Gilberto, Darcy e a semiótica no LIDE, por Rui Daher
Viva Sérgio Porto e Ivan Lessa!
Tenho que a leitura que hoje em dia mais me agrada são as colunas do sociólogo e professor da Federal de Juiz de Fora, Gilberto Felisberto Vasconcellos, na revista Caros amigos.
A mais recente tem o título “Darcy Ribeiro Piccoloburguese Petucano Conciliador Republicano”. Quem não se assustaria? Ainda mais eu, que já confessei ter longas conversas com o espírito de Darcy na Redação do BRD e sucursal no FB, O Fígado Diário.
Não dura muito tempo o espanto. Já no primeiro parágrafo ele reconhece a galhofa provocativa: “Na verdade, foi Darcy Ribeiro revolucionário, nacionalista, anti-imperialista, inconformado com a miséria da Pátria grande, com a classe dominante perversa, denunciando os intelectuais vendáveis e os burocratas ladinos”.
Precisaria mais? E vocês ainda estranham quando conto de suas aparições em nossa Redação.
Gilberto é assim em seus textos. Anárquico, debochado, não tem medo de fazer firulas com as palavras, nunca deixará você se acomodar. A cada parágrafo introduzirá uma sacada para fazer pensar: “Será? O que esse cara tá falando? Louco ou gênio”? Apresentará uns caras fora da digitação atual, politicamente correta e comportada.
Agorinha mesmo, lembrou o pensador católico Tristão de Athayde, o hegeliano Álvaro Vieira Pinto, Gunder Frank, Ruy Mauro Marini. Livros que passaram em minhas mãos, sim, livros, livros e livros, não sketches digitais.
E que não se pense que Gilberto apenas cumpre loas à esquerda. Alfineta ícones como Glauber, Brizola, Dilma, e o próprio Darcy. Para a direita reserva Mentira y Safadeza, solamente.
Percebem meu cansaço leitor? Estufei. Monotonia mata, melhor cagá-la antes. O “Tá na Cara” de nosso momento político atual precisa mesmo de tantos artigos e análises, que pioram muito quando suposta esquerda na oposição? Tudo é batido no liquidificador da Ciências Sociais e vira suco de qualquer nota com déjà vu. Mesmo líquido, não se desmancha no ar, e começa a empanturrar, empapuçar.
Sempre, no entanto, há salvação.
Para melhorar a criatividade nas escritas digitais, aventureiros deveriam procurar o LIDE, Grupo de Líderes Empresariais, trazido ao Brasil pelo atual prefeito de São Paulo, Doriana Júnior.
Em 17 de abril, realizará um debate-almoço com Alexandre de Moraes, ministro do STF.
Não só. Nestor e Pestana descobriram que lá está sendo ministrado um curso de semiótica. Na primeira aula, um aluno (não digo o nome por medo de processo) ao ser informado da ciência que estuda signos, linguagens e acontecimentos culturais como fenômenos produtores de significado, pôs-se a rir desbragadamente.
Interrogado sobre os motivos de tanto riso, tanta alegria, esclareceu:
– Quando li o nome do curso pensei que iríamos tratar de óticas que para não falir precisaram abrir uma tinturaria na outra metade da loja. Sabe né, “papi” é dono de uma.
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O professor Gilberto Felisberto Vasconcellos
Grande alegria ter tido a oportunidade de conhecer o professor Gilberto Felisberto Vasconcellos. Já era assíduo leitor de suas colunas na CAROS AMIGOS até o dia em que minha irmã, graduanda em Ciências Sociais e bolsista do professor Gilberto na UFJF, me apresentou a ele. Fiz a tradução do protuguês para o inglês de dois de seus artigos. Conversamos no seu gabinete lá na Universidade. O professor Gilberto tem um pensamento pra além do nosso tempo. É um intelectual no maior dos significados da palavra. Ele incomoda. E é esse o papel de um intelectual: incomodar.
Fantástico! Sua palavra é
Fantástico! Sua palavra é singular, e ai de quem não souber colocá-la no devido lugar: Viverá a flutuar.
Doria(na) tá usando o LIDE
Doria(na) tá usando o LIDE como partido, da mesma forma que o Skaf usou a FIESP dos patos. Dias atrás usou como marketing um empresário do grupo Condor, de Santa Catarina, doando produtos de higiene e limpeza da sua marca a Condor. Doria(na) tem essa estruturua empresarial por todo o pais. Se é legal, não é nenhum pouco legitimo uma empresa usar um Órgão Público para fazer propaganda disfarçada de sua marca. Deve ser sobre esse trambique o curso de semiótica. Com o sinistro Morais.
José Carlos,
toda a carreira profissional de Doriana Júnior foi construída de oportunismos. Isto requer cara-de-pau, falta de opiniões firmes, conchavos. Nada a ver com um gestor público sério.
Abraços
Grande Darcy ! e suas
Grande Darcy ! e suas aparições.
Abraço, Rui Daher.
Maíra,
na próxima aparição vou levá-lo até você. Vai adorar o papo. Abraço
Como dira Tom Jobim “é um craque”
Ainda ha pulso que pulsa na imprensa…. Viva os não-conformes.
“Se a MPB for o espelho da realidade, então o Banco de Boston de Meirelles é o coqueiro que dá coco.”
“A ofensiva política de direita está em consonância com a música popular da telenovela, cujo padrinho foi Roberto Campos, sobre quem Glauber Rocha, de Havana, em 1972, escreveu o seguinte perfil psicológico: “Ex-embaixador, ex-padre, um dos tarados sexuais de maior periculosidade do Ministério das Relações Exteriores, amante espiritual de Castelo Branco, antimarxista e fanático por tudo que é americano”.”
http://www.carosamigos.com.br/index.php/colunistas/212-gilberto-felisberto-vasconcellos/8461-dilma-no-maraca-e-impichada-pela-mpb-mishell
Pois é, Maria Luisa
Veja nessas frases a carga semiótica contida. Às vezes, em cada palavra. Delícia.
Grande abraço.
gilberto…..
Prestes tentou sua revolução. Correu os quatro cantos deste paíse acabou funcionário do Presidente que mandou sua mulher para o incinerador. Veio Marighela, abandonado por todos, porque não abandonou sua fé no lunático Stálin. Nem os paredões nem os gulaguis, o convenceram. Lamarca, Jango, Darcy, Lula procuraram a Terra Prometida. Logicamente enquanto o Estado Brasileiro sustentava esta odisséia. Por que a missão desta gente é nobre, não é mesmo? Enquanto isto, os outros milhões de brasileiros tem que acordar cedo e merecer o seu sustento. Mas eu já sei: a culpa é da direita.
Zé Sérgio,
E não é que a culpa é mesmo dela. Acertou. Abs.
zé…
É claro que sim, sr. Rui. E a falta de água em SP é culpa de São Pedro. E a cada dia a sociedade entende mais e mais a suas elites. Principalmente as que são fingindo não serem. abs.