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O software made in Brasil

Na aba de ECONOMIA (clique aqui) a Coluna Econômica fala do mais novo sucesso internacional brasileiro: as empresas de software, que começam a incomodar os indianos.

Luis Nassif

Luis Nassif

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  • Olá Nassif! Eu sou
    Olá Nassif! Eu sou desenvolvedor. Trabalho duro desde os 17 anos de idade, quando saí do meu estado (RJ) para trabalhar em SP, a convite. Antes disso, eu era estagiário. Hoje tenho 26 anos, com 9 anos de experiência acumulada no setor.

    O que vejo é uma imensa diminuição do valor do profissional desta área. Uma oferta muito grande, porém nem sempre bem qualificada. Há uma febre no setor por "certificações". Uma forma de prevenir-se de que determinado profissional é realmente conhecedor de determinada ferramenta.

    Com isso, as empresas americanas "vendem" cursos oficiais no Brasil e provas de certificação. Somente com uma certificação consegue-se brigar por um salário mais atraente. Formação acadêmica, às vezes, parece menos importante que uma certificação.

    O bom profissional,conquista formação acadêmica e depois fica refém das empresas americanas, procurando obter cada nova certificação que aparece. Um bom desenvolvedor C será bom desenvolvedor em qualquer outra linguagem, mas não é assim que o mercado pensa. Então, além dos baixos salários, nós arcamos com o alto custo da formação contínua em "ferramentas específicas".

    Este reconhecimento de qualidade de que você fala ainda não chegou (e acho que nunca vai chegar) ao bolso dos desenvolvedores.

  • Olá Nassif! Sou um
    Olá Nassif! Sou um desenvolvedor de software desde 1979. Achoq eu preciso saber melhor onde estão e para que são estes desenvolvedores. Será de páginas, será de software para Call Center? Preciso achar onde está esta demanda toda!

  • Luis bom dia,

    Sempre achei
    Luis bom dia,

    Sempre achei que o "brasileiro" tem um grande potêncial, é fácil de ver isso nos esportes (basta um pouco de estrutura e incentivo).
    Nós (Brasileiros), na sua grande maioria não temos incentivos governamentais e nem situação financeira muito boa, e mesmo assim, corremos atrás e nos capacitamos. E o resultado disso é que apesar de todas as adversidades o nosso trabalho é reconhecidos como uns dos melhores do mundo!!!.
    Agora imagine você meu caro Luis, se nós (brasileiros) tivéssemos incentivos gorvernamentais como uma boa base escolar pública (municipal, estadual e federal) acho que já estariamos nesse patamar a muito mais tempo!!!

  • Não vai conseguir redução de
    Não vai conseguir redução de encargos trabalhistas. Neste país não consegue! Imposto ZERO prá exportar soja, que quase não emprega ninguém, é fácil. Ninguém reclama. Mas pro setor de serviços, onde os fatores de produção são basicamente trabalho, nem pensar. E olha que é para exportar! Que não se produza nada e que se demita a rôdo mas reduzir encargos nunca!
    Eita país atrasado!

  • Nassif, trabalho na área há
    Nassif, trabalho na área há vários anos e posso garantir: não temos qualificação suficiente para poder enfrentar a Índia ou outros competidores. Ainda que existam algums exemplos de excelência, elas nadam mais são do que exceções que confirmam a regra. Temos um bom potencial, porém é preciso com urgência qualificar os desenvolvedores brasileiros, que na maior parte dos países seriam considerados "power users", mas não verdadeiros cientistas da computação. Use sua influência como porta voz das alas menos moderadas do governo para pedir uma mudança radical no quadro educacional brasileiro, uma reforma tributária que ajude o setor de software e a famigerada revisão da CLT para a área.

  • Nassif,
    Há um certo exagero
    Nassif,
    Há um certo exagero nessas tuas projeções e comparações. Infelizmente não tem nenhuma revolução nessa área, nada além do necessário para atender o mercado doméstico.

    Aliás, não sabia que as softwares houses estavam fazendo todo esse lobby pela precarização das relações trabalhistas. 99,9% delas contrata PJ, manda os garotos abrir empresa e dar nota fiscal. É cada um por si, a molecada tem que pagar os próprios cursos, estuda por conta. É claro que eles se mandam quando receben outra proposta. Quem quizer fidelidade, que pague por isso! Pague os impostos, as contribuições sociais, como fazem as empresas sérias. Querer se desenvolver explorando o trabalhador para concorrer com a India? Vão para o inferno! Essa informacao de que o custo da mão de obra aqui é menor que na Índia é interessante. Essa é a única razão pela qual esses gringos vem terceirizar aqui: preço! Não tem revolução coisa nenhuma. Nada disso, a coisa é bem mais simples: nenhum europeu aceita queimar suas pestana 15 horas por dia por 600 euros, como se faz aqui. O seguro desemprego lhes paga o dobro disso. Como estamos explorando mais que os indianos, eles vêm "costurar o Nike" aqui.
    almir

  • Nassif,

    Sou desenvolvedor e
    Nassif,

    Sou desenvolvedor e acredito que o problema trabalhista não existe. As grandes consultorias gostam de empregar via PJ, mas embolsam a diferença dos impostos que deixam de arrecadar ao invés de repassar ao profissional. O que sobra é uma legião de gente com salários que parecem altos à primeira vista, mas sem segurança econômica (já que contribuem com o mínimo p/ o INSS e não poupam p/ uma previdência privada).

    Não acho que o Brasil deva querer competir com a Índia em custos e sim em qualidade. Existe um problema grave no setor que é a falta de profissionais que falem inglês. A quantidade de gente que não consegue sequer ler um texto técnico é muito grande. Basta entrar em qualquer fórum internacional ou lista de discussão da área p/ ver como a presença de brasileiros é baixa em comparação com indianos, russos e europeus do leste.

  • As empresas deveriam tentar
    As empresas deveriam tentar junto ao governo, dar autonomia ao trabalhador, aceitar ou não, redução dos encargos trabalhistas conciente que teria reduzido alguma vantagem nahora da demissão. em contrapartida poderia ter um salário maior na mão, quem sabe?

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Luis Nassif

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