Eram eles Cassio Scatena, João Parisi, Marcos Flaquer e Paulo Flaquer. Scatena me viu e dirigiu-se a mim de arma na mão, um revólver (os outros usavam automáticas), e mostrou-me uma carteirinha de policial federal. Disse que me afastasse dos amigos comunistas ou iria morrer. Então recarregou o revólver, deixando as cápsulas vazias no chão.
Depois que foram embora, e pouco antes que surgissem os alunos que estavam nas classes, recolhi essas cápsulas e outras 15 espalhadas no pátio. Entreguei-as ao presidente do XI e denunciei os atiradores (até o ano anterior o presidente do XI era Aloysio Nunes — quem diria!). Ele as levou até Buzaid, bem como os os nomes dos atiradores. O diretor da faculdade olhou cinicamente para o presidente do XI através dos óculos de fundo de garrafa e disse que iria tomar providências, mas até 2ª ordem, o mural estava proibido. Em seguida, acintosamente, jogou as cápsulas de balas no lixo!
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