Em reunião com Mandetta, secretários de Saúde cobram defesa do isolamento

Jornal GGN – A reunião do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com os secretários estaduais foi tensa. A teleconferência aconteceu nesta quinta, dia 26, após o pronunciamento de Jair Bolsonaro. Os secretários cobram de Mandetta um posicionamento firme em defesa do isolamento, coisa que o presidente ataca, mas defendido pelo ministro no início da crise.

Os secretários pedem, também agilidade no envio dos leitos de UTI e respiradores. Mandetta afirmou que os equipamentos não foram enviados por falta de endereços dos hospitais. Aí o clima esquentou, e houve bate-boca.

Os secretários afirmam que o ministro pediu os endereços dos hospitais somente na quarta, dia 25, um dia antes da afirmativa, mas que os locais já estavam definidos há semanas. Os secretários entendem que Mandetta tenta transferir a culpa dos problemas a eles.

No tocante ao comportamento do presidente Bolsonaro, que relativiza a importância do isolamento, os secretários pediram a Mandetta que volte a ser firme no que defendia anteriormente. Eles pediram que haja unidade da informação, já que embasaram suas posições nas falas do ministro até então, e que ele se paute por experiências internacionais.

Com informações do Painel, da Folha.

Redação

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  • O ministro tentou no início desta crise atual, não a primeira e nem de longe será a última, ainda atuar como representante e protetor dos interesses das entidades hospitalares particulares, para evitar que a pandemia criasse colapso em seus ambientes, sistemas, faturamentos e marketing. Não foi muito longe, já que ao chamar a notoriedade para si, impediria a estratégia de reinar no caos do melicianismo-bolsonariano. Então foi devidamente enquadrado pelo gabinete do mal, para que esquecesse esta história desatualizada de juramento de Hipócrates onde em público dizem prezar pela integridade de vida, a assistência aos doentes e o desprezo pela sua própria pessoa, e ainda juram praticar a medicina honestamente (e blá, blá, blá). O ministro foi munido ao encontro com o que é tradicional no melicianismo, argumentos falsos como o tal de o governo central do país não ter o endereço dos hospitais. Secretários por favor, bate-bocas e clima quentes é a estratégia deles, pois passa o tempo e quanto mais coisas ficam para trás, melhor para quem reina no caos. Tem de apertar mais e expor mais. A pressão imediata e firme é que vai levar aos erros, desistências, descréditos e perda de forças.

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