Categories: Políticas Sociais

O aumento do registro de óbito com morte de origem ignorada

Do G1

Cresce registro de óbito com morte de origem ignorada no país, diz IBGE

De 2010 para 2011, aumentou 38,1% nº de registros de morte sem causa. Segundo IBGE, aumento é alerta na produção de informações sobre óbitos.

O número de registros de óbito com morte de natureza ignorada, ou seja, o documento que não contém a causa da morte, cresceu 38,1% no país entre 2010 e 2011, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme o instituto, embora o percentual de registros de óbito com essa rubrica seja de 1,4% do total, “o crescimento em relação a 2010 foi expressivo, o que é um alerta para cartórios, familiares e estabelecimentos de saúde e demais entidades envolvidas na produção das informações sobre óbitos”.

Em 2011 foram registrados nos cartórios brasileiros 111.546 óbitos violentos, o que significa um crescimento de 1,3% em relação ao ano de 2010. O aumento foi maior nas regiões Nordeste (5,5%) e Centro-Oeste (6,9%).

A maioria ocorreu em via pública (37%), mas 35,3% dos classificados como violentos ocorreram em hospitais e 13,7% no domicílio.

Do total de óbitos do país, 68,1% ocorreram em hospitais e outros 20,6% em domicílios. Dos óbitos de origem ignorada, 38,5% ocorreram em hospitais.

Com relação aos óbitos ao nascer, o IBGE afirma que, em 2011, apenas 51,8% dos óbitos infantis registrados foram neonatais precoces (de 0 a 6 dias). Isso indica que não houve avanço suficiente para impedir mortes de crianças com mais tempo de vida.

Ainda conforme o IBGE, diminuiu a subnotificação, ou seja, mais registros de óbitos estão sendo realizados, mais ainda há problemas. Em 2001, o percentual de sub-registro foi de 16,3%, passando para 11,8% em 2006 e, atingindo 6,2%, em 2011. Nas regiões Norte e Nordeste o percentual é de 20,6%.

“A subnotificação dos óbitos resulta da desigualdade de acesso a determinados bens e serviços, especialmente os relacionados com a saúde, fatores culturais e socioeconômicos e com as grandes distâncias entre as comunidades locais e os cartórios”, diz o IBGE.

Maranhão (44,3%) e Roraima (40,1%) tinham, em 2011, as mais elevadas proporções de sub-registro entre os estados do Nordeste e Norte.

Luis Nassif

Luis Nassif

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