O que a disputa táxi vs Uber pode trazer para o futuro

Por Caetano Scannavino

Sem ser especialista ou ter uma receita de bolo do que é o certo num mundo cada vez mais dinâmico, como usuário é possivel saber o que está errado ou que pode ser melhorado e atualizado para os novos tempos que pedem passagem.

O embate UBER x TAXI pode ser uma boa oportunidade para provocar um upgrade nas regulações, que valorize o trabalhador da atividade-fim, o motorista, o que trará ganhos também para o usuário. Dando menos peso aos entes intermediários e mais protagonismo ao passageiro/motorista, quem anda pagaria menos, quem dirige receberia mais. Isso não quer dizer deixar de lado aspectos como segurança, responsabilidades e manutenção dos veiculos.

No caso dos TÁXIS, nas grandes cidades em geral quem rala não é o dono da licença, que cobra caro para terceirizar os turnos de 12h, virando um negócio paralelo sobre algo emitido gratuitamente pelas Prefeituras. Algumas licenças chegam a custar mais de R$ 150 mil em SP, enfim, daquelas coisas ilegais no papel, mas “legais” na prática.

Já a UBER inovou, tem seus méritos, mas ao contrario do que aparenta, é uma empresa muito mais provedora de serviços do que de software, que centraliza o negócio, define os preços e % dos motoristas. Justamente por isso o futuro colaborativo é também seu concorrente, querendo muito mais do que ela oferece e tenta controlar.

Portanto, já passou da hora de acabar com a categoria dos ”donos de licenças de táxis que não dirigem”. Assim como está mais do que na hora de diversificar as opções de locomoção que estão batendo na porta, desde a carona compartilhada (sem maquiagem, nem precisar necessariamente estar refém de uma determinada empresa) até o car sharing e outras iniciativas colaborativas que estao vindo para ficar, com aplicativos a serviço do motorista/passageiro e não o contrário.

Redação

12 Comentários

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  1. Se não me engano, foi

    Se não me engano, foi aprovada uma lei esdrúxula (pelo menos para mim), que permite que a praça seja herdada por um herdeiro designado pelo taxista. Herança de concessão pública deveria ser proibida, não permitada. No caso dos cartórios isso, felizmente, acabou, mas acho que nos transportes ainda impera. 

    1. Concessão de cartório ainda é
      Concessão de cartório ainda é herdada. Apenas queriam o modo de fazer. O herdeiro agora procura um cartório longínquo e, depois, troca com o dono Átila, que esta envias de aposentar. Isso é permitido por lei!

    2. Serviço de cartório devia ser

      Serviço de cartório devia ser provido pelo estado. Coisa mais sem lógica, por exemplo, pagar para um particular uma fortuna pra fazer uma escritura e depois registrar um imóvel que já está documentado na Prefeitura. Nesse caso há uma tri-tributação: o ITBI, a escritura e o registro. Eu acho que os donos dos cartórios são da mesma máfia da mídia.

    3. Creio q o motivo disso é resguardar direitos de viúvas

      Porque, apesar da licença ser teoricamente uma concessao, na realidade é um bem pelo qual o taxista pagou caro, e, se ele morre, a viúva e os filhos podem precisar usá-la para se sustentarem. Nao estou dizendo que aprovo isso, mas, dado que na prática a licença é um bem, tem lógica. O correto, claro, seria proibir as companhias que têm várias licenças e terceirizam, proibindo a terceirizaçao, ou a admitindo apenas por um turno (no outro o próprio licenciado dirigiria). Mas isso mexe com muitos interesses, e acho que nao ocorrerá.

  2. “O que a disputa táxi vs Uber

    O que a disputa táxi vs Uber pode trazer para o futuro

    … pode trazer duas lições de casa de ferreiro espeto de pau:

    1ª.  a de que “o problema hoje é que o futuro já não é o que costumava ser” Paul Valéry

    2ª.  a de que somos todos “bastardos inglórios” escravos e reféns do modo de vida cibercultural ou modo de vida TI que invade e sequestra e conquista todos os modos à mesa e todos os mercados e negócios do planeta… explodindo/implodindo, no avanço nerd tecnológico digital de terra desolada, com todos os cartéis e cartórios e carretéis que vai encontrando pela frente pelos lados por trás-os-monte… desde agenda eletrônica smart alemã um primor de ordem e registro e códigos de guerra do cartel ODEÀBRECHT até este cartório ambulante político-eleitoral da corrida dos taxistas rumo à extinção da espécie, outrora, malufistas de carteirinha acá em sampa… hoje, sei não, pois que só ando de bike, a pé e busão.

                                                                                                                                        

     

     

    1. Vc é motorista de Uber? Usuário de táxi nao deve ser…

      Ou pensaria melhor antes de dizer isso. Taxistas pagam seguro contra acidentes, sao registrados na Prefeitura, sao obrigados a usar o taxímetro, há regulaçao, o que representa uma segurança pelo menos relativa para os passageiros. Vc quer que a própria companhia que lucra com o serviço seja encarregada de regularizá-lo? Entregar o galinheiro para a raposa tomar conta? Por enquanto a companhia está “boazinha”, até quebrar com os taxistas. Depois faria o que quiser…

      Como tenho problemas no joelho e ando sempre com peso, uso táxi para qualquer translado. Nao quero que os taxistas se tornem raros, inencontráveis na rua (só acessáveis via smartphone, que nao tenho nem quero ter). E além do mais é concorrência desleal, os taxistas pagam mil taxas para poder trabalhar que os uberistas nao pagam.

  3. Uber

    Caetano,

    Escrevo em relação ao RJ,

    O Uber é mais uma opção disponível para o cliente, aquele que escolhe o meio de transporte que deseja utilizar, táxi, táxi  especial, metrô, ônibus, barca, mototáxi, van e sei lá mais o quê.

    No caso da vans, rodam sem nenhuma regulamentação há 15 anos, ou seja, deve existir um acordo por baixo do pano para que o serviço permaneça disponível por tanto tempo.

    O Uber, mais uma opção, resolveu entrar na marra, de pára-quedas, com um discurso equivocado e sendo representado por um fulano de quinta categoria, típico testa-de- ferro. Desta maneira extremamente amadora, ao ponto de pretender desprezar legislações de Estado e município quando deveria procurar se adaptar às leis relativas a transporte público , terá um rol de dificuldades pela frente.

    Este grupo esquisito ( não escala ninguém capaz de negociar com o Poder Público) acredita que, com 300 ou 400 carros como que terceirizados, conseguirá enfrentar um fortíssimo lobby com mais de 30 mil veículos. 

    Cmo pode um serviço melhor qualificado custar menos que o serviço normal, táxi ? Isto é algo que o sindicato dificilmente aceitará. Serviço melhor, como os do taxi do aeroporto, custa mais caro.

    E se um carro do Uber vier a ser danificado num conflito, prá quem vai a conta ?

  4. Sei!

    Transporte no Rio sempre foi uma luta de foice no escuro. Grupos de toda ordem tentam entrar no ramo. Desde as lotadas feitas por motoristas comuns que vinham dos distantes suburbios para o centro e alugavam as vagas vazias do seu veículo, perseguidos sem trégua pelos fiscais do município, passando pelos ônibus piratas que levavam as multidões para a baixada. passando pelos próprios taxis piratas, até o transporte controlado pelas milícias e outra máfias sem fim.

    Portanto o Uber não traz nada de novo no ramo. A menos de ter ganho o apoio da Casa Grande e da velha mídia, talvez pos ser um aplicativo americano. Geeeente! Um aplicativo americaaaano… Sei!

  5. Tem muita coisa errada no

    Tem muita coisa errada no transporte publico no Brasil.

    1. Taxi – Essa do cara não ser motorista e ser o pricipal ganhador e SEM PAGAR QUALQUER TIPO DE IMPOSTO;

    2. Transporte coletivo – Permitir que essas verdadeiras mafias atuem e lucrem em todas as cidades e ainda boicote via prefeito e vereadores a inovação – tipo BRT, etc. – e ainda faturem barbaridde sem nada fazer pois o poder publico é que administra o serviço.

    3. Metro a não existencia de metrô nas cidades medias e a não expansão de metro nas grandes cidades só tem uma explicação, acho. Os donos das frotas fazem lobby e financiam prefeitos e vereadores para haja um desleixo nesse serviço

    . Transporte interestadual e interurbanos – porque só umas pouquissimas empresas se expandem formando verdadeiros monopolios?

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