Xadrez do futuro do bolsonarismo e da democracia, por Luis Nassif

A maneira como lideranças do Centrão acataram rapidamente o resultado das eleições, mostra que o martelo do STF inibiu aventuras golpistas.

Peça 1 – os bolsonaristas

Fui ver de perto as manifestações em frente ao quartel, no Ibirapuera, em São Paulo. Havia de tudo, o jovem de periferia que dizia que iria salvar o país, famílias com crianças, senhoras de mais idade, um lúmpen de periferia, majoritariamente da faixa até 5 salários mínimos, casais educados e valentões dos grotões. Enfim, um grupo diverso vestindo camisetas verde-amarelas e cantando com emoção o hino nacional.

Não é a ultradireita. É um pessoal que jamais teve participação política, que foi abandonado pelos partidos e movimentos e conquistados pelas igrejas e pelo bolsonarismo. É um grupo ridiculamente amador. Mas, por trás dele, tem a ultradireita, violenta, armamentista e armada. E, no comando, um capitão baratinado.

No início, houve o silêncio de |Bolsonaro, enquanto os filhos e o gabinete do ódio convocaram baderneiros para açular os quartéis. O primeiro movimento foi o bloqueio de estradas. Imediatamente o movimento bateu no bolso do agronegócio e dos transportadores, pontos de apoio do bolsonarismo.

Criou-se então um dilema a ser enfrentado por um homem pequeno. Como fazer? Atender às demandas dos aliados e, ao mesmo tempo, contentar seu público?

Soltou, então, um vídeo cercado de pedidos de desculpas, enquanto pedia para os seguidores pararem de bloquear as estradas.

Foi tão surpreendente que, em alguns grupos bolsonaristas, buscaram-se explicações das mais extravagantes.

A lição que fica é que Bolsonaro só preservará sua mística mantendo os seguidores em permanente mobilização, uma tarefa impossível para quatro anos de espera, a não ser que se pretenda antecipar os conflitos.

O barulho no Congresso, por parte das bases bolsonaristas, não será suficiente para atender aos anseios da ultradireita. E aí ocorre um dilema no arco da direita-ultradireita. Uma coisa eram as declarações extravagantes do presidente da República capazes, cada qual, de criar um fato midiático. Outra é um ex-presidente, incapaz de formulações estratégicas, dizendo frases desconexas para um público que já se familiarizou com os truques dos algoritmos.

O quadro ideal, para a frente bolsonarista, seria um Bolsonaro obedecendo ao script de formuladores mais hábeis. É hipótese improvável de ocorrer, dada a indisciplina atávica de Bolsonaro. Para complicar o quadro, há os filhos de Bolsonaro, com suas vulnerabilidades, especialmente em relação à Justiça.

Daí a importância fundamental de mudanças em postos-chaves das Forças Armadas, para reorganizar o controle de armas e encetar uma campanha eficiente de desarmamento da população e, especialmente, dos Clubes de Caça e Tiro e colecionadores.

Peça 2 – as investigações policiais

A dubiedade de Bolsonaro se explica. De um lado, a necessidade de manter os seguidores mobilizados; de outro, o medo nítido de se expor ainda mais à Justiça. É por aí – mais as características psicológicas de Bolsonaro – que se explica sua dificuldade em se transformar em um líder institucional da oposição.

O medo da Justiça é tão grande que Bolsonaro praticamente entregou seu governo ao Centrão, em troca de uma blindagem contra um impeachment que liquidaria com todas suas blindagens. Agora, com a contagem regressiva para deixar o governo, o pânico aumenta.

No reinado bolsonarista, há uma enorme relação de crimes a serem apurados.

  1. As consequências dos bloqueios, com o episódio do atropelamento de Mirassol, atraso em atendimentos médicos, a morte de um motorista, que bateu em um caminhão que bloqueava o trânsito. Tudo isso recairá sobre o diretor da Polícia Rodoviária Federal e o próprio presidente da República.
  2. O fim do sigilo de 100 anos para inúmeras operações suspeitas.
  3. O fim do sigilo do orçamento secreto, abrindo uma rodovia para as investigações da Polícia Federal.
  4. As mais de mil empresas que serão autuadas pelo Ministério Público do Trabalho, por assédio eleitoral.
  5. A continuidade das investigações da CPI das Vacinas. Inclusive com a possibilidade de responsabilização criminal de Bolsonaro, por mortes que poderiam ter sido evitadas.
  6. As suspeitas que cercam o clã Bolsonaro, desde a tentativa de desviar da Eletrobrás excesso de energia de Itaipu – em operação articulada por bolsonaristas de dentro do Itamarati – até as aventuras nos Ministérios da Educação e do Meio Ambiente e dos Bolsonaro em Dubai.
  7. A apuração da organização criminosa, bancada por empresários, para bloquear estradas.
  8. As investigações sobre bolsonaristas infiltrados na máquinas públicas, na AGU (Advocacia Geral da União), PRF (Polícia Rodoviária Federal(, CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico).
  9. A apuração do assassinato de Marielle Franco.

Agora, o jogo consistirá em aguardar o primeiro ano do governo Lula, enfrentando dificuldades com a herança maldita legada por Bolsonaro. Ficará aguardando o desgaste do governo Lula para se recolocar como liderança de oposição.

Peça 3 – o início do governo Lula

A grande frente montada por Lula terá um enorme fator agregador: o fantasma da ultradireita, em caso de fracasso do governo.

Há tempos, Lula demonstrou entender os caminhos da reconstrução: uma enorme maratona nacional, com envolvimento de todos os setores.

Haverá vários modelos a serem seguidos:

  1. O modelo federativo, com suas instituições já existentes: conselhos de governadores, de prefeitos, de secretários temáticos.
  2. Conferências Nacionais em cima dos principais temas de políticas públicas.
  3. A criação de um modelo similar aos grupos executivos do governo Kubitscheck – sugestão do economista Luiz Gonzaga Belluzzo. Os grupos foram criados para ajudar no planejamento da industrialização brasileiro. Já existe um modelo legado no segundo governo Lula, a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), incumbida de acolher grupos setoriais da indústria para identificação dos grandes desafios tecnológicos. Amarrado ao grupo, a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e o BNDES.
  4. Modelos de indução, pelo BNDES, do capital privado para projetos de infraestrutura,

Provavelmente, a montagem da equipe de governo obedecerá aos princípios do grande pacto nacional.

Peça 4 – a garantia do Supremo Tribunal Federal

A destruição das instituições brasileiras foi obra de dois poderes: a Justiça e a mídia.

O desempenho quase heroico do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido por Alexandre de Moraes, foi essencial para a manutenção da democracia. Aparentemente, a explicitação dos riscos do bolsonarismo selvagem produziu, além disso, uma unanimidade inédita no STF. Além disso, houve a adesão de vários pontos da máquina pública, de procuradores do Tribunal de Contas da União à atuação louvável do Ministério Público do Trabalho, de assessores da Economia (vazando os planos de Paulo Guedes para o caso de um segundo governo Bolsonaro) aos procuradores do Ministério Público Federal, exigindo investigações sobre o presidente e o diretor da PRF.

A maneira como lideranças do Centrão acataram rapidamente o resultado das eleições, mostra que o martelo do STF inibiu aventuras golpistas.

Luis Nassif

16 Comentários

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  1. O presidente Lula usará toda sua experiência e sabedoria para conduzir novamente o país para o crescimento com distribuição de renda.
    Para isso,logo de início mostrará ações relevantes para os mais pobres,como aumento real do salário mínimo, consolidação do bolsa família e programa minha casa minha vida.
    A discussão orçamentária deverá, necessariamente incluir a exclusão do teto de gastos,a tributação de dividendos,a eliminação de pagamento de juros sobre o compulsório do Banco Central (já que é independente não tem porquê o pai continuar pagando o aluguel),utilização de parte das reservas como economia de guerra, tributação progressiva para envio de recursos para fora do país em caso de especulação com a moeda,entre outros.
    Quanto aos milicos milicianos, o cancelamento do serviço militar por um período de tempo não traria nenhum prejuízo a segurança do país mas traria divisas que poderiam ser melhor utilizada do que ser babá de filhos de milicos.
    Enfim,o presidente Lula irá olhar o Brasil no mundo priorizando sempre aqueles que mais necessitam do Estado.

  2. Não me parece muito claro que, em qualquer tempo ou circunstância, o perfil do Centrão – vale dizer, de seus componentes – inclua pré-disposições aventureiras.
    Aventura é algo que não combina com Centrão.
    Lembro-me das piadas que se faziam, há algumas décadas, com a União Cívica Radical da Argentina, cujo nome comportava uma tautologia: um partido de centro radical.
    O radicalismo do Centrão, aqui ou em qualquer outro lugar, não é aventureiro, é estático. Voltado exclusivamente para si. No máximo, esse radicalismo se sujeita à inércia: verga de acordo com o vento. Fora que, no nosso caso tupiniquim, aventura envolve um conviva a mais para repartir o butim – as Forças Armadas. Melhor sem aventura, e o butim fica só entre nós, sem gente de fora.
    Foi-se o tempo do “ou nos locupletamos todos, ou restaure-se a moral”.
    A alternativa foi excluída, enviada para o limbo, para algum memory hole.
    Ficou só a primeira alternativa. Sem o ‘todos’; locupletemo-nos nós, somente. Porque ‘todos’ querem fazer parte desse ‘todos’, o que não é possível.
    E para o inferno o “com o Supremo, com tudo”. É o bastante um “com o supremo, contudo”. Eles lá, nós cá.
    E viva a Democracia Representativa!
    Essa farsa que permite que calhordas sejam tidos como heróis, e foras-da-lei se passem por seus paladinos.
    E ditadores in vitro, por democratas constitucionalistas. Dentro das quatro linhas, mas como juiz ladrão.

  3. E o fator militar? Esse me parece ser o mais importante, uma vez que circulam textos abertamente na Internet, tais como este do General de Exército Pinto Silva publicado no DefesaNet, no qual se atribuem como inimigos da pátria: professores, sindicalistas, movimentos sociais, defensores dos direitos humanos, defensores do meio ambiente – da Amazônia em particular, defensores de minorias, defensores de uma distribuição mais justa da renda do país. Este documento precisa ser rebatido e seus responsáveis punidos, caso contrário, o governo legal estará sendo corroído por forças clandestinas financiadas com dinheiro público que se acham valorosos combatentes de uma guerra híbrida: https://www.defesanet.com.br/neb/noticia/45632/Gen-Ex-Pinto-Silva—-A-Guerra-Hibrida-no-Brasil—Reflexoes/

  4. Discordo e pareço ter formado minoria, no laudatório ao Alexandre de Moraes. Ele se mostrou leniente e, notadamente no caso da “operação fora do padrão” da PRF, obstando claramente a votação no colégio eleitoral mais favorável a Lula, “pilatou”, eximiu-se, abdicou de sustar a operação, alegando “não haver interferido no resultado”. Como? Foi cotejada a abstenção, nos dois turnos, da Região Nordeste? Fez-se a ponderação dos totais em ambos os turnos, por acaso, a ponto de se dizer, com veemência, «não ter havido contaminação no resultado»? Aliás, nosso (?) Golpiciário pode ser tudo,

  5. “A destruição das instituições brasileiras foi obra de dois poderes: a Justiça e a mídia.” Lapidar. E não faltaram vozes, desce as mais robustas aos praticamente sussuros tênues a lembrar do fantasma Argos, 370 a.C.

  6. Há que investigar também com muito cuidado esse panfleto militar denominado DefesaNet. Seus editores deixam bastante claro seu pouco apreço à subordinação ao poder civil. Sob o título de Coup d’Presse, uma série de textos estão sendo publicados visando desqualificar artigos publicados na imprensa – mesmo a grande imprensa – taxados como fazendo parte de uma grande conspiração golpista, quando os grandes golpistas são eles mesmos. https://www.defesanet.com.br/tp/noticia/45639/Coup-d%C2%B4Presse—Lula-tera-de-enfrentar-desmilitarizacao-do-Planalto-durante-transicao/

  7. Foram tantos os comentários que fui dar uma olhada no tal “defesanet”. Além de ser um site meio tosco em seu projeto,a impressão é de que os “colaboradores” andam abusando dos psicotrópicos. A quantidade de besteira por linha é mto alta para ser a sério. Se a nata dos articulistas militares está ali representada o Ministério da Defesa deve reforçar o orçamento de assistência médica psiquiátrica pois vai faltar Rivotril pra tanto maluco.

  8. Acho que o bolsonarismo acabou no domingo. Explico: A rapidez com que a polaridade política mudou me surpreendeu. No domingo mesmo, seguindo a comunidade internacional e o judiciário, Lira e Pacheco rapidamente reconheceram a vitória de Lula e até sinalizaram a abertura de diálogo, já abandonando qualquer tentativa do Bolsonaro reagir ao resultado e deixando-o só com seus seguidores nesta empreitada. Foram seguidos nos dias seguintes por diversas lideranças do centrão e da centro direita (hoje saiu uma entrevista interessantíssima do Kassab na folha), inclusive por evangélicos como Malafaia que orou pelo Lula e por Edir Macedo que disse que Lula deveria ser perdoado.

    Passados os esperneios da derrota desta semana, Bolsonaro sabe que tem um encontro marcado com a justiça por tudo o que fez nos últimos anos, da pandemia aos atos anti-democraticos, passando pelos casos de corrupção envolvendo sua família, como vc bem pontua. Como a primeira ação do judiciário será desmantelar sua rede de fake news, e sem a máquina do Estado para o blindar e manter uma base política de apoio (que já migrou para o Lula), sobrará apenas seus seguidores mais influentes para defendê-lo e tentar limpar sua imagem das sujeiras que aparecerão envolvendo seus mal-feitos, o que tornará impossível sustentar o posto de líder dos conservadores brasileiros. Aliás, Mourão, Mouro e outros já coçam as mãos para abocanhar este posto, mas nenhum será capaz no curto e médio prazo de assumir a liderança de um movimento tão amplo quanto o bolsonarismo, existindo várias lideranças mobilizando a extrema-direita, com um Bolsonaro bastante diminuído.

    Meu grande receio é o fator Trump e a articulação internacional da extrema direita. Hoje um apresentador da Fox News praticamente legitimou as contestações bolsonaristas do resultado e reiterou as fake news sobre censura do judiciário brasileiro aos aliados de Bolsonaro, citando nominalmente a Zambeli. Inclusive ela viajou hoje aos EUA e justificou em um comunicado a imprensa : “cumprindo agendas pessoais e aproveitarei a ocasião para estudar meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas”.

    Seja lá o que estão articulando, acredito que apenas um retorno de Trump ao governo (temos eleições parlamentares na semana que vem que podem decidir o futuro americano) poderia resgatar Bolsonaro. A ver.

    Por fim, acredito que com um possível refluxo extremista do bolsonarismo Lula deverá liderar nos próximos 04 anos um grande pacto nacional em que judiciário, ministério público, legislativo, mídia, mercado e esquerda acordarão novas regras institucionais dentro das quais se darão as disputas políticas (inclusive com esta direita herdeira do bolsonarismo aceitando o jogo e as regras). A questão é saber o que a esquerda deverá abrir mão em termos de projeto nacional para atender aos interesses do mercado.

    Fora isso, gostaria de fazer uma observação histórica. Acredito que o Ministro Alexandre de Moraes entrará para a história como o General Lott garantidor da democracia de nossos tempos.

    https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/11/kassab-quer-cargos-apoio-federal-e-reconducao-de-pacheco-para-apoiar-lula.shtml

    https://www.diariodocentrodomundo.com.br/edir-macedo-diz-que-lula-foi-eleito-por-vontade-de-deus-e-deve-ser-perdoado/

    https://www.diariodocentrodomundo.com.br/video-ancora-da-fox-diz-que-biden-e-a-cia-interferiram-na-eleicao-contra-bolsonaro/

    https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2022/11/03/zambelli-confirma-viagem-eua.htm

  9. Nassif, acho imprevisível o que Bozo, Putin, ou extrema direita farão. Saiu uma entrevista com a Cassandra Nouriel Roubini com link no final. Há mudanças climáticas e uma provável estagflação prolongada. Biden é um governo fraco, senil. Claro que o pessimismo não ajuda a sair do pântano que a Civilização ocidental se encontra, mas devagar… devagar que o santo é de barro. Na tv acabam de falar da volta de Bibi em Israel.
    https://www.spiegel.de/international/business/star-economist-roubini-on-the-global-crises-world-war-iii-has-already-effectively-begun-a-fd3126eb-4dd4-42fc-889e-27e4165f6702

  10. Caro lima – 2022-11-03 20:33:21 – Também achávamos que Bolsonaro era tosco e que não devia ser levado a sério. Lembra? E no entanto, a nata dos militares o apoiou e ainda o apoia. Infelizmente, nossas academias militares formam militares toscos e despreparados para as funções que lhes são atribuídas. Formação esta elaborada nas academias militares de uma potência estrangeira cujos interesses são muito bem defendidos nunca foram os do Brasil. E ainda se dizem patriotas.

  11. Continuando a resposta ao lima, nossos militares, por terem sua (de)formação proveniente através de manuais produzidos pelas academias militares norte-americanas, sofreram uma intensa lavagem cerebral que os faz enxergar o comunismo e o socialismo como os grandes inimigos a serem combatidos. Além de não conseguirem enxergar os inimigos reais que já estão agindo sorrateiramente, mal sabem definir o que são o comunismo ou o socialismo. Combatem moinhos de vento. Sun Tzu, o famoso autor de “A Arte da Guerra”, já dizia que numa batalha é muito importante (re)conhecer o inimigo. Nossos militares demonstram estar completamente despreparados para as funções que a sociedade deles espera.

  12. Nassif, o Alexandre de Moraes não fez nada a respeito da compra de votos, bloqueios da PRF, assédio moral contra empregados p/ votarem em Bozo, compra descarada de votos, etc.

    Por que endeusar um sujeito desses?

  13. Quando mito pediu aos caminhoneiros que desobstruissem as estradas, como um hipnotizador estala os dedos e o hipnotizado acorda, o gado também acordou, viu que bozo não era mito, mas um covardão, e o abandona, assim como o fazem os seus aliados. Lula, através da inteligência de seus mentores de campanha, que aproveite esse hiato para reconquistar a confiança do povo.
    Sabemos que militar e crente obedecem apenas, sem contestar. Não precisa nem oferecer vantagem, somente mão de ferro e promessa de punição.

  14. Obrigada, Nassif por lembrar que a destruição institucional que levou ao bolsonarismo foi obra da Justiça e da mídia. Mas que o esforço de reconstrução dos valores democráticos passa também pela volta ao respeito à Constituição por esses mesmos poderes

  15. https://youtu.be/ag44OX2igVk
    Nesse link com Arbex e Conde o follow up necessário para desmontar os clubes de tiro e possível próximo passo de insurreição selvagem. Isaac Newton descreveu o que é inércia. Se eles continuam armados, treinando atirar, nós seremos os alvos. Steve Bannon admitiu que Lula é o cara mais perigoso do mundo, num cenário que Bibi volta ao poder e Biden vai perder de lavada para Trump. Nosso maior inimigo é nossa paralisia. O essencial, dizia Exupery, não é visto com os olhos.

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