Nota do Brasil Debate
A saúde, direito social garantido pelo artigo 6 da Constituição Federal de 1988 (Brasil, 1988), é “direito de todos e dever do Estado”.
Assim, para cumprir com o dever constitucional, criou-se o Sistema Único de Saúde (SUS), que emergiu como a antítese da privatização, com o intuito de ser um sistema universal.
Um dos maiores desafios do SUS, no entanto, é a questão do financiamento, como discutido por Fagnani (2013), especialmente após o fim da cobrança da Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF), que compunha o financiamento do SUS.
No entanto, por meio dos artigos 198 e 199 da própria Constituição e da Lei 8080/1990, permite-se a assistência à saúde por parte da iniciativa privada.
O crescimento do setor privado no Brasil é expressivo: aumentou em cerca de 56% o número de beneficiários de 2003 a 2013, de acordo com dados Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Esse crescimento dos planos privados também é instigado pela crença de que o SUS seria de baixa qualidade e que a provisão desse serviço seria de melhor qualidade quando prestado pelo setor privado.
Porém, esse setor não parece ser bem avaliado por seus usuários: as reclamações sobre planos de saúde privados junto à ANS cresceram cerca de 484% somente entre dezembro/2011 e junho/2013 (ANS, 2013), comparado ao referido crescimento de 56% no número de beneficiários de 2003 a 2013.
Já pesquisas de satisfação mostram que 61,7% dos usuários do SUS no Estado de São Paulo, por exemplo, classificam-no como ótimo ou bom: a maior parte dos usuários mostrou-se satisfeita com os serviços de saúde (Moimaz et alli, 2010).
Ou seja, a despeito das evidentes dificuldades, os usuários do SUS avaliam o sistema de forma positiva, diferentemente dos usuários de planos privados.
Esse é mais um, dentre muitos argumentos, para colocar a saúde pública como prioridade dentro do orçamento e discutir formas de financiamento que possam garantir abrangência, qualidade e igualdade no acesso à saúde.
Conheça a página do Brasil Debate, e siga-nos pelo Facebook e pelo Twitter.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Eh, a receita das
Eh, a receita das “seguradoras” quadruplicou enquanto a “cobertura” dos custos passou de 18 por cento para 25 por cento… Mas o numero de segurados so aumentou em 40 e poucos por cento!!!
Entao ta.
Péssimos planos de saúde!!!
A empresa em que trabalho mudou o plano de saúde do SulAmérica para o bradesco nacional flex… Que plano horrível, lixo mesmo… E é descontado o olho da cara… Meu Deus!!!
O sirio libanes!
Se a Saude Privada não é melhor doque a publica, porque dilma se interna no sirio libanes?
Existiria pouca diferença
Existiria pouca diferença entre ela se internar no Sírio ou no HC. Os médicos são os mesmos, os equipamentos também. A diferença é a quantidade de pessoas atendida, que no HC deve ser muito maior. Eu diria que é menos um paciente no HC.
Eu uso o SUS em São Paulo e francamente é bom se vc faz seus exames regulares e não aparece lá com uma metástase na testa sem nunca ter ido ao posto de saúde anteriormente. Mas é fato que o atendimento não é uniforme nem na cidade nem no país.