de forma rasa. 

  • Resumindo o Brasil deixou de

    Resumindo o Brasil deixou de ter qualquer ilusão de justiça (eu diria que nunca houve justiça mas agora nem as aparências foram mantidas), com os cargos-chave sendo ocupados por imbecis ou criminosos perigosos. E o que eu acho pior,  com uma oposição covarde demais para fazer o que for necessário para impedir estes criminosos. Estão esperando que a ONU envie tropas para salvá-los? São burros ao ponto de acreditarem mesmo que passeatas e prostestos vão mudar os atos de criminosos como o juíz Moro?

    E não esperem ajuda do exército brasileiro, este foi um dos primeiros a trair o próprio país.

  • Quero ver botar os novos

    Quero ver botar os novos donos do Brasil (juízes e promotores) nos seus devidos lugares agora que eles provaram o gosto de sangue.

  • Caras, a quadrilha é PMDB,

    Caras, a quadrilha é PMDB, PSDB e o judiciário e acabou

    O povo não manda mais nesse solo norte americano, o judiciário é o interventor do Brasil em substituição à tropas de soldados ou invasores dos EUA, é mais fácil e lucrativo

    Culpa desse monstro burro, ignorante, obscuro, preconceituoso, boçal e doutrinado chamado classe media

    Culpa, lógico sem intenção, de lula, que a fez crescer, como quem alimenta um predador insaciável, quando a canoa virar e nos tornarmos um pais sem futuro, como todos os que seguem a política norteamericana já será tarde

    Agora, só uma revolução de todos os Brasileiros excluídos pra mudar esse cenário e Ciro não é nem nunca foi revolucionário, nem lula, o que foi revolucionário foram suas políticas econômica e social pelos mais pobres

    E isso a nossa burguesia entreguista não aguenta

    • Acho que vc não perceber o

      Acho que vc não perceber o que vc mesmo escreveu  ..reflita mais o que seu sexto sentido lhe diz, ele que explica TUDO

      "...o que foi revolucionário foram suas políticas econômica e social pelos mais pobres.."

      Afinal, revolução convencional pra que ?  ..daí a sua genialidade que o PLANETA reconhece, do LULA

      Sobre classe média  ..BOBAGEM  ..ela foi manipulada, estava eocnomicamente encurralada ..e tb não podemos nos esquecer das contribuições finais de DILMA, afinal, MAMA VANA ajudou um bocado com Levy, não foi ?

      • A dubiedade é proposital, vez

        A dubiedade é proposital, vez que lula, com seus pactos, governava para todos, sem exceção, inclusive para banqueiros 

        E foram esse pactos com a burguesia que lhe renderam dois mandatos sem ser perturbado por impeachments por pedaladas ou outras besteiras e foi isso que lhe permitiu governar para os mais pobres, por isso digo que lula nunca foi revolucionário, ele mesmo já afirmou isso várias vezes, mas sua política econômica e social, com a ajuda de parcelas excluídas da população em governos anteriores, foi quem fizeram a revolução 

        E como Lula já disse que se tornou uma ideia, prefiro alimentar a ideia do lula com o apoio dos pobres

        E o mercado que tome rivotril

  • Cláusula pétrea: Em caso de emergência rasgue a Constituição.

    Nassif presta um notório serviço ao país, ninguém duvida nem questiona.

    Mas como comunicador, Nassif também não está "isolado" ou neutro. Tudo o que diz se insere dentro de um conexto, e nesse contexto se expressam seus interesses políticos, e claro, sua função social exercida.

    O jornalismo e os jornalistas gostam de se imaginar como última barreira civilizatória, ou como portadores de um equilíbrio intrínseco, a boia que nos faz flutuar em tempos de crise.

    Esse é o parâmetro, essa é a referência política seminal do jornalismo pós-Revolução Burguesa, é então, digamos, seu mito fundador.

    Só isso explica a carência de certos aspectos nas análises dee Nassif, inteligentemente chamadas de "xadrez", aqui uma permissão dele ao (auto) elogio, e por que não, no meio de tanta miséria intelectual dos "coleguinhas"?

    Sim, cada escrito do Nassif é um xadrez, sem dúvida alguma.

    No entanto, cada qual destes textos revela muito do pensamento político dos chamados jornalistas progressistas.

    E esse pensamento se resume a uma posição: O centro, a conciliação, a saída pelo acordo, ainda que uma das partes não esteja em posição de acordar nada, vítima de violência que é.

    A visão de Nassif sobre instituições e suas relações promíscuas, mormente as jurídicas e a mídia, é um libelo de condescendência, embora pareça o contrário.

     

    Vamos aos fatos:

    - Há um certo consenso hoje no mundo todo, entre os pensadores dignos de respeito, que o sistema capitalista divorciou-se de forma definitiva e irrecuperável daquilo que chamamos de sistemas representativos. Pelo menos dos sistemas representativos que são nosso fetiche;

    - Outros pensadores, ainda mais dignos, dizem mais: Nunca respiramos o mais leve ar de Democracia no sistema capitalismo, e tais sistemas representativos eram cortinas de fumaça para conservar a desigualdade econômica e a desigualdade de empoderamento entre as classes em luta no sistema capitalista. Nunca, no sistema capitalista, eleições se propuseram a alguma alteração significativa de eixos de poder, como pregam os "sonháticos";

    (Parêntese: Porém, é verdade, dada a realidade como estava posta, dentro dos llimites da conjuntura histórica e mais, da incapacidade histórica de certos atores (nós) de alterarmos esses limites, não nos cabia renunciar a luta política institucional, porque, de certa forma, havia algum sentido na luta pela hegemonia institucional. 

    Isso fazia sentido em determinado estágio de maturação capitalista. Hoje não faz mais.)

    - Entre todos os pensadores, sejam os mais direitistas, sejam os mais esquerdistas, há outro consenso: Os sistemas jurídicos são indispensáveis a manutenção das estruturas de poder no sistema capitalista, e tais sistemas normativos são mais ou menos eficazes (universais e isonômicos) de acordo com o nível de desigualdade e maturidade histórica de cada país e sociedade, ou seja, sistemas jurídicos no mundo todos tendem a cosenrvação dos estamentos, mas podem funcionar de forma mais ou menos justa de acordo com cada país e seus níveis de desigualdade estruturais;

    - Então, a conversa de que há uma "besta" atacando ou conspurcando um sistema jurídico virtuoso é fruto apenas de uma alucinação própria de jornalistas e de outras categorias que adoram o Deus-Centro, essa instância política que, pelo jeito, funciona como um centro de anti-matéria dos conflitos, um buraco negro onde não há gravidade;

    Os sistemas jurídicos mundiais sempre, eu REPITO, sempre esposaram a criminalização dos movimentos políticos anti-estamento.

    Essa (como a ideia de centro político dos jornalistas) é uma das naturezas seminais da ideia de ordem capitalista, que se baseia na conservação do seu estamento pelo uso da manipulação de informação (mídia) e dos sistemas judiciais e policiais contra os inimigos do Estado, e claro, de quem o controla (as elites).

    Sempre observamos a escalada de promiscuidade entre mídia e judiciário.

    Exemplos? A farta:

    - Caso Rosemberg;

    - A escalada nazifascista na Europa de 30;

    - A Mani Puliti da Itália recente;

    - O macarthismo dos EUA;

    - A caçada aos Panteras Negras nos EUA;

    - A ascensão de Hoover no FBI, com uso e abuso das fórmulas de divulgação via mídia e extorsão política;

    No Brasil:

    - O caso Vargas;

    - O caso JK;

    - O caso Jango;

    - O caso Collor;

    - O caso PT.

    Onde estavam as cortes supremas e o judiciário em cada momento dessas histórias? Ganha um doce de leite com pão de queijo quem advinhar.

    E não me venham com a catilinária papal sobre o assunto, uma vez que a Igreja de Pedro (ou de Paulo?) usou e abusou desses artifícios para galgar poder temporal.

    Pode-se dizer que foi a Inquisição, modernamente chamada de Congregação para Doutrina da Fé, o primeiro exemplo de uso da ampla divulgação e espetáculo com aspectos punivistas.

    Os Autos de Fé foram os primórdios do que hoje assistimos nas redes sociais e televisivas, mas a natureza é a MESMA:

    Inquiridores trazem sofrimento atroz, culpa sem crime, execração pública, e a humilhação final: Fogueira ou admissão de culpa, e em alguns casos, admissão de culpa E fogueira.

    É da Igreja a ideia de culpar alguém por ser quem é, e não pelo que fez.

    Maria até hoje, coitada, é condenada a ser virgem e incapaz de conceber o filho de deus pelo prazer sexual. E tome lei contra o aborto. Pois é!

    Então, vamos combinar, nunca houve um sistema jurídico capaz de proteger os mais fracos, no máximo alimentamos a ilusão de que  isso seria feito, enquanto mais uma volta da roda espremia nossos direitos.

    Os sistemas jurídicos que permitem a subversão de sua ordem, como na visão romanceada de jornalistas, advogados e outros incautos, não são subvertidos ou usurpados por mal feitores, ao contrário.

    Tais sistemas já nascem com essa possibilidade, ou seja, estão sempre preparados para medidas de exceção caso o status quo esteja sob ameaça.

    É preciso menos ingenuidade (no caso do Nassif) e menos cinismo (em outros casos).

    Seria um bom e primeiro passo para entenderemos o que nos imobiliza!

      

     

    • - Outros pensadores, ainda

      - Outros pensadores, ainda mais dignos, dizem mais: Nunca respiramos o mais leve ar de Democracia no sistema capitalismo, e tais sistemas representativos eram cortinas de fumaça para conservar a desigualdade econômica e a desigualdade de empoderamento entre as classes em luta no sistema capitalista. Nunca, no sistema capitalista, eleições se propuseram a alguma alteração significativa de eixos de poder, como pregam os "sonháticos";

       

      Parem a imprensa, uma sociedade democrática perfeita nunca existiu!

      É, claro que não!

      Não dá pra discordar totalmente do seu texto, mas é preciso lembrar que estamos vivendo o esgarçamento até do imperfeito, do menos que imperfeito, das nossas débeis tentativas de implantar qualquer coisa similar a uma civilização por aqui.

      Dizem que o inferno é feito de boas intenções, eu te digo que quando até as boas intenções morrem, a vida fica impossível.

  • Entre os piores do mundo!

    Não temos instituições comprometidas com seu povo!

    Numa nação o povo é parte mais importante!

    É para ele que nação deve ser governada!

    Impensável um pais que deixa seus cidadãos passar fome, sem acesso a cultura, analfabetos culturais, sem casa, sem emprego com o único intuito de transformar seu povo em mercado para empresários amigos!

    Não podemos contar com as Forças armadas, com o judiciário e suas estruturas todas voltadas a dar para empresários amigos do sistema o esforço e suor do povo!

    Não vejo como isso possa ser superado!

    Hoje vejo o Brasil no nível das piores nações do mundo - ditadura africana, se ainda não estamos como os piores países, é por que o camarada, o companheiro que esta preso, governou tão bem o pais que deixou mais de 300 bilhões de dólares em reservas!

    Lula e o PT são o único motivo pelo qual o Brasil ainda não está falido!

    • Dai que, independente do

      Dai que, independente do eleito, 2019 promete, NADA (a menos que um milagre vindo do exterior e da CASERNA aconteça)

      Antecipa-se a tragédia se o escolhido (congresso incluso) não estiver em alinhamento com as Forças Golpistas  ..aí os caras fecham de vez, afinal, já incutiram na população que ninguém, a não ser eles, é que prestam

      Ainda penso que pra melhorar vai ter que piorar  ..coisa atoa, pruns 20 anos

  • Foi bom o PT no governo pra

    Foi bom o PT no governo pra mostrar que esse negócio de Democracia é o maior conto da carochinha. Por isso vou votar no Lula, estando seu nome na urna ou não. Se não estiver e como sou obrigado a ir fazer papel de idiota no dia da eleição, anularei. E vou anular tudo porque pra mim essa pseudo Democracia é muito pior do que qualquer Ditadura.

    • Apenas digite 13. Se não for

      Apenas digite 13. Se não for o nome do Lula na urna, certamente será o indicado por ele (você não, Ciro).

  • Prezado NassifBom dia Será

    Prezado Nassif

    Bom dia 

    Porquê será que a "miopia" republicana pseudo democrata petista aceitou tal condição?

    Foram 15 anos "comandando" esse esfacelamento!

    Haja ingenuidade!

    Abração

    • Não tenho procuração pra

      Não tenho procuração pra falar em nome de ninguém  ..mas penso que pra líderes maduros, estava claro que o BRASIL não assimilaria qq processo revolucionário se não o tal "devagar em sempre" 

      ..afinal, THC tinha deixado o país em FRANGALHOS, endividado interna e externamente, com inflação, desemprego, recessão e carga tributária aumentando, e a esperança NO CHÃO

      Ademais, se não fizessem isso as DEZENAS de conquistas que o BRASIL auferiu - mais ainda os FAMÈLICOS - não teriam existido

      Ou isso, ou o que vc proporia ? que se antecipasse um fim que NÃO se sabia se seria ou não evitável ?

      Não se esqueça, LULA foi eleito na base do PAZ e AMOR  ..e a direitalha tb apostava que ele não resisitiria, que ali seria o fim do mito

      PIOR mesmo foi não terem visto a CONSPIRAÇÃO que se desenhava no STF e na CASERNA pós eleição de DILMA, isso sim

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