Indicadores apontam deterioração da confiança do consumidor quanto aos rumos da economia

Jornal GGN Todos os dias somos inundados por uma enxurrada de indicadores de vários tipos e formas. Os indicadores podem ser sociais, econômicos, de qualidade, dependendo do setor e servem para medir, revelar, sinalizar vários aspectos da sociedade e da economia. Além de servir também como termômetro das expectativas do consumidor e do empresário e da situação econômica.

Seus resultados subsidiam estudos e ajudam as autoridades a tomarem decisões; também auxiliam no acompanhamento do desempenho das instituições e antecipam eventos futuros.  Vemos, então, que há várias aplicações para várias finalidades.

Diversas instituições divulgam indicadores relativos a preços, consumo, varejo, indústrias, trabalho e serviços. O que diferem um mesmo indicador divulgado por instituições diferentes é a metodologia de pesquisa.

Fugindo um pouco dos indicadores de preços que são os mais conhecidos (IGP, IPC, IPCA, etc.), há outros menos conhecidos, mas igualmente importantes para monitorar o sentimento e confiança do consumidor.

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulga trimestralmente o boletim “Termômetros da Sociedade Brasileira”, com informações sobre o Índice do Medo do Desemprego (IMD) e o Índice de Satisfação com a Vida (ISV). Na última medição o IMD subiu 3,4% em junho em relação a março e foi a terceira alta seguida.

Este indicador varia também conforme o grau de escolaridade e região do país. Entre a faixa da população com entrevistados até a quarta série o índice subiu de 69,4 pontos de março para 73,4 pontos em junho. Entre aqueles com curso superior o índice foi de 78 pontos de março para 80,2 pontos em junho.

Este índice serve como termômetro para saber inclusive a propensão das pessoas a consumir e a preocupação com os rumos da economia.

Isto está justificado numa divulgação anterior da mesma instituição onde indica que o INEC (Índice Nacional de Expectativa do Consumidor) recuou 1,2% em junho em relação a maio e é a quarta queda consecutiva. Este resultado foi influenciado principalmente pela expectativa de aumento do desemprego e expectativa de queda na renda.

O termômetro da CNI também aponta outro indicador interessante que é o Índice de Satisfação com a Vida (ISV), que subiu de 102,2 de março para 103,1 de junho; o dado aponta que quanto maior o grau de instrução do entrevistado maior é sua satisfação. Na faixa de público com formação superior o índice subiu de 103,7 de março para 104,9 em junho e entre aquele com até a quarta série a satisfação caiu de 102,7 de março para 101,1 de junho.

Outra instituição que também divulga indicadores que medem o sentimento do consumidor quanto à economia é a FGV (Fundação Getúlio Vargas). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu de 102,8 pontos de maio para 103,8 pontos de junho. Apesar de o último resultado ter sido positivo ele continua abaixo da média histórica e vem de uma tendência declinante desde o último novembro.

Quando os indicadores no geral mostram pessimismo do consumidor significa que há incertezas quanto ao futuro e aumenta o desejo de cortar gastos. Quando eles indicam resultados positivos as pessoas estão com tendências a gastar mais e estão confiantes com a situação. Com estes resultados as empresas e governos formulam ações de acordo com as expectativas.

Redação

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